sábado, 30 de abril de 2011

EFEMÉRIDEAntónio Manuel de Oliveira Guterres, político português, nasceu em Lisboa no dia 30 de Abril de 1949.
Ainda jovem, demonstrou ter excepcionais qualidades de dedicação ao estudo, que lhe valeram o Prémio Nacional dos Liceus em 1965. Frequentou o Instituto Superior Técnico (IST), tendo-se licenciado em Física e Engenharia Electrotécnica com distinção. Durante os estudos superiores não se envolveu na oposição estudantil a Salazar, mas dedicou-se à acção social promovida pela Juventude Universitária Católica, que se opunha ao ditador. Em 1971, terminado o curso, iniciou uma efémera carreira académica, como assistente do IST.
Em 1973 aderiu ao Partido Socialista e, tempos mais tarde, passou a dedicar-se inteiramente à política. Após o 25 de Abril de 1974, colaborou na organização do partido.
Foi Presidente da Comissão Parlamentar de Demografia, Migrações e Refugiados da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa em 1983.
Chegou a Secretário-geral do PS (1992/2002) e venceu as eleições legislativas de 1995 e de 1999, sendo Primeiro-Ministro dos XIII e XIV Governos Constitucionais. Pelo meio, presidiu à Internacional Socialista (1999/2005).
Demitiu-se de Primeiro-Ministro após as eleições autárquicas de Dezembro de 2001, em que o PS sofreu uma derrota significativa. Declarou demitir-se para evitar que o país caísse num «pântano democrático», devido à falta de apoio ao Governo que os resultados eleitorais pressupunham.
Foi doutorado Honoris Causa na área das Ciências Sociais e Humanas pela Universidade da Beira Interior. É Alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados desde 2005.
Casado duas vezes, tem três filhos. A primeira esposa faleceu em 1998 vítima de cancro.

sexta-feira, 29 de abril de 2011




Granizo hoje em Benfica, Lisboa, por volta das 16:00




EFEMÉRIDE Carlos Jorge Neto Martins, jogador de futebol português, actualmente ao serviço do Sport Lisboa e Benfica, nasceu em Oliveira do Hospital no dia 29 de Abril de 1982.
Iniciando-se no clube da sua terra, veio jogar para o Sporting Clube de Portugal apenas com 11 anos de idade. Na altura, optou por ir morar com uma tia em Loures em vez de ficar no Centro de Futebol Juvenil do Sporting. Acabou por sentir dificuldades e voltou para Oliveira do Hospital um ano depois. Em 1995 veio de novo para Lisboa, integrando as equipas de juvenis e juniores do Sporting.
Presença assídua nas selecções juvenis de Portugal, destacam-se a sua participação no Europeu de Sub-17 na Polónia em 1998 e a presença no Torneio de Toulon no ano de 2001, prova ganha por Portugal.
Como sénior foi lançado na equipa principal do Sporting pelo treinador Augusto Inácio em 2000, começando a carreira de profissional em 2000/2001. Nessa época, fez parte da Equipa B, treinada por Jean Paul. Após a presença no torneio de Toulon, onde marcou o golo contra a Holanda que colocou Portugal na final, surgiram notícias de más relações com o técnico da Equipa B leonina. Carlos Martins pediu então para sair por empréstimo.
Em 2001/2002 foi emprestado ao Sporting Clube Campomaiorense. Adquiriu experiência na II Liga ao serviço deste clube alentejano, onde era um dos principais jogadores. Regressou ao Sporting pouco antes da época terminar. Com o clube a sagrar-se campeão na época 2001/2002, Lazlo Boloni organizou um estágio de final de época para observar os jogadores que tinham estado emprestados, entre eles Carlos Martins. Após jogos como o Deportivo da Coruña e com o Alverca, o treinador decidiu incluir Carlos Martins no plantel leonino, onde passou a jogar ocasionalmente. Apesar das boas exibições, Boloni não colocava Carlos Martins regularmente em campo. Assim, acabou por ser emprestado durante a 2ª volta à Académica de Coimbra.
Ao serviço do clube de Coimbra, foi treinado por Artur Jorge, que viu nele um dos principais motores do ataque dos estudantes. Continuou a ser presença frequente na selecção Sub-21 de Portugal.
Em 2003/2004, Lazlo Boloni foi substituído por Fernando Santos como treinador do Sporting. Na pré-época, Carlos Martins foi chamado regularmente a titular da equipa. Um problema físico surgiu porém, impedindo-o de jogar no início da temporada. Antes do final da época, nova lesão fez com que Carlos Martins não pudesse dar o seu contributo ao Sporting.
Em 2004/2005, sob o comando de José Peseiro, o Sporting realizou uma das suas melhores épocas. Esta é considerada também como o melhor período de Carlos Martins no clube de Alvalade. Durante várias jornadas consecutivas, foi um dos melhores jogadores e o principal dinamizador do caudal ofensivo e transição atacante do Sporting. Nessa época, o seu último jogo foi contra o Futebol Clube do Porto, sendo ele o autor do 2º golo leonino, antes de nova lesão o deixar inactivo.
Em 2005/2006 as esperanças leoninas residiam em dois jovens formados no clube: João Moutinho e Carlos Martins. Após um mau início de época, José Peseiro foi substituído por Paulo Bento. As lesões voltaram a atormentar Carlos Martins, razão que o impediu de realizar uma época regular.
Em 2006/2007 foi convocado por Scolari para a Selecção de Portugal. Na época seguinte, transferiu-se para o Recreativo de Huelva de Espanha. As suas exibições suscitaram o interesse do Benfica, que o contratou por 3 milhões de euros em Junho de 2008.
Na sua primeira temporada de águia ao peito, o antigo leão foi novamente vítima de lesões que o impediram de jogar no começo da época. Em 2009/2010 foi ainda alvo de uma lesão que o afastou na primeira volta do campeonato. Na segunda volta, fazendo uma espécie de rotatividade com Pablo Aimar, apresentou-se finalmente a um nível elevadíssimo tendo apontado diversos golos.
Ganhou até agora a Super Taça de 2002/2003 pelo Sporting, as Taças da Liga de 2008/2009, 2009/2010 e 2010/2011 pelo Benfica e foi Campeão Nacional de 2009/2010, igualmente pelos encarnados.


Mais um passo para a final?

quinta-feira, 28 de abril de 2011

EFEMÉRIDEPenélope Cruz Sanchez, actriz espanhola, nasceu em Alcobendas no dia 28 de Abril de 1974.
Dedicou-se inicialmente à dança, tendo estudado Ballet Clássico durante nove anos. Chegou a apresentar-se em Espanha e Nova Iorque. Iniciou depois a carreira de modelo, aparecendo nas capas de diversos magazines.
Ao assistir ao filme “Átame!” de Pedro Almodóvar, decidiu seguir a carreira de actriz. Fez inúmeros castings, mas era rejeitada em quase todos por ser demasiadamente nova. Em 1989, finalmente, venceu um concurso local com mais de 300 concorrentes.
Tornou-se notada nos anos 1990, ao participar em diversos filmes espanhóis, um dos quais (“Todo sobre mi madre”) recebeu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Nos anos 2000, com a participação em várias películas de sucesso, ganhou fama internacional, reforçada em 2006 com o filme “Volver” de Pedro Almodóvar, que arrecadou mais de 80 milhões de dólares e foi muito bem recebido pela crítica. Por este papel, foi nomeada para o Oscar pela primeira vez e recebeu o Prémio de Interpretação Feminina no Festival de Cannes. Trabalhou depois para diversos realizadores da Inglaterra, Estados Unidos, França, Noruega e Rússia.
Em 2008, interpretando o papel de uma mulher mentalmente perturbada, no filme “Vicky Cristina Barcelona” de Woody Allen, foi premiada com o Oscar de Melhor Actriz Secundária, o que acontecia pela primeira vez com uma espanhola.
O sucesso continuou em 2009, quando interpretou Carla Albanese em “Nine”, sendo nomeada pela terceira vez para o Oscar.
Desde 2010, ela é o rosto da campanha publicitária do perfume “Trésor de Lancôme”.
De 2001 a 2004 Penélope teve uma relação com Tom Cruise. Em Setembro de 2010 confirmou que estava grávida do seu primeiro filho. O pai é o actor Javier Bardem, com quem se casara nas Bahamas em Julho desse mesmo ano, numa cerimónia íntima. A criança nasceu em Janeiro de 2011 numa clínica de Los Angeles.

quarta-feira, 27 de abril de 2011




o Progresso...

