sexta-feira, 30 de junho de 2017

30 DE JUNHO - ANTÓNIO LEAL MOREIRA

EFEMÉRIDEAntónio Leal Moreira, compositor português, nasceu em Abrantes no dia 30 de Junho de 1758. Morreu em Lisboa, em 26 de Novembro de 1819.
Em Junho de 1766, ingressou no Seminário da Patriarcal de Lisboa, onde foi aluno de João de Sousa Carvalho. Em 1775, tornou-se assistente do seu professor e organista. A partir de 1787, foi mestre de capela.
Em Maio de 1777, realizara o seu primeiro trabalho sacro, a “Missa do Espírito Santo”, que foi cantada durante a aclamação da rainha D. Maria I de Portugal. Em Agosto do mesmo ano, foi admitido como membro da união de músicos de Lisboa, a Irmandade de Santa Cecília.
A maior parte da sua música sacra foi composta para a Capela Real e, desde 1782, começou a escrever serenatas, que foram tocadas nos palácios de Queluz e da Ajuda.
Em 1790, foi nomeado director musical do Teatro da Rua dos Condes, onde estavam a ser representadas óperas italianas. Três anos mais tarde, no palácio do financiador Anselmo José da Cruz Sobral, em Lisboa, estreou o drama “Il natale augusto”. Entre os vários cantores que participaram, salienta-se a mezzo-soprano portuguesa Luísa Todi.
António Moreira tornou-se, em 1793, o primeiro director musical do novo Teatro de São Carlos, onde foi representada – com texto em português – a sua obra “A vingança da cigana” (1794). Em 1799, deixou a direcção do São Carlos a Marcos Portugal e Francesco Federici. No ano seguinte, a sua produção pasticcio Il disertore francese” esteve em cena nos palcos do Teatro Carignano em Turim e do Teatro La Scala de Milão.
A sua obra teatral e sacra foi fortemente influenciada pelo estilo de Giovanni Paisiello e de Domenico Cimarosa. Depois de António Teixeira, foi o primeiro a compor óperas utilizando o texto em português, embora a maioria das suas obras estejam em italiano.

quinta-feira, 29 de junho de 2017

29 DE JUNHO - WILLIBALD ALEXIS

EFEMÉRIDEWillibald Alexis, de seu verdadeiro nome Georg Wilhelm Heinrich Häring, escritor alemão que é considerado o fundador do romance histórico realista da literatura germânica, nasceu em Breslávia, na actual Polónia, no dia 29 de Junho de 1798. Morreu em Arnstadt, em 16 de Dezembro de 1871.
O pai, que era de uma família de refugiados huguenotes da Bretanha, tinha uma alta posição no Departamento de Guerra e morreu em 1802. Quando criança, Alexis viveu o cerco de Breslávia. Depois da cidade ser conquistada em 1806 pelos franceses (impressões registadas no seu romance “Penélope”), Alexis mudou-se para Berlim com a mãe.
Durante catorze anos, moraram com parentes da sua progenitora. Frequentou a escola particular Messowsche e, em seguida, o colégio Friedrichwerdersche. Alexis participou como voluntário na campanha de 1815, sendo membro do regimento Kolberg. Participou assim no cerco às fortalezas das Ardenas (descrito no romance “Iblou” e no relato crítico “Als Kriegsfreiwilliger nach Frankreich”).
A partir de 1817, estudou Direito e História em Berlim e Breslávia e, em 1820, estagiou na divisão criminal do Kammergericht. Depois do sucesso do seu primeiro romance (1824), Alexis deixou a função pública.
De 1827 em diante, viveu em Berlim e dirigiu a equipa editorial do “Berliner Konversationsblattes”, que foi incorporado em 1830 no “Freimüthigen”. Em 1835, demitiu-se do conselho editorial, em protesto contra a censura crescente mas continuou a morar na cidade, vivendo como escritor independente e colunista de diversos jornais.
Tendo começado a ser conhecido como escritor pelo lançamento de um idílio em hexâmetros intitulado “Die Treibjagd” (1820) e por vários contos, a sua reputação literária começou a delinear-se com o romance histórico “Walladmor” (1823), que foi publicado como sendo «livremente traduzido do inglês de Sir Walter Scott, com um prefácio de Willibald Alexis».
O seu livro “Der Werwulf” desenrola-se em Brandeburgo na época da Reforma Protestante. Em 1840, publicou o romance histórico “Der Roland von Berlin”, que serviu de base para a ópera com o mesmo nome de Ruggero Leoncavallo.
Em 1852, Alexis mudou-se para Arnstadt, na Turíngia. Em 1856, sofreu um primeiro derrame cerebral e, em 1860, um segundo. A memória do escritor ficou irremediavelmente danificada, sendo impossível continuar com a sua obra literária. Em 1867, já cego, sem capacidade para andar e cada vez mais demente, foi ainda homenageado com a medalha da Ordem de Hohenzollern. Faleceu em Dezembro de 1871.

quarta-feira, 28 de junho de 2017

28 DE JUNHO - ALBERTO MUSSA

EFEMÉRIDE Alberto Baeta Neves Mussa, romancista, contista e tradutor brasileiro, nasceu no Rio de Janeiro em 28 de Junho de 1961.
Formou-se em letras na Universidade Federal do Rio de Janeiro e a sua tese de mestrado versou o papel das línguas africanas na constituição do português do Brasil. Realizou estudos sobre diversas culturas primitivas. Estreou-se na literatura com “Elegbara” (1997), livro de contos inspirado pela mitologia dos nagôs, etnia africana responsável por levar o candomblé para o  Brasil. Com o auxílio de uma bolsa da Fundação Biblioteca Nacional, escreveu “O Trono da Rainha Jinga” (1999), romance de mistério que se desenrola no Rio de Janeiro do século XVII.
A proposta literária de Alberto Mussa é fundir a tradição narrativa ocidental com os relatos mitológicos de outras culturas, como a afro-brasileira, a da Arábia pré-islâmica e a do Brasil indígena. Os seus livros foram já traduzidos em 15 idiomas e publicados em 17 países, entre eles: Argentina, Cuba, Portugal, Itália, França, Inglaterra, Roménia, Turquia, Espanha e Egipto.
Em parceria com o historiador Luiz Antonio Simas, escreveu “Samba de enredo: história e arte”, um estudo sobre a evolução estética do samba de enredo.
Fascinado pela poesia pré-islâmica, dedicou-se a um projecto de tradução e pesquisa sobre o mundo árabe. Como resultado dos estudos sobre a cultura do Médio Oriente, publiciu o romance “O Enigma de Qaf” (2004). Este livro recebeu o Prémio da Associação Paulista de Críticos de Arte e o Prémio Casa de las Américas (Cuba) em 2005, na categoria de Melhor Obra da Literatura Brasileira. Outro desdobramento destes estudos é a coletânea de traduções “Os Poemas Suspensos” (2006).
Inspirado pelo escritor argentino Jorge Luis Borges (1899/1986) e por pesquisas antropológicas sobre o adultério, redigiu “O Movimento Pendular” (2006). Compilou uma série de versões de mitos sobre a cosmogonia tupinambá e escreveu o ensaio ficcional “Meu Destino É Ser Onça” (2008). Três anos depois, publicoi “O Senhor do Lado Esquerdo” (2011) e recebeu o Prémio Machado de Assis da Fundação Biblioteca Nacional. Foi galardoado, também, com o Prémio Oceanos 2015 pelo romance “A Primeira História do Mundo” (2014).
Alberto Mussa tem um amplo conjunto de referências, que vão do modernismo de 1922 à obra de escritores como o argentino Jorge Luis Borges e de antropólogos como o belga Claude Lévi-Strauss (1908/2009).
No panorama da literatura brasileira recente, a obra de Alberto Mussa não encontra paralelo e tem despertado  o interesse de muitos estudiosos.

