segunda-feira, 22 de junho de 2020

22 DE JUNHO - PETER PEARS


EFEMÉRIDE - Peter Neville Luard Pears, tenor inglês e companheiro de toda a vida do compositor Benjamin Britten, nasceu em Farnham no dia 22 de Junho de 1910. Morreu em Aldeburgh, em 3 de Abril de 1986.
Pears frequentou o Lancing College e estudou música no Keble College, em Oxford, e foi organista do Hertford College, mas abandonou os estudos sem obter qualquer diploma. Mais tarde, voltou a estudar canto, durante dois períodos escolares, no Royal College of Music.
Conheceu Britten em 1936, quando cantava no coro BBC Singers. Pears e Britten deram o seu primeiro recital em 1937, no Balliol College, na Universidade de Oxford. Nesse ano, viajaram juntos para a América e, depois do seu regresso, apresentaram em conjunto a obra “Seven Sonnets of Michelangelo”, de Britten, no Wigmore Hall, que posteriormente gravariam para a EMI - o seu primeiro disco em conjunto.
Muitas das obras de Britten foram escritas tendo em mente especificamente a voz de tenor de Pears, que foi uma fonte de inspiração e um catalisador fundamental da sua criatividade. Entre as obras escritas para Pears, contam-se: “Nocturne, a Serenade for Tenor”, “Yorn and Strings” e os “Cânticos”; igualmente, diversas óperas.
Pears foi co/libretista da ópera “A Midsummer Night’Dream”, em que criou um dos seus raros papéis cómicos.
A sua voz era controversa, com qualidades vocais consideradas pouco usuais, e descrita como “seca” ou “branca”. A qualidade da sua voz não funcionava bem em gravações, mas não existem dúvidas que ele tinha uma rara capacidade de articulação e de agilidade vocal, que Britten também potenciou. Peter Pears foi considerado pelo “BBC Music magazine”, como um dos 10 melhores tenores de sempre.
Pears estreou-se na Metropolitan Opera em Outubro de 1974, como Aschenbach, em “Death in Venice”. Cantou regularmente na Royal Opera House e em múltiplas salas de ópera prestigiadas da Europa e dos Estados Unidos da América. Teve performances notáveis, como em “Evangelista nas Paixões” de Johann Sebastian Bach.
Foi feito comendador da Ordem do Império Britânico em 1957, tendo sido enobrecido em 1978.  Repousa no cemitério da Igreja de São Pedro e São Paulo, em Aldeburgh, Suffolk, ao lado de Benjamin Britten.

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