Licenciado em Economia
pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras da Universidade
Técnica de Lisboa, Vítor Constâncio foi secretário-geral do Partido
Socialista, de 1986 a 1989, e candidato derrotado a primeiro-ministro, em
1987.
A sua experiência governativa teve
início quando Constâncio foi chamado para o cargo de secretário de Estado do
Planeamento, imediatamente após o 25 de Abril de 1974, nos I e II Governos
Provisórios, entre 1974 e 1975. A seguir, já em 1976, depois do 25 de Novembro,
foi secretário de Estado do Orçamento e do Plano, no VI Governo
Provisório.
Militante do Partido
Socialista, em 1976 foi eleito deputado à Assembleia da República,
sendo nomeado presidente da Comissão Parlamentar para a Integração Europeia,
função que desempenha entre 1977 e 1979.
Em 1978, regressou ao governo,
desta vez como ministro das Finanças e do Plano, no II Governo
Constitucional, formado através de coligação entre o PS e o CDS-PP.
Foi novamente deputado à Assembleia
da República nas legislaturas de 1980/1981 e 1987/1991, embora nesta última
tenha abandonado o mandato logo em 1988, após ser derrotado por Cavaco Silva na
disputa pela chefia do governo.
Depois de ter sido assistente do ISEG,
Constâncio é hoje professor catedrático convidado desse instituto desde 1989,
apesar de nunca ter concluído o doutoramento.
Tendo iniciado a sua actividade
no Banco de Portugal em 1975 como director do Departamento de
Estatística e de Estudos Económicos, foi nomeado vice-governador em 1977,
posição que voltaria a ocupar em 1979 e durante o período de 1981 a 1984. Foi
nomeado seu 12º governador entre 1985 e 1986 e 16ºº governador de Fevereiro de
2000 a Maio de 2010. Foi director de Estatística e Estudos Económicos,
em 1975, e vice-governador, de 1981 a 1984.
Em 24 de Maio de 1995, foi
agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
No sector privado foi, entre 1995
e 2000, vogal e administrador do Conselho de Administração do BPI
e, novamente no sector público, entre 1998 e 2000, vogal e administrador
não-executivo da EDP.
A 21 de Maio de 1999, foi
agraciado com a Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco do Brasil e, em 8 de
Junho de 2005, recebeu a Grã-Cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus
Cristo.
Foi membro do Conselho de
Estado.
Em 2010, ano em que errou as
previsões macroeconómicas e falhas na supervisão bancária por não ter actuado
ou o fazer tardiamente nos casos BPN, BCP e BPP, e que
custaram aos contribuintes portugueses um montante superior a 9 500 milhões de
euros, viu, todavia, reconhecidos os seus méritos na União Europeia,
sendo nomeado, em 2010, vice-presidente do Banco Central Europeu, num
mandato que durou oito anos e onde foi responsável pela supervisão bancária.
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