EFEMÉRIDEWalter Lantz, de seu verdadeiro nome Walter Benjamin Lanza, cartoonista e autor de desenhos animados norte-americano, nasceu em Nova Rochelle no dia 27 de Abril de 1899. Morreu em Burbank, em 22 de Março de 1994. É conhecido sobretudo pela fundação do Walter Lantz Studio e pela criação do personagem Pica-Pau.
Filho de imigrantes italianos, começou a gostar de desenhar desde a infância, tendo seguido aulas de desenho a partir dos doze anos. O primeiro filme de animação a que assistiu foi “Gertie the Dinosaur”, de Winsor McCay, que o inspirou para o futuro.
O seu primeiro emprego foi o de mecânico. Um dos clientes gostou dos desenhos que ele tinha na garagem e possibilitou-lhe um novo trabalho, que lhe permitia estudar na New York City's Art Students League. Aos dezasseis anos, já trabalhava no departamento de animação. Em 1924 começou a ganhar importância no estúdio e dirigiu, animou e protagonizou a sua primeira série de desenhos animados, “Dinky Doodle”. Em 1927 mudou-se para Hollywood, onde trabalhou para o realizador Frank Capra.
Em 1928 foi contratado para dirigir a série animada “Oswald the Lucky Rabbit” da Universal. Em Setembro de 1929, terminou o primeiro desenho animado inteiramente de sua autoria, com o título “Race Riot”. Em 1935 passou a trabalhar como independente, co-produzindo desenhos animados com a Universal Pictures.
Em 1940 casou-se com Grace Stafford. Durante a lua-de-mel, o casal ouvia um pica-pau que fazia furos no telhado. Grace sugeriu que Lantz utilizasse o pica-pau como inspiração para um novo personagem de animação. Foi feito um teste e, em breve, surgia a primeira aparição do Pica-Pau no episódio “Knock Knock”.
Em 1948 a canção do Pica-Pau “The Woody Woodpecker Song” foi nomeada para o Oscar.
Em 1950 a esposa de Lantz ofereceu-se para fazer a voz do Pica-Pau, mas Lantz não aceitou a ideia dela fazer a interpretação, visto tratar-se de um personagem masculino. Sem desistir, Grace fez as gravações secretamente e mandou a fita, de forma anónima, para a equipa apreciar. Sem saber que era a voz da esposa, Walter gostou da gravação e disse que seria a voz ideal para o personagem.
O estúdio de Walter Lantz encerrou as suas actividades em 1972. Ele continuou, no entanto, a fazer bandas desenhadas. Em 1982, doou dezassete peças ao Museu Nacional de Historia dos Estados Unidos, incluindo um modelo de madeira utilizado na estreia do Pica-Pau em 1941. Faleceu com 94 anos, vítima de insuficiência cardíaca.
Criou e produziu, de 1941 a 1972, cerca de duzentos desenhos do Pica-Pau, tendo sido nomeado 8 vezes para os Oscars na categoria “Curta-metragem de Animação”. Em 1979, recebeu um Oscar de Honra pelo conjunto da sua obra.
Com as letras de FMI
Se escreve a palavra FIM...
...ELES andam por aí
Com QUEM nos deixou assim

Gabriel de Sousa

terça-feira, 26 de abril de 2011

EFEMÉRIDE Vicente Pío Marcelino Cirilo Aleixandre y Merlo, poeta espanhol da “Geração de 17”, nasceu em Sevilha no dia 26 de Abril de 1898. Morreu em Madrid, em 13 de Dezembro de 1984. O seu primeiro livro, “Âmbito”, foi publicado em 1928.
Pertencia a uma família da burguesia espanhola e o pai era engenheiro dos caminhos-de-ferro. Passou a sua infância em Málaga. Mudou-se depois para Madrid, onde estudou Direito e Comércio. Em 1919 licenciou-se em Direito e obteve o título de Intendente Mercantil. Exerceu funções de professor de Direito Mercantil, de 1920 a 1922, na Escola de Comércio.
Em 1917 conheceu vários escritores, entre eles o poeta António Machado, apaixonando-se pela poesia. Descobriu igualmente os poetas Simbolistas franceses.
Publicou os primeiros poemas na “Revista de Occidente” em 1926. Conheceu e relacionou-se com Cernuda, Alberti e García Lorca.
Ganhou o Prémio Nacional de Literatura em 1934. Depois da Guerra Civil, não se exilou apesar das suas ideias de esquerda. Permaneceu em Espanha, foi galardoado com o Prémio Francisco Franco em 1949, ano em que ingressou na Academia Real Espanhola, e transformou-se num dos mestres e exemplos para os poetas jovens. Recebeu o Prémio Nobel de Literatura em 1977.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

25 DE ABRIL SEMPRE !


Não podíamos dizer Liberdade.
Não éramos donos das nossas vidas.
Defendíamos só causas perdidas,
arrastando os corpos pela Cidade.

Com tanta felicidade perdida
e tanto homem que não foi criança,
quanta gente sem qualquer esperança
e quanta miséria escondida!

Mas chegada a data gloriosa
o cravo tornou-se a flor mais formosa
acabando com a nossa tristeza.

O Povo foi à rua e gritou!
O poeta renasceu e cantou
o orgulho da alma portuguesa!


Gabriel de Sousa




EFEMÉRIDEMário Laginha, pianista e compositor português, nasceu em Lisboa no dia 25 de Abril de 1960.
Tendo aprendido piano e guitarra na infância, a ideia de seguir a carreira de pianista tomou forma depois de ouvir Keith Jarrett.
Estudou piano na escola de jazz “Louisiana”, em Cascais, dirigida por Luís Villas-Boas, e depois na “Academia de Amadores de Música” e no Conservatório.
Começou por tocar em hotéis e como acompanhante de outros músicos. O primeiro trabalho profissional aconteceu no Teatro da Trindade, na peça “Baal” de Brecht.
A entrada a sério no mundo do jazz deu-se ao integrar o quinteto da cantora Maria João, com o qual gravou dois discos nos anos 1980: “Quinteto Maria João” (1983) e “Cem Caminhos” (1985).
Ao mesmo tempo que tocava com Maria João, criou o “Sexteto de Jazz de Lisboa”, com o qual gravou o LP “Ao Encontro” em 1988.
Mário Laginha foi investindo cada vez mais nas suas próprias composições, afastando-se da interpretação do jazz clássico e dos standards. Em 1987, com o apoio da Fundação Gulbenkian, estreou o “Decateto de Mário Laginha” durante um festival de jazz. As composições e arranjos eram totalmente seus. Nesse mesmo ano, foi considerado pela crítica o Melhor Músico de Jazz Português.
Ao longo dos anos, trabalhou em parceria com outros grandes nomes da música portuguesa como, por exemplo, Pedro Burmester.
Em 1994 lançou o primeiro disco assinado com o seu nome: “Hoje”. No mesmo ano foi lançado “Danças”, onde voltou a tocar com Maria João, num duo e amizade pessoal que persistem até hoje. Os dois gravaram vários discos e colaboraram em diversos espectáculos.
Em 1999, Mário Laginha iniciou uma colaboração de grande êxito com Bernardo Sassetti. Desde então, deram vários concertos e lançaram dois álbuns: “Mário Laginha e Bernardo Sassetti” (2003), e “Grândolas” (2004), disco integrado na comemoração dos 30 anos do 25 de Abril.
Em 2005 gravou o seu primeiro disco a solo: “Canções e Fugas”. Em 2007 actuou ao vivo com Pedro Burmester e Bernardo Sassetti no Centro Cultural de Belém, concerto que foi editado em DVD com o título “3 Pianos”. Inclui música clássica, música erudita moderna e temas dos próprios pianistas.
Em 2008 tocou com Bernardo Sassetti e Camané no espectáculo “Vadios,” novamente no CCB, aliando o jazz ao fado.

domingo, 24 de abril de 2011



Taça da Liga consecutiva
EFEMÉRIDE Shirley MacLaine, de seu verdadeiro nome Shirley MacLean Beaty, actriz norte-americana, nasceu em Richmond no dia 24 de Abril de 1934.
Fez ballet na infância e adolescência e, logo que terminou o seu curso médio, mudou-se para Nova Iorque, para realizar o sonho de se tornar actriz da Broadway. Numa das suas apresentações, foi notada por um produtor de cinema, que a convidou para trabalhar na Paramount Pictures em Hollywood. O primeiro filme em que actuou foi “The Trouble with Harry”, dirigida por Alfred Hitchcock (1955).
Ficou memorável a cena da película “Terms Of Endearment” em que Shirley, interpretando o papel de uma mãe desesperada com a degradação física da filha, que tem um cancro e está em fase terminal, grita para que as enfermeiras lhe administrem uma injecção contra as dores.
Shirley MacLaine é conhecida não só pelas suas actuações no cinema, como também por ter escrito um grande número de livros autobiográficos que relatam a sua crença na reencarnação.
Possui uma estrela na Calçada da Fama. Entre as muitas honras e prémios recebidos, saliente-se: um Oscar em 1983, dois Globos de Ouro em 1983 e 1988, “Melhor Actriz de Comédia/Musical” em 1960 e 1963, “Melhor Revelação Feminina” em 1955 e o Prémio Cecil B. DeMille em 1998, concedido pela Associação de Jornalistas Estrangeiros de Hollywood. No Festival de Berlim, foi galardoada com o Urso de Prata de Melhor Actriz em 1959 e 1971 e recebeu um Urso de Prata Honorário em homenagem à sua carreira em 1999.
Fez mais de 60 filmes, o último dos quais em 2010 (“Dia dos Namorados”).

