Sou animal acossado,
homem perdido,
com futuro ameaçado
e presente sem sentido.
Olho o céu sem fronteiras
e o mar profundo:
- apesar das canseiras
vou ter saudades do Mundo.
O dia vai nascer
e eu já saturado,
ninguém vai entender
este meu triste fado.
Calor abrasador
mas alma gelada:
- adeus, meu amor,
estou de abalada!
Meu tempo acabou,
já nem me reconheço:
- serei quem sou
ou aquilo que pareço?
Gabriel de Sousa
Monte Gordo, 2007-08-10
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