EFEMÉRIDE - Lucian
Blaga, filósofo, teólogo,
tradutor, diplomata, poeta, dramaturgo e romancista romeno, nasceu em Lancrăm no dia 9 de Maio de 1895.
Morreu em Cluj-Napoca, em 6 de Maio de 1961.
Foi considerado um dos maiores
poetas romenos do século XX
(identificava-se com o expressionismo) e o primeiro filósofo romeno a
desenvolver um sistema próprio. Foi eleito membro da Academia Romena em
1936 e, em 1956, foi nomeado para o Prémio Nobel de Literatura.
Lucian Blaga foi uma
personalidade forte da cultura romena do período interbellum. Foi um
filósofo e escritor aclamado pela sua originalidade, um professor universitário
e um diplomata.
O pai era sacerdote ortodoxo. Lucian
descreveria a sua infância num trabalho autobiográfico, “A Crónica e a
Canção dos Anos”.
A sua educação elementar foi em
alemão em Sebeș (1902/1906), tendo depois frequentado a Escola Secundária
Andrei Șaguna, em Brasov (1906/1914). Com a eclosão da Primeira Guerra
Mundial, iniciou os estudos teológicos em Sibiu, onde se formou em 1917.
O seu primeiro artigo filosófico foi
sobre a Teoria de Bergson. De 1917 a 1920, frequentou cursos na Universidade
de Viena, onde estudou filosofia e obteve o doutoramento.
Ao voltar à Transilvânia, agora
uma parte da Roménia, contribuiu para a imprensa romena, sendo editor das
revistas “Cultur” de Cluj e “Banat” em Lugoj.
Em 1926, envolveu-se na
diplomacia, ocupando sucessivos cargos nas legações da Roménia em Varsóvia,
Praga, Lisboa (1938/1939), Berna e Viena. Sendo eleito membro titular da Academia
Romena, em 1936, o seu discurso de aceitação foi intitulado “Em louvor
da aldeia romena”.
Em 1939, tornou-se professor de
filosofia cultural na Universidade de Cluj, temporariamente localizada
em Sibiu, nos anos seguintes à Segunda Arbitragem de Viena. Durante a
sua estadia em Sibiu, editou - desde 1943 - a revista anual “Saeculum”.
Foi demitido da sua posição de
professor universitário em 1948, porque se recusou a expressar o seu apoio ao
regime de Nicolae Ceauşescu e foi trabalhar como bibliotecário no Instituto
de História da Academia Romena. Foi proibido de publicar novos livros e,
até 1960, foi autorizado apenas a publicar traduções. Completou a tradução do “Fausto”,
a obra-prima de Goethe, um dos escritores alemães que mais o influenciaram.
Foi-lhe diagnosticado um cancro e
faleceu aos 65 anos. Foi sepultado no dia do seu aniversário, no cemitério da
aldeia de Lancrăm.
A Universidade de Sibiu
tem o seu nome até hoje. Existe uma estátua em sua homenagem, no Estoril, em Portugal.
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