quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

15 DE JANEIRO - ADOLFO COELHO

EFEMÉRIDE - Francisco Adolfo Coelho, pedagogo e pedagogista, filólogo e escritor português, nasceu em Coimbra no dia 15 de Janeiro de 1847. Morreu em Carcavelos, em 9 de Fevereiro de 1919.

Autodidacta, foi uma das figuras mais importantes da intelectualidade portuguesa nos finais do século XIX.

Teve uma infância repleta de dificuldades. Contava apenas 19 meses, quando o seu pai morreu.

Frequentou o liceu em Coimbra, tendo-se matriculado com 15 anos em Matemática na Universidade.

Insatisfeito com o ambiente que aí encontrou, dois anos depois abandonou os estudos universitários. Impôs então a si próprio um programa de estudos centrado em autores alemães, aprendendo para o efeito a língua alemã.

Ao longo da sua vida, realizou notáveis trabalhos em pedagogia, linguística, etnografia e antropologia. Foi professor no Curso Superior de Letras, onde ensinou Filologia Românica Comparada e Filologia Portuguesa e assistiu à sua transformação em Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Foi director da Escola Primária Superior de Rodrigues Sampaio, criada por sua iniciativa. Exerceu também actividades docentes na Escola Normal Superior de Lisboa.

Participou em várias comissões de ensino médio e superior, como vogal ou presidente, tendo nessa qualidade elaborado importantes relatórios.

Proferiu, nas célebres Conferências do Casino, organizadas por Antero de Quental e Jaime Batalha Reis, a conferência “A Questão do Ensino” (1871). No seu livro homónimo, publicado no ano seguinte, Adolfo Coelho fala sobre a necessidade e fins do ensino; examina as formas e tipos; o ensino em Portugal em decadência pela aliança entre Igreja e Estado; defende a separação entre ambos e a promoção da liberdade do pensamento.

As suas concepções pedagógicas assentavam na convicção que através da educação seria possível regenerar o país. Combateu a submissão do ensino às ideias religiosas.

Organizou um importante Museu Pedagógico na Antiga Escola do Magistério Primário de Lisboa.

Encontra-se colaboração da sua autoria nas publicações periódicas: “Renascença” (1878/1879?), “O Pantheon” (1880/1881), “Froebel” (1882/1884), “Branco e Negro” (1896/1898), “Serões” (1901/1911); e ainda no “Jornal dos Cegos” (1895/1920).

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