sábado, 23 de abril de 2011

EFEMÉRIDEOlga Gutmann Benário Prestes, jovem militante comunista alemã de origem judaica, deportada para a Alemanha durante o governo brasileiro de Getúlio Vargas, morreu em Bernburg no dia 23 de Abril de 1942. Nascera em Munique, em 12 de Fevereiro de 1908.
Tinha ido para o Brasil na década de 1930, por determinação da Internacional Comunista, para apoiar o Partido Comunista do Brasil. Conheceu Luís Carlos Prestes na União Soviética, tornando-se sua mulher.
Com apenas quinze anos, filiara-se na Liga Juvenil Comunista da Alemanha. Após a queda da monarquia, instaurou-se um regime republicano na Alemanha, a chamada República de Weimar. O regime, no entanto, nunca foi aceite nem pela direita nem pela esquerda comunista. Esse conflito entre a direita e a esquerda marcou um período turbulento da história da Alemanha, com lutas armadas entre milícias paramilitares e com homicídios políticos.
Olga ascendeu dentro do movimento revolucionário comunista, sendo presa e acusada de «alta traição à pátria». Esteve detida pouco tempo. Juntamente com os seus colegas de militância, planeou então o assalto à prisão de Moabit em Berlim para libertar presos políticos. Fugiu depois para a Checoslováquia e União Soviética onde, já como quadro valioso, recebeu treino político-militar na Escola Lenine.
Luís Carlos Prestes que, desde 1931, estava a residir na União Soviética, foi eleito membro da comissão executiva da Internacional Comunista. Em 1934, voltou ao Brasil, via Nova Iorque, como clandestino, acompanhado de Olga Benário, também membro da IC. O objectivo era liderar uma insurreição armada.
Olga e Prestes eram apoiados financeira e logisticamente pelo Secretariado Latino Americano, que operava clandestinamente em Montevideu e no Uruguai.
Chegaram ao Brasil com documentos falsos, fazendo-se passar por um casal português. Prestes juntou-se ao movimento recém-constituído denominado Aliança Nacional Libertadora, frente política revolucionária de carácter antifascista e anti-imperialista que congregava militares, socialistas e comunistas descontentes com o Governo Vargas. Mesmo vivendo na clandestinidade, Prestes foi calorosamente aclamado presidente de honra da ANL na sua sessão inaugural no Rio de Janeiro. Prestes procurou então aliar o enorme crescimento da Aliança, com a retomada de antigos contactos no meio militar e assim criar as bases que julgava capazes para tomar o poder no Brasil. Em Julho de 1935, divulgou um manifesto incendiário, apelando para os sentimentos nacionalistas das classes médias e exigindo o derrube do governo Vargas.
Um levantamento armado eclodiu na cidade de Natal, motivado principalmente por factores locais. Prestes ordenou, porém, que a insurreição fosse estendida ao resto do país. Apenas algumas unidades militares do Recife e do Rio de Janeiro aderiram. O governo brasileiro controlou rapidamente a situação e desencadeou uma forte repressão sobre os sectores oposicionistas. Muitos líderes comunistas foram presos. Durante alguns meses, Prestes e Olga conseguiram continuar a viver na clandestinidade.
Em Março de 1936, foram detidos pela polícia. Olga ficou presa na Casa de Detenção, numa cela com mais de dez mulheres, muitas delas conhecidas suas. Aí, descobriu que estava grávida de Luís Carlos Prestes. Surgiu a ameaça de deportação para a Alemanha de Hitler. Seria a morte para ela, pois além de judia era comunista. Começou então na Europa um grande movimento pedindo a libertação de Olga e de Prestes.
O julgamento de Olga foi feito segundo os termos formais da ordem constitucional definida pela constituição federal, atendendo a um pedido de extradição do governo nazi. Nos termos da constituição em vigor, o julgamento era legal. O advogado de defesa de Olga pediu um indulto, argumentando que a extradição era ilegal pois Olga estava grávida e a sua extradição significaria colocar o filho de um brasileiro sob o poder de um governo estrangeiro.
Não obstante tudo isso, o Supremo Tribunal Federal aprovou o pedido de extradição, Vargas não decretou o indulto e Olga foi deportada para a Alemanha. Foi transportada num navio cargueiro, apesar dos protestos do próprio capitão pela violação do Direito Marítimo Internacional: Olga já estava grávida de sete meses. Quando o navio aportou a Hamburgo em Outubro de 1936, oficiais da Gestapo já a esperavam para a prender.
Foi levada para Barnimstrasse, a temida prisão de mulheres da Gestapo, onde teve a filha, Anita Leocádia, futura historiadora e professora-adjunta da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Anita ficou em poder da mãe até ao fim do período de amamentação e, depois, foi entregue à avó, mãe de Prestes.
Olga foi transferida para o campo de concentração de Lichtenburg nos primeiros dias de Março de 1938 e, em 1939, foi enviada para o campo feminino de Ravensbrück. Aqui, as prisioneiras viviam sob escravidão e eram sujeitas a experiências pelo médico Karl Gebhardt. Relatos de sobreviventes contam que, durante o seu tempo em Ravensbrück, Olga organizou actividades de solidariedade e resistência, aulas de ginástica e de história.
Na Páscoa de 1942, já com 34 anos de idade, foi enviada para o campo de extermínio de Bernburg, onde foi assassinada numa câmara de gás.
Após a Segunda Guerra Mundial, Olga seria objecto de culto na República Democrática Alemã, como exemplo de uma mãe vítima do nazismo. É nome de rua, “Olga Benário Prestes”, na antiga Berlim Oriental e noutras seis cidades alemãs e a sua efígie constou em moedas e selos, além de ter dado nome a 91 escolas, creches, ruas e praças em cidades que pertenciam à antiga República Democrática Alemã. No Brasil, Olga Benário dá também nome a ruas, praças e escolas em várias cidades, incluindo São Paulo.
Em 1989, a telenovela “Kananga do Japão” retratou o casal Olga Benário e Luís Carlos Prestes, com interpretação dos actores Betina Vianny e Cassiano Ricardo.
Em 2006, Jorge Antunes compôs a ópera “Olga”, com libreto de Gerson Valle, que foi estreada em Outubro de 2006 no Teatro Municipal de São Paulo.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

EFEMÉRIDEJack Nicholson, de seu verdadeiro nome John Joseph Nicholson, actor de cinema norte-americano premiado com sete Globos de Ouro, nasceu em Nova Iorque no dia 22 de Abril de 1937. É conhecido pelo seu estilo irónico e algumas vezes obscuro, engraçado ou neurótico, de dar vida aos personagens que interpreta.
Começou a sua carreira como actor, guionista e produtor, colaborando com Roger Corman. A estreia como actor aconteceu em “The Cry Baby Killer” (1958), onde fez o papel de um delinquente juvenil que entrava em pânico após disparar sobre outros dois adolescentes.
O seu primeiro papel de grande sucesso ocorreu em 1969 com “Easy Rider”, pelo qual foi nomeado pela primeira vez para os Oscars. Fez numerosos filmes até ganhar o primeiro Oscar com “One Flew Over the Cuckoo's Nest” de Milos Forman (1975).
O “Batman” de 1989 foi um êxito internacional. Jack Nicholson recebeu cerca de 60 milhões de dólares, graças a uma cláusula especial do contrato que lhe dava uma percentagem sobre os lucros.
Em 1983 ganhou um Oscar de Melhor Actor Secundário. Foi mais tarde galardoado com o seu segundo Oscar de Actor Principal pela interpretação no filme “As Good as It Gets“ (1997). Ao todo foi nomeado doze vezes para os Oscars.
Entrou até agora em cerca de sessenta filmes, o último dos quais em 2010 (“How Do You Know”).
Já batemos bem no fundo,
A mim já nada me ilude:
- Para transformar o Mundo
Só se for a juventude!

