sábado, 30 de junho de 2018

30 DE JUNHO - ED YOST


EFEMÉRIDE - Paul Edward Yost, inventor e aeronauta norte-americano, nasceu em Bristow no dia 30 de Junho de 1919. Morreu em Vadito, em 27 de Maio de 2007. Foi o criador do balão de ar quente moderno, sendo referido como o seu “Pai”.
Em 1956, Yost fundou a Raven Industries, para desenhar e construir balões a ar quente para o Departamento de Pesquisa Naval da Marinha dos Estados Unidos, que queria os balões para o transporte de cargas pequenas, a curtas distâncias.
Yost e a sua equipa estudaram o modelo então comum (pouco modificado desde a época dos irmãos Montgolfier) e aperfeiçoaram-no, acrescentando um sistema combustor de propano, um novo sistema de inflação (a maçarico) e novas tecnologias de segurança.
Quando, na década de 1960, o Departamento de Pesquisa Naval perdeu o interesse nos balões a ar quente, Yost começou a vendê-los como equipamento desportivo, fazendo renascer o balonismo.
Em 1976, Yost estabeleceu treze novos recordes mundiais de tempo e distância em voo de balão, tentando cruzar o Atlântico sozinho no balão Silver Fox (Raposa Prateada), de sua autoria.
Morreu aos 87 anos de ataque cardíaco, na sua casa em Vadito.

sexta-feira, 29 de junho de 2018

29 DE JUNHO - DADO VILLA-LOBOS


EFEMÉRIDE - Eduardo Dutra “DadoVilla-Lobos, músico brasileiro, nasceu em Bruxelas no dia 29 de Junho de 1965.  É conhecido pelo seu trabalho como guitarrista na banda de rock brasileira Legião Urbana e também por ser sobrinho-neto do compositor clássico Heitor Villa-Lobos.
Dado Villa-Lobos, filho de diplomata, teve contacto com a música desde o nascimento, já que o pai tocava piano clássico. Acompanhando as mudanças de país a que o emprego do pai obrigava, morou em Montevidéu até 1971, ano em que foi pela primeira vez ao Brasil, fazendo uma passagem breve pelo Rio de Janeiro, onde moravam os avós. Em 1975, o pai foi enviado novamente para fora do Brasil, desta vez Paris, onde permaneceu até 1979. Dado comprou, na capital francesa, uma das suas primeiras guitarras.
Em 1979, passou a morar em Brasília, onde conheceu e fez amizade com diversas pessoas que viriam a ser músicos de rock, tornando-se famosos na década seguinte.
Tocou na banda Dado e o Reino Animal, antes de substituir Ico Ouro-Preto quando este desistiu de continuar na Legião Urbana. Passou a ser o guitarrista da banda em Março de 1983, nas vésperas de um festival realizado no auditório da Associação Brasiliense de Odontologia. Nesta mesma época, Dado estava no começo dos estudos de Ciências Sociais na Universidade de Brasília. Planeava iniciar a sua formação na capital e terminá-la em Aix-en-Provence (França), mas acabou por deixar de lado o curso para se dedicar apenas à música.
Esteve na Legião Urbana até ao seu fim, ocorrido com a morte de Renato Russo em 1996. Em 22 de Outubro de 1996, juntamente com Marcelo Bonfá, anunciou oficialmente o fim da banda.
Foi o responsável pela produção dos últimos discos da Legião: “A Tempestade (ou O Livro dos Dias)” , “Uma Outra Estação” e “Como É que Se Diz Eu Te Amo”. Foi também o autor das bandas sonoras dos filmes “O Homem do Ano”, “Bufo & Spallanzani” - pela qual recebeu o prémio de Melhor Banda Sonora no Festival do Cinema Brasileiro, em Miami - e “Pro Dia Nascer Feliz” - também vencedor do Kikito de Melhor Banda Sonora no Festival de Gramado em 2006.
Em 2005, lançou o seu primeiro disco a solo, “Jardim de Cactus”. O DVD e CD foram gravados em Abril do mesmo ano. Em 2007, participou no disco “Liebe Paradiso”.
Em 2011, participou também na apresentação da Orquestra Sinfónica Brasileira do Rock in Rio, com a música “Será?”.  Em 2013, juntou-se a Toni Platão, Dé Palmeira e Charles Gavin, para formar o supergrupo Panamericana, que iria tocar sucessos do rock sul-americano.
Em Maio de 2012, participou no Tributo ao Legião Urbana. Ainda em 2012, ele e Marcelo Bonfá fizeram uma tournée e vários espectáculos com a banda mineira Jota Quest. Em Novembro de 2012, lançou o seu segundo disco a solo, “O Passo do Colapso”, somente em formato digital no iTunes.
Desde Maio de 2014, apresenta no canal Bis!, na TV fechada, um programa de música chamado “Estúdio do Dado”, misturando entrevistas e músicas tocadas entre ele e os seus convidados.
Em 2015, participou na canção “Trono de Estudar”, composta por Dani Black em apoio aos estudantes que lutavam contra o projecto de reorganização escolar do governo estadual de São Paulo. A faixa teve a participação de mais 17 artistas, entre eles Chico Buarque, Arnaldo Antunes e Zélia Duncan.