terça-feira, 27 de junho de 2017

27 DE JUNHO - ROBERTO PIRES

EFEMÉRIDERoberto Pires, realizador, guionista e produtor de cinema brasileiro, morreu em São Salvador da Baía no dia 27 de Junho de 2001, vítima de cancro na garganta. Nascera na mesma cidade em 29 de Setembro de 1934.
Com a sua capacidade de criar artesanalmente os equipamentos que usava nas filmagens, Roberto Pires inventou a lente “anafórmica igluscope” (semelhante à do cinemascópio, que não existia ainda no Brasil).
Fez a primeira longa-metragem baiana, “Redenção” (1958), filme que lançou o actor Geraldo Del Rey. O sucesso impulsionou um período importante da cinematografia brasileira – o Ciclo Baiano de Cinema (1959/1963) – que, através de realizadores como Glauber Rocha, fomentou o movimento Cinema Novo.
Pires começara a trabalhar no cinema com um grupo de jovens do qual faziam parte Glauber, Luís Paulino dos Santos, Geraldo Del Rey, Helena Ignez, António Pitanga e Othon Bastos, entre outros. Durante a sua carreira de realizador, dirigiu treze filmes dos quais sete longas-metragens. No início da década de 1960, Roberto Pires produziu “Barravento”, o primeiro filme dirigido por Gláuber Rocha.
O Cego que Gritava Luz”, do realizador João Batista de Andrade, foi praticamente a última película com a qual Roberto Pires teve envolvimento antes de falecer. Deixou inacabado o projecto de filme “Nasce o Sol a Dois de Julho”.
Ficou também famoso por reportar no cinema o acidente com a cápsula de césio 137, ocorrido em Goiânia, em 1987.
O filme “Tocaia no Asfalto” (1962), que Roberto Pires realizou e do qual fez também o guião, foi restaurado, com o patrocínio da Petrobras, através da Cinemateca Brasileira.

segunda-feira, 26 de junho de 2017

26 DE JUNHO - FORD MADOX FORD

EFEMÉRIDEFord Madox Ford, de seu verdadeiro nome Ford Hermann Hueffer, romancista, poeta, editor, crítico e jornalista inglês, morreu em Deauville, França, no dia 26 de Junho de 1939. Nascera em Merton, Surrey, em 17 de Dezembro de 1873.
O pai, de origem alemã, era crítico literário do jornal “The Times” e a mãe era inglesa. Adoptou o pseudónimo Ford Madox Ford para homenagear o seu avô, que era pintor e se chamava Ford Madox Brown. Dele viria a escrever a biografia, em 1896.
O seu primeiro livro, “The Brown Ow”, foi um conto de fadas publicado em 1891. Tinha apenas 18 anos e o livro foi ilustrado pelo avô. Conheceu então Joseph Conrad e, em parceria com ele, redigiu dois romances: “The Inheritors” (1901) e “Romance” (1903). Em 1906, interessou-se pelo romance histórico e publicou “The Fifth Queen”. Frequentava em Paris os mesmos círculos literários que os escritores James Joyce, Ernest Hemingway e Gertrude Stein, tendo fundado a revista mensal “English Review” (1908), que teve Joseph Conrad como colaborador. A finalidade era publicar autores desconhecidos ou rejeitados pelos circuitos normais e clássicos, tendo publicado nas suas páginas trabalhos de D.H. Lawrence e Ezra Pound, entre outros. A revista só durou até 1910, em virtude de uma má gestão financeira.
Viria a fundar em Paris (anos 1920) o periódico “The Transatlantic Review”, juntamente com Ernest Hemingway que nele publicou alguns dos seus textos.
Em 1922, instalou-se em França que se tornou assim o seu país de adopção, apesar das frequentes viagens aos Estados Unidos.
A sua extensa obra inclui também ensaios, poesia, memórias e crítica literária. “O bom soldado” (1915), o seu livro mais famoso, é considerado um clássico do século XX.

domingo, 25 de junho de 2017

25 DE JUNHO - SIDNEY LUMET

EFEMÉRIDESidney Lumet, realizador de cinema norte-americano, nasceu em Filadélfia no dia 25 de Junho de 1924. Morreu em Nova Iorque, em 9 de Abril de 2011. Dirigiu mais de 50 filmes, entre eles “12 Angry Men” (1957), “Dog Day Afternoon” de 1975, “Network2 (1976), “Prince of the City” de 1981 e “The Verdict” (1982), obras que lhe renderam várias nomeações para os Oscars.
O pai era actor de teatro e a mãe dançarina. A família mudou-se para Nova Iorque, onde o pequeno Sidney subiu pela primeira vez a um palco quando tinha quatro anos de idade. Foi actor até aos anos 1950.
Testemunha das consequências da crise de 1929 nos Estados Unidos, Sidney sentiu-se atraído pela realização, para poder mostrar ao mundo as injustiças da época. No começo da Segunda Guerra Mundial, alistou-se como voluntário, tendo combatido na China, na Índia e na Birmânia.
De acordo com a “Encyclopedia of Hollywood”, Lumet foi um dos mais prolíficos realizadores da era moderna do cinema, tendo feito mais de um filme por ano desde a estreia, em 1957. Ficou conhecido especialmente pela capacidade de atrair os principais actores para os seus projectos, «devido à sua economia visual, forte direcção de actores, narrativas vigorosas e o uso da câmara para acentuar os temas». De acordo com a Turner Classic Movies, «Lumet produziu um catálogo de obras que só pode ser definido como extraordinário».
Um dos temas mais recorrentes nos seus filmes é a atenção dedicada à «fragilidade da justiça e da polícia, e à sua corrupção», segundo o crítico David Thomson.
Lumet começou a sua carreira como director teatral, tornando-se posteriormente realizador de filmes e séries de televisão. O primeiro filme para os grandes ecrãs foi um dos seus melhores trabalhos – “12 Angry Men”.
Por ter sido um dos realizadores mais constantes e competentes da última metade do século XX, recebeu em 2005 um Oscar Honorário pelos seus «brilhantes serviços aos guionistas, aos artistas e à arte cinematográfica de um modo geral».
Foi casado quatro vezes, tendo falecido aos 86 anos, vítima de linfoma. Em 1995, escreveu o livro “Making Movies”, que foi reeditado no ano seguinte. Ao longo de 218 páginas, ele recorda a sua carreira e aproveita para deixar inúmeros ensinamentos sobre a realização no cinema.

sábado, 24 de junho de 2017

24 DE JUNHO - JOHN ILLSLEY

EFEMÉRIDEJohn Edward Illsley, músico, compositor e produtor inglês, baixista da extinta banda de rock britânica Dire Straits (1977/1995), nasceu em Leicester no dia 24 de Junho de 1949.
Começou a tocar (baixo, guitarra e violão) em 1966. Conheceu Mark Knopfler numa festa em Londres e, juntamente com David Knopfler e o baterista Pick Withers, formaram a banda Cafe Racers. Mais tarde, fundaram os Dire Straits.
Manteve-se no grupo até ao seu final em 1995. Publicaram o primeiro álbum em 1978. No meio da década de 1980, chegaram a ser um dos grupos mais conhecidos mundialmente.
Simultaneamente, John publicou dois discos a solo (“Never Told A Soul” em 1984 e “Glass,” em 1988).
Hoje, Illsley está reformado, dedicando a sua vida prioritariamente à pintura, o seu hobby favorito. Toca ainda, por vezes a solo e outras em colaboração com o grupo Cùnla, formado em 2005 e que actua sobretudo em festas de beneficência. Gravou também alguns discos a solo entre 2007 e 2016.

sexta-feira, 23 de junho de 2017

23 DE JUNHO - MAGALI NOËL

EFEMÉRIDEMagali Nöel, de seu verdadeiro nome Magali Noëlle Guiffray, actriz e cantora francesa, filha de pais franceses oriundos da Provença e que trabalhavam nos serviços diplomáticos, morreu em Châteauneuf-Grasse no dia 23 de Junho de 2015. Nascera em Esmirna, na Turquia, em 27 de Junho de 1931.
Após ter estudado canto, música e dança, Magali iniciou-se – aos 16 anos – como cantora de cabaret, tornando-se depois actriz de teatro de revista.
Mudou-se para França em 1951 e continuou a estudar arte dramática com Catherine Fontenay, obtendo os seus primeiros papéis em peças teatrais.
Iniciou depois a sua carreira cinematográfica e tornou-se notada, em 1955, no filme de Jules Dassin “Du Rififi chez les hommes”. Nos anos seguintes, Magali impôs progressivamente os seus talentos de comediante com temperamento picante, como no filme de René Clair, “Les Grandes Manœuvres”, e em “Elena et les hommes” de Jean Renoir.
A partir dos anos 1960, a sua carreira tomou uma nova dimensão ao encarnar um dos símbolos dos fantasmas sexuais de Federico Fellini, em “La dolce vita” (1960), “Satiricon” (1969) e “Amarcord” (1973).
Apesar de ter tido o papel principal em “Z” de Costa-Gavras, filme que ganhou a Palma de Ouro do Festival de Cannes em 1968, e de grandes êxitos no teatro, Magali recebia cada vez menos atenção dos produtores e por isso voltou ao género que a viu nascer – o Music hall.
No início da década de 1980, uma nova geração de realizadores, como Chantal Akerman, Jonathan Demme, Andrzej Zulawski e outros, ofereceram-lhe finalmente papéis à medida da sua sensibilidade.
A sua carreira de cantora foi marcada pela interpretação do célebre e audacioso “Fais-moi mal, Johnny” com letra de Boris Vian e música de Alain Goraguer em 1956. Esta canção é considerada um dos primeiros temas de rock and roll cantados em francês. Foi proibido na rádio da época, pois a sua letra (sadomasoquista) foi considerada demasiado ousada.
Magali teve uma filha de um primeiro casamento com o actor Jean-Pierre Bernard e dois filhos que adoptou quando de um segundo casamento. Faleceu a quatro dias de completar 84 anos.

