Filho de Eduardo Manuel da Silva
Alves (1913/1969) e de sua mulher Maria Palmira Rodrigues (1915/2014).
Casado em Lourenço Marques
(actual Maputo) em 29 de Março de 1962, com Maria Teresa Gomes Ferreira de
Almeida.
Assentou praça na Escola do
Exército, em 1954, na arma de Infantaria. Tornou-se alferes em 1958,
tenente em 1960, capitão em 1963 e major em 1972.
Fez várias comissões na Guerra
do Ultramar, em Angola e Moçambique. Capitão de Abril, foi membro da
Comissão Coordenadora do Movimento das Forças Armadas e um dos
redactores do seu programa, que negociou com a Junta de Salvação Nacional.
No mesmo ano, seria empossado como ministro sem pasta dos II e III Governos
Provisórios, de Vasco Gonçalves.
Enquanto titular das pastas da Defesa
Nacional e da Comunicação Social, viu aprovada, por sua iniciativa,
a primeira lei de imprensa pós-25 de Abril, que vigorou até 1999.
Voltou ao governo, como ministro
da Educação e Investigação Científica do VI Governo Provisório,
chefiado por Pinheiro de Azevedo, até 1976. Nessa qualidade, foi o responsável
pela criação das universidades dos Açores e da Madeira, bem como da Universidade
Aberta e pela criação do cargo de coordenador-geral do ensino de português,
junto das embaixadas de Portugal em França e na República Federal da Alemanha.
Ainda em 1975, foi nomeado para o
Conselho dos Vinte e para o Conselho da Revolução, do qual foi
porta-voz, entre 1979 e 1982. Esteve entre os subscritores do Documento dos
Nove, contra a Aliança Povo/MFA.
Em 1983, recebeu a Grã-Cruz da
Ordem da Liberdade (24 de Setembro).
Foi candidato independente pelo Partido
Renovador Democrático às eleições legislativas de 1985, à presidência da Câmara
Municipal de Lisboa, em 1986, e às eleições europeias de 1989.
Vítor Alves faleceu em 2011, em
Lisboa.
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