EFEMÉRIDE
– Abraham Mapu, escritor e pedagogo judeu lituano, nasceu em Slobodka,
Kaunas, no dia 10 de Janeiro de 1808. Morreu em Königsberg, Prússia, em 9
de Outubro de 1867. Os seus romances serviram de base, mais tarde, para o
movimento Sionista.
Quando
criança, estudou numa chêder (escola religiosa judaica), onde o pai era
professor. Interessou-se, na sua juventude, por cabalas e pelo misticismo. Casou-se, muito novo, em 1825.
Durante
muitos anos, foi um modesto professor itinerante, tendo ensinado em várias
vilas e cidades. Simultaneamente, juntou-se ao movimento Haskalá (Iluminismo)
e estudou alemão, francês e russo. Estudou também latim, a partir de uma
tradução da Bíblia, que lhe fora dada por ele ser rabino local.
Conseguiu a estabilidade económica, quando foi nomeado professor numa escola
pública para crianças judias.
Voltou
a Kaunas em 1848, onde auto-publicou o seu primeiro romance histórico, “Ahabat Ẓiyyon”, considerado o primeiro romance hebraico. Começara a
trabalhar nele em 1830, mas só o concluiu em 1853.
Em
1867, mudou-se para Königsberg devido a uma doença que o atormentava. Ali
faleceu, depois de publicar o seu último livro – “Amon Pedagogue”.
A
escrita de Abraham Mapu foi Influenciada pelo Romantismo francês.
Escreveu histórias primorosas sobre a vida na Antiga Israel, que ele contrastou
favoravelmente com a vida judaica do século XIX. O seu estilo era simples e
poético, quase bíblico na sua grande simplicidade.
As
ideias romântico-nacionalistas expressas nos seus romances inspiraram
mais tarde David Ben-Gurion e outros, servindo de base para a implementação
destas ideias no movimento sionista, que levou posteriormente à criação do
Estado de Israel.
Há
ruas com o seu nome em Kaunas, Telavive e Jerusalém. O título de um romance
israelita bem conhecido, “As Crianças da Rua Mapu”, é também uma
homenagem ao escritor.
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