EFEMÉRIDE
– Beatriz Vicência Bandeira Ryff, escritora brasileira e
militante dos direitos humanos, morreu no Rio de Janeiro em 2 de Janeiro de
2012. Nascera na mesma cidade em 8 de Novembro de 1909.
Começou
a escrever poesia aos 9 anos de idade. Na década de 1930, militou no Partido
Comunista Brasileiro ao lado do seu futuro marido, o jornalista Raul Ryff.
O casal conhecera-se nas fileiras do PCB, sendo o facto mencionado por
Graciliano Ramos no seu livro “Memórias do Cárcere”.
Em
1936, foi presa pela ditadura do Estado Novo, sendo companheira de cela
de Nise da Silveira, Maria Werneck e Olga Benário. Exilada depois no Uruguai,
voltou ao Brasil em 1937. Militou na Federação de Mulheres do Brasil.
Foi
professora no Conservatório Nacional de Teatro mas, em 1964, depois do
golpe que instaurou o Regime Militar no Brasil, foi demitida. Pediu
asilo político à Jugoslávia, juntamente com o marido. Mais tarde, os dois
mudaram-se para a França.
Regressou
de novo ao Brasil em 1967, ajudando a fundar o Movimento Feminino pela
Amnistia e Liberdades Democráticas. Teve três filhos: o jornalista Vitor
Sérgio Ryff, o economista Tito Ryff e o físico Luiz Carlos Ryff.
Em
2011, participou na homenagem póstuma prestada ao seu companheiro de mais de
cinquenta anos, no Auditório Óscar Guanabarino, na Academia
Brasileira de Letras, por ocasião do centenário do seu nascimento.
Além
de recolhas de poesia, Beatriz Bandeira publicou dois livros de memórias: “A
Resistência – Anotações do Exílio em Belgrado” e “Antes que seja tarde”.
Faleceu aos 102 anos.
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