quinta-feira, 28 de junho de 2018

28 DE JUNHO - FLORIAN ZELLER


EFEMÉRIDE - Florian Zeller, jovem escritor francês, nasceu em Paris no dia 28 de Junho de 1979. É diplomado pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris (2001).
Se bem que tenha começado a tornar-se conhecido pelos seus romances, rapidamente passou a ser reconhecido como autor teatral. Segundo “L’Express”, «ele é o melhor dramaturgo francês, juntamente com Yasmina Reza». Segundo “The Guardian”, «Florian Zeller é o autor de teatro mais apaixonante da nossa época».
Publicou, com 22 anos, o seu primeiro romance, “Neiges artificielles”, que recebeu o Prémio da Fundação Hachette.  Tornou-se, em 2002, Mestre de Conferências de Ciências Políticas e, no ano seguinte, editou o seu segundo romance, “Les Amants du n'importe quoi”. 
Em 2004, com “La Fascination du pire”, venceu o Prémio Interallié. Depois, publicou ainda mais dois romances, um deles “La Jouissance” em 2012.
No que respeita ao teatro, criou “L’Aube” em 2004. Esta primeira peça foi muito bem recebida pela crítica e pelo público, sendo de novo representada em 2007 e 2015. Seguiu-se “Le Manège” em 2005, “Si tu mourais” em 2006 e “Elle t'attend” em 2008.
A partir de 2010, os maiores actores protagonizaram as suas peças, sendo premiados frequentemente.  Florian Zeller cria regularmente novas peças, a última das quais - “Le Fils est créée” - em Fevereiro de 2018.
A sua peça “La Vérité” foi produzida em vários países, entre eles a Alemanha, Itália, Inglaterra e Espanha. Foi sobretudo a peça “Le Père” aquela que teve maior sucesso no estrangeiro (apresentada em mais de 35 países), sendo considerada a Melhor Peça do Ano no Reino Unido.
Florian Zeller vive em Paris, sendo casado desde 2010 com a comediante Marine Delterme. Têm um filho nascido em Dezembro de 2008.

quarta-feira, 27 de junho de 2018

27 DE JUNHO - BRUNO TOLENTINO


EFEMÉRIDE - Bruno Lúcio de Carvalho Tolentino Sobrinho, poeta brasileiro, morreu em São Paulo no dia 27 de Junho de 2007. Nascera no Rio de Janeiro em 12 de Novembro de 1940. Ficou conhecido pela sua forte oposição ao movimento modernista, à cultura popular e à poesia concreta. Bruno foi um defensor das formas clássicas e tradicionais na poesia. É tido como um dos intelectuais conservadores mais importantes da sua geração. O seu trabalho foi agraciado com o Prémio Jabuti em três ocasiões: 1994, 2000 e 2007.
Nascido numa família tradicional carioca, conviveu desde criança com intelectuais e escritores próximos da família, entre eles Cecília Meireles (a quem sempre se referiu carinhosamente como Tia Cecília), Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e João Cabral de Melo Neto. À moda já antiga das preceptoras, foi instruído em inglês e francês ao mesmo tempo da sua alfabetização em português.
Publicou em 1963 o seu primeiro livro, “Anulação e outros reparos”. Com o advento do golpe militar de 1964, mudou-se para a Europa a convite do poeta Giuseppe Ungaretti, onde viveu trinta anos. Residiu em Inglaterra, Bélgica, Itália e França. Leccionou nas Universidades de Oxford, Essex e Bristol e trabalhou como tradutor-intérprete junto da Comunidade Económica Europeia. Publicou em 1971, em língua francesa, o livro “Le vrai le vain” e, em 1979, em língua inglesa, “About the Hunt”, ambos bem-recebidos pela crítica literária europeia. Sucedeu ao poeta e amigo W. H. Auden na direcção da revista literária “Oxford Poetry Now”.
Em 1987, sob a acusação de posse de drogas, foi condenado a 11 anos de prisão. Cumpriu apenas 22 meses da pena, em Dartmoor, no Reino Unido, com o perdão do governo inglês, que reconheceu que ele tinha sido vítima de uma injustiça. «Adorei a experiência e procurei tirar o máximo de proveito», declarou ele sobre os dias de encarceramento, numa entrevista em Agosto de 2006. Para os companheiros de prisão, organizava aulas de Alfabetização e de Literatura às quais chegaram a assistir psicanalistas de renome e personalidades do mundo das Letras como o dramaturgo Harold Pinter.
Tolentino regressou ao Brasil em 1993, publicando o livro “As horas de Katharina”, escrito durante um período de 22 anos (1971/1993), ganhando com ele o Prémio Jabuti de Melhor Livro de Poesia de 1994. Em 1995, publicou “Os Sapos de Ontem”, uma colectânea de textos, artigos e poemas originados numa polémica intelectual com os irmãos Haroldo de Campos e Augusto de Campos. Ainda em 1995, publicou “Os Deuses de Hoje” e, em 1996, “A Balada do Cárcere”.
Entre os anos 2000 e 2002, morou no Santuário Estadual de Nossa Senhora da Piedade em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde viveu a sua fé católica.
Bruno publicou em 2002 e 2006, respectivamente, os livros que considerou como a culminação da sua obra poética: “O Mundo Como Ideia”, escrito durante quarenta anos (1959/1999), e “A Imitação do Amanhecer”, escrito durante 25 anos (1979/2004). Ambos lhe renderam o Prémio Jabuti, tornando-o assim um dos únicos escritores a ganhar três edições do prémio, considerado o mais importante da literatura brasileira. Recebeu, também, por “O Mundo Como Ideia”, o Prémio Senador José Ermírio de Morais, nunca antes dado a um escritor.
Tolentino era portador de SIDA e já havia superado um cancro. Esteve internado durante um mês na Unidade de Cuidados Intensivos do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, onde veio a falecer, aos 66 anos de idade, por falência múltipla de órgãos.

