Nasceu
no seio de uma das mais poderosas famílias do arquipélago. O seu pai, Sukarno,
levou a Indonésia a tornar-se independente dos Países Baixos em 1949 e foi o
primeiro presidente da nova república asiática.
No
entanto, Megawati não se envolveu na política durante a juventude e só aos 40
anos, deu os primeiros passos nesse sentido.
Em
1987, mesmo com alguma relutância, alinhou na oposição ao então presidente
Suharto, que exercia o poder com autoritarismo.
O
seu nome de família, Sukarno, tornou-se símbolo de resistência popular e, em
1996, o ditador Suharto tentou retirá-la da liderança do PDIP (Partido
Democrático da Indonésia). Esta atitude levou ao surgimento de diversas
manifestações em Jacarta, a capital da Indonésia.
Apoiantes
de Suharto assaltaram a sede do PDIP e fizeram cinco mortos entre os
militantes do partido, um incidente que transformou Megawati numa heroína
nacional.
Quando
Suharto resignou em Maio de 1998, Megawati Sukarnoputri relançou o PDIP,
que nas primeiras eleições parlamentares livres foi o mais votado. No entanto,
a Assembleia Nacional, a Câmara Alta do Parlamento, responsável
pela nomeação dos presidentes na Indonésia, não permitiu que ela fosse
empossada, em detrimento de Abdurrahman Wahid.
Megawati
Sukarnoputri limitou-se a assumir a vice-presidência da Indonésia. Quando Wahid
foi afastado da presidência por incompetência e alegada corrupção, em Julho de
2001, Megawati assumiu o lugar de presidente.
Apesar
de todas as expectativas nela depositadas, ao fim de três anos no cargo a
desilusão no país era geral, devido ao crescimento do desemprego, da corrupção
e ao desenvolvimento dos movimentos terroristas islâmicos. A sua actuação após
os atentados terroristas em Bali, que fizeram dezenas de mortos, foi muito
criticada.
Um
dos momentos altos do seu mandato aconteceu em 2002, quando participou numa
cerimónia em Timor-Leste, para assinalar a independência deste país em relação
à Indonésia. Esta atitude foi muito bem vista a nível internacional.
Em 20 de Setembro de 2004, Megawati concorreu a um segundo mandato presidencial, mas foi derrotada nas eleições por Susilo Bambang Yudhoyono, abandonando o cargo um mês depois.
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