A primeira vez que Manuela Bravo
se apresentou ao público foi aos 5 anos num Concurso infantil do Cinema Éden.
O seu pai, Loubet Bravo, era um conhecido cantor de fado de Coimbra.
Apareceu no programa Canal 13
e foi convidada por Mário Martins a gravar para a Valentim de Carvalho.
Em Janeiro de 1974, lançou o seu primeiro single, com duas canções de José Cid,
“Nova Geração” e “Another Time”, onde
surge acompanhada pelo Quarteto 1111.
Em 1975, gravou novo single,
desta vez com arranjos e orquestrações de Jorge Palma, sendo as duas
composições, “Tínhamos Vinte Anos” e “Soldado-Escravo”, da
autoria de Tozé Brito.
Lançou alguns singles em 1977 e
colaborou com Paco Bandeira no Festival RTP da Canção desse ano. Já
tinha cinco discos gravados e aparecido em programas da RTP, como Domingo
à Noite, A Feira, Nicolau no País das Maravilhas e Ligeiríssimo.
Em 1979, venceu o Festival RTP
da Canção com o tema “Sobe, Sobe, Balão Sobe” da autoria do
conhecido compositor Nóbrega e Sousa a quem tinha sido sugerida pela cantora
Mara Abrantes.
Chegaram vários convites para
gravar no estrangeiro, mas recusou porque o curso de Direito era a sua
prioridade. Ainda no ano de 1979, lançou um novo single com os temas “Adeus
Amor” e “Até Quando” da autoria de Tozé Brito.
“Recordações”, uma
adaptação de Cristiana Kopke de um sucesso da
época, foi o seu grande êxito de 1980. Participou no Festival RTP da Canção
de 1981 com a canção “Quando A Banda Chegar”.
Em 1985, surge com novo visual e
novo estilo. Na editora Orfeu lanço um single com versões em português
assinadas por Nuno Gomes dos Santos para os temas “Tango” (Rainer
Pietsch/Werner Shuler) e “Não Sei Porquê” (Harry Tschebiner/Werner
Shuler) interpretados originalmente por Ingrid Peters. Em 1986, obtém grande
sucesso com o single “O Meu Herói”.
Em 1989, foi editado o álbum “Óculos
de Sol” que inclui canções como “Pintei-me com um Raio de Sol”
(Paulo de Carvalho), “Namoro” (Fausto), “Maria Faia”, “Óculos
de Sol” ou “Só o Amor É Arco-Íris”. Grava para a RTP o
programa Deixem Passar a Música.
Através ainda da editora Discossete
lançou, em 1992, o LP “Canções Que Me Fazem Feliz” com vários temas
de Ricardo Landum e Toy.
Em Dezembro de 1995, a editora Soprosom
editou o álbum “A Preto e Branco” com vários temas de Ricardo Landum e
José Félix. Na altura já revelava o interesse em gravar um disco de fados de
Coimbra e outro de música evangélica.
Em 1996, gravou um disco de fado
de Coimbra, em homenagem ao seu pai, mas viu-se envolta em polémica pois os
meios mais tradicionais não aceitam que esse estilo seja cantado por mulheres.
O disco “Intenções” foi gravado com António Pinho Brojo e o seu Quarteto
de Guitarras.
Durante cerca de 10 meses, em
1999 e 2000, desempenhou o papel de Celeste Rodrigues no musical “Amália”
de Filipe La Féria.
No ano de 2002, confessava em
entrevista que pretendia retomar a sua carreira lançando uma compilação das
melhores músicas que cantou e que ficaram perdidas nos registos em vinil. Um
dos temas seria “Bravo”, previsto para o álbum “Intenções” de
1996. Também confessava que gostaria de experimentar o trabalho de actriz de
televisão. No Verão de 2002, começou a cantar fado no restaurante típico A
Severa. Pelo meio fez uma edição de autor do CD “Intenções”.
Em 2004, gravou um master
de um novo álbum (a compilação “Este Bravo Que Sou”), mas não encontrou
editora. Em 2005 participou no espectáculo MUSICATTOS
BEST OF BRODWAY, produzido por Óscar Romero, onde vivia o papel de
Grizabella, a cantar “Memory”.
O ano de 2014 foi o ano de
comemoração dos seus 40 anos de carreira. Contrapalco
Convida Manuela Bravo foi um espectáculo-concerto em cena por vários pontos do país, onde a cantora contracena com André Faria e
Sérgio Pancadas, numa produção de Nellson de Souza e Ricardo Figueira.
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