sábado, 19 de dezembro de 2020

19 DE DEZEMBRO - AMÉRICO RAPOSO

EFEMÉRIDE - Américo Figueiredo Raposo, ciclista português, de estrada e de pista, e gravador-medalhista, nasceu em Lajeosa do Dão no dia 19 de Dezembro de 1932.

Em 1947, com apenas 15 anos de idade, venceu 3 circuitos (Circuito Amador de Lajes de Silgueiros, Circuito Amador de Tondela e Circuito Amador de Lajeosa do Dão) para iniciados, na sua terra natal.

Em 1948, foi campeão das escolas de ciclismo do Sporting CP para iniciados na modalidade. Começou a sua carreira no ano de 1949, finalizando-a em 1960, sempre ao serviço do Sporting.

Filho do ciclista Joaquim Raposo e irmão de outros três praticantes da modalidade (Júlio, Alberto e Rui), o jovem Américo - desde muito novo - apaixonou-se pelas bicicletas e, enquanto ouvia as histórias do seu pai e assistia às corridas do seu irmão Alberto, sonhava vir a ser um ciclista famoso.

Com 16 anos de idade, veio para Lisboa e logo decidiu que a sua profissão seria mecânico de bicicletas. Assim, arranjou emprego na Velocipédica Leonina, situada ao pé do Campo do Sporting e que tinha como proprietários António Germano, um grande “leão”, e Júlio Mourão.

Entrou então para a Escola de Ciclismo do Sporting, onde inicialmente foi orientado por João Lourenço, mas foi do “Mestre” Eduardo Lopes (como o apelidava), que recebeu os ensinamentos que o tornaram num dos melhores sprinters de sempre em Portugal, quase imbatível em pista, formando - com Pedro Polainas - uma temível dupla.

Foi necessária uma autorização especial para que começasse a competir oficialmente e ganhou logo algumas corridas, sagrando-se Campeão Regional de Velocidade em 1950.

1951 foi o ano da sua afirmação, em que - depois de se sagrar Campeão Regional de Fundo na categoria de Amadores e de participar no Campeonato do Mundo de Pista em Milão (Velódromo Vigorelli) - foi promovido à categoria de Independentes, sagrando-se logo Campeão Regional e Nacional de Velocidade. Ao todo, viria a somar 28 títulos de Campeão de Velocidade e de Fundo.

Estreou-se na Volta a Portugal em 1952 e vestiu logo a Camisola Amarela ao vencer brilhantemente o Circuito da Pista do Lima no Porto. A excitação do feito não o deixou dormir nessa noite e, no dia seguinte, não resistiu ao Marão, mas no final da Volta foi o melhor elemento do Sporting terminando no 10º lugar da Geral, tendo ainda ganho mais uma etapa.

Defrontou na sua carreira vedetas como Anquetil, Bobet, Bahamontes, Muller, Kubler e Poblet, entre outros. Em 1954, ganhou a clássica corrida Porto-Lisboa.

Após terminar a carreira de ciclista, foi treinador do Sporting, altura em que descobriu João Roque. Em 1961, sob o seu comando técnico, a equipa do Sporting venceu colectivamente a Volta a Portugal, facto que não acontecia há 20 anos.

Depois de deixar definitivamente o ciclismo, dedica-se a tempo inteiro à sua profissão de gravador-medalhista, tornando-se num dos maiores de sempre, senão mesmo o maior de Portugal, colaborando com os mais renomados escultores portugueses, como o Prof. Esc. Fernando Conduto, Prof. Esc. Domingos Soares Branco, D. Thomaz de Mello, Luz Correia, José João de Brito e Rui Chafes, entre outros. Foi homenageado pela Câmara Municipal de Tondela, em 1990 e 2001. 

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