quinta-feira, 22 de junho de 2017

22 DE JUNHO - JOHN DILLINGER

EFEMÉRIDEJohn Herbert Dillinger, célebre assaltante de bancos norte-americano, nasceu em Indianápolis no dia 22 de Junho de 1903. Morreu em Chicago, em 22 de Julho de 1934. Foi considerado por alguns como um ladrão perigoso e idolatrado por outros como um Robin Hood do século XX. Isto porque muitos americanos culpavam os bancos pela depressão dos anos 1930 e Dillinger só roubava bancos.
Dillinger ganhou a alcunha de “Jackrabbit” pela rapidez nos assaltos e nas fugas à polícia. Além disso, era uma figura atlética, tendo sido um bom jogador de basebol quando esteve na prisão. As suas acções, bem assim como a de outros criminosos daquela década, como Bonnie e Clyde e Ma Barker, dominaram a atenção da imprensa, que passou a chamá-los de “inimigos públicos”, entre 1931 e 1935, época em que o FBI se desenvolveu.
Alistara-se na Marinha, mas desertou poucos meses depois. Em seguida, voltou para Indiana e casou-se, em Abril de 1924, com Beryl Ethel Hovious. Entretanto, teve dificuldades em arranjar um emprego fixo e em manter o casamento.
Dillinger tornou-se então criminoso e foi preso em 1924 na Cadeia Estadual de Indiana. Atrás das grades, conheceu ladrões perigosos. Trabalhou na lavandaria da prisão e ajudou uma fuga de outros presos. Dillinger ficou preso até 1933, sendo então solto em liberdade condicional. Ao sair, juntou-se aos criminosos que ajudara a fugir. Graças a notoriedade adquirida, o grupo ficou conhecido como “o primeira gang de Dillinger”, a que se juntaram muitos outros.  
Segundo a imprensa, Dillinger usava diferentes truques nos seus roubos a bancos. Disfarçou-se de vendedor de alarmes de segurança em Indiana e no Ohio. De outra vez, o grupo fez-se passar por uma companhia cinematográfica que queria encenar um roubo a um banco. Dizia-se que a gang de Dillinger roubara, no total, cerca de 300 000 dólares (correspondente a 5 milhões de dólares actuais) de dezenas de dependências bancárias.
Poucos meses depois da saída da Cadeia Estadual de Indiana, voltou à prisão, em Lima (Ohio), mas o seu grupo libertou-o, assassinando o xerife Jessie Sarber. A maior parte da quadrilha foi capturada no fim do ano em Tucson, Arizona, durante um incêndio no Historic Hotel Congress. Dillinger foi preso e enviado para a cadeia de Crown Point, Indiana. Foi processado por suspeita de homicídio de um guarda, durante um tiroteio num banco em East Chicago.
Em Março de 1934, Dillinger fugiu de Crown Point. Cruzou a fronteira de Indiana-Illinois num carro roubado, cometendo assim um crime federal, que o colocou sob a alçada do FBI.
No mês seguinte, a quadrilha apareceu em Manitowish Waters, Wisconsin, procurando um esconderijo. Foram denunciados à promotoria de Chicago, que contactou o FBI. Logo uma equipa de agentes cercou o esconderijo, mas os bandidos foram avisados. No tiroteio que se seguiu, a quadrilha fugiu em debandada.
No Verão de 1934, Dillinger desapareceu da circulação. Fora para Chicago e usou o nome de Jimmy Lawrence. Arranjou uma namorada (Polly Hamilton), que não sabia da sua identidade. O FBI, porém, encontrou o seu carro, logo deduzindo que ele estava na cidade.
Dillinger foi ao cinema assistir a um filme no Lincoln Park. Estava com a sua namorada e com a prostituta Anna Sage. Esta, que estava com problemas de imigração, fez um acordo com o FBI para o emboscar. Na saída do cinema, os agentes atiraram sobre Dillinger, matando-o com três tiros, um deles no coração. Entretanto, mesmo tendo colaborado com o FBI, Anna Sage foi deportada para a Roménia em 1936, morrendo onze anos mais tarde.

quarta-feira, 21 de junho de 2017

21 DE JUNHO - NÉLSON GONÇALVES

EFEMÉRIDENélson Gonçalves, de seu verdadeiro nome António Gonçalves Sobral, um dos maiores cantores e compositores brasileiros, nasceu em Santana do Livramento no dia 21 de Junho de 1919. Morreu no Rio de Janeiro em 18 de Abril de 1998. É o terceiro maior vendedor de discos da história do Brasil, com mais de 81 milhões de cópias vendidas, ficando apenas atrás de Roberto Carlos, com mais de 120 milhões, e de Tonico & Tinoco com aproximadamente 150 milhões. O seu maior sucesso foi a canção “A Volta do Boémio".
Nasceu no interior do Rio Grande do Sul, mas mudou-se com os pais (portugueses de Lisboa) para São Paulo. Quando criança, era levado para praças e feiras pelo pai, que precisava de sustentar a família e, para isso, além de fazer outros serviços, fingia-se de cego e tocava violino, enquanto Nelson cantava, agradando assim aos transeuntes que lhes davam dinheiro.
A família era muito humilde e, por isso, Nélson teve que abandonar os estudos no início da adolescência, para ajudar o pai a sustentar o lar. Foi jornaleiro, mecânico, engraxador, polidor e tamanqueiro. Querendo ganhar mais dinheiro e seguir uma profissão, inscreveu-se em concursos de luta e venceu, tornando-se pugilista na categoria de pesos/médios, conquistando – aos dezasseis anos – o título de campeão paulista. Só foi boxeur durante mais um ano, pois o seu sonho era realmente ser artista e cantar.
Mesmo com a alcunha de “Metralha”, por causa da sua gaguez, ganhou coragem e não se deixou levar por preconceitos, decidindo ser cantor. Foi reprovado duas vezes no programa de calouros de Aurélio Campos. Finalmente, foi admitido na rádio PRA-5, mas dispensado logo a seguir.
Nesta época, em 1939, com 20 anos, casou-se e veio a ter um casal de filhos. Sem emprego, trabalhava como empregado no bar de um irmão. Seguiu para o Rio de Janeiro com a esposa, onde trilhou mais uma vez o caminho dos programas de calouros. Foi reprovado na maioria deles, inclusive no de Ary Barroso, que o aconselhou a desistir.
Em 1941, conseguiu gravar um disco de 78 rotações, que foi bem recebido pelo público. Passou a crooner no Casino Copacabana e assinou contrato com a Rádio Mayrink Veiga, iniciando uma carreira de ídolo da rádio nas décadas de 1940/50, com canções que foram grandes sucessos.
No final dos anos 1940, o casamento entrou em crise por causa dos ciúmes da mulher. Numa tournée por Minas Gerais, Nélson conheceu Maria, uma fã, que se declarou apaixonada por ele. Não resistindo à jovem, os dois passaram a ter um caso e Nélson visitava-a frequentemente no interior de Minas. A rapariga engravidou, mas não disse nada a Nélson, com receio da família saber que ela se tinha envolvido com um homem casado. Ela até poderia assumir o bebé, mas a família não aceitaria nunca vê-la como mãe solteira. Assim, a jovem terminou o relacionamento e ele ficou sem entender porquê. Nélson, então, entrou com o pedido de divórcio, que foi logo dado pela esposa. Só em 1991, Nélson conheceu a filha que teve com a amante, mas esta já tinha falecido. Após exame do ADN, comprovou-se que Lílian era realmente sua filha. Sendo assim, ele aceitou esta nova filha, que conheceu os seus meio irmãos, sendo bem aceita por eles.
Na década de 1950, além de shows em todo o Brasil, chegou a apresentar-se em países como Uruguai, Argentina e Estados Unidos, na Radio City Music Hall.
Logo após o divórcio, conheceu Lourdinha Bittencourt, substituta de Dalva de Oliveira no Trio de Ouro. Os dois apaixonam-se e, após alguns anos de namoro, casaram-se em 1952. O casal passou os primeiros anos em lua-de-mel e não pensavam em ter filhos, já que Lourdinha era muito vaidosa com o corpo e apesar de ser apenas quatro anos mais nova que o marido, considerava-se jovem demais para ter filhos. Apesar da felicidade no início do casamento, com os anos a união foi-se deteriorando e o casamento só durou até 1959.
No início da década de 1960, Nélson conheceu Maria Luiza da Silva e começaram a namorar. Em poucos anos ficaram noivos e, em 1965, casaram-se. O casal teve dois filhos.
O casamento passou por grandes tribulações, quando Nélson se começou a drogar com cocaína. A esposa lutou contra o vício de Nélson mas, apesar disso, ele foi preso em flagrante (1965) por posse de drogas, ficando numa Casa de Detenção, o que lhe trouxe problemas pessoais e profissionais. Durante esse tempo, a esposa visitou-o no presídio e juntava economias dela e do marido, para pagar a desintoxicação e o advogado. Após sair da cadeia e diminuir o uso de drogas, Nélson voltou a lançar o disco “A Volta do Boémio nº1”, um grande sucesso renovado.
Após poucos anos, abandonou de vez o vício, sempre com o apoio da mulher. Totalmente recuperado, retomou a sua carreira, cada vez mais bem sucedida.
Continuou a gravar regularmente nos anos 1970, 80 e 90, reafirmado a posição entre os recordistas nacionais de vendas de discos.
Venceu o Prémio Nipper da RCA, dado aos que permanecem muito tempo nesta gravadora e que só tinha sido entregue a Elvis Presley. Durante a sua carreira, gravou mais de duas mil canções, 183 discos em 78 rpm, 128 álbuns, vendeu cerca de 75 milhões de discos, ganhou 38 discos de ouro e 20 de platina.
Morreu em consequência de um enfarte agudo do miocárdio. Encontra-se sepultado no Cemitério São João Batista no Rio de Janeiro. A história da sua vida foi tema de uma peça teatral e de um documentário cinematográfico.

