EFEMÉRIDE - Paul Morand,
diplomata, romancista, dramaturgo e poeta francês, nasceu em Paris no dia 13 de
Março de 1888. Morreu na mesma cidade em 24 de Julho de 1976.
No início da carreira, foi colocado
na embaixada em Londres, voltou a Paris para trabalhar no gabinete do ministro
dos Negócios Estrangeiros durante a Primeira Guerra Mundial. Foi em seguida para Roma e Madrid. A sua
amizade com Philippe Berthelo permitiu-lhe efectuar missões diplomáticas que,
na realidade, tinham fins literários. Depois do seu casamento com uma senhora
rica de origem grega (1927), conseguiu ficar em licença ilimitada, só reintegrando
a carreira em 1939 e sendo nomeado para dirigir a missão económica francesa.
Os primeiros textos que publicou
foram poemas, nomeadamente “Lampes à Arc” em 1919. A sua verdadeira entrada
no mundo literários, porém, aconteceu em 1921, com a edição da sua primeira
obra em prosa, “Tendres Stocks”, uma recolha de novelas prefaciada por
Proust.
Durante os anos 1920/1930,
escreveu numerosos livros, récitas de viagens, romances e novelas, tudo com um
estilo muito próprio, tanto na forma como nas ideias. Durante este tempo, foi
também jornalista, sobretudo no “Le Figaro”, e editor, dirigindo - na Gallimard
- a colecção “Renaissance de la nouvelle”, onde aparecem em 1938 as
“Nouvelles orientales” de Marguerite Yourcenar.
Gerou muitas tempestades ao longo
de quase todo o século XX, devido à sua irreverência literária, à recusa em
seguir as modas do pós-guerra e abordando temas demasiado ousados para a época.
Mais tarde, as suas escolhas políticas infelizes, próximo do regime de Vichy,
e o seu anti-semitismo, condenaram-no perante a opinião pública e levaram a que
fosse banido, por um longo período, do panorama literário francês, tendo sido
até considerado como persona non grata.
Depois da Segunda Guerra
Mundial, esteve exilado na Suíça durante uma dezena de anos, até ser de
novo admitido em território francês. Continuou a escrever e, juntamente com
Jacques Chardonne, tonou-se protector de uma geração de novos escritores.
Só após a sua polémica eleição
para a Academia Francesa, em Outubro de 1968, viu a sua obra, de novo,
publicada em França.
A esposa morreu em Fevereiro de
1975 e ele faleceu num hospital de Paris, no ano seguinte.
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