terça-feira, 26 de junho de 2018

26 DE JUNHO - PAVEL BELYAYEV


EFEMÉRIDE - Pavel Ivanovich Belyayev, cosmonauta soviético, nasceu em Chelizshevo no dia 26 de Junho de 1925. Morreu em Moscovo, em 10 de Janeiro de 1970. Foi seleccionado para o programa espacial da URSS em 1960, após quinze anos de experiência na Força Aérea e na Marinha soviéticas.
Em Março de 1965, Belyayev foi ao espaço como comandante da histórica missão Voskhod 2, ao lado do cosmonauta Alexei Leonov (que se tornaria o primeiro humano a fazer um passeio no espaço fora da nave).
Foi condecorado como Herói da União Soviética (1965), tendo recebido muitas e importantes honrarias soviéticas e de outros países.
Belyayev faleceu em 1970, vítima de peritonite causada por uma cirurgia malsucedida a uma úlcera no estômago.
O seu nome figura na placa que acompanhou a escultura “Fallen Astronaut”, que foi colocada na Lua - em Agosto de 1971 - pela tripulação da Apollo 15.

segunda-feira, 25 de junho de 2018

25 DE JUNHO - FRIGYES KARINTHY


EFEMÉRIDE - Frigyes Karinthy, jornalista, escritor e tradutor húngaro, nasceu em Budapeste no dia 25 de Junho de 1887. Morreu em Siófok, em 29 de Agosto de 1938.
Aos quinze anos, admirador de Júlio Verne e já humorista, escreveu “Vigam de núpcias ao centro da terra”. Aos dezanove anos, já publicava regularmente crónicas, novelas e poemas. Em 1909, já era uma personalidade célebre e frequentava cafés literários, onde tinha muitos admiradores, que o rodeavam para o ouvir.
Cultivou a sátira social e literária, como em “Assim Escreveis” (1912). Nos anos 1910 a 1930, os editores disputavam as suas obras. Jornais, revistas e outros periódicos esperavam dele uma presença quase diária, ao mesmo tempo que ele escrevia os seus romances, peças de teatro e numerosas novelas.
Ele demonstrou naquilo que escreveu ser um humorista, mas também um filósofo visionário e um poeta. «No humor, eu nunca brinco» é um dos seus aforismos frequentemente citado. Como poeta, revelou-se pela sua originalidade e um total domínio da rima e do ritmo.
Em 1936, foi-lhe diagnosticado um tumor no cérebro, sendo operado em Estocolmo pelo melhor especialista da época, graças a uma subscrição nacional.  Ele contou a sua doença na obra “Viagem à Volta do Meu Crânio” (1937), descrevendo de modo humorístico um mundo dominado pelo cepticismo e pelo desespero. Faleceu dois anos depois, vítima de um ataque cerebral.

domingo, 24 de junho de 2018

24 DE JUNHO - LAWRENCE BLOCK


EFEMÉRIDE - Lawrence Block, um dos mais notáveis escritores norte-americanos de livros policiais, de mistério e de espionagem, nasceu em 24 de Junho de 1938. Recebeu o título de Grande Mestre, outorgado por Mystery Writers of America em 1994, sendo este o mais prestigioso prémio no sector. 
Nascido na cidade de Búffalo, no estado de Nova Iorque, Lawrence Block cursou a Faculdade Antioch, mas abandonou o curso antes de se licenciar.
Escreveu alguns livros policiais sob o pseudónimo de Paul Kavanagh. O primeiro trabalho publicado em seu nome foi a história “You Can’t Loose”, em 1957. Desde então, publicou mais de 50 novelas e mais de 100 contos, além de séries de livros.
Block viveu na cidade de Nova Iorque durante décadas e ambientou boa parte dos seus textos nesta cidade. É casado com Lynne Block e tem três filhas de um anterior casamento. Com Lynne, acabou por conhecer mais de 100 países, mas continua a considerar Nova Iorque como a sua cidade preferida.
A criação mais famosa de Block, o personagem Matthew Scudder, foi introduzido no livro “The Sins of the Fathers”. É um ex-polícia alcoólatra que trabalha como detective particular sem licença.
O livro “Eight Million Ways to Die”, de 1982, foi adaptado ao cinema em 1986. Embora tenha sido sugerido que a luta de Scudder com o alcoolismo seja em parte autobiográfica, Block tem-se recusado, repetidamente, a discutir o assunto.
A outra série de Block, com textos mais leves, relatam as aventuras do gentil ladrão Bernard Rhodenbarr. O primeiro livro desta série foi “Burglars Can’t be Choosers”, de 1977, e o último, “The Burglar on the Prowl” de 2004. No terceiro volume da série, “The Burglar Who Liked to Quote Kipling”, de 1979, é narrada a compra de uma livraria com as economias conseguidas através do produto dos roubos.
Além de Scudder e Rhodenbarr, Block escreveu oito novelas com o personagem Evan Tanner, um aventureiro, espião e revolucionário acidental, que - como resultado de um ferimento durante a Guerra da Coreia - não conseguia dormir. Todas as novelas, com excepção da última, foram publicadas nas décadas de 1960 e 1970. O último livro desta série, editado nos Estados Unidos em 1998, reviveu o personagem depois de um hiato de mais de 20 anos.
No ano de 2003, foi publicado o primeiro livro de Block, em 15 anos, que não pertence a uma série: - “Small Town”. Este livro detalha muitas respostas de nova-iorquinos aos ataques terroristas do 11 de Setembro de 2001.