terça-feira, 20 de junho de 2017

20 DE JUNHO - JOSEPH AUTRAN

EFEMÉRIDEJoseph Autran, poeta e dramaturgo francês, nasceu em Marselha no dia 20 de Junho de 1813. Morreu na mesma cidade em 6 de Março de 1877.
Filho de um comerciante, estudou no colégio dos jesuítas em Aix-en-Provence. Com o pai a passar por grandes dificuldades financeiras, Joseph foi obrigado a ganhar o seu próprio sustento e aceitou um emprego como professor particular numa instituição religiosa.
Em 1832, dedicou a sua ode “Le Départ pour l'Orient” a Alphonse de Lamartine, que estava então em Marselha para iniciar uma viagem para a Terra Santa. Lamartine convenceu o pai do jovem a permitir que o filho seguisse o seu instinto poético e Autran tornou-se um discípulo fiel de Lamartine, a partir de então.
A sua obra mais conhecida é uma colecção de poemas intitulada “La Mer” (1835), notável pelo poder descritivo e os encantos da sua versificação. O sucesso com que foi recebida levou-o a escrever uma segunda série sobre o mesmo tema, “Les Poèmes de la mer”, que foi publicada em 1852. Depois, seguiu-se “Ludibria ventis” (1838) e o sucesso destes dois volumes rendeu para Autran o emprego de bibliotecário na sua cidade natal. Os seus contactos com Alexandre Dumas (filho) levaram-no a interessar-se também pelo teatro.
Outro seu trabalho importante foi “Vie rurale” (1856), uma série de retratos da vida camponesa. As campanhas francesas na Argélia inspiraram-no igualmente para homenagear os soldados. “Milianah” (1842) descreve a defesa heróica daquela cidade. Na mesma linha se inscreve “Laboureurs et soldats”, publicado em 1854.
Entre outras obras, saliente-se ainda: “Paroles de Salomon” (1868), “Épîtres rustiques” (1861), “Sonnets capricieux” e uma tragédia em cinco actos apresentada com grande sucesso no Théâtre de l'Odéon em 1848, “La Fille d'Eschyle”. Esta última peça foi galardoada com o Prémio Montyon atribuído pela Academia Francesa. A edição definitiva das suas obras foi publicada entre 1875 e 1881.
Joseph Autran foi eleito membro da Academia Francesa em 1868. Nos seus últimos dias de vida, foi acometido de cegueira.

segunda-feira, 19 de junho de 2017

19 DE JUNHO - ANTON YELCHIN

EFEMÉRIDEAnton Viktorovich Yelchin, actor russo que viveu nos Estados Unidos, morreu em San Fernando Valley no dia 19 de Junho de 2016. Nascera em Leninegrado (actual São Petersburgo), em 11 de Março de 1989.
Era filho de dois patinadores artísticos profissionais, que emigraram para os Estados Unidos em 1989, quando Anton tinha apenas seis meses.
Na sua adolescência, Yelchin foi atraído pela música, tendo feito parte do grupo punkThe Hammerheads”, onde tocava guitarra. 
Iniciou a sua carreira no final da década de 1990, em vários papéis para televisão, bem como nos filmes de Hollywood “Along Came a Spider” e “Hearts in Atlantis”.
Actuou em dois episódios da mini-série “Desaparecimento” de Steven Spielberg e na série televisiva “Huff”. Protagonizou várias outras séries e o filme “Charlie Bartlett”. Tornou-se muito popular junto do grande público em 2007, ao interpretar “Alpha Dog” de Nick Cassavetes.
Em 2009, actuou nos filmes “Star Trek” e “Terminator Salvation”. Em Agosto de 2011, foi protagonista do remake de “Fright Night” e, em 2013, voltou à saga Star Trek com “Star Trek Into Darkness”. Os seus últimos trabalhos lançados em vida foram “Enterrando minha Ex” e “Vingança ao anoitecer”, ambos de 2014.
Yelchin morreu após sofrer um estranho acidente de carro na sua própria casa. Alguns amigos foram encontrá-lo morto, entalado entre a sua viatura e a caixa do correio situada num muro de tijolo. O jipe continuava com o motor ligado em ponto morto e inclinado na rampa de acesso.
Como Yelchin faleceu um mês antes da estreia de “Star Trek Beyond”, o filme termina com uma dedicatória «para Anton». 
Durante a sua curta carreira, interpretou 34 filmes (2001/16) e 13 trabalhos para televisão (1999/2016).

domingo, 18 de junho de 2017

18 DE JUNHO - DIZZY REED

EFEMÉRIDE – Darren “DizzyReed, multi-instrumentista norte-americano, teclista que actua na banda Guns N' Roses desde os anos 1980, nasceu em Hinsdale, no Illinois, no dia 18 de Junho de 1963. Começou a sua carreira junto do grande público no show daquela banda durante o festival Rock in Rio de 1991.
Desde os anos 1980, tornou-se muito amigo dos Guns N' Roses e juntou-se à banda na gravação de discos. Os seus trabalhos mais conhecidos com este grupo são: “Estranged”, “Civil War”, “Live and Let Die” e “Since I Don't Have You”.
Actualmente, permanece nos Guns N’ Roses, um pouco mais magro que no início da sua trajectória e também com novas tatuagens. É seguramente o braço direito de Axl Rose (amigo e companheiro, com quem tem uma óptima relação) no novo Guns. Juntamente com Axl, eles são os únicos membros que restam da formação inicial.
Dizzy Reed fundou também o grupo “The Wild” e é teclista e cantor da banda “Hookers & Blow”. É casado e tem duas filhas.

