Catarina Martins fez a primeira
classe em São Tomé, onde os pais eram cooperantes, e a segunda e terceira
classes em Cabo Verde. Regressou a Portugal aos nove anos e vive em cidades
como Aveiro, Vila Nova de Gaia e Lisboa.
Licenciada em Línguas e
Literaturas Modernas, tem um mestrado em Linguística e frequência de
doutoramento em Didáctica das Línguas. É casada e tem duas filhas.
Catarina Martins participou desde
a juventude em diversos movimentos cívicos e políticos. No liceu, juntou-se à
luta contra a Prova Geral de Acesso e, mais tarde, em Coimbra, onde
estuda Direito, participou nos movimentos contra as propinas na
universidade. O seu percurso levou-a ao envolvimento em movimentos culturais: foi
co-fundadora, em 1994, da Companhia de Teatro de Visões Úteis e foi
dirigente do CITAC e da Plateia (Associação de Profissionais
das Artes Cénicas).
Foi eleita deputada à Assembleia
da República pela primeira vez em 2009, ainda como independente nas listas
do Bloco de Esquerda, tendo sido reeleita pelo círculo do Porto em 2011
e 2015. Nos primeiros anos de mandato, integrou as comissões de Educação,
Ciência e Cultura, Economia e Obras Públicas, assim como a
subcomissão de Ética.
Adere ao Bloco de Esquerda
e integra a sua direcção desde 2010. Em 2012, juntamente com João Semedo,
sucedeu a Francisco Louçã na liderança do partido. Em 2014, na sequência da IX
Convenção, João Semedo abandonou a liderança, passando a vigorar uma nova Comissão
Permanente da qual Catarina é porta-voz. Em 2016, após a X Convenção,
a Comissão Permanente foi dissolvida e Catarina Martins assumiu as
funções de coordenadora do Bloco de Esquerda.
Foi no mandato de Catarina
Martins que o Bloco de Esquerda alcança o seu melhor resultado eleitoral
de sempre, elegendo 19 deputados, superando o meio milhão de votos e obtendo
10,19% nas eleições legislativas. A 3 de Dezembro de 2015, na sequência do
sucesso eleitoral e do afastamento da direita do poder, a conceituada
revista norte-americana “Politico” classifica
Catarina Martins como uma das 28 personalidades em destaque na Europa,
considerando-a «a cara da esquerda» e referindo que «o sucesso de
Martins provocou arrepios a todo o establishment da Europa».
Um estudo da consultora de
comunicação Imago Llorent & Cuenca, em parceria com a Universidade
Católica Portuguesa, colocou Catarina Martins entre os dez políticos mais
influentes, na rede social Twitter. Em Março de 2017, o “Jornal
Económico” considerou Catarina Martins a mulher mais influente em Portugal.
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