Destacou-se como
motociclista, tendo acumulado 23 títulos nas modalidades de motocross, supercross
e enduro. Foi Campeão do Mundo de ralis todo-o-terreno em 2013 e vice-campeão
em 2014.
Começou a participar no Rally
Dakar em 2006, tendo feito parte daquela competição durante treze edições.
Em quatro ocasiões, terminou no Top-10, tendo sido o segundo na geral em
2015, apenas abaixo do vencedor, Marc Coma.
Durante o Rally Dakar
esteve em quatro equipas: KTM, Honda, Husqvarna e Hero,
esta última em 2020.
Durante a edição de 2020,
partiu o motor na terceira etapa, tendo chegado a ser anunciada a sua
desistência, notícia que foi corrigida cerca de três horas depois, uma vez que
Paulo Gonçalves estava a tentar reparar o seu veículo ao mesmo tempo que aguardava
a chegada da assistência da sua equipa. Devido ao seu gosto por velocidades
elevadas, recebeu a alcunha de “Speedy”, em alusão ao personagem animado
Speedy González.
Faleceria num acidente ao
quilómetro 276 da sétima etapa do Rali Dakar 2020. As equipas de
salvamento encontraram-no já inconsciente, tendo tentado a reanimação no local.
Foi depois transportado de helicóptero para o hospital de Layla, onde foi
confirmado o óbito. Faleceu aos 40 anos de idade.
Após o seu falecimento, a
autarquia de Esposende emitiu uma nota de pesar, onde destacou a sua carreira
como piloto e o considerou como um embaixador de Esposende no mundo.
A sua morte também foi
lamentada pelo presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de
Sousa, que afirmou «Paulo Gonçalves morreu a tentar alcançar o sonho de
vencer uma das mais duras e perigosas provas de rally do mundo, na qual foi
sempre um digníssimo representante de Portugal, chegando a alcançar o segundo
lugar em 2015».
No dia 29 de Janeiro de 2020,
foi condecorado, a título póstumo, com o Colar de Honra ao Mérito Desportivo,
a mais alta distinção que o Governo pode entregar no campo desportivo.
Foi também distinguido com a Medalha de Honra do Município de
Esposende.
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