sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Recordando "Abril"
EFEMÉRIDE Frank Owen Gehry, Ephraim Owen Goldberg de seu nome de baptismo, arquitecto canadiano, naturalizado norte-americano, professor de arquitectura na Universidade Yale e considerado um dos mais importantes arquitectos vivos, nasceu em Toronto no dia 28 de Fevereiro de 1929.
Venceu em 1989 o Pritzker Prize, que é uma espécie de “Nobel da Arquitectura”. Gehry é conhecido pelo seu design arrojado, repleto de estruturas curvas, geralmente em metal. Os seus projectos, disseminados por várias cidades do mundo, tornaram-se atracções turísticas e incluem residências, museus e sedes de empresas. A sua obra mais famosa é o Museu Guggenheim Bilbao, em Bilbao, Espanha, todo revestido de titânio. Outros seus projectos importantes são o Walt Disney Concert Hall no centro de Los Angeles, a Casa Dançante em Praga, na República Checa, e a sua residência particular, em Santa Mónica, Califórnia, obras que marcaram o início da sua carreira.
Nascido de uma família de origem judia polaca, mudou-se aos dezassete anos para Los Angeles, onde se licenciou na University of Southern California. Estudou depois Planeamento Urbano em Harvard. Adoptou o nome porque hoje é conhecido em 1954.
Em 2007 projectou e realizou, no Walt Disney Concert Hall, um palco desmontável inspirado numa taverna lisboeta, para a actuação da cantora portuguesa Mariza. Foi a primeira vez que Frank trabalhou tão próximo de um artista ligado à música. Vive actualmente em Los Angeles.
O cineasta Sydney Pollack realizou em 2005 o filme “Esboços de Frank Gehry”.
Frank chegou a ser contactado para a reformulação do Parque Mayer em Lisboa, mas o projecto não foi por diante em razão dos custos ou por motivos políticos e/ou ambientais.
Recordando "Abril" (Sindicato dos Trabalhadores da Aviação, antes da fundação do SITAVA)
EFEMÉRIDE Henry Wadsworth Longfellow, poeta norte-americano, autor de numerosos poemas ainda hoje bastante conhecidos, nasceu em Portland, no Maine, em 27 de Fevereiro de 1807. Faleceu em Cambridge, Massachusetts, no dia 24 de Março de 1882. A família Longfellow, de origem inglesa, emigrara para a América em 1676.
Longfellow fez os seus estudos no Bowdoin College, onde ficou depois como bibliotecário. Mais tarde, após uma viagem pela Europa de 1826 a 1829, voltou como professor de francês e de espanhol. Ensinou posteriormente em Havard.
Iniciou a sua carreira literária com a tradução das "Coplas" de Jorge Manrique. Alcançou grande sucesso ao publicar em 1839 o livro de poesia “Vozes da Noite”. É neste livro que se encontra o célebre poema “O salmo da vida”.
Em 1854 abandonou o ensino e passou a dedicar-se inteiramente à literatura, publicando uma série de poemas narrativos. Em 1872, escreveu uma trilogia sobre o cristianismo. Em 1876, fez uma tradução de "A Divina Comédia" de Dante Alighieri.
Foi o primeiro poeta a ter o busto colocado no “Canto dos Poetas” da Abadia de Westminster em Londres.
A obra de Longfellow, que escrevia numa linguagem simples e límpida, foi muito popular na sua época, mas a maioria dos críticos modernos acham-na exageradamente sentimental.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Recordando "Abril"
EFEMÉRIDEFats Domino, de seu verdadeiro nome Antoine Dominique Domino, cantor americano de rhythm & blues e um dos pioneiros do rock’n’roll, nasceu em Nova Orleães, Luisiana, no dia 26 de Fevereiro de 1928.
Foi educado em língua inglesa, se bem que a sua língua de origem fosse o crioulo francês. Segundo a tradição africana, a música não era para ele apenas um passatempo, mas sim a própria vida. Para os crioulos, qualquer objecto ou ferramenta pode ser transformado num instrumento musical.
O pequeno Antoine, muito tímido e solitário, mas determinado, começou muito cedo a adorar a música. Quando tinha dez anos, a família herdou um piano, de tal modo velho que a ferrugem aparecia através do marfim das teclas. Um seu cunhado, tocador de banjo, num grupo de jazz local, iniciou-o na música, escrevendo as notas sobre as teclas, para que ele as pudesse melhor aprender.
Por volta dos catorze anos, encontrou Robert “Buddy” Hagans, um saxofonista amador, que se tornou seu parceiro musical durante um quarto de século. A este duo juntou-se um baterista e um guitarrista. A popularidade do grupo não parou de crescer e os seus fãs vinham aos clubes em que eles actuavam só para os escutar. Em 1948, Antoine e Buddy inscreveram-se como membros do Sindicato dos Músicos para poderem tocar fora da cidade. Assim, foi num clube nocturno que ele recebeu os primeiros grandes aplausos, sendo então apresentado como “Fats” Domino, por causa da sua corpulência. Os êxitos nunca mais pararam. Um representante da "Imperial Records" contratou-o em 1949. Três anos depois gravou os seus maiores sucessos.
Elvis Presley apoiou Fats e declarou uma grande admiração pelo seu talento. No Outono de 1957 fez uma tournée pelo norte do país. Em Nova Iorque ficou intimidado, ao ver que os espectadores lançavam ovos aos artistas de que não gostavam. Os espectáculos então dados proporcionaram-lhe bastante dinheiro. As suas gravações figuraram nos Tops de 1958/1959.
Aos 32 anos, depois de uma década com muitas exibições, sentiu-se fatigado. Hesitou em continuar o seu modo de vida. Em 1962 fez a sua última gravação para a Imperial e dois anos depois assinou um contrato com a ABC - Paramount Records. A ascensão de vários grupos de rock britânicos fez diminuir a frequência das canções de Fats transmitidas pela rádio. Gravou o seu terceiro álbum com a ABC e assinou um novo contracto com a Mercury Records.
Em 1967 fez a sua primeira tournée pela Europa e em 1970 faz várias apresentações internacionais incluindo na Austrália.
Em 1977, no Madison Square Garden, Fats abriu um espectáculo em honra de Elvis Presley, falecido meses antes.
Em 1980 fez nova digressão pela Europa e recusou vários convites para a televisão e para o cinema.
Em 1988 cantou no Concerto das Lendas do Rock, espectáculo visto na televisão por centenas de milhões de espectadores.
Em 1995 fez a sua última aparição na Europa, numa tournée que teve de ser abreviada por ele ter perdido a voz. Em 1997 começou a dar vários espectáculos nos arredores de Luisiana, sobretudo concertos gratuitos a favor de causas de beneficência.
Em 1998, o presidente americano Bill Clinton atribuiu-lhe a Medalha Nacional para as Artes e, em 1999, cinquenta anos depois da sua primeira gravação, fez ainda vários concertos.
Em 2005, com 77 anos, Domino e a família recusaram evacuar a sua casa, quando da passagem do furacão Katrina que destruiu todo o bairro onde viviam. Foram depois retirados pela polícia portuária. Regressado à terra natal um mês depois, decidiu construir uma nova casa do outro lado do rio Mississípi e de Nova Orleães, onde vive actualmente. Em 2006 lançou um CD para ajudar os músicos amadores da região de Nova Orleães.
Entre os grandes músicos de rock que admitiram ter sido por ele influenciados, contam-se Jerry Lee Lewis, Elvis Presley, os Beatles, os Rolling Stones e The Animals.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Recordando "Abril"

