EFEMÉRIDE - Fidelino
de Sousa Figueiredo, político, professor, hispanista, historiador e
crítico literário português, morreu em Lisboa no dia 20 de Março de 1967.
Nascera na mesma cidade em 20 de Julho de 1888. Destacou-se sobretudo pela sua
faceta de ensaísta e como intelectual cosmopolita.
Foi contista e romancista
precoce, começando a publicar com 17 anos de idade, assinando com o anagrama “Delfínio”,
que usaria até às “Notas elucidativas”, quando o seu nome apareceu pela
primeira vez como ‘Fidelino de Sousa Figueiredo (Delfínio)’.
Licenciou-se em Ciências
Histórico-Geográficas no Curso Superior de Letras (antecessor da Faculdade
de Letras), em 1910, tornando-se professor liceal.
Em 1911, casou-se com Dulce Elisa
Lobo da Costa (de Figueiredo), com quem teve quatro filhos.
Foi deputado no Sidonismo,
chefe de Gabinete do ministro da Instrução Pública em 1917/1918 e ainda
director da Biblioteca Nacional, em 1918/1919, cargo no qual seria
reconduzido em 1927.
Em 1927, participou na revolta
dos Fifis contra a Ditadura Nacional, instalada em 1926, pelo
que esteve dois anos exilado. Durante o exílio, em Madrid, foi contratado pela Universidade
Central, para professor de Literatura Portuguesa e Espanhola.
Após passagens pelos EUA
(Berkeley) e México, seria no Brasil, entre 1938 e 1951, que Fidelino de
Figueiredo desenvolveria o seu magistério, sobretudo na Universidade de São
Paulo e na Federal do Rio de Janeiro, onde foi titular de uma
cátedra de Estudos Portugueses e criou uma activa escola de lusistas:
entre os seus discípulos contam-se Antônio Soares Amora, Segismundo Spina,
Massaud Moisés e Cleonice Berardinelli. Ao contrair uma grave doença neuromuscular,
regressou a Portugal em 1951, fixando residência em Lisboa.
Dirigiu as seguintes revistas: “Revista
de História” (Lisboa, 1912/1928); “Portugália”, revista de cultura,
tradição e renovação nacional (Lisboa, 1925/1926); e “Letras” (São
Paulo). Encontra-se ainda colaboração da sua autoria em diversas outras
revistas, nomeadamente na revista “Serões” (1901/1911), “Feira da
Ladra” (1929/1943), “Anais das bibliotecas, arquivos e museus municipais”
(1931/1936) e na revista luso-brasileira “Atlântico”.
Em 1957, foi premiado com a Grã-Cruz
da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, pelo Brasil, com o grande-oficialato
da Ordem Militar de Sant’Iago de Espada e ainda, pela imprensa, com o Prémio
“Diário de Notícias” pelo conjunto da sua obra e em especial por “Um
Homem na sua humanidade”.
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