EFEMÉRIDE
– Georges Wolinski, autor de banda desenhada e cartoonista francês, morreu
em Paris no dia 7 de Janeiro de 2015. Nascera em Tunis, em 28 de Junho de
1934. Foi assassinado no ataque terrorista à revista satírica “Charlie Hebdo”.
Era
filho de pai judeu polaco e de mãe judia franco italiana. O pai morreu
assassinado quando ele tinha dois anos. A mãe, doente pulmonar, foi internada
num sanatório. Foi educado então pelos avós maternos, só voltando a viver com a
mãe aos treze anos de idade. No liceu de Briançon, onde estudou – de 1946 a 1952 – era um dos
animadores do jormal “Le Potache libéré”.
Depois
de interromper os estudos de arquitectura em Paris, Georges Wolinski tornou-se
desenhador em 1960, colaborando – com cartoons eróticos e políticos – no jornal
“Hara-Kiri”. Trabalhou
também, posteriormente, para “Le Journal du dimanche”, “Paris-Presse”,
“La Gueule
ouverte”, “L'Humanité”, “Le Nouvel Observateur”, “Phosphore”,
“Libération”, “L'Écho des savanes”, “Charlie Hebdo” e “Paris
Match”. Foi director do “Charlie Hebdo” de 1970 a 1981.
Casou
em 1961 com a sua primeira esposa, de quem teve duas filhas e que faleceu em
1966, vítima de um acidente de automóvel, ao evitar atropelar um cão. Veio a
ter uma terceira filha de um segundo casamento, anos mais tarde.
Durante
a revolta dos estudantes de Maio de 1968, foi co-fundador da revista de
sátiras “L'Enragé” juntamente com Siné, e colaborou na efémera revista “Action”.
Foi
assassinado por radicais islamistas durante um atentado à redacção do “Charlie
Hebdo”. No mesmo ataque, morreram outros importantes cartoonistas como
Cabu, Charb, Tignous e Honoré.
Entre
numerosos galardões que recebeu, saliente-se o Prémio Internacional de Gat
Perich (1998), o oficialato da Legião de Honra (2005) e o Grande
Prémio de Angoulême, pelo conjunto da sua obra.
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