Ficou conhecida como a primeira
iraniana a escrever história em banda desenhada. A adaptação animada da sua
série de quadradinhos “Persépolis”, que ela co-dirigiu com Vincent
Paronnaud, foi nomeada para o Oscar.
Marjane Satrapi cresceu em Teerã numa
família que se envolveu com os movimentos comunista e socialista no Irã, antes
da Revolução Iraniana. Ali frequentou o Lycée Français e
presenciou, durante a infância, à crescente repressão das liberdades civis e às
consequências da política iraniana na vida quotidiana dos habitantes do país,
incluindo a queda do Xá, o regime inicial de Ruhollah Khomeini e os primeiros
anos da Guerra Irã-Iraque.
Em 1983, então com 14 anos,
Satrapi foi mandada para Viena de Áustria, pelos seus pais, a fim de fugir do
regime iraniano.
Lá, estudou no Liceu Francês
de Viena. De acordo com a sua autobiografia gráfica, “Persépolis”,
ela permaneceu em Viena durante o ensino médio, morando na casa de amigos, em
pensionatos e repúblicas estudantis, até finalmente ficar desabrigada e viver
nas ruas.
Após um ataque quase mortal de
pneumonia, em decorrência das graves condições de vida, ela voltou ao Irã.
Conheceu um homem chamado Reza, com quem se casou aos 21 anos e divorciou-se
cerca de três anos depois.
Em seguida, estudou Comunicação
Visual e, posteriormente, obteve o mestrado em Comunicação Visual
pela Faculdade de Belas-Artes em Teerã, Universidade Islâmica Azad.
Satrapi, em seguida, mudou-se
para Estrasburgo, França. Vive actualmente em Paris, onde trabalha como
ilustradora e é autora de livros infantis.
Satrapi também foi responsável
pela arte do álbum “Préliminaires”, do roqueiro Iggy Pop.
Sem comentários:
Enviar um comentário