EFEMÉRIDE
– Tillie Lerner Olsen, escritora norte-americana, pertencente à
primeira geração de feministas americanas, morreu em Oakland no dia 1 de
Janeiro de 2007. Nascera em Omaha, em 14 de Janeiro de 1912.
Filha
de imigrantes judeus russos, deixou prematuramente a Omaha Central High
School, onde estudava, para ingressar no mundo do trabalho, tendo sido – ao
longo do tempo – empregada de mesa, empregada doméstica e tosquiadora.
Paralelamente, foi sindicalista e activista política.
Militante
socialista, foi durante algum tempo membro do Partido Comunista dos EUA,
na década de 1930. Esteve detida algum tempo, em 1934, por ter
organizado um sindicato de trabalhadores agrícolas, uma experiência que narrou
no semanário “The Nation” e na revista “The Partisan Review”.
Olsen
tentou acomodar, num romance, as mudanças na sua própria vida e as
circunstâncias políticas da época, obra na qual trabalhou durante os anos 1930.
No entanto, só um excerto do primeiro capítulo foi publicado na “The
Partisan Review” em 1934, o que lhe valeu no entanto um contrato com a
editora Random House. Abandonou porém o livro, devido ao trabalho e às
responsabilidades domésticas. Décadas depois, em 1974, o romance foi publicado,
inacabado, sob o título “From the Thirties”.
O
primeiro livro que publicou foi uma colecção de novelas, “Tell Me a Riddle”
(1961). A novela que deu título a este livro recebeu o Prémio O. Henry
para a Melhor História Curta do Ano. Esta obra fez parte da
matéria de estudo em colégios e universidades dos Estados Unidos.
Outro
livro seu, “Silences” (1978), é uma análise do período silencioso da
escritora – «a angústia da página em branco, os trabalhos não publicados e
os problemas que os escritores operários (e as mulheres em particular) têm para
encontrar tempo e se concentrarem na literatura». Uma das suas descobertas
foi que todas as grandes escritoras da literatura ocidental, antes do final do
século XX, ou não tinham filhos ou tinham empregadas a tempo inteiro parta
cuidar deles.
Apesar de publicar muito pouco, Olsen foi bastante
influente pelo seu modo de tratar as vidas e pensamentos das mulheres e dos
pobres. Recebeu em 1994 o Rea Award for the Short Story, pela sua
carreira notável na elaboração de contos e novelas.
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