EFEMÉRIDEEnrico Caruso, de seu verdadeiro nome Errico Caruso, tenor italiano, nasceu em Nápoles no dia 25 de Fevereiro de 1873. Morreu na mesma cidade em 2 de Agosto de 1921, vítima de septicemia.
Começou por cantar no grupo coral da sua paróquia, iniciando a carreira artística em 1894, aos 21 anos de idade, depois de ter trabalhado como mecânico e como operário. Actuou nas estreias de “Fedora” de Umberto Giordano e de “La Fanciulla del West” de Puccini. Toscanini contratou-o em 1900 para interpretar “A Boémia” no Scala de Milão.
Em 1902 cantou no Covent Garden, deu concertos nos Estados Unidos e cantou sem microfone no Yankee Stadium de Nova Iorque.
As mais famosas interpretações de Caruso tiveram lugar nas óperas “I Pagliacci” de Leoncavallo e “Aida” de Verdi. Começando a ser conhecido internacionalmente, era muitas vezes contratado pelo Metropolitan de Nova Iorque, numa relação que se manteve até 1920. Caruso foi imortalizado pelo agudo mais potente já conhecido e é considerado por muitos como o melhor cantor de ópera de todos os tempos.
Caruso foi um dos primeiros cantores a gravar discos em grande escala, cerca de 500, que lhe valeram mais de dois milhões de dólares. A indústria fonográfica e o cantor tiveram uma relação muito estreita. As suas gravações foram posteriormente recuperadas e regravadas em CD.
O repertório de Caruso incluía cerca de sessenta óperas, a maioria delas em italiano, embora tenha cantado também em francês, inglês, espanhol, latim e no dialecto napolitano. Além de óperas, cantou cerca de 500 canções, que variavam desde as tradicionais italianas até às canções mais populares do momento.
A sua vida foi tema de vários filmes, um deles ficcionado por um realizador norte-americano em 1951, intitulado “O Grande Caruso“ e interpretado pelo cantor lírico Mario Lanza.
Grande fumador, começou a ter graves problemas de saúde e, em 1909, foi operado a um nódulo numa corda vocal.
Para escapar à guerra, fez uma tournée pela América do Sul de 1917 a 1919, participando numa colecta de fundos a favor dos aliados. O estado da sua saúde agravou-se a partir de 1920. Vítima de uma pleurisia e de uma infecção generalizada, fizeram-lhe seis intervenções cirúrgicas no espaço de três meses, vindo a morrer no Verão de 1921.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