Gabriel de Sousa

quinta-feira, 21 de abril de 2011

EFEMÉRIDEBárbara Guimarães, apresentadora de televisão e jornalista portuguesa, nasceu em Sá da Bandeira, Angola, no dia 21 de Abril de 1973.
Filha de um escultor e de uma professora primária, veio com quatro meses para Portugal. Viveu em São João da Madeira e, quando tinha oito anos, a família fixou-se em Lisboa.
Frequentou o curso de Relações Internacionais da Universidade Lusíada, que abandonou para se profissionalizar no jornalismo.
Estreou-se na TVI, como repórter e pivot de informação, a que se seguiu a apresentação dos magazines culturais “Primeira Fila” e “7 ponto 15”.
Passando para a SIC, ganhou popularidade como entertainer, apresentando “Chuva de Estrelas”, “Furor” e “Mundo VIP”, tendo criado a rubrica “Um dia com…”. Na mesma estação foi co-autora e apresentadora de “Duetos Imprevistos”, ao lado de António Vitorino de Almeida. Posteriormente apresentou “Culto” na estação de rádio Antena 1.
Quando surgiu o canal SIC Notícias, voltou aos magazines culturais com “Sociedade das Belas-Artes”, seguindo-se “Terceiro Elemento”, “Oriente” e “Páginas Soltas”.
Em 1999 ganhou o “Prémio de Melhor Imagem” na gala "Portugal Fashion".
Actualmente, mantém-se como apresentadora das edições anuais dos “Globos de Ouro” e do “Campeonato da Língua Portuguesa”, voltando regularmente a programas de entretenimento. É casada com Manuel Maria Carrilho, filósofo, ex Ministro da Cultura e ex Embaixador de Portugal na Unesco.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

EFEMÉRIDEHumberto Manuel de Jesus Coelho, ex-jogador e treinador de futebol português, nasceu em Cedofeita, no Porto, em 20 de Abril de 1950.
Foi um excelente defesa central, considerado mesmo um dos melhores da Europa. Fez a maior parte da sua carreira no Sport Lisboa e Benfica. Jogou durante duas épocas no Paris Saint-Germain. Representou 64 vezes a Selecção Portuguesa, entre 1968 e 1983, tendo marcado 6 golos.
Como treinador, começou a carreira no Salgueiros em 1985/1986. Treinou depois o Braga. De 1997 a 2000 orientou a Selecção Portuguesa, que se qualificou para os Europeus de 2000 e foi às meias-finais. De 2000 a 2002, treinou a Selecção de Marrocos, seguidamente a Selecção da Coreia do Sul, o Al Shabab Riyad da Arábia Saudita e a Selecção da Tunísia.
Jogou no Ramaldense C. F. em 1965/1966 e no Benfica de 1966 a 1975 e de 1977 até 1985. Representou o PSG nas épocas 1975/1976 e 1976/1977.
Foi oito vezes Campeão de Portugal, venceu 6 Taças de Portugal, uma Super Taça e uma Taça Ibérica, sempre pelo Benfica. Foi escolhido para a equipa dos “Melhores Jogadores Europeus” num encontro a favor da Unicef e foi eleito o “Melhor Jogador Português” em 1984.

terça-feira, 19 de abril de 2011

EFEMÉRIDE Jayne Mansfield, de seu verdadeiro nome Vera Jane Palmer, actriz norte-americana, nasceu em Bryn Mawr, na Pensilvânia, em 19 de Abril de 1933. Morreu perto de Slidell, na Luisiana, no dia 29 de Junho de 1967.

Foi um dos principais símbolos sexuais, entre o final da década de 1950 e o início dos anos 1960. Falava cinco línguas, tocava violino e piano e teria um QI de 163. Começou por chamar a atenção do público ao tornar-se a “playmate” da edição de Fevereiro de 1955 da revista “Playboy”.

Vencedora de um Globo de Ouro, actuou em várias produções de Hollywood que realçavam o seu lado sensual. Tornou-se a primeira actriz a aparecer nua num filme produzido na capital do cinema (“ Promises! Promises! ” em 1963).

A sua carreira foi tragicamente interrompida em 1967, aos trinta e quatro anos, quando foi vítima de um acidente de automóvel, durante uma viagem com o namorado Sam Brody e três dos seus quatro filhos. Jayne, Brody e o motorista faleceram de imediato. As crianças sobreviveram, apenas com ferimentos ligeiros.

Jayne casara-se três vezes, sendo o primeiro casamento, aos dezasseis anos, com Paul Mansfield.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

EFEMÉRIDEAdelino Manuel Lopes Amaro da Costa, político português, nasceu em Algés no dia 18 de Abril de 1943. Morreu em Camarate, em 4 de Dezembro de 1980.

Licenciado em Engenharia Civil em 1966, foi assistente do Instituto Superior Técnico e director do Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério da Educação Nacional. Durante o período académico, dirigiu o jornal “O Tempo”. Cumpriu o serviço militar na Marinha.

Após a Revolução dos Cravos, influenciado pela Democracia Cristã, foi um dos fundadores do então “Centro Democrático Social”, hoje “CDS - Partido Popular”. Foi um dirigente destacado, ao lado de Freitas do Amaral e de Lucas Pires. Exerceu os cargos de primeiro secretário-geral do CDS em 1974, deputado à Assembleia Constituinte entre 1975 e 1976 e deputado à Assembleia da República até 1980, tendo presidido ao Grupo Parlamentar do CDS. Colaborou nos jornais “Expresso” e “O Século”. Após a vitória da “Aliança Democrática” nas eleições Legislativas de 1980, foi-lhe atribuída a pasta da Defesa Nacional do VI Governo Constitucional, sendo assim o primeiro civil a assumir o cargo de ministro da Defesa, depois do 25 de Abril.

Na noite de 4 de Dezembro de 1980, o avião onde viajava em direcção ao Porto, na companhia da esposa, do primeiro-ministro Sá Carneiro e da companheira deste, Snu Abecassis, despenhou-se em Camarate, morrendo todos os seus ocupantes. Sá Carneiro e Amaro da Costa iam participar num comício de apoio a Soares Carneiro, o candidato da AD nas Presidenciais de 1980. Ainda hoje, passados mais de 30 anos, não se concluiu se foi um acidente ou um atentado.

domingo, 17 de abril de 2011


O gato e o golfinho
EFEMÉRIDEVictoria Caroline (Adams) Beckham, cantora, dançarina, actriz, designer, modelo e empresária britânica, nasceu em Harlow no dia 17 de Abril de 1974. Tem três filhos, frutos do seu casamento com David Beckham, jogador de futebol inglês. Fez parte do grupo “Spice Girls”, em que era conhecida pela “Posh Spice” (Spice Chique) por ser considerada uma das integrantes mais vaidosas e que melhor se vestia.

Hoje, Victoria tem uma marca de roupas, produtos de maquilhagem e óculos, a “dVb”. Destaca-se mundialmente por ser um ícone da moda e uma das estilistas mais respeitadas desta área.

Desde pequena se sentiu atraída pelas artes, sobretudo pela dança e depois pelo canto. Nos estudos, era uma aluna com notas medianas. Os pais inscreveram-na na Jason Theatre School e, com 17 anos, ingressou no Laine Theatre Arts College.

Começou a fazer castings para grupos musicais. Iniciou a sua carreira com as “Spice Girls”. O primeiro disco “Wannabe” (1996) tornou-se “número 1” em cerca de 40 países e o respectivo videoclipe chegou a ser passado mais de 75 vezes por semana nos canais de música. Após tal sucesso, lançaram um segundo disco.

Em 1997, Victoria, a convite de Simon Fuller, empresário das Spice Girls, foi assistir a um jogo da equipa de David Beckham (Manchester United) que, por acaso, numa entrevista, ela tinha escolhido como o seu jogador preferido. Curiosamente, David, ao ver o clipe de “Say You'll Be There” passar na TV, dissera a um amigo que apostava com ele em como ainda se casaria com a “Posh Spice”. Apresentados, o interesse mútuo foi visível. O casal começou a namorar no início de 1997 e, no ano seguinte, anunciou a gravidez do primeiro filho.

Em 1998 o grupo “Spice Girls” perdeu uma das suas componentes, mas continuou a actuar e a ter muitos êxitos. Em 2001 anunciaram porém uma pausa na sua carreira, por tempo indeterminado.

Em 1999, David e Victoria resolveram casar-se e fizeram-no num castelo tal como nos contos de fadas. O casamento foi financiado com a cedência dos direitos de reportagem à revista “OK”. Eles têm sido igualmente a imagem de várias marcas, como Dolce & Gabbana, Marks & Spencer, Adidas, Gillette, Pepsi, Honda, etc..

Em 2001, Victoria publicou a sua autobiografia “Aprender a voar”. O título foi inspirado em dois versos de uma canção da comédia musical “Fame”, da qual ela gostara muito em criança. As vendas no Reino Unidos ultrapassaram rapidamente os 500 000 exemplares. Antes do seu lançamento, três órgãos de informação compraram os direitos de publicação de alguns trechos do livro, o que lhe rendeu mais um milhão de libras.