sábado, 17 de junho de 2017

17 DE JUNHO - ADOLPHE D'EMMERY

EFEMÉRIDEAdolphe Philippe d'Ennery, dramaturgo e romancista francês, nasceu em Paris no dia 17 de Junho de 1811. Morreu na mesma cidade em 25 de Janeiro de 1899.
Obteve o primeiro grande sucesso, em colaboração com Charles Desnoyer, com “Émile, ou le fils d'un pair de France” (1831), um drama a que se seguiriam cerca de duzentas peças, escritas sozinho ou em parceria com outros dramaturgos (1831/1887).
A sua peça mais popular será “Les Deux Orphelines”, um drama em 5 actos escrito em colaboração com Eugène Cormon em 1874.  
Escreveu o libreto para “Le Tribut de Zamora” (1881) de Charles Gounod e, com Louis Gallet e Édouard Blau, compôs o libreto para “Le Cid” (1885) de Jules Massenet e, novamente em colaboração com Eugène Cormon, os libretos das óperas de Daniel Auber: “Le Premier Jour de bonheur” (1868) e “Rêve d'amour” (1869). Outros libretos de óperas incluem: “La Rose de Péronne” (1840), “Si j'étais roi” (1852), “Le Muletier de Tolède” (1854), “À Clichy, épisode de la vie d'un artiste” (1854),   “The Rose of Castile” (1857), “Don César de Bazan” (1872) e “La Nuit aux soufflets” (1884).
Adaptou para o palco a comédia de Honoré de Balzac, “Mercadet le faiseur”, apresentada no Théâtre du Gymnase em 1851. Invertendo, porém, a ordem habitual do processo de escrita, d'Ennery adaptou algumas das suas peças para a forma de romances.
Foi feito Comendador da Ordem Nacional da Legião de Honra. Os últimos meses de vida de Adolphe d’Ennery foram difíceis. Enviuvou quando se esperava que fosse ele o primeiro a morrer, visto estar muito debilitado devido a uma sucessão de ataques cerebrais. Acamado, reconheceu in extremis como herdeira, uma filha que tinha tido em 1838 com a actriz Constance-Louise Bachoué. O processo arrastou-se nos tribunais até 1901.
Foi sepultado no Cemitério do Père-Lachaise. A sua figura foi várias vezes desenhada, pintada e caricaturada, incluindo por Claude Monet em 1858. Em 2015, foi fundada a Sociedade dos Amigos de Adolphe d’Ennery que tem por finalidade estudar e divulgar a sua obra.

sexta-feira, 16 de junho de 2017

16 DE JUNHO - DANTE MILANO

EFEMÉRIDEDante Milano, poeta brasileiro, nasceu no Rio de Janeiro em 16 de Junho de 1899. Morreu em Petrópolis, em 15 de Abril de 1991.
O pai era maestro. Dante trabalhou como conferente de textos na “Gazeta de Notícias” (Rio de Janeiro) desde 1913. Foi também funcionário do Tribunal de Menores, no Ministério da Justiça.
Publicou o seu primeiro poema (“Lágrima Negra”) em 1920, na revista carioca “Selecta” Nessa época, trabalhava como empregado de contabilidade no Rio de Janeiro. Nos anos 1930, foi colaborador do suplemento “Autores e Livros” do periódico “A Manhã” e do “Boletim de Ariel”.
Em 1935, organizou a “Antologia dos Poetas Modernos”, primeira recolha de poesias dessa fase.
Casou-se com Alda Milano em 1947. O seu primeiro livro, “Poesias”, foi publicado em 1948 e recebeu o Prémio Felipe d'Oliveira de Melhor Livro de Poesia do ano. Nos anos seguintes, trabalhou como tradutor, lançando – em 1953 – “Três Cantos do Inferno” de Dante Alighieri. Em 1979, foi editado o seu livro “Poesia e Prosa”.
Publicou, em 1988, “Poemas Traduzidos de Baudelaire e Mallarmé”. No mesmo ano, recebeu o Prémio Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras.
Dante Milano é um dos poetas representativos da terceira geração do Modernismo brasileiro. Segundo o crítico David Arrigucci Jr., Milano «como o amigo Bandeira, reflectiu muito sobre a morte, casando o pensamento à forma enxuta dos seus versos – lírica seca e meditativa, avessa ao fácil artifício, onde o ritmo interior persegue em poemas curtos, com justeza e sem alarde, o sentido».
Ficou conhecida a sua convivência amistosa com Carlos Drummond de Andrade, Di Cavalcanti, Manuel Bandeira, Olegário Mariano, Portinari, Sérgio Buarque e Villa-Lobos, entre outros intelectuais do seu tempo.

quinta-feira, 15 de junho de 2017

15 DE JUNHO - CÉDRIC PIOLINE

EFEMÉRIDECédric Pioline, ex-tenista profissional francês que actuou no circuito ATP entre 1989 e 2002, nasceu em Neuilly-sur-Seine no dia 15 de Junho de 1969.
Os pais conheceram-se durante um jogo de voleibol. O pai jogava na equipa do Racing de Paris e a mãe na equipa nacional da Roménia.
Cédric foi número 1 francês durante quase dez anos, atingindo o Top 10 internacional em 1993. Recebeu a Medalha da Academia dos Desportos.
Venceu cinco torneios individuais, disputou duas finais do Grand Slam (perdendo ambas para Pete Sampras) e ganhou duas vezes a Taça Davis (1996 e 2001), sendo finalista em 1999 com a equipa francesa. Venceu o Masters de Monte-Carlo, na terceira final que disputou durante a sua carreira.
Após abandonar as competições, foi co-director do Torneio de Paris-Bercy (BNP Paribas Masters), de 2003 a 2009.
Em 2007/09, foi responsável em França pelas competições de alto nível masculino. Foi consultor da France Télévisions, Orange Sport e L'Équipe 21. Assegura desde 2011 as entrevistas no court, durante os Torneio de Roland Garros.
Em Maio de 2014, publicou a sua autobiografia (“Le Tennis m'a sauvé”). Em Outubro de 2015, tornou-se capitão adjunto da equipa de França na Taça Davis, coadjuvando Yannick Noah.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

14 DE JUNHO - ERNA BERGER

EFEMÉRIDEErna Berger, cantora soprano alemã, morreu em Essen no dia 14 de Junho de 1990. Nascera em Dresden, em 19 de Outubro de 1900. Estudou piano e canto na sua terra natal. Iniciou-se nos espectáculos em 1925, interpretando pequenos papéis.
Foi uma das mais proeminentes sopranos alemãs que actuaram nas décadas seguintes à Primeira Guerra Mundial. Era muito requisitada por grandes maestros, como Wilhelm Furtwängler e Arturo Toscanini.
Em criança, passou alguns anos na Índia e na América do Sul. Chegou a trabalhar como empregada de balcão e professora de piano. Aos 26 anos, garantiu uma posição de “soubrette” soprano na Ópera Semper de Dresden.
Mais tarde, nos anos 1930, ocupou posições de liderança na Vienna State Opera, na Berlin State Opera e na Deutsche Oper Berlin. Actuou também em Bayreuth e Salzburgo.
Erna Berger deu concertos no Japão, América e Austrália. Foram lançados vários discos com interpretações suas, incluindo a primeira ópera completa editada em LP. 
Actuou na Metropolitan Opera de Nova Iorque durante as temporadas 1949/50 e 1950/51, sendo convidada também para actuações em Paris e Londres.
Conservou a frescura e a qualidade juvenil da sua voz ao longo da carreira. Aos 55 anos de idade, retirou-se dos palcos e passou a dedicar-se ao ensino, em Hamburgo e Essen, onde viria a falecer com 89 anos. Em 1992, foi dado o seu nome a uma rua de Dresden.