EFEMÉRIDEDavid de Jesus Mourão-Ferreira, escritor e um dos grandes poetas portugueses do século XX, nasceu em 24 de Fevereiro de 1927. Faleceu em 16 de Junho de 1996.
A sua carreira literária teve início em 1945, com a publicação de alguns poemas na revista “Seara Nova”. Três anos mais tarde, ingressou no Teatro-Estúdio do Salitre e no Teatro da Rua da Fé. Publicou as peças “Isolda” (1948), “Contrabando” (1950) e “O Irmão” (1965). Em 1950, publicara o seu primeiro volume de poesia - “Secreta Viagem”.
Era licenciado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde mais tarde seria professor. Entre 1963 e 1970 foi afastado do ensino por razões políticas. Antes já tinha leccionado no ensino técnico e liceal. Em 1990 voltaria à mesma Faculdade como professor catedrático.
Colaborou em vários órgãos de informação, destacando-se a “Seara Nova”, o “Diário Popular”, “Graal”, “Vértice” e “O Primeiro de Janeiro”, tendo sido um dos fundadores da revista “Távola Redonda”. Entre 1963 e 1973 foi secretário-geral da Sociedade Portuguesa de Autores de que seria presidente na década de 1980. A seguir ao “25 de Abril” foi director do jornal “A Capital” e director-adjunto de “O Dia”. Foi Secretário de Estado da Cultura de 1976 a 1978 e ainda em 1979.
Autor de alguns programas de rádio e de televisão, de que se salientam "Imagens da Poesia Europeia", foi responsável pelo Serviço de Bibliotecas Itinerantes e Fixas da Fundação Gulbenkian a partir de 1981. Dirigiu a revista Colóquio/Letras da mesma Instituição desde 1984.
Em 1981 foi condecorado com o grau de Grande Oficial da Ordem de Santiago da Espada. Em 1996 recebeu o Prémio de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores e, no mesmo ano, a Grã-Cruz da Ordem de Santiago da Espada.
Deixou uma obra importante no domínio da crítica e da teoria literária e demonstrou um domínio notável na arte do conto, escrevendo também um romance de grande êxito (“Um Amor Feliz” em 1986).
Foi porém na poesia que o seu talento se desenvolveu com grande mestria e virtuosismo. Os seus poemas caracterizam-se pela presença constante da mulher e do amor, sendo considerado um dos poetas do erotismo português.
Entre os prémios recebidos, refira-se: “Prémio Delfim Guimarães” (1954), “Prémio Ricardo Malheiros” (1959), “Prémio Nacional de Poesia” (1971), “Prémio da Crítica da Associação Internacional dos Críticos Literários” (1980), “Prémio Jacinto Prado Coelho” (1988) e ainda o “Grande Prémio de Romance da APE” e o “Prémio de Narrativa do Pen Clube Português”.
Deixou-nos também algumas traduções e uma gravação de poemas intitulada “Um Monumento de Palavras” (1996). Alguns dos seus textos foram adaptados à televisão e ao cinema. David Mourão-Ferreira foi ainda autor de letras para fados, muitos deles celebrizados pela voz de Amália Rodrigues.
Recordando "Abril" (Comissão de Moradores das Pedralvas - Benfica)