Victoria lançou-se entretanto numa carreira a solo, com altos e baixos, que resolveu abandonar em 2006, preferindo ligar-se a projectos relacionados com a Moda. Ainda fez uma tournée de despedida com as suas colegas das “Spice Girls” (2007/2008).

Em 2006 publicou um segundo livro, um guia prático sobre moda, intitulado “That Extra Half an Inch: Hair, Heels and Everything In Between”. Victoria Beckham tem aparecido regularmente em vários documentários, entrevistas e emissões televisivas. Espera o quarto filho em Julho de 2011.

sábado, 16 de abril de 2011

EFEMÉRIDEWilbur Wright, pioneiro americano da aviação juntamente com o seu irmão Orville (1871/1948), nasceu no Ohio em 16 de Abril de 1867. Morreu em Dayton no dia 30 de Maio de 1912, vítima de febre tifóide.

Os irmãos Wright cresceram em Dayton, onde abriram em 1882 uma empresa de manutenção, design e fabrico de bicicletas, a “Wright Cycle Company”.

Fizeram mais de 700 voos com planadores, primeiramente guiados do solo e, a partir de Outubro de 1900, já pilotados. Eles eram simultaneamente pesquisadores, idealizadores, construtores e pilotos.

Efectuaram em 1903 o primeiro voo motorizado e controlado de uma aeronave mais pesada que o ar. O aparelho tinha sido baptizado “Flyer 1” e a experiência teve lugar em Kitty Hawk na Carolina do Norte. Em 1905 realizaram os primeiros voos “estáveis”, com viragens inclinadas e não em derrapagem. Com o “Flyer III” fizeram um voo recorde de 39 minutos.

Para proteger os direitos da sua invenção, eles não tinham convidado nenhuma testemunha nem jornalista para atestar a realização do voo motorizado e controlado de 1903, não divulgando também quaisquer desenhos ou fotografias. Este secretismo fez com que muita gente duvidasse das reais possibilidades dos aparelhos. Quando decidiram comercializar as suas invenções, tiveram de se submeter a voos de qualificação muito exigentes.

Fizeram depois várias demonstrações na Europa, sobretudo em França, onde Wilbur efectuou em 1908 um voo de 2 horas 20 minutos e 23 segundos, cobrindo uma distância de 124,7 km e ganhando a Taça Michelin. Regressados aos Estados Unidos, fundaram em 1909 a “Wright Company”.



O Joãozinho ao vivo

ISTO É UM AUTÊNTICO SERVIÇO PÚBLICO

Confirme, ou saiba, o seu número de eleitor e o local de votação. Vai ser preciso dentro em pouco. Eu já confirmei. Basta escrever o nº. do BI ou do Cartão de Cidadão e a data de nascimento (DD-MM-AAAA).

Funciona e está actualizado.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

EFEMÉRIDEDodi Al-Fayed, de seu verdadeiro nome Emad El-Din Mohamed Abdel Moneim Fayed, produtor cinematográfico e empresário egípcio, conhecido pela sua relação com Diana, Princesa de Gales, nos anos 1990, nasceu em Alexandria no dia 15 de Abril de 1955. Morreu em Paris, em 31 de Agosto de 1997.

Era o filho mais velho do bilionário egípcio Mohamed Al-Fayed, dono dos armazéns “Harrods” em Londres, do clube de futebol Fulham F. C. e do Hotel Ritz em Paris. A mãe era Samira Kashoggi, irmã de um conhecido comerciante de armas saudita. Os pais divorciaram-se em 1985 e a mãe morreu no ano seguinte, vítima de cancro.

Dodi foi educado no Collège Saint Marc, antes de se matricular no Instituto Le Rosey na Suíça. Em 1979, criou uma companhia produtora de filmes e teve logo sucesso, ao produzir “Breaking Glass” (1980). Em 1981, foi produtor executivo, ao lado de David Puttnam, do filme “Chariots of Fire”, vencedor do Oscar de Melhor Filme. Colaborou também nas películas “The World According to Garp” (1982), “F/X” (1986) e “F/X2” (1991), entre outras.

Mudou-se para Hollywood, onde esteve ligado romanticamente com várias mulheres belas e famosas, o que lhe trouxe uma certa notoriedade. Em 1983, ficou noivo de Linda Atterzaedh, uma herdeira iraniana. Entre 1984 e 1985, namorou com Brooke Shields. Em 1986, casou-se com a “socialite” americana Suzanne Gregard, mas divorciaram-se no ano seguinte. Em 1996, antes de se relacionar com a princesa Diana, teve uma relação com Kelly Fisher. Dodi Al-Fayed conheceu a Princesa de Gales em 1986, durante uma partida de pólo no Guard's Club em Windsor. Ele estava a jogar contra a equipa em que o Príncipe Carlos alinhava. A relação romântica entre Dodi e Diana tornou-se aparente no Verão de 1997, quando viajaram pelo Mediterrâneo no iate do pai de Dodi, chamando a atenção da imprensa mundial. De acordo com a escritora Kate Snell, Diana queria que fotografias suas em companhia de Dodi fossem publicadas na imprensa para causar ciúmes ao Dr. Hasnat Khan, um cirurgião cardiologista paquistanês, por quem realmente estaria apaixonada.

Na noite de 30 de Agosto, o casal chegou a Paris e jantaram no restaurante do Ritz. Na madrugada de 31 de Agosto de 1997, o carro que os transportava, seguido por paparazzis e com destino ao apartamento de Dodi, bateu fortemente num pilar do túnel da Ponte Alma, em Paris. Fayed e o motorista Henri Paul, que segundo investigadores franceses e britânicos estava embriagado e drogado, morreram logo. Gravemente feridos, Diana e o guarda-costas foram levados para o hospital, mas a princesa não sobreviveu e foi dada como morta às 4 da manhã. O corpo de Dodi Al-Fayed foi trazido de volta a Inglaterra no helicóptero da família e, depois de uma cerimónia religiosa na mesquita do Regent Park, foi enterrado no cemitério de Brookwood. O seu corpo foi transportado posteriormente para uma propriedade dos Fayed na Escócia. Mohamed Al-Fayed fez erguer um memorial a Dodi e a Diana em Abril de 1998 e um segundo, mais grandioso, em 2005.
Ainda e sempre, a crise...

quinta-feira, 14 de abril de 2011

EFEMÉRIDEMaurice Druon, escritor e homem político francês, morreu em Paris no dia 14 de Abril de 2009. Nascera, também na capital francesa, em 23 de Abril de 1918.

Druon era sobrinho do escritor Joseph Kessel, com quem escreveu o “Chant des Partisans”, que serviu de hino aos movimentos da Resistência durante a ocupação alemã.

Passou a infância na Normandia e fez os seus estudos secundários no Liceu Michelet. Começou a publicar aos 18 anos, em revistas e jornais literários, estudando simultaneamente Ciências Políticas (1937-1939).

Seguiu o Curso de Oficial de Cavalaria na Escola Saumur (1940) e, após a desmobilização, permaneceu na zona livre, onde fez representar a sua primeira peça de teatro (“Mégarée”).

Depois do Armistício (1941), ingressou na Resistência. Deixou a França em 1942, atravessando clandestinamente os Pirenéus, a Espanha e Portugal, onde embarcou num hidroavião para Londres, a fim de ingressar nas fileiras dos serviços de informações da chamada “França Livre” e trabalhar com De Gaulle. Tornou-se Ajudante de Campo do General François d’Astier de La Vigerie. Seguidamente foi adido do programa “Honra e Pátria” da BBC.

A partir de 1946 consagrou-se à carreira literária, recebendo o Prémio Goncourt com a sua novela “As Grandes Famílias” (1948). Publicou, a partir de 1955, os sete volumes de “Reis Malditos”, obra adaptada à televisão em 1973 e que lhe deu notoriedade internacional. Era também conhecido mundialmente pela sua única obra infanto-juvenil, “Tistou les pouces verts”, publicada em 1957.

Depois de receber vários galardões prestigiosos, entre os quais o “Prémio Pedro do Mónaco” pelo conjunto da sua obra (1966), foi eleito para a Academia Francesa. Secretário perpétuo da instituição a partir de 1985, decidiu em 1999 renunciar a esta função e ceder o lugar a Hélène Carrère d’Encausse.

Em 1973/1974 foi Ministro da Cultura francês. Logo após assumir o cargo, declarou não ter intenções de entregar verbas do governo a «subversivos, pornógrafos ou intelectuais terroristas». Com isto levantou contra si os protestos de milhares de artistas, escritores e políticos, sendo apelidado de “ditador intelectual”.