sábado, 23 de junho de 2018

23 DE JUNHO - EXPOSIÇÃO DO MUNDO PORTUGUÊS


EFEMÉRIDE - A Exposição do Mundo Português foi inaugurada em 23 de Junho de 1940. Encerrada em 2 de Dezembro do mesmo ano.
Historicamente coincidente com o primeiro ano da Segunda Guerra Mundial, teve o propósito de comemorar a data da Fundação do Estado Português (1140) e da Restauração da Independência (1640), mas também (e esse seria o objectivo primordial), o de celebrar o Estado Novo, então em fase de consolidação. Foi a maior exposição do género realizada no país até à Expo 98 (1998).
A ideia de celebrar o duplo centenário (1140 e 1640), que esteve na origem da Exposição do Mundo Português, foi lançada em 1929 pelo embaixador Alberto de Oliveira. A exposição veio a surgir na sequência da participação portuguesa nas grandes Exposições Internacionais de Paris (1937), Nova Iorque e São Francisco (1939).
A mostra assumiu, no que respeita aos recursos materiais e humanos, uma dimensão inédita, tornando-se no acontecimento político-cultural mais marcante do regime.
A opção estética adoptada nas comemorações provocou críticas violentas por parte de artistas académicos, liderados pelo coronel Arnaldo Ressano Garcia (presidente da Sociedade Nacional de Belas-Artes), e que ficariam maioritariamente à margem do evento.
A comissão nacional foi presidida por Alberto de Oliveira e secretariada por António Ferro, integrando um vasto número de personalidades da vida pública nacional. A comissão executiva foi presidida por Júlio Dantas, tendo como secretário-geral António Ferro. A comissão especial foi dirigida por Augusto de Castro (comissário-geral), secundado por Sá e Melo (comissário-geral-adjunto), tendo Cottinelli Telmo como arquitecto-chefe. Gustavo de Matos Sequeira encarregou-se da coordenação histórica, José Leitão de Barros dos serviços externos e Gomes de Amorim do ajardinamento dos espaços. Os espaços foram utilizados em congressos, cerimónias e vários espectáculos. A exposição incluiu pavilhões temáticos relacionados com a história de Portugal, suas actividades económicas, cultura, regiões, territórios coloniais e o Pavilhão do Brasil (o único país estrangeiro presente).
Situado entre a margem direita do rio Tejo e o Mosteiro dos Jerónimos, o evento ocupou uma área de cerca de 560 mil metros quadrados e implicou a renovação urbana da zona ocidental de Lisboa. O local era particularmente favorável ao efeito teatral desejado, criando-se desde logo uma monumental Praça do Império (actual Jardim da Praça do Império), ladeada a nascente e poente por dois grandes pavilhões longitudinais perpendiculares ao mosteiro quinhentista: o Pavilhão de Honra e de Lisboa (de Luís Cristino da Silva) e, do outro lado, o Pavilhão dos Portugueses no Mundo (do próprio Cottinelli Telmo).
A entrada principal localizava-se na Praça Afonso de Albuquerque, junto ao Mosteiro dos Jerónimos; outras duas entradas, de ambos os lados da linha de caminho-de-ferro, faziam-se por portas agenciadas entre quatro construções quadrangulares, tendo - nas faces principais - baixos relevos representando guerreiros medievais com grandes escudos. Atravessando a linha férrea através da passarela monumental, encontrava-se a Secção Histórica (Pavilhão da Formação e Conquista; Pavilhão da Independência; Pavilhão dos Descobrimentos e Esfera dos Descobrimentos). Do outro lado, situavam-se os Pavilhões da Fundação, do Brasil e da Colonização. Atravessando o Bairro Comercial e Industrial, chegava-se perto do Mosteiro dos Jerónimos, à entrada da Secção Colonial. No canto precisamente oposto, um Parque de Atracções fazia a delícia dos mais novos.
Descendo em direcção ao rio Tejo, e para além do Pavilhão dos Portugueses no Mundo, a Secção de Etnografia Metropolitana, com o seu Centro Regional, contendo representações das Aldeias Portuguesas e os Pavilhões de Arte Popular. Por trás deste último pavilhão, encontrava-se o Jardim dos Poetas e o Parque Infantil. Frente ao rio Tejo, com as suas docas, um Espelho de Água com um restaurante abria o caminho para o Padrão dos Descobrimentos e para a Nau Portugal.
Entre as obras de maior relevo, destaque-se o Pavilhão da Honra e de Lisboa, que recebeu as melhores opiniões da crítica. Do Pavilhão dos Portugueses no Mundo, com um risco mais simples, destacava-se a possante estátua da Soberania, de Leopoldo de Almeida, imagem de uma severa mulher couraçada, segurando a esfera armilar.
O Padrão dos Descobrimentos, da autoria de Cottinelli e Leopoldo de Almeida, pretendia ilustrar a importância histórica dos descobrimentos. A estrutura do monumento representava, de modo esquemático, uma embarcação com três velas. Sobre um plano inclinado, ladeando o velame estilizado, duas sequências de figuras, lideradas, à proa, pelo timoneiro de todo o projecto expansionista português, o infante D. Henrique. O padrão original foi construído em materiais perecíveis. Viria a ser reconstruído em betão e cantaria de pedra em 1960, por ocasião da comemoração dos 500 anos da morte do Infante.
A ideia da Nau Portugal partiu de Leitão de Barros e mostrou ser uma assinalável reconstituição do passado. Embora apelidada de nau, esta embarcação era na realidade a réplica de um galeão da carreira da Índia no século XVII.
A exposição recebeu cerca de três milhões de visitantes, constituindo a mais importante iniciativa cultural do regime (que enfrentaria a sua primeira crise política cinco anos mais tarde, com o fim da guerra e a derrota dos regimes totalitários de Hitler e Mussolini).
A maioria das edificações da exposição foi demolida, restando apenas algumas, entre as quais o Monumento aos Descobrimentos e o edifício que hoje acolhe o Museu de Arte Popular.

