sexta-feira, 20 de março de 2020

20 DE MARÇO - FIDELINO DE FIGUEIREDO


EFEMÉRIDE - Fidelino de Sousa Figueiredo, político, professor, hispanista, historiador e crítico literário português, morreu em Lisboa no dia 20 de Março de 1967. Nascera na mesma cidade em 20 de Julho de 1888. Destacou-se sobretudo pela sua faceta de ensaísta e como intelectual cosmopolita. 
Foi contista e romancista precoce, começando a publicar com 17 anos de idade, assinando com o anagrama “Delfínio”, que usaria até às “Notas elucidativas”, quando o seu nome apareceu pela primeira vez como ‘Fidelino de Sousa Figueiredo (Delfínio)’. 
Licenciou-se em Ciências Histórico-Geográficas no Curso Superior de Letras (antecessor da Faculdade de Letras), em 1910, tornando-se professor liceal. 
Em 1911, casou-se com Dulce Elisa Lobo da Costa (de Figueiredo), com quem teve quatro filhos. 
Foi deputado no Sidonismo, chefe de Gabinete do ministro da Instrução Pública em 1917/1918 e ainda director da Biblioteca Nacional, em 1918/1919, cargo no qual seria reconduzido em 1927. 
Em 1927, participou na revolta dos Fifis contra a Ditadura Nacional, instalada em 1926, pelo que esteve dois anos exilado. Durante o exílio, em Madrid, foi contratado pela Universidade Central, para professor de Literatura Portuguesa e Espanhola
Após passagens pelos EUA (Berkeley) e México, seria no Brasil, entre 1938 e 1951, que Fidelino de Figueiredo desenvolveria o seu magistério, sobretudo na Universidade de São Paulo e na Federal do Rio de Janeiro, onde foi titular de uma cátedra de Estudos Portugueses e criou uma activa escola de lusistas: entre os seus discípulos contam-se Antônio Soares Amora, Segismundo Spina, Massaud Moisés e Cleonice Berardinelli. Ao contrair uma grave doença neuromuscular, regressou a Portugal em 1951, fixando residência em Lisboa.
Dirigiu as seguintes revistas: “Revista de História” (Lisboa, 1912/1928); “Portugália”, revista de cultura, tradição e renovação nacional (Lisboa, 1925/1926); e “Letras” (São Paulo). Encontra-se ainda colaboração da sua autoria em diversas outras revistas, nomeadamente na revista “Serões” (1901/1911), “Feira da Ladra” (1929/1943), “Anais das bibliotecas, arquivos e museus municipais” (1931/1936) e na revista luso-brasileira “Atlântico”. 
Em 1957, foi premiado com a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, pelo Brasil, com o grande-oficialato da Ordem Militar de Sant’Iago de Espada e ainda, pela imprensa, com o Prémio “Diário de Notícias” pelo conjunto da sua obra e em especial por “Um Homem na sua humanidade”.

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