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

EFEMÉRIDEPaul Warfield Tibbets, piloto militar americano, brigadeiro general, comandante do avião que lançou a bomba atómica sobre Hiroshima em 1945, nasceu em Quincy, Illinois, no dia 23 de Fevereiro de 1915. Morreu em Columbus, em 1 de Novembro de 2007.
Piloto de missões de bombardeio sobre a Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial, era considerado o melhor piloto da Air Force e fora piloto pessoal de Eisenhower. O então coronel Tibbets, com 30 anos, foi o escolhido para lançar a bomba atómica sobre Hiroshima. Na ocasião comandava o 509.º Agrupamento Aéreo dos Estados Unidos e, desde Fevereiro de 1945, que se preparava para aquela missão. Desde o final de Abril, aguardava na pequena ilha de Tinian, no arquipélago das Marianas, no Oceano Pacífico, a ordem para bombardear o Japão. Tibbets escolheu pessoalmente um quadrimotor B-29, que foi denominado Enola Gay, em homenagem a sua mãe (era o nome dela).
Dos 1500 membros do esquadrão, Tibbets era o único que sabia para o que estava a ser treinado. Os demais membros da tripulação, que o acompanhou, apenas tinham recebido instruções pouco precisas sobre os objectivos da missão.
Até ao fim da vida, Tibbets acreditou ter feito o necessário para acabar com a guerra e não demonstrou nunca arrependimento por a bomba ter sido a responsável pela morte de mais de 119 mil pessoas, no primeiro ataque nuclear da história. O Presidente Harry Truman, que ordenou o ataque, teria dito à tripulação, depois do regresso aos Estados Unidos: «Não percam o sono por terem cumprido esta missão; a decisão foi minha, vocês não podiam fazer outra coisa».
Paul Tibbets viveu mais de sessenta anos após Hiroshima, falecendo na sua casa, no estado de Ohio, aos 92 anos de idade.
O filme “O Grande Segredo” (1952) descreveu a sua história, com interpretação de Robert Taylor. Em 1980 foi feito um telefilme “O Homem, a Missão, a Bomba Atómica” que contou igualmente a vida do piloto. Foi também representado nos filmes “Day One” e “O Princípio do Fim
Nos anos 1960 foi enviado para a Índia como adido militar, mas teve de deixar o país devido a muitos protestos. Reformou-se em 1966, depois de trinta anos de carreira militar.
Antes de morrer, fez saber que não queria funeral oficial nem pedra tumular, por receio de desencadear manifestações e protestos mesmo após a sua morte.
Recordando "Abril"



