Samira têm ascendência angolana e
cabo-verdiana. Cresceu entre as cidades do Mindelo, Praia e também em Lisboa,
Portugal.
Formada em estudos
cinematográficos com especialização em comunicação internacional, pela American
University of Paris, em 2013. Iniciou a sua actividade profissional como
jornalista na Agência Cabo-Verdiana de Imagens (ACI) e, mais
tarde, como Account Manager na Greenstudio, ambas na cidade da
Praia.
Mudou-se para Angola no início de
2014, onde trabalhou durante quase dois anos como produtora audiovisual e
gestora de clientes na Muxima Filmes, na cidade de Luanda.
Após regressar a Cabo Verde,
Samira trabalhou alguns meses como produtora executiva na Kriolscope,
onde realizou a sua primeira curta-metragem de ficção “Buska
Santu”, em 2016. “Buska Santu” é inspirado pelo filme “Ladrões
de Bicicletas” de Vittorio de Sica, que mostra a relação entre um pai e um
filho, na Ilha de Santiago, Cabo Verde, tendo o ritmo da tabanka
como fundo para a trama. O filme foi exibido em
Cabo Verde, Portugal, Moçambique e Polónia. Recebeu o Prémio de melhor
ficção no Festival Oiá na cidade do Mindelo.
Criou a sua própria produtora, Parallax
Produções, em Novembro de 2016. Com a Parallax, Samira realizou os
filmes “Hora di Bai” (2017) e “Sukuru” (2017).
“Hora di Bai” é um
documentário, financiado parcialmente pela União Europeia, através do Concurso Curtas-metragens PALOP 25 anos,
abordando a relação com a morte na Ilha de Santiago. O filme foi exibido em
festivais e mostras em Cabo Verde, Brasil, Canadá, Estados Unidos, Portugal,
Bélgica, Polónia, Guiné-Bissau, Moçambique, Angola, São Tomé e Príncipe, Macau,
Timor-Leste e Madagáscar.
“Sukuru”, feito sem
financiamento, é a sua primeira longa-metragem de ficção. Um thriller
psicológico que conta a história de Jiló, um jovem que sofre de esquizofrenia,
viciado em crack, e a sua luta com o vício, a sua mãe e os seus demónios.
Exibido em Cabo Verde, Bélgica, Brasil, Moçambique, Macau e Polónia.
Samira foi seleccionada para o Talents
Durban 2019, durante o Durban International Film Festival, no qual
participou com o seu projecto de documentário “E quem cozinha?”, com o
qual ganhou o prémio PR Consulting.
No mesmo ano e com o mesmo projecto,
participou na residência de escrita do FIDADOC, em Marrocos.
Em 2020, com o projecto de
documentário “E quem cozinha?”, participou no Durban FilmMart e
no Ouaga Film Lab, onde ganhou os prémios IDFA e World Cinema Fund/Goethe Institute.
Em Março de 2020, tornou-se
coordenadora da Rede de Cinema e Audiovisual PALOP-TL, fundada com
colegas cineastas, com o objectivo de promover a produção e principalmente
distribuição na região.
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