EFEMÉRIDE - Claribel
Alegría, de seu verdadeiro nome Clara Isabel Alegría Vides, poetisa, romancista,
contista e jornalista da Nicarágua, nasceu em Estelí no dia 12 de Maio de 1924.
Morreu em Manágua, em 25 de Janeiro de 2018. Em 2006, recebeu o Prémio
Literário Internacional Neustadt.
Quando tinha nove meses de idade,
o pai foi exilado devido a protestos pelos direitos humanos, durante a ocupação
da Nicarágua pelos Estados Unidos. Como resultado, Claribel cresceu em Santa
Ana, um município de El Salvador, que era a origem de sua mãe. Claribel Alegría
considerava-se como nicaraguense-salvadorenha.
Apesar da pouca idade para
escrever e ler, começou a compor poesias aos seis anos e a ditá-las para sua
mãe, que as registava. Alegría citava “Cartas a um jovem poeta”, obra de
Rainer Maria Rilhe, como um ímpeto para a sua habilidade poética.
Aos dezassete anos, publicou os seus
primeiros poemas no “Repertorio Americano”, uma revista cultural da
América Central. Tempos depois, o educador mexicano José Vasconcelos organizou
a educação final de Alegría em Hammond, Luisiana.
Em 1943, mudou-se para os Estados
Unidos e, em 1948, recebeu o diploma de bacharelado em Artes, Filosofia
e Letras, na Universidade George Washington. Claribel mantinha
comprometimento com a resistência não-violenta do seu país. Mantinha uma
relação estreita com a Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN),
responsável pelo derrube de Anastasio Somoza Debayle e pela tomada de controlo
do governo nicaraguense em 1979.
Regressou à Nicarágua em 1985,
para ajudar na reconstrução do país. Anos depois, passou a viver em Manágua,
onde veio a falecer em 2018, aos 93 anos de idade.
Em 1978, recebeu o Prémio Casa
de las Américas, pela obra “Sobrevivo”. Em 2017, foi galardoada com o Prémio Rainha
Sofia, de Espanha.
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