Alexandre era filho de Elísio
Alexandre dos Santos, comerciante, conhecido como “Badez”, e de sua
mulher e prima-irmã Maria da Conceição Soares dos Santos, filha de Francisco
Manuel dos Santos - empresário, em cuja homenagem, o seu neto materno criou a Fundação
que recebeu o seu nome.
Estudou no Colégio Almeida
Garrett, no Porto, e frequentou a Faculdade de Direito da Universidade
de Lisboa, cumprindo um desejo do pai, que desejava que o filho se tornasse
advogado. Abandonado o curso no 3º ano e iniciou, em 1957, a sua carreira
profissional na multinacional de distribuição Unilever.
Começou como gestor estagiário,
tendo passado pela Alemanha e pela Irlanda. Depois, seria nomeado director de
marketing da Unilever Brasil, função que exerceu de 1964 a 1968.
Em 1968, resolveu regressar a
Portugal, ingressando na empresa familiar, a Sociedade Francisco Manuel dos
Santos. Esta empresa era, há muitos anos, parceira da Jerónimo Martins
e Soares dos Santos passou a exercer directamente funções no Conselho de
Administração do Grupo Jerónimo Martins, como
administrador-delegado. Passou depois a presidente da Comissão Executiva,
cargo que acumulou com o de presidente do Conselho de Administração,
desde 1996 até 2004.
Em 2009, criou, junto com a sua
família, a Fundação Francisco Manuel dos Santos, nome do avô materno e
tio-avô de Alexandre Soares dos Santos, e que visava estudar os grandes temas
nacionais.
Esta fundação gere o portal “Pordata”, Base de Dados do Portugal
Contemporâneo, e lançou uma colecção de livros de Ensaio, a preços
reduzidos, sobre temas da actualidade sob o desígnio de Conhecer Portugal,
pensar o país, contribuir para a identificação e
resolução dos problemas nacionais, assim como promover o debate público.
Foi presidente do Conselho de
Administração do grupo Jerónimo Martins, Fima Lever Portuguesa,
Gelados Olá, supermercados Pingo Doce, cash & carry
Recheio, Águas de Vidago, Águas de Melgaço e Pedras
Salgadas, Azeite Gallo, Supermercados da Sé no Brasil, Supermercados
LillyWite no Reino Unido e as lojas Biedronka, na Polónia, onde o grupo
Jerónimo Martins lidera - tal como em Portugal - o mercado da distribuição
alimentar, tendo sido substituído na função de CEO pelo seu filho secundogénito, Pedro Manuel da Silveira e Castro Soares
dos Santos. Apesar da sua postura patriótica, a
sede da sua sociedade familiar (Sociedade Francisco Manuel dos Santos)
foi registar-se nos Países Baixos para efeitos de carga fiscal.
Exerceu a presidência do Conselho
Geral da Universidade de Aveiro entre 2009 e 2014.
Foi agraciado com os graus de grande-oficial
da Ordem Civil do Mérito Agrícola, Industrial e Comercial Classe Industrial
(28 de Maio de 1992), Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique (9 de Junho
de 2000), Grã-Cruz da Ordem do Mérito (17 de Janeiro de 2006), Grã-Cruz
da Ordem do Mérito Empresarial Classe Comercial (17 de Março de 2017) e comendador
da Pontifícia Ordem Equestre de São Gregório Magno
do Vaticano ou da Santa Sé (20 de Novembro de 2017).
Em 1998 e 1999, a revista “Forbes”
coloca-o na lista dos mais ricos homens da Europa, com um valor de 2 e 1,9 mil milhões de dólares,
respectivamente.
Em Março de 2011, a “Forbes”
anunciou que Alexandre Soares dos Santos era o 2º mais rico português, valendo
2,3 mil milhões de dólares (1,65 mil milhões de euros). Ele aparece, segundo a “Forbes”,
no lugar 512 entre os bilionários, não o incluindo na lista de 2010, tendo,
todavia, surgido nos 500 mais ricos do Mundo no ano seguinte.
Foi proprietário da Quinta da Parreira,
em Vila Nova de Ourém, depois Ourém.
Casou em Lisboa, na Igreja da
Madre de Deus, em 28 de Dezembro de 1957, com Maria Teresa Canas Mendes da
Silveira e Castro.
Alexandre Soares dos Santos
faleceu em Lisboa em 2019. A causa da morte terá sido cancro no pâncreas.
Sem comentários:
Enviar um comentário