domingo, 7 de junho de 2020

7 DE JUNHO - EMÍLIA DE SOUSA COSTA


EFEMÉRIDE - Emília da Piedade Teixeira Lopes de Sousa Costa, escritora e activista do feminismo, considerada pioneira da literatura infantil em língua portuguesa, morreu no Porto em 7 de Junho de 1959.  Nascera em Almacave, Lamego, no dia 15 de Dezembro de 1877.  
Em 5 de Outubro de 1904, com vinte e seis anos, casou na sua freguesia natal com o magistrado e escritor Alberto Mário de Sousa e Costa, autor dos “Grandes dramas judiciários” e de muitas outras obras. 
Emília de Sousa Costa foi defensora da educação feminina e uma das fundadoras da Caixa de Auxílio a Raparigas Estudantes Pobres. Foi professora na Tutoria Central de Lisboa, uma instituição vocacionada para a assistência a crianças delinquentes ou abandonadas, e pertenceu ao conselho central da Federação Nacional dos Amigos das Crianças
Como escritora, Emília de Sousa Costa dedicou-se principalmente à escrita de livros infantis. Escreveu também contos e novelas com índole mais diversificada e para públicos adultos. 
Em 1925, publicou o seu único diário de viagem, intitulado “Como eu vi o Brasil”. Este livro remete-nos para a viagem que a escritora fez ao Brasil, em 1923, cujo itinerário passou por Lisboa, Madeira e Cabo Verde, chegando finalmente ao Brasil. Ainda que horrorizada pela pobreza e pelas maleitas que assolavam Cabo Verde, Emília de Sousa Costa não deixa de se maravilhar com as paisagens brasileiras e, sobretudo, com a madeirense: «Surge enfim a Madeira, maravilhoso retalho do Éden, que os nossos olhos ávidos espreitam num embevecimento de admiração». 
Em 1933, publicou a novela “Quem tiver filhas no mundo...”, que incluía também vários contos. 
Em 1935, publicou um livro de contos de cariz histórico, intitulado “Lendas de Portugal”. A obra inclui um conjunto de vinte e seis curtos contos sobre lendas e narrativas portuguesas. 
Em 1947, publicou a obra “No reino do Sol”, em colaboração com Ofélia Marques. 
Emília de Sousa Costa foi uma grande divulgadora da obra dos irmãos Grimm (Jacob Grimm e Wilhelm Grimm) através da adaptação de muitos dos seus contos no idioma português. 
Nos seus últimos anos, Emília Sousa Costa e o marido viveram na casa conhecida por Conventinho de Contumil, onde faleceu aos oitenta e um anos de idade. 
Em 5 de Outubro de 2010, na comemoração do centenário da República Portuguesa, foram emitidos selos postais em homenagem a mulheres que, nos princípios do século XX, pelos seus escritos e acções, deram grandes contribuições sociais, culturais ou políticas para a defesa dos direitos das mulheres. Um dos selos foi dedicado à escritora Emília de Sousa Costa e à jornalista Virgínia Quaresma (1882/1973).

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