sexta-feira, 8 de maio de 2020

8 DE MAIO - MARIA PADILHA


EFEMÉRIDE - Maria Padilha Gonçalves, actriz e produtora brasileira, nasceu no Rio de Janeiro em 8 de Maio de 1960.
Começou por actuar em peças infantis. Fez inúmeros trabalhos no teatro, cinema e televisão. Foi capa da revista “Playboy” em Março de 1994. Na TV, destacou-se em novelas da Rede Globo, como “Água Viva”, “Mico Preto”, “O Dono do Mundo”, “Anjo Mau”, “O Cravo e a Rosa”, “Mulheres Apaixonadas” e “Lado a Lado”. 
Estudou no Colégio Andrews e teve aulas de teatro em O Tablado, com Louise Cardoso. Nessa época, participou na montagem da peça “Maroquinhas Fru-Fru” de Maria Clara Machado. 
Em 1978, começou a cursar a Escola de Desenho Industrial da UERJ, a ESDI. Nesse mesmo ano, fez um curso no Teatro dos Quatro, com Sérgio Britto, Amir Haddad, Hamilton Vaz Pereira e Eric Nielsen. Foi quando a profissão de actriz entrou em definitivo nos seus horizontes. 
No final de 1978, foi convidada para actuar numa adaptação do texto “A Revolução dos Bichos” de George Orwell: “As quatro patas no poder” com direcção de Clóvis Levi. Aqui, Maria encontrou Miguel Falabella e Paulo Reis. Os três adoravam a peça “O Despertar da Primavera”, de Wedekind, e começaram a tentar montar o espectáculo. Em paralelo, com Miguel e outros actores, convidou Marília Pêra, que nunca tinha dirigido teatro antes, para dirigir “A Menina e o Vento”. 
Em 1979, deixou a faculdade. Estreou “A Menina e o Vento” em Abril e “O Despertar da Primavera” em Outubro. Decidiu viver do ofício. Além do teatro, começou a dar aulas no Colégio Andrews, com Falabella, onde montou clássicos como “O Tempo e os Conways” de J. B. Priestley, “Sonho de uma Noite de Verão” de Shakespeare e “Ubu-Rei” de Alfred Jarry. No final de 1979, foi convidada para fazer a telenovela “Água Viva” de Gilberto Braga. 
Pela actuação em “O Despertar da Primavera”, foi finalista do Prémio Mambembe como Actriz Revelação. A montagem foi um grande sucesso e o grupo ganhou o nome de O Pessoal do Despertar. Maria actuava e produzia os espectáculos junto com a companhia. Em 1981, foi finalista do Prémio Mambembe como Melhor Actriz pelo trabalho na peça “Happy End” de B. Brecht e K. Weill. Em 1982, o grupo encenou “A Tempestade” de Shakespeare e, ainda durante a temporada, foi convidada por Ivan Albuquerque e Rubens Corrêa para participar, no Teatro Ipanema, na peça “Quero”, o primeiro texto para teatro de Manoel Puig. 
A parceria com O Pessoal do Despertar durou até 1984. O grupo tinha, além de Falabella e Maria, Paulo Reis, Daniel Dantas, Fábio Junqueira, Rosane Gofman, Ângela Rebello e Zezé Polessa, entre outros. O grupo montou ainda “O Círculo de Giz Caucasiano” de Bertolt Brecht. 
Na década de 1980, continuou a actuar em espectáculos dirigidos por grandes nomes da cena teatral: “As you like it” de Shakespeare e “A Bandeira dos 5 mil réis” de Geraldo Carneiro, “Amor por Anexins” de Arthur Azevedo e “Lucia McCartney” de Rubem Fonseca. Nos anos 1990, actuou em “La Ronde” de Arthur Schnitzler, “O Mercador de Veneza” de Shakespeare e “As Três Irmãs” de Tchecov. 
Em 1994 produziu e actuou na peça “A Falecida” de Nelson Rodrigues. Ganhou os Prémios Sharp e Sated de Melhor Actriz
No ano de 1995, Maria fez o curso The Actor and the Text ministrado por Cicely Berry, na Royal Shakespeare Company em Stratford-upon-Avon. 
De 1999 a 2001, assumiu a direcção artística do Teatro Glória no Rio de Janeiro. Aqui co-produziu muitas peças teatrais e criou diversos projectos, entre eles um ciclo de leituras de textos escritos nos anos da ditadura militar no Brasil. 
Em 2000, interpretou uma das personagens mais marcantes na teledramaturgia brasileira, a interesseira Dinorá em “O Cravo e a Rosa”, novela de Walcyr Carrasco para a Rede Globo. No enredo, a sua personagem era casada com Cornélio (Ney Latorraca), filha de Josefa (Eva Todor) e irmã do vilão Heitor (Rodrigo Faro). A novela foi um êxito nas audiências. 
A estreia no cinema, deu-se em “Das Tripas Coração” (1982), da realizadora Ana Carolina. Em 1995, chegou aos ecrãs na comédia “Sábado” de Ugo Giorgetti. Em 1998, ganhou o Prémio de Melhor Actriz no Festival de Miami e o de Melhor Actriz Coadjuvante no Festival de Cinema de Natal, pela actuação no filme “Os Matadores”. Em 2009, conquistou o Prémio de Melhor Actriz no Festival de Cinema de Pernambuco, com “Praça Saens Peña”. Em 2012, recebeu o Prémio de Melhor Actriz no Festival de Cinema do Maranhão, com o filme “País do Desejo”.
Ainda em 2012, esteve presente no elenco da telenovela “Lado a Lado”, vencedora do Emmy Internacional, dando vida à personagem Diva Celeste. Em 2015, voltou à televisão, em “A Regra do Jogo”, da Rede Globo

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