domingo, 22 de fevereiro de 2009

EFEMÉRIDEAmérico Vespúcio, mercador, navegador, cosmógrafo e explorador italiano, morreu em Sevilha no dia 22 de Fevereiro de 1512. Nascera em Piombino Maritimo, Florença, em 9 de Março de 1454.
Viajou pelo então chamado Novo Mundo, escrevendo sobre as terras situadas a ocidente da Europa. Em representação de armadores florentinos, Vespúcio encarregou-se do aprovisionamento dos navios para a segunda e terceira viagens de Cristóvão Colombo. Supõe-se que tenha participado em incursões pelo Atlântico desde 1497. Em meados de 1499 passou ao largo da costa norte da América do Sul, acima do rio Orinoco, integrando a expedição espanhola de Alonso de Ojeda.
O jovem Vespúcio estudara sob a direcção de um tio, que lhe falou de Ptolomeu e de Aristóteles. Conheceu Toscanelli, o geógrafo florentino e comerciante que se correspondia com o rei de Portugal e com Cristóvão Colombo.
Américo começou a sua carreira em Paris, como secretário particular de um primo, embaixador de Florença na capital francesa e que depois se dirigiu a Roma e Milão no desempenho das mesmas funções. Mais tarde começou a trabalhar para a família Medici. Viajou em serviço para diversas partes de Itália e visitou várias vezes a Espanha, até se estabelecer em Sevilha no Outono de 1492, quando Colombo já tinha partido na sua primeira viagem.
Em 13 de Maio de 1501, ao serviço do rei D. Manuel I de Portugal, partiu de Lisboa na expedição de Gaspar de Lemos, constituída por três naus, cujo objectivo era investigar as potencialidades económicas e explorar a recém descoberta costa do Brasil. Em Agosto avistaram terra firme e percorreram o litoral brasileiro, desde o que chamou Cabo de São Roque e, além da Bahia e do Rio de Janeiro, até Cananéia onde chegou em Janeiro de 1502. Aquele seria, segundo ele, o ponto mais ocidental ao qual, em virtude do Tratado de Tordesilhas com a Espanha, poderiam aspirar os portugueses. E logo prosseguiu a sua viagem rumo ao Rio da Prata.
Quando Vespúcio regressou, declarou que o território frente ao qual havia navegado estendia-se demasiadamente para o sul para se tratar da Índia. De Lisboa escreveu para Pier Francesco dei Medici, dizendo que chegara a uma nova terra que, por muitas razões que observara, estava certo tratar-se de um continente. Estava seguro de ter descoberto um território completamente novo e não simplesmente um prolongamento para leste da Ásia. Os cartógrafos e os comerciantes de Lisboa levaram as suas informações muito em conta. O excelente mapa de Portolano, que data de 1502, mostra já o novo continente em duas partes não unidas.
Martin Waldseemüller decidiu publicar uma nova versão da “Cosmografia de Ptolomeu” na qual inseriu as “Navegationes de Vespúcio”. Waldseemüller escreveu: «Na actualidade as partes da Terra, Europa, Ásia e África, já foram completamente exploradas, e outra parte foi descoberta por Amerigo Vespuccio, como se pode ver nos mapas adjuntos. E como a Europa e a Ásia receberam nomes de mulher, não vejo razão pela qual não possamos chamar a esta parte Amerige, isto é, a terra de Amérigo, ou América, em honra de quem a descobriu.» E assim, neste mapa, o novo território situado do outro lado do mar foi chamado “América” por primeira vez.
O cartógrafo Mercator, no seu primeiro mapa mundi deu também o nome de baptismo de Américo ao continente setentrional ou América do Norte.
Em 1503 Vespúcio voltou ao Brasil, desta vez comandando um navio da frota de Gonçalo Coelho, armada por cristãos-novos associados a Fernão de Noronha. Perdendo-se do resto da armada, carregou o navio de pau-brasil ao sul da baía de Todos os Santos e desembarcou em Lisboa em 18 de Junho de 1504. Afirmou então haver estado num novo mundo, ao qual chamaria Novus Orbis porque os antigos o desconheciam.
Em 1505, em Sevilha, naturalizou-se espanhol. De 1508 até à sua morte, foi o piloto-mor da “Casa de Contratação das Índias”. Devia dividir os seus conhecimentos com os pilotos espanhóis e convencê-los a usar métodos astronómicos para determinar a longitude no mar, em vez de estimativas vagas. Como tal, ninguém poderia pretender pilotar navios nem cobrar salário de piloto, nem patrão algum poderia aceitá-lo a bordo, até que fosse examinado por Vespúcio, que lhe passaria ou não um certificado de aprovação.
Depois da sua morte, no seguimento da redescoberta de Cristóvão Colombo que tinha sido entretanto esquecido, Vespúcio chegou a ser considerado um usurpador que tinha falsificado cartas afim de colher a glória devida a Cristóvão Colombo e a dar o seu nome ao novo continente.
Recordando "Abril"

