Serviu como arcebispo de Paris
entre Janeiro de 1981 a Fevereiro de 2005 e tornou-se cardeal da Igreja
Católica Romana em 1983. Convertido do Judaísmo, era
conhecido como “o cardeal Judeu”.
Lustiger nasceu com o nome Aaron
Lustiger, filho de Charles e Gisèle Lustiger, família de comerciantes judeus de
origem polaca que se estabelecera em França antes da Primeira Guerra Mundial.
Quando os alemães ocuparam a
França em 1940, ele foi enviado para a casa de uma família cristã em Orleães.
Foi convertido ao catolicismo e recebeu o baptismo em 21 de Agosto de
1940. Os seus pais foram deportados no Holocausto e a mãe morreu no
campo de extermínio de Auschwitz, enquanto o pai sobreviveu.
Lustiger foi educado na Universidade
de Paris (Sorbonne), onde se licenciou em Artes, e no Instituto
Católico de Paris. Foi ordenado padre em 17 de Abril de 1954. Entre 1954 e
1959, foi um aumônier (capelão) na Universidade de Paris. Entre
1959 e 1969, foi director do Centro Richelieu, que treinava capelães da
universidade. Entre 1969 e 1979, foi pastor da Igreja de
Sainte-Jeanne-de-Chantal, no XVI bairro de Paris.
Em Novembro de 1979, Lustiger foi
nomeado bispo de Orleães. Em Janeiro de 1981, foi promovido à região
metropolitana de Paris de onde foi arcebispo até 2005. Foi elevado a cardeal em
Fevereiro de 1983 com o título de presbítero de “São Marcelino e São Pedro”,
depois com o de “São Luís dos Franceses”, em 1994. Tornou-se membro da Académie
Française em 1995.
Em Outubro de 2006, o cardeal
Lustiger já havia anunciado aos padres e diáconos da Arquidiocese de Paris
que foram acometido de «uma doença grave e que o tratamento havia começado».
Em 31 de Maio de 2007, sentindo a proximidade da morte, fez uma breve aparição
na Academia Francesa para se despedir dos “Imortais”: «Os
senhores não voltarão mais a ver-me», disse ele. A sua última aparição
pública ocorrera em 26 de Janeiro de 2007, para concelebrar na Catedral de
Notre-Dame de Paris as exéquias do Abade Pierre.
Faleceu aos 80 anos de idade, na Maison
Médicale Jeanne-Garnier, estabelecimento de tratamento paliativo
administrado pelas “Damas de Calvários”, onde dera entrada em 23 de Abril
de 2007.
Nicolas Sarkozy, presidente da República
Francesa, afirmou tratar-se «de uma grande figura da vida espiritual,
moral, intelectual e naturalmente religiosa da França».
Recebeu os títulos de doutor
honoris causa das Universidades de Melbourne, Augsbourg e Loyola
de Chicago.
Era primo do historiador alemão
Arno Lustiger.
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