EFEMÉRIDE
– Sebastián Francisco de Miranda Rodríguez, militar venezuelano, herói
da independência do seu país, nasceu em Caracas no dia 28 de Março de 1750.
Morreu em San Fernando ,
Cádis, em 14 de Julho de 1816.
Idealizou
um plano para a independência das colónias espanholas na América Latina e é
reconhecido como precursor dos ideais de Simón Bolívar, de Bernardo O'Higgins e
de outros combatentes que lutaram pelos mesmos objectivos naqueles territórios.
Oriundo
de uma família abastada, fez os estudos clássicos e seguiu um curso de Arte
Militar. Com 21 anos, decidiu partir para Espanha a fim de prosseguir uma
carreira no exército. Apesar do seu espírito independente, pouco apreciado
pelos seus superiores, revelou rapidamente as suas capacidades de comando que
lhe valeram várias promoções.
Já
com o posto de capitão, desembarcou em Cuba com as tropas espanholas para
combater os ingleses. O rei de Espanha Carlos III tinha, com efeito, decidido
ajudar os insurrectos da América do Norte durante a Guerra da independência
dos Estados Unidos. Tornou-se notado não só pela sua bravura, mas também pelas
suas qualidades diplomáticas.
Em
1783, com 33 anos, foi promovido a tenente-coronel mas – entusiasmado com o
exemplo dos insurrectos americanos – deixou o exército e decidiu lutar pela
independência das colónias espanholas, assegurando a formação de
revolucionários e procurando uma potência europeia susceptível de o ajudar naqueles
desígnios.
Passou
então seis anos entre os Estados Unidos, a Inglaterra e o continente europeu.
Em Paris, o seu espírito brilhante e a sua forte personalidade abriram-lhe os
salões melhor frequentados da capital e também os corações de belas mulheres. Chegou
a ser general, marechal de campo e tenente general (1792), participando na Batalha
de Valmy. O seu nome está inscrito no Arco de Triunfo em
Paris.
Miranda
organizou uma invasão (não bem sucedida) da Venezuela, em 1806. Chegou ao porto
de Coro, onde a bandeira venezuelana tricolor foi içada pela primeira vez. Depois
tiveram de se retirar. Entre os voluntários que o acompanharam nesta rebelião,
estava David G. Burnet dos Estados Unidos, que seria mais tarde o presidente
interino da República do Texas, depois da sua separação do México, em 1836.
Em Abril
de 1810, a Venezuela iniciou finalmente o seu processo de independência, pelo que
Simón Bolívar persuadiu Miranda a voltar à sua terra natal, onde o fizeram
general do exército revolucionário. Quando o país declarou formalmente a
independência, em 1811, ele assumiu a presidência da primeira República
venezuelana, com o posto de generalíssimo.
As
forças espanholas contra-atacaram e Miranda, temendo uma derrota brutal e
desesperada, assinou um armistício com os espanhóis em Julho de 1812 (Tratado
de La Victoria). Simón Bolívar e outros revolucionários acharam que a sua
rendição correspondia a uma traição às causas republicanas e frustraram a sua intenção
de escapar, entregando-o ao exército real espanhol, que o trouxe para uma
prisão em Cádis, Espanha, onde morreu em 1816. Viria mais tarde a ser sepultado
no Panteão Nacional da Venezuela.
Em
2007, foi estreado o filme “Miranda Regresa”, realizado por Henry
Herrera, que conta a história de Francisco de Miranda.
Sem comentários:
Enviar um comentário