EFEMÉRIDE - Alcides
Dias Lopes, mais conhecido por Alcides Malandro Histórico, compositor
brasileiro e integrante da Velha Guarda da Portela, nasceu no Rio de
Janeiro em 17 de Dezembro de 1909. Morreu na mesma cidade em 9 de Novembro
de 1987.
Na juventude, levou uma vida de malandro,
vagueando - sem destino e sem ocupação fixa - pelas ruas do Rio. O seu primeiro
emprego só apareceu depois do casamento com Guiomar, com quem teve quatro
filhos. Foi então manobrista e sinalizador de comboios da Rede Ferroviária
Federal, trabalhando perto do subúrbio de Benfica.
Mesmo trabalhando, Alcides nunca
faltava aos ensaios da Portela. Estava sempre presente, com a sua
fisionomia fechada, o seu tronco avantajado e o seu modo simples de se vestir.
Um dos maiores divulgadores
póstumos da obra de Alcides foi Zeca Pagodinho, que gravou “Dona do meu
coração”, “Já sei de tudo, mulher”, “Meu tamborim” e “Vivo
muito bem”, entre outras composições.
Apesar de ter sido um excelente
intérprete e compositor, Alcides Lopes nunca gravou nenhum disco individual. Os
únicos registos disponíveis são duas participações, ao lado de Dona Ivone Lara,
nas músicas “Quando a maré”, de António Caetano, e “Já chegou quem
faltava”, de Nilson Gonçalves, presentes no disco “Samba – Minha
Verdade, Minha Raiz” (Odéon, 1978).
Como reconhecimento pela sua
contribuição para a Portela, o seu retrato foi incluído na galeria do Pavilhão
de Canto do Portelão.
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