sábado, 21 de fevereiro de 2009

EFEMÉRIDEAndrés Torres Segóvia, guitarrista espanhol, nasceu em Linares, Espanha, no dia 21 de Fevereiro de 1893. Morreu em Madrid, em 3 de Junho de 1987, vítima de um enfarte do miocárdio. Tinha 94 anos de idade.
Segovia dizia que «resgatara o violão das mãos dos ciganos flamencos», construindo um repertório clássico que veio colocar o instrumento nas salas de concerto. Muitos compositores fizeram obras especificamente para ele, como o brasileiro Villa-Lobos. Pablo Casals foi também um seu grande admirador.
Ainda de tenra idade, um tio entoava-lhe canções enquanto tocava uma guitarra imaginária. O pequeno Andrés começou a tocar o instrumento aos quatro anos.
A primeira apresentação em público teve lugar aos dezasseis e, poucos anos depois, fez o primeiro concerto profissional em Madrid, tocando obras de Francisco Tárrega e de Bach, de que ele próprio fizera os arranjos.
A sua primeira tournée foi pela América do Sul em 1916. Em 1924, apresentou-se em Paris e em Londres. Seguiu depois para várias outras cidades europeias.
Embora sem o acordo da família, prosseguiu os estudos de guitarra. O seu modo de tocar diferenciava-se das técnicas dos outros guitarristas, atacando as cordas com uma combinação da unha com a carne da ponta dos dedos, produzindo um som mais preciso e forte do que os seus contemporâneos. Com esta técnica, foi-lhe possível criar uma paleta de timbres muito maior. A guitarra nunca mais foi vista apenas como um instrumento popular, mas igualmente como um instrumento apto para tocar música erudita.
Progredindo na sua carreira e tocando para audiências cada vez maiores, Segovia constatou que as guitarras existentes não eram suficientes, porque não conseguiam produzir o volume de som necessário. Isto estimulou-o a procurar inovações tecnológicas, que poderiam melhorar a amplificação natural da guitarra. Trabalhando com Hermann Hauser, ajudou-o na construção da que hoje é conhecida como guitarra clássica, com melhores madeiras e cordas de nylon. O formato da guitarra também foi mudado para melhorar a acústica.
Depois de uma viagem pelos Estados Unidos em 1928, Heitor Villa-Lobos compôs e dedicou-lhe os "Doze Estudos".
Mudou-se depois para Montevideu, fazendo muitos concertos na América do Sul, nas décadas de 30 e 40. Depois da Segunda Grande Guerra Mundial, Segovia começou a gravar mais frequentemente e a fazer digressões regulares pela Europa e pelos EUA, uma agenda que ele manteria nos 30 anos seguintes da sua vida.
Segovia ganhou o prémio Grammy pela “Melhor Performance Erudita -Instrumentista” em 1958, com o álbum “Segovia Golden Jubilee”.
Em 1981, como reconhecimento pela sua enorme contribuição cultural, foi elevado à nobreza espanhola pelo rei Juan Carlos, com o título de primeiro Marquês de Salobreña.
Andrés Segovia continuou a apresentar-se, já bastante idoso, enquanto vivia uma semi-reforma na Costa del Sol.
Segovia, quando viajava de avião, pagava igualmente o assento ao lado, para transportar a sua guitarra, preservando-a assim de qualquer eventual “perigo”.
Foram feitos dois filmes sobre a sua vida e a sua obra. Em 1986 recebeu ainda o “Grammy Lifetime Achievement Award”.
Recordando "Abril"

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

EFEMÉRIDE Estácio de Sá, militar português, fundador da cidade do Rio de Janeiro e primeiro governador-geral da sua Capitania, no período colonial, morreu no Rio de Janeiro em 20 de Fevereiro de 1567. Nascera em Santarém, em 1520.
Chegou a Salvador, na Bahia, em 1563, com a missão de expulsar definitivamente os franceses, que ainda estavam na Baía de Guanabara, e ali fundar uma cidade.
Devido às dificuldades do início da colonização, somente em 1565, com reforços obtidos na então Capitania de São Vicente e com o auxílio dos jesuítas, conseguiu reunir uma força capaz de levar a bem a sua missão.
Em 1 de Março de 1565 fundou a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, num terreno plano entre o morro Cara de Cão e o morro do Pão de Açúcar, onde se situava a sua base de operações. O objectivo da fundação foi dar início à expulsão dos franceses, que já estavam naquelas paragens há uma década.
Combateu os franceses e os seus aliados indígenas durante dois anos. Em 20 de Janeiro de 1567, com a chegada de uma esquadra comandada por Cristóvão de Barros e com reforços indígenas mobilizados pelos jesuítas, lançou-se ao ataque, travando os combates de Uruçu-mirim (actual praia do Flamengo) e Paranapuã (actual Ilha do Governador).
Gravemente ferido por uma flecha indígena que lhe vazou um olho, durante a batalha de Uruçu-mirim, veio a falecer um mês mais tarde, provavelmente vítima de septicemia decorrente do ferimento.
Recordando "Abril"

