Sem concluir o Curso de
Formação de Actores, pelo Conservatório Nacional, em 1974,
estreia-se no teatro de revista, em “Uma No Cravo, Outra Na Ditadura”,
da autoria de Ary dos Santos, César de Oliveira e Rogério Bracinha (ABC,
1975), peça onde também participavam Ivone Silva, Nicolau Breyner, Joel Branco
e o estreante Herman José.
Ainda em 1975, integrou o elenco
fundador do Centro Dramático de Évora com a peça “Noite de 28 de Setembro”;
depois, em França, colaborou no Théâtre de la Comune d’Aubervilliers
(Paris), onde faz a peça de Richard Demarcy, “La Nuit du 28 de Septembre”.
Passou em seguida pelas
companhias Os Bonecreiros, dirigido por João Mota, e Os Saltitões,
onde tem destaque com “D. João e a Máscara”, de António Patrício, que
protagonizou.
Fundador do grupo Maizum na 80,
aí trabalha com Adolfo Gutkin em “O Amante”, de Harold Pinter.
Participou em “O Indesejado” de Jorge de Sena e “Nunca Nada de
Ninguém” de Luísa Costa Gomes, para o ACARTE; dirigiu “Exercícios
de Estilo” de Raymond Queneau n’ A Comuna; fez parte do elenco
inicial do Teatro da Malaposta e integrou, no Teatro Aberto, os
elencos de “O Marido vai à Caça” de Georges Feydeau e de “O Tempo e o
Quarto” de Botho Strauss.
Participou em “Os Jornalistas”
de Arthur Schnitzler e de “Cenas de uma Execução” de Howard Baker, ambas
no Teatro Nacional D. Maria II.
Encenou e participou em “Nós
na Garganta” de Howard Carter (1998). Interpretou “Alarmes e Excursões”
de Michael Frayn (2000), e “Ninguém Ficará Imune” de David Mamet (2001).
No cinema, estreou-se em 1978 com
o filme “Histórias Selvagens” de António Campos, após o que foi dirigido
por realizadores como Luís Galvão Teles, José de Sá Caetano, Monique Rutler,
Joaquim Leitão, Manuel Mozos, Margarida Cardoso ou João Mário Grilo, em mais de
trinta películas, de que se salientam “No Dia dos Meus Anos” de João
Botelho (1992) e “Adeus Pai” de Luís Filipe Rocha (1996), para além de telefilmes
e algumas co-produções internacionais, de realizadores como Bertrand Tavernier.
Na televisão, foi apresentador de
programas e actor de séries e novelas, como “A Banqueira do Povo”
(1993), “Polícias” (1996), “Os Lobos” (1998), “Esquadra de
Polícia” (1999), “A Febre do Ouro Negro” (1999), “O Processo dos
Távoras”, “Alves dos Reis um Criado ao seu dispor” (2001), “Baía
das Mulheres” (2004), “A Ferreirinha” (2005), “O Regresso da
Sizalinda” (2006), “Resistirei” (2007), “Damas e Valetes” e “Um
lugar para viver” (2009).
Foi distinguido em 2006 com o Globo
de Ouro e o Prémio da Associação Portuguesa dos Críticos de Teatro
para Melhor Actor, pelo seu trabalho em “Começar a Acabar”, de
Samuel Beckett, apresentado no TNDMII.
Fez parte do elenco de “Morangos
com açúcar” 2010/2011; interpretou a personagem Manuel Andrade na
telenovela “Mulheres” (2014); e interpretou Zacarias Neves na telenovela
“Santa Bárbara”.
Tem 2 filhos e 3 netos. Um filho,
Afonso Lagarto, também é actor.
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