sábado, 22 de dezembro de 2018

22 DE DEZEMBRO - JÚLIO PEREIRA


EFEMÉRIDE - Júlio Fernando de Jesus Pereira, músico, compositor, multi-instrumentista e produtor português, nasceu em   Lisboa no dia 22 de Dezembro de 1953.
A sua música caracteriza-se pela utilização de instrumentos tradicionais portugueses, como o cavaquinho e a viola braguesa. Apesar de ter iniciado a sua carreira como músico de rock, começou mais tarde a dedicar-se à música tradicional portuguesa.
Com sete anos de idade, aprendera a tocar bandolim com o pai. Durante a adolescência, fez parte de várias bandas de rock, entre as quais Xarhanga e Petrus Castrus com quem gravou quatro discos.
A partir dos vinte anos (ano da Revolução de 25 Abril de 1974) e até aos trinta, colaborou em concertos e em inúmeros discos com os compositores mais importantes de Portugal, destacando-se a sua colaboração com José Afonso (a partir de 1979), com o qual tocava regularmente, em vários sítios do mundo. Co-produziu os seus últimos discos.
Ainda nesta época, trabalhou como músico em alguns grupos de Teatro, com os encenadores Augusto Boal, Águeda Sena e João Perry, entre outros. Gravou os seus primeiros álbuns de autor: “Bota-Fora”, “Fernandinho vai ó vinho”, “Lisboémia” e “Mãos de Fada”.
Em 1981, lança o álbum “Cavaquinho”, um trabalho que veio abrir novas portas à música portuguesa, ganhando muitos prémios e iniciando assim o seu percurso como instrumentista.
A partir de 1983 e até 2003, gravou os seguintes discos, alguns premiados: “Braguesa” 1983, “Nordeste   1983, “Cadoi” 1984 (com a produção do primeiro vídeo-clip, em Portugal, para o tema “Nortada”), “Os Sete Instrumentos” 1986, “Miradouro” 1987, “JanelasVerdes” 1990, “O Meu Bandolim” 1991, “Acústico 1994, “Rituais” 2000 (banda sonora da  coreografia com o mesmo nome de Rui Lopes Graça e os bailarinos da Companhia Nacional de Bailado), e “Faz-de-conta” 2003 (o primeiro CD Multimédia para crianças).
Fez vários concertos pelo mundo, produziu, orquestrou e participou como multi-instrumentista em vários discos de outros autores e colaborou paralelamente com vários nomes da música, entre os quais: KepaJunkera, Pete Seeger, Mestisay e The Chieftains, com os quais gravou o CD “Santiago” que ganhou o Grammy Award 1995.
Em 2006, colaborou no filme “Fados” de Carlos Saura, com Chico Buarque e Carlos do Carmo, produzindo o tema “Fado Tropical”.
Em 2010, lançou “Graffiti”, um álbum de canções que contou com a participação de cantoras de vários países, entre as quais: Dulce Pontes, Maria João, Sara Tavares, Olga Cerpa (Espanha), Nancy Vieira (Cabo-Verde) e Luanda Cozetti (Brasil).
Dos concertos dados ao longo deste tempo, destaca-se aquele que dirigiu no Théâtre de la Ville em Paris (2012), de homenagem a José Afonso, com artistas da actualidade como António Zambujo, Mayra Andrade, João Afonso, etc..
Em 2013, retoma, o cavaquinho e gravou o CD/Livro “Cavaquinho.pt.” como ponto de partida para uma nova etapa dedicada a este instrumento. Actualmente, é presidente da Associação Museu Cavaquinho que visa documentar, preservar e promover a história e a prática deste instrumento.Em 2015, recebeu a medalha de honra da Sociedade Portuguesa de Autores e foi condecorado pelo Estado com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
Em 2017, publicou o álbum “Praça do Comércio”, com o qual ganhou - em 2018 - o Prémio Pedro Osório atribuído pela Sociedade Portuguesa de Autores.
Júlio Pereira conta com 22 discos de autor e participou como instrumentista, orquestrador ou produtor em cerca de 80 discos de outros artistas.

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