Destacado bandarilheiro profissional, foi aprendiz de
ferrador numa oficina de Coruche antes de se dedicar profissionalmente à arte
de tourear.
Ensinado pelo praticante Francisco Susana, em Coruche,
passou a profissional na Praça de Touros do Campo Pequeno, em 9 de Setembro
de 1949, data da alternativa concedida por Manuel Segarra.
Já profissional, começou a ensinar a arte ao seu irmão
mais novo, Manuel Cipriano “Badajoz”, que seguiria os passos do primogénito,
tomando a alternativa de bandarilheiro em 1953. Os irmãos Badajoz
fariam, a partir daí, boa parte das suas carreiras toureando juntos.
Nos anos de 1960, integrou a quadrilha do
matador Manuel dos Santos, com José Tinoca e Manuel Barreto, uma formação de
tal modo competente que o público e a crítica chamavam de “Quadrilha-Maravilha”.
Além de Manuel dos Santos, vestiu-se igualmente de prata nas quadrilhas de
Francisco Mendes, José Júlio e José Trincheira e de um conjunto importante de
cavaleiros tauromáquicos - João Branco Núncio, Luís Miguel da Veiga, José João
Zoio, Emídio Pinto, Manuel Jorge de Oliveira e Paulo Caetano.
Os irmãos António e Manuel Badajoz fundaram nos anos
de 1950 a Escola de Toureio de Coruche, que viria a originar o
aparecimento de vários bandarilheiros e matadores, entre estes, José Simões,
Ricardo Chibanga, José Falcão, Óscar Rosmano, Parreirita Cigano e Vítor Mendes;
os últimos alunos desta escola foram José Alexandre e João Carlos Lorena,
levando o nome de Coruche além-fronteiras.
Despediu-se do público no Campo Pequeno, em 5
de Setembro de 1991, sendo sucedido pelo seu irmão Manuel, em 11 de Outubro de
1992.
Em 2009, no Núcleo Tauromáquico do Museu de Coruche,
foi inaugurada a exposição “António Badajoz”, por ocasião dos seus 60
anos de alternativa.
Morreu em Dezembro de 2021, no Hospital Distrital
de Santarém, onde se encontrava internado.
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