EFEMÉRIDE - William
Surrey Hart, actor, guionista, realizador e produtor norte-americano,
conhecido pelos seus papéis de cowboy em inúmeros filmes do género western,
nasceu em Newburgh, Nova Iorque, em 6 de Dezembro de 1864. Morreu em Los
Angeles, em 23 de Junho de 1946.
Conviveu, na sua infância, com
índios Minneconjou e Sioux, devido ao trabalho do seu pai, que
instalava maquinaria para moinhos nas regiões de Illinois, Iowa, Minnesota,
Wisconsin e Dakota. Aprendeu a cavalgar, nadar, lavrar a terra e a tratar de
animais. Frequentou a escola pública em West Farms, que logo abandonando para
trabalhar nos correios locais.
Hart estreou-se no teatro aos 23
anos, participando em várias companhias teatrais. Trabalhou nas peças “Ben-Hur”, “Squaw
Man”, “The Virginian”, “The Barrier”, “The Hold-Up”, “The
Trail of the Lonesome Pine” e “Moonshine”.
Thomas Ince, seu amigo da época
do teatro e supervisor da New York Motion Picture, sediada na
Califórnia, deu-lhe uma chance no cinema, com o papel de vilão em dois westerns
curtos. Posteriormente, fez o papel principal em “The Bargain” e “On
the Night Stage”, ambos de 1914, sob a direcção de Reginald Barker.
Hart mudou-se para Los Angeles e actuou
em 18 filmes de western para a New York Motion Picture, entre eles “O
Lobo Ferido” (“The Darkening Trail”). Em 1915, juntou-se a Mack
Sennett, Harry Altken e D. W. Griffith, fundando com eles a Triangle Film
Corporation. Na Triangle, Hart fez 17 filmes de western, com
destaque para “Terra do Inferno” (“Hells Hinges”) e “Serás
Minha Escrava” (“The Aryan”), ambos em 1916.
Em 1917, Hart foi, com Thomas
Ince, para a Famous Players. Seguiram-se 25 filmes, muitos sob a direcção
de Lambert Hillyer. Escreveu igualmente os guiões, realizou e produziu alguns
dos seus filmes. Também escreveu livros, entre eles a sua autobiografia, “My
Life East and West”.
Aos 56 anos, casou-se com
Winifred Westover, que trabalhara com ele em “Um Amigo Precisoso” e “João
das Saias” (“John Petticoats”), de 1919. Separaram-se antes do
nascimento do seu filho, William Hart, Jr., em 1922.
Hart deixou a Famous Players,
indo para a United Artists, onde ficaria até fazer, em 1925, o seu
último filme, “O Rei do Deserto” (“Tumbleweeds”). Retirou-se dos
ecrãs, tendo sido, posteriormente, convidado especial em “Fazendo Fitas”
(“Show People”), de King Vidor, em 1928, além de dois “Instantâneos
de Hollywood” (“Screen Snapshots”), da Columbia. Em 1939, “O
Rei do Deserto” foi relançado pela Astor Pictures, com música,
efeitos sonoros e um prólogo de oito minutos.
Hart faleceu aos 81 anos e está sepultado
no Greenwood Cemetery, em Brooklyn, Nova Iorque. Doou a sua propriedade
ao Los Angeles County, para servir como centro de recreação, justificando
assim: «Enquanto estava a fazer filmes, os fãs deram-me os seus níqueis e
centavos. Quando partir para sempre, quero que fiquem com o meu lar».
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