terça-feira, 13 de junho de 2017

13 DE JUNHO - ANDRÉ GAGO

EFEMÉRIDEAndré Nuno de Araújo Laires Mendes Gago, actor, encenador e escritor português, nasceu em Lisboa no dia 13 de Junho de 1964.
Passou pelo Teatro da Comuna (1983), onde recebeu a sua formação inicial. Frequentou vários estágios, com Filipe Crawford, Peter Brook, Colin Egan e Ferrucio Soleri.
Estreou-se como actor em “Marat” de Peter Weiss, dirigido por João Mota. Trabalhou com Artur Ramos (“A Castro” de António Ferreira - RTP), Norberto Barroca, Ricardo Pais (“Clamor” baseado em textos do Padre António Vieira e de Luísa Costa Gomes), Ana Tamen (“Grande e Pequeno” de Botho Strauss) e Almeno Gonçalves, entre outros.
Juntamente com Filipe Crawford, dirigiu a companhia Meia Preta e participou em vários espectáculos. Também dobrou Picker em “Hannah Montana” do Disney Channel.
Explorou a commedia dell'arte, realizando trabalhos de investigação e dirigindo diversas acções pedagógicas nessa área. É, desde 2004, director da Companhia de Teatro Instável, onde – em 2007 – encenou e protagonizou “Hamlet” de W. Shakespeare.
Popularizou-se na televisão portuguesa, onde interpretou mais de vinte personagens. Protagonizou as séries “Pós de Bem-Querer” (1991) e “Milongo” (1994).
Actor pontual no cinema, protagonizou “Solo de Violino” (1992) da cineasta Monique Rutler, tendo participado ainda em “A Comédia de Deus” (1995) de João César Monteiro e em “Non ou a Vã Glória de Mandar” (1990) de Manoel de Oliveira. Em 2010, foi um dos actores principais da longa-metragem “100 Eyes” do realizador holandês Thijs Bayens.
Publicou “O Circo da Lua”, conto de sua autoria, Prémio Revelação da Associação Portuguesa de Escritores (2000). Com o romance “Rio Homem”, recebeu o Prémio Primeira Obra do PEN Clube Portugal (2010).
É um dos autores do romance colectivo “A Misteriosa Mulher da Ópera”. Colaborou em diversas colectâneas.
Adaptou “O Físico Prodigioso”, de Jorge de Sena, para o Teatro do Triângulo, e “O Romance da Raposa”, de Aquilino Ribeiro, para as Marionetas de Lisboa.
Traduziu “A Orquestra”, de Jean Anouilh, para o Teatro de Animação de Setúbal, e “Hamlet”, de W. Shakespeare, para o Teatro Instável. Recebeu ainda o Prémio Revelação de Literatura Infanto-Juvenil APE/IPLB (2002).
Até agora, criou ou encenou treze peças teatrais e colaborou em diversos recitais de poesia. Protagonizou vinte peças de teatro, nove telefilmes, dezanove séries televisivas e catorze telenovelas. 

segunda-feira, 12 de junho de 2017

12 DE JUNHO - JOSÉ MESSIAS

EFEMÉRIDEJosé Messias da Cunha, compositor, cantor, escritor, apresentador e produtor de rádio e televisão, além de jornalista, crítico musical e jurado em programas de talentos na TV, morreu no Rio de Janeiro em 12 de Junho de 2015. Nascera em Bom Jardim de Minas no dia 7 de Outubro de 1928. Foi figura de relevo na cultura artística brasileira durante várias décadas, desde a era de ouro da rádio e do início da televisão no país.
Nascido numa família pobre, mas extremamente musical (o pai e o avô eram regentes de banda; o tio era trombonista), começou ainda jovem a compor músicas para blocos de carnaval. Essa verve artística e musical iria acompanhá-lo por toda a vida nas múltiplas facetas de expressão.
Mudou-se mais tarde para Barra Mansa, levado por um parente, que o ensinou a ler e a escrever. Este parente era autodidacta, falando fluentemente Latim, Inglês, Esperanto e sendo ainda grande conhecedor da gramática Portuguesa. José Messias aprendeu também os ofícios do circo, em pequenas companhias locais, tendo actuado inclusivamente como palhaço.
Em 1945, seguiu para o Rio de Janeiro — onde viveria várias décadas — e participou em vários programas de rádio (entre os quais, “Papel Carbono”). Estudou no Liceu de Artes e Ofícios, trabalhando ainda no comércio, durante algum tempo, até ser apresentado ao compositor Herivelto Martins, de quem veio a ser secretário.
Com este trabalho e com os relacionamentos no meio artístico de então, as oportunidades começaram a surgir e José Messias chegou a substituir o Grande Otelo em vários espectáculos. Continuou a compor músicas de Carnaval e, em 1952, conseguiu que fosse gravada a “Marcha do Coça Roça”, a sua primeira grande composição, que veio a ser interpretada por Heleninha Costa. Seguiram-se, depois, várias outras interpretações de composições suas, por artistas famosos da época de ouro da rádio brasileira. Por essa altura, colaborou também em jornais e revistas.
Em 1954, o então ministro do Trabalho João Goulart nomeou-o para o Serviço de Recreação Operária, porém à disposição da Rádio Mauá, o que lhe permitiu continuar a desenvolver os seus atributos musicais.
Em 1955, estreou-se como apresentador de auditório na Rádio Mayrink Veiga. Durante dez anos, acumulou o exercício da função pública com as actividades privadas de direcção e apresentação de programas, em várias rádios emissoras no Rio de Janeiro. Identificado com a juventude da época, José Messias renovou o cenário musical de então, criando – em conjunto com Carlos Imperial e Jair de Taumaturgo – o marcante movimento de renovação e vanguarda musical que veio a ser a Jovem Guarda. Vanguardista em cultura musical, lançou no estrelato muitos cantores, por meio do seu programa “Favoritos da Nova Geração”. Figuram entre os mais conhecidos e famosos os artistas Clara Nunes, Roberto Carlos e Wanderley Cardoso. Ainda em 1955, compôs o samba “A mão que afaga”, gravado na Continental pelos Vocalistas Tropicais.
Em 1956, estreou-se em discos com a Gravadora Mocambo, gravando, de sua autoria e de Carlos Brandão, a batucada “Macumbô” e o samba “Deus e a natureza”.
Seguiram-se vários discos em diversas editoras, entre os quais o samba “O sono de Dolores” (1959) em homenagem a Dolores Duran, que acabara de falecer.
No começo dos anos 1960, foi um dos radialistas que mais apoiou o movimento ligado ao rock, prestigiando os artistas ligados à Jovem Guarda.
Actuou nas televisões Tupi, Continental, Rio e Excelsior. Na TV Tupi, participou no programa “A Grande Chance”. No SBT de São Paulo, participou, desde o ano 2000, no “Programa Raul Gil”, tendo também actuações muito frequentes nas diferentes emissoras cariocas, especialmente na Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Em 2002, produziu o CD “Selecção Nota 10 De José Messias” na Warner.
Compositor desde a juventude, José Messias era sócio honorário da Sociedade Brasileira de Autores, Compositores e Escritores de Música. Foi autor de mais de duzentas composições, algumas delas tendo sido gravadas por grandes nomes da música popular brasileira, como Ângela Maria, Caetano Veloso, Clara Nunes, Marisa Monte e Roberto Carlos, entre muitos outros.
Na década de 1970, enquanto ainda trabalhava na rádio, ingressou nas duas principais emissoras de televisão cariocas, a TV Tupi e a TV Rio. Pouco depois, fez parte do júri musical mais importante da televisão brasileira de então, no famoso programa “A Grande Chance”.
Em 1972, transferiu-se para a TV Bandeirantes e para o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), produzindo e dirigindo o “Clube dos Artistas”.
No início dos anos 1980, adquiriu emissoras de rádio da Região dos Lagos e do “Jornal de Negócios”, assumindo, em 1990, a superintendência do Sistema Serramar de Comunicações, que então congregava cinco emissoras. Em 1998, foi nomeado para a Secretaria de Cultura, Educação, Desporto e Lazer de Saquarema.
Em 2002, tornou-se jurado no “Programa Raul Gil”. Além da função de jurado ilustre nos vários programas de talentos apresentados por Raul Gil, em sucessivos canais de televisão, José Messias dedicou-se também a recordar momentos marcantes da rádio e da televisão brasileiras.
José Messias da Cunha foi membro da Academia Nacional de Letras e Artes. Lançou o seu primeiro livro, “Sob a Luz das Estrelas: Somos uma Soma de Pessoas”. Na obra, ele apresenta a história da sua vida e carreira, bem como as memórias da Rádio e da Televisão no Brasil, das quais foi co-protagonista.
Morreu aos 86 anos, devido a uma assepsia abdominal. Estava internado há dez dias no Hospital Italiano, no Grajaú, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Foi sepultado no Cemitério de Saquarema, no Rio.
José Messias era Cidadão Benemérito da Cidade do Rio de Janeiro, detentor da Medalha Tiradentes e recebeu o Prémio Noel Rosa do Sindicato dos Compositores Brasileiros.

