Opositor ao Estado Novo, chegou a militar no Partido
Comunista Português, o que o levou à clandestinidade e ao exílio em França,
mas afastou-se do comunismo ainda antes do 25 de Abril de 1974.
Em 1974, aderia ao Partido Social-Democrata,
que o elegeu deputado à Assembleia da República, em sucessivos mandatos,
sempre pelo círculo de Leiria, de 1980 a 1999.
Chegou a desempenhar brevemente o cargo de presidente
do Grupo Parlamentar do PSD, de Julho a Outubro de 1995.
Foi ainda, de 1976 a 1979, presidente da Câmara
Municipal de Porto de Mós e, de Fevereiro de 1979 a Fevereiro de 1980,
governador civil de Leiria, designado pelo governo de Maria de Lourdes
Pintasilgo.
A sua experiência como funcionário do PCP na
clandestinidade inspirou um livro, intitulado “Relatos da clandestinidade -
O PCP visto por dentro”, editado pelo semanário “Expresso” e
publicado em 1976, onde ao longo de mais de 300 páginas, contou como foi a sua
adesão ao partido, o trabalho clandestino e, por fim, a ruptura.
Em 9 de Junho de 2000, foi agraciado com a Grã-Cruz
da Ordem da Liberdade.
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