sexta-feira, 22 de junho de 2018

22 DE JUNHO - GEORGE VANCOUVER


EFEMÉRIDE - George Vancouver, oficial da marinha e explorador britânico, nasceu em King's Lynn no dia 22 de Junho de 1757. Morreu em Petersham, em 10 de Maio de 1798. Ficou conhecido pelas suas expedições na América do Norte, em especial na costa oeste do continente, nos actuais Estados americanos de Oregon e Washington, no Alasca, no Havai, na costa sul da Austrália e na província canadiana de Colúmbia Britânica.
As cidades de Vancouver (Washington) nos Estados Unidos, Vancouver no Canadá e a ilha Vancouver, são assim chamadas em homenagem a este explorador.  
Entrou para a Royal Navy com treze anos. Dois anos depois, embarcou no HMS Resolution, quando da segunda viagem do capitão James Cook em busca da Terra Australis.  Acompanhou igualmente Cook quando da terceira viagem (1776/1780). Participou no primeiro reconhecimento e exploração pelos europeus do arquipélago do Havai. No seu regresso à Grã-Bretanha, foi nomeado tenente da marinha real.
George Vancouver passou uma dezena de anos em navios de guerra, antes de ser encarregado de uma expedição cartográfica das costas americanas (1791/1794).
Regressou à Grã-Bretanha em Setembro de 1795, reformando-se em Petersham, onde se dedicou a descrever por escrito as suas viagens de exploração. Morreu aos quarenta anos, deixando o trabalho inacabado.

quinta-feira, 21 de junho de 2018

21 DE JUNHO - GIDEON SUNDBÄCK


EFEMÉRIDE - Otto Fredrik Gideon Sundbäck, engenheiro e inventor sueco, morreu em Meadville no dia 21 de Junho de 1954. Nascera em Jönköping, em 24 de Abril de 1880. Está associado à invenção do zíper (fecho éclair).
Gideon Sundbäck, após os seus estudos na Suécia, mudou-se para a Alemanha, onde estudou na escola politécnica em Bingen am Rhein. Em 1903, recebeu o diplomas de engenheiro eléctrico. Dois anos mais tarde, mudou-se para os Estados Unidos.
Em 1905, começou a trabalhar na Westinghouse Electric and Manufacturing Company em Pittsburgh. No ano seguinte, foi contratado para trabalhar na Universal Fastener Company em Hoboken. Foi depois promovido a chefe projectista na Universal Fastener.
Foi-lhe atribuída nos Estados Unidos a patente Nº 1 219 881 (pedida em 1914 e atribuída em 1917) pelo invento do zíper (fecho éclair). Sundbäck concebeu também as máquinas necessárias para a montagem destes fechos.
Em 2006, foi incluído no National Inventors Hall of Fame dos Estados Unidos, pelo seu trabalho no desenvolvimento do zíper. Em 24 de Abril de 2012, no 132º aniversário de seu nascimento, a Google publicou um Google Doodle a ele dedicado.

quarta-feira, 20 de junho de 2018

20 DE JUNHO - TERENCE YOUNG


EFEMÉRIDE - Shaun Terence Young, cenarista e realizador de cinema britânico, nasceu em Xangai no dia 20 de Junho de 1915. Morreu em Cannes, vítima de crise cardíaca, em 7 de Setembro de 1994. Entre os filmes que realizou, contam-se três da saga James Bond: “007 contra Dr. No” (1962), “007 - Da Rússia com amor” (1963) e “Thunderball (1965), todos protagonizados por Sean Connery.
Foi educado numa escola pública britânica. Participou na 2ª Guerra Mundial, como comandante de tanques, na Batalha de Arnhem, nos Países Baixos.
Começou a carreira cinematográfica, como guionista, na década de 1940 (“On the Night of the Fire”). Em 1946, foi co-realizador do filme “Theirs is the Glory”. O seu primeiro trabalho de direcção a solo foi com “Corridor of Mirrors” (1948), um filme de sucesso feito em França.
Após dirigir alguns filmes britânicos, Young começou a realizar vários filmes para Irving Allen e Albert R. Broccoli, na produtora Warwick Films, na década de 1950, incluindo “The Red Beret”, com Alan Ladd. Esta associação de cineastas fez com que ele recebesse a oferta para dirigir os primeiros filmes de James Bond.
Durante as filmagens de “007 - Da Rússia com amor”, Young e um fotógrafo quase morreram, quando o helicóptero em que viajavam caiu no mar durante as filmagens de uma cena. Foram resgatados por membros da equipa. Muito resistente, Young recomeçou a trabalhar meia hora depois do acidente.
Em 1979, fez a montagem e uma parte da realização de um telefilme com a duração de seis horas sobre a vida de Saddam Hussein.
Era casado com a novelista Dorothea Bennett.