domingo, 11 de junho de 2017

JOSÉ MESSIAS - desaparecido em 12/6/2015


11 DE JUNHO - CARMINE COPPOLA

EFEMÉRIDE Carmine Coppola, compositor norte-americano, nasceu em Nova Iorque no dia 11 de Junho de 1910. Morreu em Los Angeles, em 26 de Abril de 1991. Recebeu o Oscar de Melhor Banda Sonora Original em 1975.
Carmine Coppola colaborou nas bandas sonoras de vários filmes do filho, Francis Ford Coppola, como: “O Padrinho II” (1974), “Apocalypse Now” (1979), “The Outsiders” (1983), “Gardens of Stone” (1987), “New York Stories” (1989) e” O Padrinho III” (1990), entre outros.
Teve outro filho – August Coppola – professor de literatura e pai do actor Nicolas Cage que, portanto, é seu neto.
Era casado com Italia Coppola, filha do compositor napolitano Francesco Pennino. Faleceu em 2004 em Los Angeles.
Carmine Coppola começou por tocar flauta na Juilliard School e, depois, na escola de música de Manhattan. Durante os anos 1940, trabalhou com Arturo Toscanini na Orquestra Sinfónica da NBC. Deixou a orquestra em 1951, para se dedicar à composição.   
Foi maestro na Broadway e colaborou com o filho Francis, participando na composição de músicas para diversos filmes.
Além do Oscar em 1975, pela melhor partitura original (“O Padrinho II”), recebeu ainda um Globo de Ouro pela música do filme “Apocalypse Now” (1980). Foi nomeado para diversos prémios, de que se salientam: BAFTA, Golden Globes, Grammy Awards e Oscar 1991. Morreu aos 80 anos.

sábado, 10 de junho de 2017

10 DE JUNHO - MARIEMMA

EFEMÉRIDEMariemma, de seu verdadeiro nome Guillermina Teodosia Martínez Cabrejas, bailarina e coreógrafa espanhola, morreu em Madrid no dia 10 de Junho de 2008. Nascera em Iscar, província de Valladolid, em 12 de Janeiro de 1917.
Com dois anos, emigrou com a família para França, onde – em Paris – seguiu formação na escola de dança do Teatro do Châtelet.
Considerada uma menina-prodígio, efectuou a sua primeira tournée pela França e Suíça, na companhia da irmã María Asunción. Foi nesta época que Guillermnina começou a ser conhecida por Emma e, mais tarde, Mariemma. Em 1936, compôs a sua primeira coreografia para “L'Amour sorcier”, um ballet de Manuel de Falla.
Em 1940, regressou a Espanha, apresentando-se em Madrid três anos mais tarde. Em 1955, montou a sua própria companhia de dança (Mariemma Ballet de España) com a qual fez uma tournée pela Europa e Américas do Norte e do Sul.  
Considerada como um «génio da dança», dominava quatro estilos da dança espanhola: o bolero, as danças folclóricas, o flamengo e a dança estilizada.
Começou a dar cursos de dança em 1960 e, em 1969, foi encarregada de dirigir o departamento de dança do Real Conservatorio de Arte Dramática y Danza de Madrid.
Foi autora de coreografias míticas para o Ballet Nacional de Espanha, como “Díez melodías vascas” e “Fandango” (1979) e “Danza y tronío” em 1984. Nos anos 1980, fundou a sua própria escola de dança em Madrid e em Valladolid.
Mariemma recebeu inúmeras recompensas ao longo da sua carreira, entre elas o Prémio Nacional de Dança (1950), a medalha de ouro do Círculo de Belas Artes de Madrid (1951), o Prémio Nacional de Coreografia (1955) e a Medalha de Ouro do Mérito das Belas Artes em 1981. Em 1996, foi feita cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras pelo ministério francês da Cultura. 
Doente desde há muito tempo, morreu aos 91 anos, vítima de hemorragia cerebral enquanto dormia.

sexta-feira, 9 de junho de 2017

9 DE JUNHO - MARINA SEMYONOVA

EFEMÉRIDEMarina Timofeyevna Semyonova, célebre bailarina russa, morreu em Moscovo no dia 9 de Junho de 2010. Nascera em São Petersburgo, em 12 de Junho de 1908.
Marina iniciou a sua vida artística no Teatro Kirov, na cidade de São Petersburgo. No final da carreira, dedicou-se ao ensino. Recebeu o título de “Artista Popular da União Soviética” em 1975.
Foi a primeira grande dançarina formada por Agrippina Vaganova, sendo diplomada no Ballet do Teatro Mariinsky em 1925, ano «inscrito nos anais do ballet soviético como o ano do triunfo sem precedentes de Marina Semyonova».
Actuou no Teatro Mariinsky até 1930, ano em que Estaline a colocou, juntamente com o marido, o dançarino Viktor Semyonov, no Teatro Bolshoï de Moscovo, onde permaneceu até ao fim da sua carreira de bailarina (1952).
Em 1935, actuou com o Ballet da Ópera Nacional de Paris, dançando “Giselle” com Serge Lifar.
Recebeu o Prémio Estaline em 1941 e, depois de se retirar, tornou-se uma das grandes professoras do Bolshoï. Muitas estrelas do bailado russo foram suas alunas. Reformou-se, também da actividade docente, aos 96 anos de idade. Em 2008, o Teatro Bolshoï festejou o seu centenário. Faleceu dois anos depois.  

quinta-feira, 8 de junho de 2017

8 DE JUNHO - WILLIE DAVENPORT

EFEMÉRIDE – William “Willie” D. Davenport, atleta norte-americano, especialista de 110 metros barreiras, nasceu em Troy, Alabama, no dia 8 de Junho de 1943. Morreu em Chicago, Illinois, em 17 de Junho de 2002. Estudou na Universidade de Ohio.
Participou em quatro edições dos Jogos Olímpicos de Verão, ganhando a Medalha de Ouro nas Olimpíadas do México em 1968. Em 1980, também competiu nos Jogos Olímpicos de Inverno, integrando a equipa norte-americana de bobsleigh.
Davenport participou pela primeira vez nas Olimpíadas em 1964 (Tóquio), atingindo as meias-finais dos 110 metros barreiras, mas lesionando-se depois durante um treino. No México, em 1968, atingiu a final e sagrou-se Campeão Olímpico. Em 1972, nos Jogos de Munique, foi quarto classificado e, na sua terceira presença consecutiva em finais olímpicas de 110 metros barreiras, em 1976 (Montreal), terminou em terceiro conquistando a Medalha de Bronze. Finalizou a sua carreira olímpica em Lake Placid (1980), competindo na prova de bobsleigh 4-man, terminando na 12ª posição.
Foi recordista mundial de 110 m barreiras, entre 1969 e 1975. Willie Davenport, que era soldado do Exército na altura da primeira participação olímpica e até 1965, foi promovido a coronel da Guarda Nacional dos EUA, quando da sua morte. Faleceu em 2002, aos 59 anos de idade, no Aeroporto Internacional O'Hare de Chicago, vítima de enfarte do miocárdio.

quarta-feira, 7 de junho de 2017

7 DE JUNHO - JAMES YOUNG SIMPSON

EFEMÉRIDEJames Young Simpson, médico obstetra escocês e figura importante na história da medicina, nasceu em Bathgate no dia 7 de Junho de 1811. Morreu em Londres, em 6 de Maio de 1870. Descobriu as propriedades anestésicas do clorofórmio e, com sucesso, introduziu-o no uso médico geral.
Simpson foi o primeiro médico a usar anestésico (clorofórmio e éter) para aliviar a dor durante os partos (1847). Tal prática foi duramente combatida, pois alguns médicos e o clero – erradamente – diziam que ela «era contrária à natureza e à vontade de Deus», porque o livro “Génesis” diz que «o parto seria com dor». O assunto só foi superado e o método popularizado, quando a rainha Vitória aceitou ser anestesiada com clorofórmio, durante o parto do príncipe Leopoldo em 1853.
James Simpson comparou amputações em pacientes hospitalizados com não hospitalizados, e encontrou maior taxa de mortalidade nos pacientes que permaneciam no hospital. Para caracterizar este facto, usou o termo “hospitalismo”, sugerindo que o cuidado hospitalar poderia conferir um risco de infecções hospitalares aos pacientes.
James Simpson foi nomeado médico da rainha em 1847 e recebeu o título de baronete em 1866. Elaborou também um fórceps (que tem o seu nome) e interessou-se pela medicina fetal e pelo hermafrodismo. Inventou também a aspiração uterina, actualmente utilizada na IVG (Interrupção Voluntária da Gravidez).

