Alice iniciou, junto com Lucy
Burns e outras, eventos estratégicos como a Procissão do Sufrágio Feminino
e as Sentinelas Silenciosas, que faziam parte da campanha de sucesso que
resultou na aprovação da emenda em 1920.
Treinada no activismo
britânico tendo Emmeline Pankhurst como ponto de referência, Paul vislumbrou a
luta pelo sufrágio com medidas e formas radicais, longe da moderação da Associação
Nacional do Sufrágio das Mulheres Americanas. Além disso, o seu único objectivo
era reformar a Constituição do país, em vez de realizar referendos por
estado. Ela foi expulsa da associação em 1916 e fundou o Partido Nacional
das Mulheres, com o qual continuou o seu activismo por mais de meio
século.
Alice Paul deu grande
visibilidade ao movimento quando, no dia anterior à posse presidencial de
Woodrow Wilson em 1913, organizou um desfile na Pennsylvania Avenue, que
realizou reivindicações pelo voto e teve comparecimento de mais de meio milhão
de pessoas.
Alguns anos mais tarde,
quando o presidente Wilson se recusou a fazer a emenda à Constituição
ser discutida no Congresso, Paul decidiu fazer um piquete às portas da Casa
Branca, que seria repetido todos os dias até que a alteração fosse
aprovada. Isto teve grande cobertura da imprensa, especialmente os actos
violentos que foram registados para as manifestantes quando o país entrou na Primeira
Guerra Mundial e as activistas continuaram com a medida.
Alice e outros activistas
foram presos e mantidos em condições insalubres. Como protesto, Paul fez uma
greve de fome e foi forçada a alimentar-se.
Após 1920, Paul passou meio
século como líder do Partido Nacional da Mulher e lutou pela Emenda
dos Direitos Iguais (Equal Rights Amendment), escrita por Paul e
Crystal Eastman, para garantir a igualdade constitucional para as mulheres.
Ela conquistou um grande grau
de sucesso com a inclusão das mulheres como grupo protegido contra a
discriminação pela Lei dos Direitos Civis d 1964.
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