sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

6 DE DEZEMBRO - WILLIAM S. HART


EFEMÉRIDE - William Surrey Hart, actor, guionista, realizador e produtor norte-americano, conhecido pelos seus papéis de cowboy em inúmeros filmes do género western, nasceu em Newburgh, Nova Iorque, em 6 de Dezembro de 1864. Morreu em Los Angeles, em 23 de Junho de 1946.
Conviveu, na sua infância, com índios Minneconjou e Sioux, devido ao trabalho do seu pai, que instalava maquinaria para moinhos nas regiões de Illinois, Iowa, Minnesota, Wisconsin e Dakota. Aprendeu a cavalgar, nadar, lavrar a terra e a tratar de animais. Frequentou a escola pública em West Farms, que logo abandonando para trabalhar nos correios locais.
Hart estreou-se no teatro aos 23 anos, participando em várias companhias teatrais. Trabalhou nas peças “Ben-Hur”, “Squaw Man”, “The Virginian”, “The Barrier”, “The Hold-Up”, “The Trail of the Lonesome Pine” e “Moonshine”. 
Thomas Ince, seu amigo da época do teatro e supervisor da New York Motion Picture, sediada na Califórnia, deu-lhe uma chance no cinema, com o papel de vilão em dois westerns curtos. Posteriormente, fez o papel principal em “The Bargain” e “On the Night Stage”, ambos de 1914, sob a direcção de Reginald Barker.
Hart mudou-se para Los Angeles e actuou em 18 filmes de western para a New York Motion Picture, entre eles “O Lobo Ferido” (“The Darkening Trail”). Em 1915, juntou-se a Mack Sennett, Harry Altken e D. W. Griffith, fundando com eles a Triangle Film Corporation. Na Triangle, Hart fez 17 filmes de western, com destaque para “Terra do Inferno” (“Hells Hinges”) e “Serás Minha Escrava” (“The Aryan”), ambos em 1916. 
Em 1917, Hart foi, com Thomas Ince, para a Famous Players. Seguiram-se 25 filmes, muitos sob a direcção de Lambert Hillyer. Escreveu igualmente os guiões, realizou e produziu alguns dos seus filmes. Também escreveu livros, entre eles a sua autobiografia, “My Life East and West”. 
Aos 56 anos, casou-se com Winifred Westover, que trabalhara com ele em “Um Amigo Precisoso” e “João das Saias” (“John Petticoats”), de 1919. Separaram-se antes do nascimento do seu filho, William Hart, Jr., em 1922.
Hart deixou a Famous Players, indo para a United Artists, onde ficaria até fazer, em 1925, o seu último filme, “O Rei do Deserto” (“Tumbleweeds”). Retirou-se dos ecrãs, tendo sido, posteriormente, convidado especial em “Fazendo Fitas” (“Show People”), de King Vidor, em 1928, além de dois “Instantâneos de Hollywood” (“Screen Snapshots”), da Columbia. Em 1939, “O Rei do Deserto” foi relançado pela Astor Pictures, com música, efeitos sonoros e um prólogo de oito minutos. 
Hart faleceu aos 81 anos e está sepultado no Greenwood Cemetery, em Brooklyn, Nova Iorque. Doou a sua propriedade ao Los Angeles County, para servir como centro de recreação, justificando assim: «Enquanto estava a fazer filmes, os fãs deram-me os seus níqueis e centavos. Quando partir para sempre, quero que fiquem com o meu lar».

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