sábado, 17 de dezembro de 2022

17 DE DEZEMBRO - JENNIFER JONES

EFEMÉRIDE - Jennifer Jones, nome artístico de Phylis Lee Isley, actriz norte-americana, morreu em Malibu no dia 17 de Dezembro de 2009. Nascera em Tulsa, em 2 de Março de 1919. Ao todo, ela estrelou mais de duas dúzias de filmes, contracenando com actores como William Holden, Joseph Cotten e Gregory Peck.

Jones ganhou o Oscar de Melhor Actriz pelo seu papel em “A Canção de Bernadette” (1943) e foi nomeada outras três vezes, com: “Um Amor em Cada Vida” (1945), o épico de faroeste “Duelo ao Sol” (1946) e “Suplício de uma Saudade” (1955). Ela também foi nomeada como Melhor Actriz coadjuvante por “Desde que Partiste” (1944), no qual estrelou com o seu primeiro marido, Robert Walker.

Jones nasceu como Phylis Lee Isley em Tulsa, Oklahoma. Os eus pais eram Flora Mae (nome de solteira: Suber) e Phillip Ross Isley. Eles viajavam pelo Meio Oeste com uma barraca de show de talentos da qual eram donos e gerentes. Jones estudou na Faculdade Monte Cassino Junior em Tulsa e na Universidade Northwestern, em Illinois, onde foi membro da irmandade Kappa Alpha Theta antes de se transferir para a Academia Americana de Artes Dramáticas em Nova Iorque, em 1938. Foi lá que ela conheceu e se apaixonou pelo colega Robert Walker. Os dois casaram-se em 2 de Janeiro de 1939.

Eles voltaram para Tulsa a fim de participarem num programa de rádio de 13 semanas arranjado pelo pai dela e, em seguida, foram para Hollywood. Jennifer, ainda como Phylis Isley, conseguiu dois papéis pequenos, primeiro no western de 1939 “New Frontier”, estrelado por John Wayne, e em seguida em “Dick Tracy’s G-Men”, uma série de 15 capítulos de curta-metragem. Em seguida, ela fracassou num teste para a Paramount Pictures e decidiu voltar para Nova Iorque.

Enquanto Walker conseguiu trabalho em vários programas de rádio, Phylis encontrou um emprego em part-time como modelo de chapéus para a agência de John Robert Powers, enquanto buscava possíveis trabalhos cénicos. Quando descobriu que estavam sendo realizados testes para o papel principal em “Claudia”, peça teatral de Rose Franken de grande êxito, ela apresentou-se no escritório do produtor David O. Selznick em Nova Iorque, mas acabou desfazendo-se em lágrimas após ter achado que a sua interpretação estava péssima. Selznick, entretanto, ficou impressionado o suficiente para mandar a sua secretária chamá-la de volta. Após uma entrevista, assinou um contrato de sete anos com ele.

Phylis foi cuidadosamente preparada para o estrelato, recebendo um nome artístico: Jennifer Jones. O director Henry King ficou impressionado com o teste dela para o papel de Bernadette Soubirous em “The Song of Bernadette” (1943). Ela acabou por ganhar o papel, cobiçado por centenas de candidatas. Em 2 de Março de 1944, data do seu vigésimo quinto aniversário, Jones recebeu o Oscar de MMelhor Actriz pela sua performance no filme. Naquele mesmo ano, a actriz Ingrid Bergman, de quem Jennifer era amiga, também havia sido nomeada pelo desempenho em “For Whom the Bell Tolls”. Jennifer pediu desculpas a Bergman, que respondeu: «Não, Jennifer, sua Bernadette foi melhor do que a minha Maria». No ano seguinte, Bergman receberia a estatueta de Melhor Actriz por “Gaslight” das mãos da amiga.

Durante as duas décadas seguintes, Jennifer apareceria numa gama de papéis escolhidos por Selznick. A sua beleza profunda e natureza sensível agradou ao público e ela interpretaria uma gama variada de personagens. A sua imagem inicial de santa - como mostrada no seu primeiro papel principal - iria se contrastar, três anos mais tarde, com a sua personagem birracial no polémico “Duel in the Sun”, produzido e escrito por Selznick. Entre outros papéis notáveis de sua carreira, estão os filmes “Since You Went Away” (1944), pelo qual foi nomeada para o Oscar de Melhor Actriz coadjuvante, “Love Letters” (1945), que lhe rendeu a sua segunda indicação ao Oscar de Melhor Actriz, “Cluny Brown” (1946), “Portrait of Jennie” (1948), “Madame Bovary” (1949), “Carrie” (1952), “Ruby Gentry” (1952), “Indiscretion of an American Wife” (1953), “Beat the Devil” (1953), “Good Morning Miss Dove” (1955), “The Man in the Gray Flannel Suit” (1956) e “A Farewell to Arms” (1957). Em 1955, recebeu a sua última nomeação para o Oscar de Melhor Actriz pelo seu papel como uma médica euroasiática em “Love is a Many-Splendored Thing” (1955). Ela contracenou, neste período, com actores como Charles Boyer, Joseph Cotten, Gregory Peck, John Garfield, Charlton Heston, Laurence Olivier, Montgomery Clift, Humphrey Bogart, William Holden, Robert Stack, John Gielgud, Rock Hudson e Jason Robards.

O seu último papel no cinema foi no filme catástrofe “The Towering Inferno” de 1974, no qual teve a oportunidade de dançar com Fred Astaire. A cena da sua morte foi a mais simpática de todos os personagens. Ela estava ajudando duas crianças a escapar do incêndio, quando a sua personagem cai de uma altura de cerca de 110 andares do elevador que estava a evacuar os frequentadores da festa de inauguração do prédio. A sua performance redeu-lhe a indicação pra Globo de Ouro de Melhor Actriz coadjuvante, em cinema. As primeiras cenas do filme mostraram pinturas doadas à produção pela galeria de arte de Norton Simon, seu então marido.

O primeiro casamento de Jennifer produziu dois filhos: Robert Walker, Jr. e Michael Walker. Ambos se tornariam actores. Jennifer tinha um caso com o produtor David O. Selznick, o que a fez se separar de Walker em Novembro de 1943; o divórcio veio em Junho de 1945. Walker morreu aos 32 anos de idade, em 1951, de problemas respiratórios.

Jennifer casou com Selznick em 13 de Julho de 1949. A união duraria até a morte dele, em 22 de Junho de 1965. Após a morte do segundo marido, Jennifer considerou-se aposentar da carreira de actriz. De acordo com a imprensa, Jennifer teria tentado o suicidar pulando de um penhasco em Novembro de 1967; ela foi hospitalizada em estado de coma, mas acabou por se restabelecer.

Em 29 de Maio de 1971, Jennifer casou com o industrial multimilionário, coleccionador de arte e filantropista Norton Simon. Simon conheceu Jennifer numa festa dada pelo também industrial e coleccionador de arte Walter Annenberg. Norton Simon morreu em Junho de 1993. Jennifer era administradora emérita do Museu Norton Simon em Pasadena.

Jennifer passou uma aposentadoria tranquila no Sul da Califórnia. Não dava entrevistas e raramente aparecia em público. Faleceu de causas naturais em sua casa, aos 90 anos de idade. Encontra-se sepultada no Forest Lawn Memorial Park, Glendale, Los Angeles.

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