Mais tarde, foi deputado por Paris e ocupou diversas funções políticas e diplomáticas. Maurice Druon recebeu a Medalha da França Livre e a Grã-Cruz da Legião de Honra, era Comendador das Artes e das Letras e titular de condecorações de muitos países estrangeiros. Recebeu doutoramentos honoris causa das Universidades de York (Toronto), de Boston (Estados Unidos) e de Tirana (Albânia). Foi galardoado com a Ordem da Amizade dos Povos da Rússia.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

EFEMÉRIDEAntónio Ferreira Gomes, religioso católico português, bispo da Diocese do Porto de 1952 a 1982, morreu em Ermesinde no dia 13 de Abril de 1989. Nascera em Milhundos, em 10 de Maio de 1906. Era filho de abastados agricultores da região de Penafiel. Esteve exilado por ordem de Salazar entre 1959 e 1969.

Em 1916, começou o curso preparatório do Seminário do Porto onde, em 1925, se licenciou em Teologia. Rumou então para Roma e aí se doutorou em Filosofia na Universidade Gregoriana. Foi ordenado presbítero em Setembro de 1928. No ano seguinte foi nomeado professor (desempenhando depois funções de prefeito, vice-reitor e reitor) no Seminário de Vilar, no Porto.

Em 1936, com 30 anos, foi nomeado cónego capitular da Sé do Porto. Exerceu ainda, nesta cidade, as funções de assistente da Liga Católica Masculina e da Liga Universitária Católica (Secção de Engenharia). Em Janeiro de 1948 foi eleito bispo titular de Rando e coadjutor do bispo de Portalegre, a quem sucedeu por morte deste em 1949.

Em Outubro de 1952 fez a entrada solene na Sé do Porto, como seu bispo. Conhecedor profundo de latim, grego, francês e inglês, era dotado de grande cultura, interessando-se não só por questões históricas mas também por problemas sociais. No Porto, como antes em Portalegre, promoveu a organização dos arquivos e a defesa do património artístico das igrejas.

Coincidindo com a campanha da candidatura presidencial de Humberto Delgado em 1958 e, no exercício do magistério episcopal e em defesa da doutrina social da Igreja Católica, teve a coragem frontal de, numa carta dirigida a Salazar, tecer críticas contundentes relativas à situação político-social e religiosa do País, o que lhe veio a custar o exílio.

Enquanto esteve exilado, residiu em Espanha, na República Federal Alemã e em França, tendo sido nomeado pelo Papa João XXIII membro da Comissão Pontifícia de Estudos Ecuménicos para a preparação do Concílio Vaticano II, realizado entre 1962 e 1965. Neste concílio teve intervenções sobre a nomeação dos bispos e sobre o Ecumenismo.

Após o afastamento político de Salazar, ocorrido em 1968, e no seguimento da denominada “primavera marcelista”, regressou a Portugal em Junho de 1969, tendo retomado o governo da diocese portucalense onde procedeu a uma ampla e dinâmica reestruturação.

Tendo sido o fundador do semanário “Voz Portucalense” e do boletim da Igreja Portucalense, foi também, nos anos 1970, responsável pela criação da Secção Diocesana da Comissão Pontifícia “Justiça e Paz” e pela instituição do Gabinete de Opinião Pública.

Em Setembro de 1978, cinquenta anos após a sua ordenação, iniciaram-se as comemorações das suas bodas de ouro sacerdotais. O pedido de resignação da diocese, formulado nos princípios de 1981, foi atendido pela Santa Sé em Fevereiro do ano seguinte, tendo cessado funções em Maio, com perto de 35 anos de episcopado.

Procurou o anonimato para recolhimento e estudo, retirando-se para uma casa diocesana em Ermesinde. Foi agraciado pela Câmara Municipal do Porto, em homenagem pública, com a Medalha de Honra da Cidade e, também, a Câmara Municipal de Penafiel lhe conferiu a Medalha de Ouro da Cidade, tendo ambas as edilidades perpetuado o seu nome em artérias citadinas. Foi ainda galardoado com a Grã-Cruz da Ordem de Liberdade (1976) e com a Ordem Militar de Cristo (1983), depois de ter sido alvo de um voto de homenagem aprovado pela Assembleia da República que evocou e elogiou a sua personalidade (1982).

Por testamento de Agosto de 1977, criou a “Fundação Spes”, «instituição de natureza perpétua, de fins benéficos, educativos e culturais sob inspiração cristã», cuja acção «se desenvolverá em toda a Diocese portucalense, com preferência para as cidades do Porto e Penafiel, Vila Nova de Gaia e seus termos».

Além de colaboração diversa no diário “Comércio do Porto”, na “Voz do Pastor”, no jornal “Novidades” e nos órgãos de comunicação social que criou, publicou: “Herói e Santo” (peça de teatro), diversas “Pastorais” e vários livros de índole religiosa e social. Encontra-se sepultado no cemitério paroquial de Milhundos. A sepultura é encimada por uma cruz, tendo no centro uma rosa, símbolo da aspiração cristã de Beleza e de Amor (como fez questão de determinar no artigo décimo do seu testamento).

terça-feira, 12 de abril de 2011


Outra visão da crise...
EFEMÉRIDEFrancisco Higino Craveiro Lopes, político e militar português, 12º presidente da República (1951/1958), nasceu em Lisboa no dia 12 de Abril de 1894. Morreu, também na capital portuguesa, durante a noite, em situação pouco clara, provavelmente vítima de enfarte de miocárdio, em 2 de Setembro de 1964.

Frequentou e concluiu o curso do Colégio Militar, após o que ingressou na Escola Politécnica de Lisboa. Em 1911, alistou-se como voluntário no Regimento de Cavalaria 2.

Seguiu o Curso de Cavalaria na antiga Escola do Exército, ingressando posteriormente na Aeronáutica Militar. Em 1915 foi mobilizado para a fronteira Norte de Moçambique onde, em Novembro de 1916, defrontando tropas alemãs no contexto da Primeira Guerra Mundial, se distinguiu pela sua bravura. Recebeu por estas acções a Cruz de Guerra e foi feito Cavaleiro da Ordem Militar da Torre e Espada.

Em 1918 tirou o Curso de Piloto Militar na Escola de Aviação Francesa, sendo na altura promovido a tenente. Nesse mesmo ano, voltou a Moçambique.

Em Março de 1922, exerceu as funções de instrutor de pilotagem, como capitão piloto aviador. Em 1926, colocado na Aeronáutica Militar, foi nomeado director da Divisão de Instrução da Escola Militar, cargo que exerceu até 1929, voltando a exercer a mesma função em 1932 e também em 1939 por curtos períodos.

Em 1930 fez o 1.º voo de Correio Aéreo Goa/Bombaim/Goa num avião mono motor De Havilland DH-80APuss Moth”. Como major, exerceu as funções de Chefe de Repartição do Gabinete do Governador-geral da Índia.

De 1933 a 1934 ocupou a chefia do Gabinete do Governador-Geral da Índia, cargo que voltaria a exercer durante alguns meses em finais de 1936. Em 1934, foi Governador interino do distrito de Damão, cargo mais tarde confirmado com as atribuições de Intendente, sendo mesmo encarregado do Governo-Geral da Índia em 1936, a título interino, cargo que desempenhou até 1938.

Em 1939, como tenente-coronel, comandou a Base Aérea de Tancos. Comandante-geral da Aeronáutica em 1941, negociou as condições de utilização da Base Aérea dos Açores pelos Estados Unidos. Em 1943 fez o Curso de Altos Comandos e foi chamado para o Instituto de Altos Estudos Militares como professor. Em 1945 foi promovido a brigadeiro e em 1949 a general.

Em 1951 foi nomeado comandante da 3ª Região Militar. Nesse ano, pouco após a morte de Carmona, foi indigitado pela “União Nacional” como candidato às “presidenciais”, sendo eleito em Julho de 1951.

Cedo viria a revelar a sua frieza nas relações com o Presidente do Conselho e a demonstrar até uma certa simpatia pelos oposicionistas. Por isso mesmo, não foi proposto para um segundo mandato presidencial. Depois de retirado da política activa, foi feito Marechal da Força Aérea, ao mesmo tempo que mantinha contactos com os líderes da Oposição. Esteve associado ao golpe de Botelho Moniz, em Abril de 1961.

Todas as ofertas de estado e presentes pessoais, que recebeu durante o seu mandato como Presidente, foram doados a instituições e obras de caridade. Apenas guardou para si algumas das medalhas e ofertas de menor valor.