terça-feira, 6 de junho de 2017

6 DE JUNHO - JOSÉ SILVA PENEDA

EFEMÉRIDEJosé Albino da Silva Peneda, político português do Partido Social Democrata, nasceu em Matosinhos, São Mamede de Infesta, no dia 6 de Junho de 1950.
Licenciou-se em Economia na Universidade do Porto, vindo a ser depois professor na Faculdade de Economia da mesma universidade (1973/75).
Em 1979, com 29 anos, foi designado secretário de Estado junto do ministro do Interior. Reconfirmado em 1980. Eleito deputado em 1985, foi escolhido para secretário de Estado junto do ministro da Planificação. Foi ministro do Emprego e da Segurança Social, nos XI e XII Governos Constitucionais (1987/93). Afastou-se da política em 1997, dedicando-se durante uns tempos à vida empresarial.
Candidatou-se nas Eleições Europeias de 2004, sendo eleito. Em Junho de 2010, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
Foi presidente do Conselho Económico e Social entre Dezembro de 2009 e 1 de Maio de 2015, dia em que renunciou para assumir as funções de assessor do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
Foi presidente da Comissão Organizadora do Dia de Portugal, em 10 de Junho de 2013.
É um dos signatários da Petição em Defesa da Língua Portuguesa contra o Acordo Ortográfico. Foi feito membro do Conselho das Ordens Nacionais em Junho de 2016.

segunda-feira, 5 de junho de 2017

5 DE JUNHO - WANDERLÉA

EFEMÉRIDEWanderléa Charlup Boere Salim, cantora brasileira, nasceu em Governador Valadares no dia 5 de Junho de 1946.
Tornou-se famosa com o grupo Jovem Guarda, fazendo sucesso ao lado dos seus amigos Roberto Carlos e Erasmo Carlos. Entre outros filmes que protagonizou, trabalhou como actriz principal em “Juventude e Ternura” (1968) e contracenou com Roberto e Erasmo na película “Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa” (1970).
Descendente de libaneses, passou a infância em Lavras e, aos nove anos de idade, mudou-se para o Rio de Janeiro com a família, composta pelos pais e vários irmãos, para tentarem uma vida melhor. Mal imaginaria ela que se tornaria numa das mais importantes cantoras brasileiras.
Aos dez anos, já ganhava concursos na rádio e, em 1962, foi lançado o seu primeiro compacto. No ano seguinte, saiu o primeiro LP, “Wanderléa”, editado pela CBS. Nesta gravadora, conheceu Roberto Carlos, com quem chegou a namorar, e Erasmo Carlos, passando a apresentar – em Agosto de 1965 – o programa “Jovem Guarda” na TV Record de São Paulo. Transmitido nas tardes de domingo, o programa teve uma das maiores audiências da época e lançou diversos artistas. Wanderléa e Celly Campelo foram assim as primeiras estrelas do rock brasileiro. Depois de terminada a Jovem Guarda, continuou a carreira como cantora pop. Actualmente, ainda se apresenta cantando os seus maiores sucessos, como “Pare o Casamento”, “Ternura” e “Prova de Fogo”.
Aos 15 anos, cantava em boîtes e, como era menor, pedia autorização ao Tribunal de Menores e os pais assinavam. O pai, no começo, não aceitava a carreira da filha, mas com o tempo entendeu que a jovem tinha grandes talentos musicais.
Um grande sucesso de Wanderléa, “Te Amo”, esteve na banda sonora da novela “Caras & Bocas” da Rede Globo. A mesma música já tinha entrado na telenovela dos anos 1990, “Pedra Sobre Pedra”.
Wanderléa sofreu muitas perdas na sua vida. A primeira delas foi, aos dez anos de idade, quando acordou para descobrir que a irmã mais velha fora morta por uma bala perdida. Este facto abalou para sempre toda a família.
No começo da sua carreira, aos 16 anos, começou a namorar Zé Renato, filho de Chacrinha. Com poucos meses de namoro, ficaram noivos. Após sete anos juntos, nova tragédia: Zé sofreu um acidente e ficou paraplégico. Wanderléa entrou em grave depressão e, com o tempo, o relacionamento entrou em crise porque ele não queria ser um peso na vida dela. Apesar de ter lutado por ele, respeitou a sua decisão e separou-se.
Após a separação, namorou alguns cantores e compositores de então. Depois, conheceu o guitarrista chileno Lalo Califórnia. Os dois começaram a namorar e em breve se casaram. Em 1982, nasceu o primeiro filho do casal. Em 1984, nova tragédia: o filho morreu afogado aos 2 anos de idade. O garoto estava a andar de triciclo e acidentalmente caiu na piscina. Chegou a ser socorrido, mas não resistiu.
Wanderléa, desesperada, entrou em grave crise depressiva, tendo que tomar medicação muito forte. A partir daí, o casamento desestruturou-se e eles passaram simplesmente a visitar-se. Com o tempo, o casal recuperou e tiveram mais duas filhas, ainda nos anos 1980. Passou por outras perdas, como a morte do pai, que a deixou muito abalada, e pouco tempo depois, em 1996, um irmão morreu vítima de Sida. A sua depressão foi forte, a que se seguiu um cancro no útero.
Wanderléa continua casada com Lalo até hoje, mas os dois moram em casas separadas e a cantora diz ser feliz assim. Os dois perceberam que, morando juntos, não se davam tão bem. Convivem como dois namorados.

domingo, 4 de junho de 2017

PATXI ANDIÓN - "El Maestro"

4 DE JUNHO - EDUARD KHIL

EFEMÉRIDEEduard Anatolievitch Khil, cantor barítono russo, morreu em São Petersburgo no dia 4 de Junho de 2012. Nascera em Smolensk, em 4 de Setembro de 1934. Foi condecorado com o Prémio de Artista do Povo da República Socialista Federativa Soviética da Rússia (RSFSR), em 1974.
Filho de um mecânico e de uma contabilista que se divorciaram, ficou a viver com a mãe. Durante a guerra, o jardim-de-infância onde ele se encontrava foi bombardeado. Separado da progenitora, foi evacuado para Bekovo, onde ficou num lar para crianças desprovido de instalações básicas. Apesar das dificuldades, Eduard brincava normalmente junto dos soldados feridos, que eram repatriados da frente de combate e estavam num hospital vizinho. 
Só reencontrou a mãe em 1943, quando Smolensk foi libertada. Em 1949, partiu para Leninegrado (actual São Petersburgo). Em 1955, inscreveu-se no Conservatório, onde estudou sob a direcção de Evgueni Olkhovksky e de Zoïa Lodyi. Obteve o diploma em 1960. Durante os estudos, interpretou vários papéis, nomeadamente o de Fígaro, em “As Bodas de Fígaro”.
Depois de se diplomar, entusiasmou-se com a música popular ao participar num concerto de Klavdia Chouljenko. Ganhou vários prémios nas duas décadas seguintes. Venceu o Concurso Russo para Artistas Intérpretes (1962) e foi convidado para actuar no Festival das Canções Soviéticas em 1965. No mesmo ano, ficou em 2º lugar no Festival Internacional de Música de Sopot
Em 1967, o compositor Andreï Petrov conquistou o Prémio do Estado da URSS graças a uma recolha de canções interpretadas sobretudo por Eduard Khil. No ano seguinte, Khil ganhou o título de Artista Meritório da RSFSR. Em 1971, foi-lhe outorgada a Ordem da Bandeira Vermelha do Trabalho. Eram tantos os prémios recebidos que o publico passou a chamar-lhe “Símbolo de Leninegrado”.
Após se aposentar da carreira musical no fim da década de 1980, quando do desmembramento da URSS, Khil desapareceu lentamente do cenário cultural russo, só ressurgindo em 2009 quando protagonizou um vídeo que se tornou viral na Internet/Youtube: “Trololo”. O vídeo foi visto mais de 20 milhões de vezes em todo o mundo e Khil recuperou a popularidade, vendo-o mesmo transmitido pela televisão russa.
Hospitalizado em São Petersburgo (2012) na decorrência de um AVC, entrou em estrado de coma e acabou por falecer aos 77 anos de idade. Estava casado com a bailarina Zoïa Pravdina desde 1958, tendo-a conhecido no Conservatório

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