EFEMÉRIDE
– Rogério Ribeiro, artista plástico português, morreu em Lisboa no dia 10 de
Março de 2008. Nascera em Estremoz, em 31 de Março de 1930. Fez a sua
formação académica em pintura, na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa
(ESBAL).
Foi
sócio fundador da Gravura – Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses
(1956), onde desenvolveu intensa actividade como gravador. Trabalhou também em
cerâmica e em tapeçaria por encomenda de particulares, empresas e organismos
oficiais.
Em
1961, iniciou a sua actividade de professor de Pintura e Tecnologia na Escola
de Artes Decorativas António Arroio, em Lisboa. Fez os primeiros
trabalhos no âmbito do Design de Equipamento e Gráfico (1964) e
colaborou com vários arquitectos nos estudos de cor e integração de materiais e
trabalhos artísticos.
Foi
professor da ESBAL desde 1970, instituição onde, em 1974, coordenou o
grupo de trabalho de reestruturação do currículo escolar na área do Design.
Em 1983, foi co-autor do projecto da Galeria de Desenho do Museu Municipal
de Estremoz, com Joaquim Vermelho, Armando Alves e José Aurélio, entre
outros.
Membro
do Partido Comunista Português desde 1975 e do seu Comité Central
entre 1983 e 1992, foi fundador da primeira Galeria Municipal de Arte em
Almada e também responsável pelo projecto Casa da Cerca – Centro de Arte
Contemporânea, um dos principais pólos culturais do concelho de Almada.
Foi
igualmente autor do projecto e montagem da Casa Museu Manuel Ribeiro de
Pavia, em Pavia (Mora, 1985) e do projecto museológico da Fortaleza de
Peniche (1987). Dirigiu, desde 1988, a Galeria Municipal de Arte de
Almada e, a partir de 1993, foi director da Casa da Cerca — Centro de
Arte Contemporânea, também em Almada.
No
domínio da azulejaria, realizou inúmeras obras, onde se destacam: a estação de
metro da Avenida, em Lisboa (1959); o átrio Norte da estação de metro dos
Anjos, em Lisboa (1982); o painel “Mestre Andarilho” para o Fórum
Romeu Correia em Almada (1997); um painel para a estação de
caminhos-de-ferro de Sete Rios, em Lisboa (1999); e um painel para o Arquivo
Histórico Municipal de Usuqui, no Japão (1999).
Expôs
colectivamente desde 1950 e individualmente desde 1954. No domínio da
ilustração de livros, uma das suas obras mais conhecidas é a ilustração da
edição de grande formato do romance de Manuel Tiago/Álvaro Cunhal “Até
Amanhã Camaradas”. Ilustrou também: “Casa da Malta” de Fernando
Namora (1956); “Minas de S. Francisco” de Fernando Namora (1955); e “A
vida mágica da sementinha: uma breve história do trigo” de Alves Redol
(1956).
Rogério
Ribeiro está representado em diversas colecções particulares, instituições
privadas e museus. Em 2006, o Município de Estremoz atribuiu-lhe a Medalha
de Ouro da Cidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário