quarta-feira, 2 de novembro de 2022

2 DE NOVEMBRO - BERNARD SHAW

EFEMÉRIDE - George Bernard Shaw, dramaturgo, romancista, contista, ensaísta e jornalista irlandês, morreu em Ayot St Lawrence no dia 2 de Novembro de 1950. Nascera em Dublin, em 26 de Julho de 1856. Co-fundador da London School of Economics, foi também autor de comédias satíricas de espírito irreverente e inconformista.

Shaw irritou-se com o que percebeu ser a exploração da classe trabalhadora. Socialista ardente, escreveu muitos folhetos e discursos para o Socialismo fabiano. Tornou-se um orador dedicado à promoção das suas causas, que incluem ganhar direitos iguais para homens e mulheres, aliviar os abusos contra os trabalhadores, rescindir a propriedade privada de terras produtivas e promover estilos de vida saudáveis. Em pouco tempo, tornou-se activo na política local, no London County Council.

Ele e o cantor Bob Dylan são os únicos a terem obtido um Prémio Nobel de Literatura (1925) e um Óscar (1938). Shaw pelas suas contribuições para a literatura e pelo seu trabalho no filme “Pygmalion” (adaptação da sua peça com mesmo nome). Ele quis recusar o Prémio Nobel porque não tinha gosto por honrarias públicas. Mas acabou por aceitar, a pedido da esposa, que considerava o Nobel como homenagem à Irlanda. No entanto, ele rejeitou o dinheiro, pedindo que os fundos fossem utilizados para financiar traduções de livros suecos para o inglês.

George Bernard Shaw era filho de George Carr Shaw (1814/1885) e de Elizabeth Lucinda Gurly (1830/1913), uma cantora profissional.

Ele nasceu numa tradicional, mas empobrecida família protestante, foi de início instruído por um tio, mas rejeitou a educação escolar e, aos 16, anos, empregou-se num escritório. Adquiriu amplo conhecimento artístico graças à mãe e às frequentes visitas à Galeria Nacional da Irlanda.

Decidido a tornar-se escritor, foi morar em Londres em 1876, porém, durante mais de dez anos, os seus romances foram recusados por todos os editores da cidade, assim como a maior parte dos artigos enviados à imprensa.

Tornou-se vegetariano, fervoroso defensor do socialismo Fabiano, orador brilhante, polemista, fez as primeiras tentativas como dramaturgo.

Em 1885, conseguiu um trabalho fixo na imprensa e, durante quase uma década, escreveu resenhas literárias, críticas de arte e brilhantes colunas musicais.

A sua actividade literária, em especial a produção teatral, foi uma sequência de sucessos; destacou-se também na crítica literária, teatral e musical, na criação de panfletos e ensaios sobre assuntos políticos, económicos e sociais; sendo ainda um prolífico epistológrafo.

Como crítico de teatro da “Saturday Review” (1895), atacou insistentemente a pobreza qualitativa e artística da produção teatral vitoriana.

Durante a Primeira Guerra Mundial, interrompeu a sua produção teatral e publicou um polémico panfleto, “Common Sense About the War”, no qual considerava o Reino Unido, os aliados e os alemães igualmente culpados e reivindicava negociações de paz.

Recusou o Nobel de Literatura de 1925 e, nas suas últimas peças, intensificou as pesquisas com a linguagem não realista, simbolista e tragicómica.

Durante cinco anos, deixou de escrever para o teatro e dedicou-se ao preparo e publicação da edição das suas obras escolhidas (1930/1938), e ao tratado político The Intelligent Woman’s Guide to Socialism and Capitalism (1928). A sua correspondência também foi publicada, destacando-se a troca de cartas com o escritor H. G. Wells.

Faleceu aos 94 anos. O seu corpo foi cremado e as cinzas, juntamente com as de sua esposa, foram misturadas e lançadas no jardim da sua casa ao longo da estátua de Joana d’Arc em Shaw’s Corner, Hertfordshire na Inglaterra.

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