Shaw irritou-se com o que
percebeu ser a exploração da classe trabalhadora. Socialista ardente, escreveu
muitos folhetos e discursos para o Socialismo fabiano.
Tornou-se um orador dedicado à promoção das suas causas, que incluem ganhar
direitos iguais para homens e mulheres, aliviar os abusos contra os
trabalhadores, rescindir a propriedade privada de terras produtivas e promover
estilos de vida saudáveis. Em pouco tempo, tornou-se activo na política local,
no London County Council.
Ele e o cantor Bob Dylan são os
únicos a terem obtido um Prémio Nobel de Literatura (1925) e um Óscar
(1938). Shaw pelas suas contribuições para a literatura e pelo seu trabalho no
filme “Pygmalion” (adaptação da sua peça com mesmo nome). Ele quis
recusar o Prémio Nobel porque não tinha gosto por honrarias públicas.
Mas acabou por aceitar, a pedido da esposa, que considerava o Nobel como
homenagem à Irlanda. No entanto, ele rejeitou o dinheiro, pedindo que os fundos
fossem utilizados para financiar traduções de livros suecos para o inglês.
George Bernard Shaw era filho de
George Carr Shaw (1814/1885) e de Elizabeth Lucinda Gurly (1830/1913), uma
cantora profissional.
Ele nasceu numa tradicional, mas empobrecida
família protestante, foi de
início instruído por um tio, mas rejeitou a educação escolar e, aos 16,
anos, empregou-se num escritório. Adquiriu amplo conhecimento artístico graças
à mãe e às frequentes visitas à Galeria Nacional da Irlanda.
Decidido a tornar-se escritor,
foi morar em Londres em 1876, porém, durante mais de dez anos, os seus romances
foram recusados por todos os editores da cidade, assim como a maior parte dos
artigos enviados à imprensa.
Tornou-se vegetariano, fervoroso
defensor do socialismo Fabiano, orador
brilhante, polemista, fez as primeiras tentativas como dramaturgo.
Em 1885, conseguiu um trabalho
fixo na imprensa e, durante quase uma década, escreveu resenhas
literárias, críticas de arte e brilhantes colunas musicais.
A sua actividade literária, em
especial a produção teatral, foi uma sequência de sucessos; destacou-se também
na crítica literária, teatral e musical, na criação de panfletos e ensaios
sobre assuntos políticos, económicos e sociais; sendo ainda um prolífico epistológrafo.
Como crítico de teatro da “Saturday
Review” (1895), atacou insistentemente a
pobreza qualitativa e artística da produção teatral vitoriana.
Durante a Primeira Guerra
Mundial, interrompeu a sua produção teatral e publicou um polémico
panfleto, “Common Sense About the War”, no qual considerava o Reino
Unido, os aliados e os alemães igualmente culpados e reivindicava negociações
de paz.
Recusou o Nobel de Literatura
de 1925 e, nas suas últimas peças, intensificou as pesquisas com a
linguagem não realista, simbolista e tragicómica.
Durante cinco anos, deixou de
escrever para o teatro e dedicou-se ao preparo e publicação da edição das suas
obras escolhidas (1930/1938), e ao tratado político The Intelligent Woman’s
Guide to Socialism and Capitalism (1928). A sua correspondência também foi
publicada, destacando-se a troca de cartas com o escritor H. G. Wells.
Faleceu aos 94 anos. O seu corpo
foi cremado e as cinzas, juntamente com as de sua esposa, foram misturadas e
lançadas no jardim da sua casa ao longo da estátua de Joana d’Arc em Shaw’s
Corner, Hertfordshire na Inglaterra.
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