terça-feira, 19 de junho de 2018

19 DE JUNHO - PETER TOWNSEND


EFEMÉRIDE - Peter Wooldridge Townsend, piloto britânico e palafreneiro do rei Jorge VI entre 1944 e 1952 e da rainha Isabel II entre 1952 e 1953, morreu em Saint-Léger-en-Yvelines (França) no dia 19 de Junho de 1995. Nascera em Rangoun (Birmânia), em 22 de Novembro de 1914.
Foi educado no Haileybury College, em Hertford Heath. Em 1933, ingressou na Royal Air Force, treinando em Cranwell. Serviu no Training Command e, como instrutor de voo, em Montrose. Por volta de 1940, uniu-se ao esquadrão nº 43 da RAF. Foi comandante de voo em operações nocturnas (1941) e oficial de comando do esquadrão nº 611.
Townsend foi um dos mais notáveis pilotos da Batalha da Grã-Bretanha, servindo como oficial de comando no esquadrão nº 85, que voava com aviões Hawker Hurricanes. Continuou a liderar a unidade, apesar de ter sido ferido em acção.
Subsequentemente, Peter Townsend foi líder do esquadrão nº 605, uma unidade que operava de noite, e estudou num colégio de comando militar em Outubro de 1942. Em Janeiro de 1943, foi oficial de comando em West Malling. Foi promovido a capitão de grupo em 1948.
Em 1944, foi nomeado palafreneiro temporário de Sua Majestade O Rei, servindo até 1953, quando se tornou palafreneiro extra, um posto honorário que deteve até à sua morte. Em Agosto de 1950, foi feito Deputy Master of the Household. Em 1952, passou a desempenhar as funções de controlador, trabalhando para a rainha-mãe. Retirou-se dos arranjos domésticos da corte no ano seguinte. De 1953 até 1956, foi adido aeronáutico em Bruxelas.
Em Julho de 1941, casou com Cecil Rosemary Pawle, com quem teve dois filhos. Divorciaram-se em 1952.
Peter Townsend é mais e melhor conhecido pelo seu romance com a princesa Margarida. Apesar da sua respeitável carreira, ele - por ser divorciado - não tinha nenhuma chance de desposar uma princesa e a relação entre ambos causou grande polémica no começo dos anos 1950. Casou-se depois com uma senhora belga - Marie-Luce Jamagne.
Em 1968, foi um dos muitos conselheiros militares do filme “A Batalha da Grã-Bretanha”. Peter Townsend passou muito tempo dos seus últimos anos de vida a escrever livros não-fictícios, incluindo uma autobiografia.
Morreu de cancro no estômago, aos oitenta anos, em França, país onde mantinha residência há 20 anos.

