Muito popular na maior parte da década de 1950,
Ray foi citado pelos críticos como o principal precursor do que se tornaria o rock
and roll, com a sua música influenciada pelo jazz e blues e a
sua personalidade animada.
Tony Bennett chamou Ray de «pai do rock and rol»
e os historiadores notaram-no como uma figura pioneira no desenvolvimento do género.
Criado em Dallas, Oregon, Ray, que era parcialmente
surdo, começou a cantar profissionalmente aos quinze anos nas estações de rádio
de Portland. Mais tarde, chamou a atenção do público local cantando em pequenas
boîtes predominantemente afro-americanas em Detroit, onde foi descoberto, em
1951 e posteriormente contratado pela Columbia Records.
Ray saiu rapidamente do anonimato com o lançamento de
seu primeiro álbum, “Johnnie Ray” (1952), e também com um single de 78
rpm, com ambos os lados a alcançarem as 100 melhores músicas da revista “Billboard”
de 1952: “Cry” e “The Little White Cloud That Cried”.
Em 1954, Ray fez o seu primeiro e único filme importante,”There’s
No Business Like Show Business”, no qual ele, Ethel Merman e Marilyn Monroe
faziam parte do elenco.
A sua carreira nos Estados Unidos, sua terra natal,
começou a declinar em 1957 e a sua gravadora americana abandonou-o em 1960.
Ele nunca recuperou muitos seguidores e raramente
apareceu na televisão americana a partir de 1973.
A sua base de fãs no Reino Unido e na Austrália, no
entanto, permaneceram fortes até à sua morte, em 1990, por insuficiência
hepática.
British Hit Singles & Albums observou que Ray foi «uma
sensação nos anos 1950 e que influenciou muitos, incluindo Elvis
Presley, e foi o principal alvo da histeria adolescente nos dias pré-Elvis».
As dramáticas performances de palco e as canções
melancólicas de Ray foram creditadas pelos historiadores como precursoras para
artistas posteriores como Leonard Cohen ou Morrissey.
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