O Governo de Salazar tentou amenizar o facto de o não ter proposto para um segundo mandato, anunciando a sua promoção a Marechal, que incluiria também a atribuição de uma casa para sua residência e um automóvel do Estado para seu uso pessoal. Craveiro Lopes informou que não aceitaria qualquer benefício ou privilégio da parte do Governo que não estivesse já publicado em lei e que no respeitante à promoção a Marechal, só a aceitaria se ela fosse da iniciativa das Forças Armadas e não do Governo.

O bastão e as estrelas de Marechal da Força Aérea foram adquiridos por subscrição pública da população de Moçambique, que nutria por Craveiro Lopes um carinho e uma admiração especial, principalmente pelas posições que defendia, muito distantes da política colonial salazarista.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

EFEMÉRIDE Kurt Vonnegut Jr., escritor norte-americano, morreu em Nova York no dia 11 de Abril de 2007, semanas após ter sido vítima de uma queda em sua casa, de que resultaram graves complicações cerebrais. Nascera em Indianápolis, em 11 de Novembro de 1922.

Começou a escrever em jornais dos estabelecimentos de ensino que frequentou. Concluída a sua formação em Química, alistou-se no exército e combateu na Segunda Guerra Mundial, tendo participado na ofensiva das Ardenas. Feito prisioneiro pelos alemães, presenciou o bombardeamento de Dresden, tendo sido um dos poucos sobreviventes americanos. Foi libertado mais tarde pelas tropas soviéticas.

Licenciou-se em Antropologia na Universidade de Chicago (1971) e foi professor na Universidade de Iowa. Escreveu vários romances, ensaios e peças de teatro, entre os quais se destacam “Player Piano” (1952), “Cat’s Cradle” (1963), “Slaughterhouse-Five” (1969), “Breakfast of Champions” (1973) e “Galápagos” (1985).

No ano em que morreu, a sua terra natal tinha declarado 2007 como o “Ano Vonnegut”. A sua última obra foi “Look at the Birdie”, uma recolha de contos e ensaios publicada postumamente em 2009.

domingo, 10 de abril de 2011

EFEMÉRIDE - Arthur Evelyn St. John Waugh, escritor britânico, conhecido sobretudo pelo seu livro “Reviver o Passado em Brideshead”, morreu em Taunton no dia 10 de Abril de 1966. Nascera em Londres, em 28 de Outubro de 1903. Aquela obra deu origem a uma famosa série de televisão, com o mesmo nome, produzida pela Granada Television.

Pertencendo a uma família da classe média alta, estudou no Lancing College e, depois, no Hertford College. Mais interessado, porém, pela sua produção literária, pela via social da universidade e pelos círculos aristocráticos que frequentava activamente, os resultados nos estudos eram modestos e, em 1924, deixou de estudar.

Nos meios literários, ele é considerado um dos maiores autores satíricos de Inglaterra, no século XX. A família Waugh tem, aliás, uma vasta tradição literária, tendo publicado no seu conjunto cerca de 180 livros. Evelyn é a estrela mais brilhante dessa constelação familiar e tem, ainda hoje, influência na literatura inglesa.

Waugh foi um jovem perdido. Tentou a vida como professor, mas não conseguia manter-se muito tempo no mesmo local. Foi aprendiz de marceneiro e jornalista. Bebia muito gin e tinha ímpetos autodestrutivos. Em 1925, decidido a suicidar-se por afogamento, nadou pelo mar dentro numa praia do País de Gales, mas acabou por desistir do seu intento ao ser picado por uma medusa.

Foi salvo pela literatura e pelo catolicismo, ao qual se converteu em 1930, deixando de ser agnóstico. “Decline and Fall ”, em 1928, foi o seu primeiro romance, parcialmente autobiográfico. O sucesso deste livro, vendido durante o Outono desse ano a uma média de 2 000 exemplares por semana, lançou-o desde logo na vanguarda da cena literária britânica e introduziu-o nos círculos da alta sociedade londrina.

Na Segunda Guerra Mundial, lutou em Creta e na Jugoslávia, experiência fundamental para a composição do seu romance “A Espada de Honra”. Na contramão do esquerdismo, que dominou a vida cultural britânica no período pós-guerra, Waugh cultivou a imagem pública de ultra-conservador. A fama de snob também se colou ao autor, por causa da crónica detalhada que ele fez da aristocracia inglesa em livros como “Um Punhado de Pó” e no próprio “Reviver o Passado em Brideshead”. Waugh aceitou este rótulo com alguma reticência. Em 1947, numa carta dirigida a uma revista irlandesa que o criticara, ele observava que «o snobismo não é necessariamente contrário à caridade, virtude que - como católico - eu muito prezo».

sábado, 9 de abril de 2011

EFEMÉRIDEJorge Manuel Almeida Gomes de Andrade, futebolista português de origem cabo-verdiana, que joga como defesa central, nasceu em Lisboa no dia 9 de Abril de 1978.

Começou a sua carreira numa época em que o Estrela da Amadora conquistou a sua melhor posição de sempre no campeonato nacional. A partir daí, os grandes clubes portugueses não o perderam de vista, o que levou o F. C. do Porto a contratá-lo.

Durante a temporada 2001-02 ele foi o jogador mais utilizado pelo clube do Norte. Em 2002, depois de ter participado nos Mundiais da Coreia, transferiu-se para o Deportivo La Coruña, onde ficou até 2007. Jogou ainda pela Selecção de Portugal nos Europeus de 2004.

Internacional desde 2001, representou o País cinquenta vezes. Não pôde participar nos Mundiais de 2006 devido a grave lesão num joelho.

Após sucessivas especulações sobre a sua transferência para outro clube, foi contratado pela Juventus em 2007. Em Abril de 2009, a Juventus anunciou a rescisão do contrato com Jorge Andrade, que continuava com a lesão no joelho, facto que impulsionou o mútuo acordo.

Depois de ter estado a treinar no Málaga Club de Fútbol, acabou por ser contratado pelo F. C. Toronto em 2010.
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sexta-feira, 8 de abril de 2011

EFEMÉRIDEDulce José Silva Pontes, uma das cantoras portuguesas mais populares e reconhecidas internacionalmente, nasceu no Montijo em 8 de Abril de 1969.

Interpreta canções pop, música tradicional portuguesa (fado e folclore incluído), bem assim como música clássica. Compõe igualmente alguns dos temas que canta. Dulce distingue-se principalmente pela sua voz, que é versátil, dramática e com uma capacidade invulgar de transmitir emoções. É uma soprano com uma voz potente e penetrante, considerada uma das melhores artistas dentro do panorama musical português. Já actuou em palcos como o Royal Albert Hall e o Carnegie Hall e ao lado de nomes como Envio Morricone, Andrea Bocelli e José Carreras.

Ainda criança, aprendeu a tocar piano, estudando música no Conservatório de Lisboa. Praticou também dança contemporânea entre os 7 e os 17 anos de idade.

Em 1988, no decorrer de um casting onde foi seleccionada entre várias candidatas, iniciou a sua actividade profissional na comédia musical “Enfim sós”, prosseguindo com “Quem tramou o Comendador”, no Teatro Maria Matos, como actriz, cantora e bailarina.

Em 1990 foi convidada para integrar o espectáculo “Licença para jogar” no Casino do Estoril. Tornou-se popular junto do público português através do programa televisivo “Regresso ao passado”.

Em 1991 venceu o Festival RTP da Canção, tendo representado Portugal no Festival da Eurovisão, onde cantou “Lusitana Paixão” e foi considerada a Melhor Intérprete.

Dulce abordou muitas vezes o fado de uma forma pouco ortodoxa. Misturou o fado tradicional com ritmos e instrumentos modernos, procurando novas formas de expressão musical. Enriqueceu os ritmos ibéricos com sons e motivos inspirados pela tradição da música árabe e balcânica, principalmente búlgara.

Um dos seus maiores êxitos foi “A Canção do Mar”, sendo provavelmente a canção portuguesa mais conhecida no estrangeiro, interpretada por vários artistas, mais recentemente por Sarah Brightman. Esta canção, cantada por Dulce Pontes, fez também parte da banda sonora do filme americano “As Duas Faces de um Crime” com Richard Gere.

Lançou muitos discos, cada um melhor que o anterior, alguns gravados ao vivo em diversos espectáculos, mostrando-se uma artista versátil, heterogénea, que não hesita em ultrapassar as fronteiras de vários géneros musicais. Deu nova vida a antigas tradições musicais da Península Ibérica, cantando não só em português, mas também em galego e mirandês e redescobrindo melodias e instrumentos há muito esquecidos.

O ano de 2003 trouxe uma grande novidade e reviravolta na sua vida artística. Foi lançado o disco “Focus”, que é fruto da colaboração de Dulce Pontes com o maestro Ennio Morricone. Gravado em Itália e destinado tanto ao público português como internacional, contém temas cantados em português, inglês, espanhol e italiano.