segunda-feira, 18 de junho de 2018

18 DE JUNHO - LÍDIA JORGE


EFEMÉRIDE - Lídia Guerreiro Jorge, escritora portuguesa, nasceu em Boliqueime no dia 18 de Junho de 1946.
Licenciou-se em Filologia Românica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tendo sido professora do Ensino Secundário. Foi nessa condição que passou alguns anos em Angola e Moçambique, durante o último período da guerra colonial, mas a maior parte da sua carreira docente decorreu em Portugal. Foi professora na Escola Secundária Rainha Dona Leonor, membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social e integrou o Conselho Geral da Universidade do Algarve.
Iniciou-se na actividade literária com o romance “O Dia dos Prodígios” (1980). Constituiu um acontecimento importante, num período em que se inaugurava uma nova fase da literatura portuguesa. Desde logo se tornou um dos nomes mais notáveis, nomeadamente na renovação da técnica romanesca. Além do sucesso que obteve a nível nacional, passou a integrar o programa dos concursos de agregação da cadeira de Português, nas universidades francesas.
Mais tarde, seguiram-se os romances: “O Cais das Merendas” (1982) e “Notícia da Cidade Silvestre” (1984), ambos distinguidos com o Prémio Literário Município de Lisboa, o primeiro dos quais em 1983, ex aequo com o “Memorial do Convento” de José Saramago.
A publicação de “Notícia da Cidade Silvestre” (1984) veio confirmar o valor da sua escrita. Diferenciando-se das duas obras anteriores, é um livro despojado, despido da retórica que os outros tinham.
Foi, porém, com “A Costa dos Murmúrios” (1988), livro que reflecte a experiência colonial passada em África, que a autora confirmou o seu destacado lugar no panorama das letras portuguesas. Depois dos romances “A Última Dona” (1992) e “O Jardim sem Limites” (1995), seguiu-se “O Vale da Paixão” (1998), galardoado com o Prémio Dom Dinis da Fundação Casa de Mateus, o Prémio Bordalo de Literatura da Casa da Imprensa, o Prémio Máxima de Literatura, o Prémio de Ficção do P.E.N. Clube e, em 2000, o Prémio Jean Monet de Literatura Europeia (Escritor Europeu do Ano).
Lídia Jorge publicou “O Vento Assobiando nas Gruas” (2002), romance que mereceu o Grande Prémio da Associação Portuguesa de Escritores e o Prémio Correntes d'Escritas. “Combateremos a Sombra”, publicado em Portugal em 2007, recebeu em França o Prémio Michel Brisset 2008, atribuído pela Associação dos Psiquiatras Franceses. Com chancela da Editora Sextante, publicou em 2009, o livro de ensaios “Contrato Sentimental”, reflexão crítica sobre o futuro de Portugal. Seguiu-se-lhe o romance “A Noite das Mulheres Cantoras” (2011) e, em Março de 2014, “Os Memoráveis”.
Lídia Jorge publicou também antologias de contos: “Marido e Outros Contos” (1997), “O Belo Adormecido” (2003) e “Praça de Londres” (2008), além das edições separadas de “A Instrumentalina” (1992) e “O Conto do Nadador” (1992). A sua peça de teatro “A Maçon” foi levada à cena no Teatro Nacional Dona Maria II, em 1997, com encenação de Carlos Avilez. Também foi apresentada nos palcos uma adaptação teatral de “O Dia dos Prodígios” realizada e encenada por Cucha Carvalheiro no Teatro da Trindade, em Lisboa. O romance “A Costa dos Murmúrios” foi adaptado ao cinema por Margarida Cardoso (2004).
Os romances de Lídia Jorge encontram-se traduzidos em mais de 20 línguas, além de edições no Brasil.  Têm sido objecto de estudos nos meios universitários portugueses e estrangeiros e da publicação de vários ensaios.
Em Portugal, o presidente da República, Jorge Sampaio, em Março de 2005, condecorou-a com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. O presidente da República Francesa, Jacques Chirac, em Abril de 2005, condecorou-a como Dama da Ordem das Artes e das Letras de França, sendo posteriormente elevada ao grau de Oficial. Em 2006, a autora foi distinguida na Alemanha, com a primeira edição do Prémio de Literatura Albatroz da Fundação Günter Grass, atribuído pelo conjunto da sua obra. A Universidade do Algarve, em Dezembro de 2010, outorgou-lhe o doutoramento honoris causa. A União Latina, em Maio de 2011, atribuiu-lhe o Prémio da Latinidade João Neves da Fontoura. A Associación de Escritores en Lingua Gallega deu-lhe, em Maio de 2013 o título de Escritora Galega Universal.

domingo, 17 de junho de 2018

17 DE JUNHO - CHARLES GOUNOD


EFEMÉRIDE - Charles-François Gounod, compositor francês, famoso sobretudo pelas suas óperas e música religiosa, nasceu em Paris no dia 17 de Junho de 1818. Morreu em Saint-Cloud, em 18 de Outubro de 1893.
Gounod era filho de um pintor (falecido quando ele tinha 5 anos) e de uma pianista. Entrou muito jovem para o Conservatório de Paris. Em 1839, compôs uma cantata (“Fernand”) e ganhou o Prix de Rome, um prémio famoso para jovens compositores, que dava direito a uma bolsa de estudos em Itália.
Gounod foi para Roma, onde ficou durante três anos, entrando em contacto com a música polifónica do século XVI, em especial a música do compositor renascentista italiano, Giovanni Pierluigi da Palestrina. Tomado por ideias místicas (que nunca o abandonaram completamente), pensou em entrar para o sacerdócio e começou a compor música religiosa.
Terminados os estudos em Itália, decidiu regressar à França. Assumiu o cargo de organista e mestre de capela na Igreja das Missões Estrangeiras em Paris, que ocupou durante três anos. Por volta dessa época, conheceu duas mulheres, que tiveram grande influência na sua vida: uma foi a cantora Pauline Viardot, que o introduziu no mundo da ópera, e a outra foi Fanny Hensel, que o apresentou ao seu irmão, o célebre compositor Felix Mendelssohn. Através de Mendelssohn, entrou em contacto com a música de Bach, então pouco conhecida.
A primeira ópera de Gounod, “Sapho”, foi estreada em 1851. Várias óperas se seguiram, mas as mais importantes são “Fausto” (1859), “Mireille” (1864) e “Roméo et Juliette” (1867), que estão entre as mais populares do repertório operístico francês.
Em 1852, Gounod tornou-se regente do Orphéon Choral Society, em Paris, para o qual escreveu várias peças de música coral, incluindo duas missas.
Ao rebentar a Guerra Franco-Prussiana (1870), Gounod refugiou-se em Inglaterra, onde permaneceu até 1875 e onde a sua música fez grande sucesso.
Nos últimos anos de vida, Gounod só compôs música religiosa.

