EFEMÉRIDE - Philip
Milton Roth, escritor norte-americano, morreu em Nova Iorque no dia 22 de
Maio de 2018. Nascera em Newark, Nova Jersey, em 19 de Março de 1933. Foi
associado pela sua educação e temática literária à comunidade judaica. É
considerado um dos maiores escritores norte-americanos da segunda metade do
século XX. É conhecido sobretudo pelos romances, embora também tenha escrito
contos e ensaios.
Entre as suas obras mais
conhecidas, encontra-se a colecção de contos “Goodbye, Columbus” (1959),
a novela “O Complexo de Portnoy” (1969) e a trilogia publicada na década
de 1990, composta pelas novelas “Pastoral Americana” (1997), “Casei
com um comunista” (1998) e “A Marca Humana”.
Muitas das suas obras reflectem
os problemas de assimilação e identidade dos judeus dos Estados Unidos, o que o
vincula a outros autores norte-americanos como Saul Bellow, laureado com o Nobel
de Literatura em 1976, ou Bernard Malamud, que também tratam nas suas obras
a experiência dos judeus americanos.
Grande parte da obra de Roth
explora a natureza do desejo sexual e a auto-compreensão. A marca registada da
sua ficção é o monólogo íntimo, dito com um humor amotinado, e a energia histérica
por vezes associada com as figuras do herói e narrador de “O Complexo de
Portnoy”, a obra que o tornou conhecido.
Recebeu o Prémio Pulitzer de
Ficção com “Pastoral Americana” em 1998. É conhecido sobretudo pelo
seu alter-ego Nathan Zuckerman, protagonista de diversos dos seus livros. É o
único autor americano a ter as suas obras completas publicadas em vida pela Library
of America, que tem como missão editorial preservar as obras consideradas
como parte da herança cultural americana.
Foi galardoado também com o
prestigioso Prémio Internacional Man Booker, em 2011.
Em 2012, foi o vencedor do Prémio
Príncipe das Astúrias de Literatura. Em Setembro do mesmo ano, em
entrevistas a revistas francesas, anunciou que abandonava a carreira de
escritor, sendo “Némesis” o seu último trabalho. Dedicou-se depois à
produção da sua biografia escrita por Blake Bailey.
Faleceu aos 85 anos, num hospital
nova-iorquino, vítima de Insuficiência cardíaca.
Escreveu 26 romances, alguns
adaptados ao cinema.
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