Dulce Pontes, em parceria com José Carreras, protagonizou a abertura oficial da eleição das “Novas 7 Maravilhas do Mundo”, realizada em Portugal, com o tema “One World” (“Todos somos um”) de sua autoria. Ao longo da uma carreira de mais de 20 anos, colaborou com vários artistas internacionais, como Cesária Évora, Caetano Veloso e Marisa Monte, entre outros. O dueto com o cantor angolano Waldemar Bastos constituiu um dos grandes momentos do seu álbum “O Primeiro Canto”.

Um jogo para recordar

quinta-feira, 7 de abril de 2011

EFEMÉRIDEOle Kirk Christiansen, inventor dinamarquês, criador do LEGO, um brinquedo cujo conceito se baseia em pequenas peças que se encaixam permitindo inúmeras combinações, nasceu em Filskov no dia 7 de Abril de 1891. Morreu em 11 de Março de 1958, deixando o seu filho Godtfred à frente dos negócios.

Ole Kirk era um dos treze filhos de uma família de agricultores pobres da Jutlândia. Tendo aprendido o ofício de carpinteiro, adquiriu em 1916 uma pequena empresa em Billund, Hojmarken, no sul da Dinamarca, a “Billund Woodworking and Carpenter's Shop”.

Em 1924 viu as instalações da empresa destruídas por um incêndio. Ole Kirk construiu então infra-estruturas mais amplas, alugou a maior parte do espaço e utilizou o restante como oficina. Em 1932, para sobreviver à “Grande Depressão”, começou a fabricar utensílios e brinquedos em madeira. Dois anos mais tarde, constituiu a “LEGO”, produzindo miniaturas de casas e de móveis. Em 1947 começou a utilizar, além da madeira, também materiais plásticos e, em 1949, já tinha lançado mais de duzentos brinquedos.

O seu neto Kjeld é o actual vice-presidente do conselho da “LEGO”, depois de ter sido chefe executivo até 2004.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

EFEMÉRIDE August Annist, escritor estoniano, morreu em Talin no dia 6 de Abril de 1972. Nascera em Võisiku, em 28 de Janeiro de 1899.

Infelizmente, quase toda a sua obra foi destruída durante a ocupação da Estónia pelos nazis quando da Segunda Guerra Mundial.

Em 1942, o seu livro “Viro neuvostokurimuksessa”, denunciando as actividades dos bolcheviques na Estónia em 1940/1941, foi publicado na Finlândia, assinado por “Jaan Siiras”. Foi proibido durante a ocupação soviética e o escritor ficou assim desconhecido do público. Além disso, só em 1981 os escritores estonianos, que tinham estado exilados, deram a conhecer o nome da pessoa que utilizara aquele pseudónimo.

Outro seu trabalho, “Kalevala como uma Obra de Arte”, tornou-se uma raridade, pois foram feitas apenas dez cópias do original. Os finlandeses foram os grandes salvadores desta obra, traduzindo o manuscrito para finlandês e publicando-o em 1944.

August Annist foi preso em 1945 e libertado em 1951. Em 1969, três anos antes da sua morte, foi publicada uma colecção de alguns dos seus escritos pela editora “Eesti Raamat”.

Sempre era verdade!... rssss

terça-feira, 5 de abril de 2011

ORGANIGRAMA DA UNIÃO EUROPEIA

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EFEMÉRIDESpencer Bonaventure Tracy, famoso actor de cinema norte-americano, nasceu em Milwaukee no dia 5 de Abril de 1900. Morreu em Beverly Hills, em 10 de Junho de 1967.

Filho de pais católicos, estudou num colégio jesuíta. Em 1917, abandonou os estudos e alistou-se na Marinha para participar na Primeira Guerra Mundial. Acabou, no entanto, por ficar no estado de Virginia durante a guerra, sendo depois transferido para Wisconsin, onde terminou os estudos.

Começou a representar no colégio, decidindo depois enveredar pela carreira de actor. Fez um teste para a American Academy of Dramatic Arts em Nova Iorque e foi aceite. Em 1922 estreou-se na Broadway. No ano seguinte casou-se com Louise Treadwell, com quem teve um filho e uma filha.

Em 1930 teve o seu primeiro grande sucesso na Broadway. O realizador John Ford, que assistia à representação da peça, contratou-o para protagonizar o filme “Up the River”. Foi um êxito e o começo de uma carreira fulgurante. Pouco tempo mais tarde, ele e a família mudaram-se para Hollywood.

Nos 5 anos seguintes entrou em 25 filmes até que, em 1935, assinou contrato com a MGM. Dois anos depois, ganhou dois Oscars consecutivos (Melhor Actor Principal em 1937 e 1938). Ficou na MGM durante vinte anos e, em 1955, começou a actuar como independente.

Em 1941, durante as filmagens de “Woman of the Year”, conheceu a actriz Katharine Hepburn com quem teve um relacionamento, nunca assumido, que duraria até à sua morte. A relação deles era complexa e passava por períodos de distanciamento. Nunca se divorciou da mulher por ser um católico fervoroso.

Manteve outros relacionamentos amorosos com actrizes célebres, como Loretta Young, Joan Crawford, Ingrid Bergman e Gene Tierney.

No final dos anos 1940, foi-lhe diagnosticado um enfisema e diabetes, doenças agravadas pelo alcoolismo. Em 1963 sofreu um ataque cardíaco, que o afastou do cinema. Ainda reapareceu em 1967, para filmar "Adivinha quem vem para jantar?”. Estava com a saúde muito debilitada e, três semanas após a conclusão das filmagens, Katharine Hepburn encontrou-o morto na cozinha de sua casa, vítima de novo ataque cardíaco.

Tracy é descrito como um dos maiores actores da história do cinema americano. O American Film Institure classificou-o como um “actor lendário”. Participou em mais de setenta filmes, durante três décadas. Juntamente com Laurence Olivier, possui o recorde de nomeações para os Oscars (nove).

Em 1988, a Universidade da Califórnia e Susie Tracy criaram o “UCLA Spencer Tracy Award”, prémio que já galardoou, entre outros, James Stewart, Michael Douglas, Tom Hanks, Anthony Hopkins, Jodie Foster, Harrison Ford, Nicolas Cage, Kirk Douglas e Jack Lemmon.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

EFEMÉRIDE Lili Caneças, de seu verdadeiro nome Maria Alice Custódio Carvalho Monteiro, uma das mais conhecidas personalidades do “jet-set” em Portugal, nasceu em 4 de Abril de 1944.

É licenciada em Letras pela Universidade Clássica de Lisboa. Foi funcionária da TAP, de onde saiu para casar com o empresário Álvaro Caneças, de quem teve dois filhos e de quem viria a divorciar-se. Vive há vários anos em Cascais e é avó de vários netos.

Profissionalmente, criou também uma linha de jóias que comercializa através de um canal de televendas. Foi comentadora do reality showO Bar da TV”, no canal SIC (2002), revelando mais tarde que se arrependera de o ter feito.

Esteve igualmente no reality showQuinta das Celebridades” em 2005. Em Maio de 2007 participou no programa “A Bela e o Mestre” e é actualmente comentadora no programa “Você na TV” da TVI. É presença regular em galas televisivas e em eventos mundanos.

domingo, 3 de abril de 2011

EFEMÉRIDEDoris Day, de seu verdadeiro nome Doris Mary Ann von Kappelhoff, dançarina, cantora, actriz e produtora norte-americana, nasceu em Cincinnati no dia 3 de Abril de 1922.

Brilhou sobremaneira em “Calamity Jane” (1953), filme em que interpretou a personagem Jane Calamidade e cantou “Secret Love”, que recebeu um Oscar de Melhor Canção. Outro êxito foi “Ama-me ou Esquece-me” que fez com James Cagney em 1955 e em que cantou um extenso rol de canções românticas, ao interpretar a vida de uma cantora. Nos anos 1960 fez sucesso em várias comédias românticas, ao lado sobretudo de Rock Hudson e Cari Grant.

O seu papel mais frequente era o de uma sexy ingénua, que vivia assediada por homens que usavam de várias artimanhas para a conquistar. Entrou em mais de quarenta filmes, tendo gravado também vários discos entre 1947 e 1967. Em 1968 parou de fazer cinema e continuou a sua carreira na televisão, como muitos actores da sua geração.

Em 1975 publicou a autobiografia “Doris Day, a sua própria história”. Em 1989 recebeu o Prémio Cecil B. deMille.

Foi casada quatro vezes e teve um filho que faleceu em 2004. Desde então tem levado uma vida reclusa e solitária, dedicando-se exclusivamente à protecção de animais na The Doris Day Animal Foundation, trabalho que realiza há várias décadas.

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