EFEMÉRIDE - Joaquim
Augusto Amorim da Fonseca, médico português, morreu em Loriga no dia 21 de
Maio de 1927. Nascera em Varziela, em 1862. Exerceu a profissão em Loriga, onde
desempenhou um papel de destaque, sendo recordado como um homem que deu a vida
pelos seus pacientes.
Após se licenciar em Medicina,
casou com Urbana Madeira, natural de Poiares, no concelho de Arganil,
estabelecendo-se nesta localidade até ser transferido para Loriga, em 1893,
onde continuou a exercer a sua profissão, com o cargo de Médico Municipal,
até à data da sua morte.
Foi descrito como sendo um
indivíduo gentil e cortês, com fortes valores morais e religiosos. Um homem e
um profissional extremamente dedicado aos seus pacientes, independentemente da
idade e da classe social, chegando a desesperar quando se via impotente perante
o sofrimento que certas patologias originavam.
Apesar das condições atmosféricas
típicas desta zona do país, do relevo montanhoso e das más condições dos
caminhos e estradas então existentes, o Dr. Amorim da Fonseca prestava
assistência médica em todas as localidades vizinhas, deslocando-se a pé ou de
mula, dispensando, por vezes, qualquer remuneração monetária pelos seus
serviços.
Todas estas razões levaram a que
fosse amado e respeitado pelo Povo. A sua dedicação fez com que viesse a falecer,
vítima da mesma epidemia que combatia diariamente a nível profissional e que
dizimou uma parte da população loriguense, no final dos anos 1920 - o
tifo epidémico (ou exantemático).
Os seus restos mortais foram
trasladados posteriormente do cemitério de Loriga para o da Pedreira, em
Felgueiras.
Em 1979, para celebrar o
cinquentenário da sua morte, e como prova de gratidão, a Junta de Freguesia
de Loriga mandou erigir um busto em sua homenagem, num largo que passaria a
ter o seu nome - Largo Dr. Amorim da Fonseca.
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