sábado, 16 de junho de 2018

16 DE JUNHO - MARGARIDA CARPINTEIRO


EFEMÉRIDE - Margarida Maria Martins Carpinteiro, actriz e escritora portuguesa, nasceu em Lisboa no dia 16 de Junho de 1943.
Se bem que nascida na capital, encontra-se muito ligada à Beira Baixa (principalmente à aldeia Vales de Cardigos, no concelho de Mação). É desse espaço que Margarida guarda parte das suas recordações de infância e onde tem as suas raízes.
Frequentou o curso de Filologia Românica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, antes de se dedicar à representação. Entrou no filme “A Rapariga dos Fósforos” de Luís Galvão Teles, inspirado num conto de José Cardoso Pires (produção Cinequanon, 1973). Esteve na companhia teatral Cornucópia, com Luís Miguel Cintra, Jorge Silva Melo, Filipe La Féria e Orlando Costa.
Apareceu no filme “A Confederação”, também de Luís Galvão Teles, e fez teatro na companhia A Barraca em peças como “Zé do Telhado” (1978) ou “D. João VI” (1979).
Participou no programa “O Passeio dos Alegres”, de Júlio Isidro, onde desempenhou a personagem D. Dores Paciência. O sucesso levou-a a gravar um single. Continuou depois a colaborar no programa “Festa É Festa”.
Foi a Mariette de “Vila Faia”, a primeira telenovela portuguesa. Entrou ainda em vários programas de Herman José: “O Tal Canal” (1983) e “Hermanias” (1984), “Humor de Perdição” (1988) e “Casino Royal” (1989). Em 1985, lançara o seu primeiro livro, a que se seguiram outros. Participou, também, na série “Lá Em Casa Tudo Bem”.
Trabalhou em novelas como “Roseira Brava” (1995) e “Filhos do Vento” (1996). Em 1999, regressou aos palcos de teatro com a peça “Segredos de Cozinha”, da nova produtora NCIE, com encenação de Cucha Carvalheiro.
Na TVI, gravou diversas novelas, entre as quais “Tudo por Amor”, “Coração Malandro” e “Queridas Feras”. Entrou também na série “Conta-me como Foi”, da RTP.
Em 2005, lançou o livro “Um Navio na Gaveta”, baseado numa recolha de palavras e expressões já em desuso, descrevendo a dureza da vida nos anos 1920, numa aldeia da Beira Baixa. A autora fez a pesquisa em Vales de Cardigos, terra das suas raízes.
Participou na novela “Laços de Sangue” da SIC e na reposição de “Dancin'Days”.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

15 DE JUNHO - STAN WINSTON


EFEMÉRIDE - Stanley Winston, especialista em efeitos especiais, em maquilhagens e realizador de cinema norte-americano, morreu em Malibu no dia 15 de Junho de 2008. Nascera em Arlington, Virginia, em 7 de Abril de 1946. Os seus trabalhos mais conhecidos ocorreram na trilogia “Terminator” e em “Jurassic Park”, “Aliens”, “Predator”, “Edward Scissorhands” e “Batman Returns”.
Graduou-se na Washington-Lee High School em 1964. Estudou pintura e escultura na Universidade de Virginia, tendo-se licenciado em 1968. Em 1969, depois de actuar na Universidade da Califórnia, em Long Beach, mudou-se para Hollywood em busca de uma carreira como actor. Com a dificuldade em encontrar trabalho adequado, começou a trabalhar como aprendiz de maquilhador nos Estúdios Disney.
Em 1972, fundou a sua própria empresa, Stan Winston Studio, ganhando logo o prémio Emmy com o seu trabalho nos efeitos do filme “Gargoyles”, para TV. Nos 7 anos seguintes, continuou a receber nomeações para os Emmy. Winston criou também as fantasias do Wookiee, para o Especial de Natal de “Star Wars” de 1978.
Em 1982, recebeu a sua primeira indicação para o Oscar com “Heartbeeps”. O trabalho que o fez destacar-se mais em Hollywood foi feito para o clássico de terror/ficção científica “The Thing”.
Em 1983, desenhou as máscaras para o videoclipe “Mr. Roboto” do grupo de rock americano Styx.
Winston deu mais um salto na escadaria da fama, em 1984, quando trabalhou com James Cameron no primeiro “Terminator”. Ganhou o seu primeiro Oscar de Melhores Efeitos Visuais em 1985, com o filme “Aliens”.
Em 1989, fez a sua estreia na realização com o filme de terror “Pumpkinhead”. O seu trabalho posterior, como realizador, foi no filme infantil “A Gnome Named Gnorm” (1990).
No mesmo ano. dessa vez para “Terminator 2-Judgement Day”, o seu trabalho foi agraciado com mais dois Oscars:  Melhor Efeito Especial e Melhor Maquilhagem. Em 1992, foi convidado por Tim Burton para trabalhar em “Batman Returns”.
Winston mudou depois o seu foco para os dinossauros de Steven Spielberg, contratado por este para trazer aos ecrãs dos cinemas o “Jurassic Park”. Em 1993, o filme tornou um grande sucesso e Winston levou para casa mais um Oscar de Melhores Efeitos Visuais.
Em 1993, Stan Winston e James Cameron fundaram o Digital Domain, um dos principais estúdios de efeitos visuais e digitais do mundo. Em 1998, depois do grande sucesso de “Titanic”, Cameron e Winston cortaram a relação de trabalho na empresa. Winston e a sua equipa continuaram, porém, a fornecer os seus trabalhos em efeitos especiais para diversos filmes.
Um dos seus mais ambiciosos trabalhos foi em “Inteligência Artificial” de Steven Spielberg, que lhe rendeu mais um Oscar de Melhores Efeitos Visuais.
Em 1996, dirigiu e co-produziu o mais longo e caro videoclip de todos os tempos, “Ghosts”, que foi baseado numa ideia original de Michael Jackson e Stephen King. Este vídeo musical apresenta um número de efeitos visuais jamais visto e promoveu a música de dois álbuns consecutivos de Jackson, que figuram entre os mais vendidos de sempre.
Stan Winston morreu em 2008, depois de sofrer durante 7 anos de um cancro de tipo hematológico.

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