sábado, 9 de maio de 2020

9 DE MAIO - LUCIAN BLAGA


EFEMÉRIDE - Lucian Blaga, filósofo, teólogo, tradutor, diplomata, poeta, dramaturgo e romancista romeno, nasceu em   Lancrăm no dia 9 de Maio de 1895. Morreu em Cluj-Napoca, em 6 de Maio de 1961. 
Foi considerado um dos maiores poetas romenos do século XX (identificava-se com o expressionismo) e o primeiro filósofo romeno a desenvolver um sistema próprio. Foi eleito membro da Academia Romena em 1936 e, em 1956, foi nomeado para o Prémio Nobel de Literatura
Lucian Blaga foi uma personalidade forte da cultura romena do período interbellum. Foi um filósofo e escritor aclamado pela sua originalidade, um professor universitário e um diplomata. 
O pai era sacerdote ortodoxo. Lucian descreveria a sua infância num trabalho autobiográfico, “A Crónica e a Canção dos Anos”. 
A sua educação elementar foi em alemão em Sebeș (1902/1906), tendo depois frequentado a Escola Secundária Andrei Șaguna, em Brasov (1906/1914). Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, iniciou os estudos teológicos em Sibiu, onde se formou em 1917. 
O seu primeiro artigo filosófico foi sobre a Teoria de Bergson. De 1917 a 1920, frequentou cursos na Universidade de Viena, onde estudou filosofia e obteve o doutoramento. 
Ao voltar à Transilvânia, agora uma parte da Roménia, contribuiu para a imprensa romena, sendo editor das revistas “Cultur” de Cluj e “Banat” em Lugoj. 
Em 1926, envolveu-se na diplomacia, ocupando sucessivos cargos nas legações da Roménia em Varsóvia, Praga, Lisboa (1938/1939), Berna e Viena. Sendo eleito membro titular da Academia Romena, em 1936, o seu discurso de aceitação foi intitulado “Em louvor da aldeia romena”.
Em 1939, tornou-se professor de filosofia cultural na Universidade de Cluj, temporariamente localizada em Sibiu, nos anos seguintes à Segunda Arbitragem de Viena. Durante a sua estadia em Sibiu, editou - desde 1943 - a revista anual “Saeculum”. 
Foi demitido da sua posição de professor universitário em 1948, porque se recusou a expressar o seu apoio ao regime de Nicolae Ceauşescu e foi trabalhar como bibliotecário no Instituto de História da Academia Romena. Foi proibido de publicar novos livros e, até 1960, foi autorizado apenas a publicar traduções. Completou a tradução do “Fausto”, a obra-prima de Goethe, um dos escritores alemães que mais o influenciaram. 
Foi-lhe diagnosticado um cancro e faleceu aos 65 anos. Foi sepultado no dia do seu aniversário, no cemitério da aldeia de Lancrăm. 
A Universidade de Sibiu tem o seu nome até hoje. Existe uma estátua em sua homenagem, no Estoril, em Portugal.

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