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

EFEMÉRIDE Mór Jókai de Ásva, escritor húngaro, nasceu em Komárom no dia 19 de Fevereiro de 1825. Faleceu em Budapeste, em 5 de Maio de 1904.
Publicou o seu primeiro poema aos nove anos, o primeiro drama aos dezassete e o primeiro romance aos vinte e um (“Dias úteis”). Licenciado em Direito, pouco se interessou pela profissão, abandonando-a mesmo para se dedicar inteiramente à literatura.
Dirigiu a revista “Életképek”. Amigo íntimo do poeta Sándor Petőfi, participou com ele, activamente, no movimento revolucionário de independência da Áustria. Durante o período de repressão que se seguiu, Jókai - como muitos outros escritores - teve de se esconder para não ser preso. Imediatamente após o final da guerra, foi o primeiro escritor a retomar a actividade literária, consolando o país com o seu humor e o seu optimismo.
Escreveu, entre outras obras: “A época de ouro da Transilvânia” (1851), “O mundo turco na Hungria” (1853), “Um nababo húngaro” (1853), e “O novo proprietário” (1904). Nos seus livros, o real e o irreal confundem-se, permitindo um original jogo de contrastes. Autor de mais de cem volumes, entre romances, novelas e dramas, Jókai foi um dos escritores mais populares da Hungria e o maior romancista húngaro do século XIX. As suas obras estão traduzidas em mais de trinta idiomas.
Recordando "Abril"

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

EFEMÉRIDENíkos Kazantzákis, escritor, poeta e pensador grego, nasceu em Megalokastro (hoje Iráklio, Creta) no dia 18 de Fevereiro de 1883. Morreu em Fribourg-en-Brisgau (Alemanha), em 26 de Outubro de 1957, vítima da gripe asiática. Tinha igualmente leucemia.
É frequentemente considerado o mais importante escritor e filósofo grego do século XX, tendo-se tornado mundialmente conhecido após a sua morte, depois de - em 1964 - a novela “Zorba, o Grego” ter sido adaptada ao cinema. É igualmente o autor grego contemporâneo mais traduzido.
Em 1902 mudou-se para Atenas, onde se doutorou em Direito. Começou a dedicar-se à literatura e publicou o seu primeiro livro. Cinco anos depois emigrou para Paris, afim de estudar Filosofia. Ao regressar à Grécia, começou a traduzir obras filosóficas.
Em 1918 residiu na Suíça e, no ano seguinte, foi nomeado Secretário-geral do Ministério de Assistência Pública, com a missão de repatriar a população grega do Cáucaso, após a Revolução Russa.
De 1921 a 1924 viajou pela Alemanha, Creta e Áustria e começou a escrever “Odisseia”, uma obra poética com 33 333 versos de dezassete sílabas.
De 1925 a 1928 viajou pela URSS, Palestina, Espanha, Itália, Chipre, Egipto e Sudão. Viajante imparável, de 1929 a 1936 esteve na Checoslováquia, em França, Espanha (durante a guerra civil), China e Japão. Escreveu guiões para filmes e diversas descrições de viagens.
Pensador influenciado por Nietzsche e Bergson, aderiu igualmente ao marxismo e ao budismo, apesar de se manter profundamente cristão.
Foi correspondente do jornal diário “Kathimeriní” durante a Guerra Civil Espanhola. Esteve depois em Inglaterra e, durante a Segunda Guerra Mundial, dedicou-se à sua obra “Alexis Zorba” que seria publicada em 1946.
Em 1945 fez parte do governo grego e criou um partido político (União Socialista Operária). Dois anos depois foi nomeado Conselheiro Literário da UNESCO. Pediu a demissão em 1947 e instalou-se em França.
Foi laureado com o Prémio Internacional da Paz em 1950, ano em que começou a escrever “A Última Tentação”, que finalizaria no ano seguinte. A Igreja Grega e o Vaticano desaconselharam a leitura deste livro.
Kazantzákis foi igualmente um dos impulsionadores da renovação da língua grega moderna.
no comments
Recordando "Abril" (Associação dos Deficientes das Forças Armadas)

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

EFEMÉRIDEMolière, de seu verdadeiro nome Jean-Baptiste Poquelin, dramaturgo, actor e encenador francês, morreu em Paris no dia 17 de Fevereiro de 1673. Foi baptizado, também na capital francesa, no dia 15 de Janeiro de 1622. Nascera, provavelmente, neste mesmo dia ou na véspera.
É considerado um dos mestres da comédia satírica. Teve um papel preponderante na dramaturgia francesa, até então muito dependente da mitologia grega, e usou as suas obras para criticar os costumes da época. É considerado o fundador, indirecto, da Comédie-Française. Como encenador, ficou conhecido pelo seu rigor e meticulosidade.
Entrou em 1633 no prestigiado Liceu de Jesuítas de Clermont, onde completou a sua formação escolar seis anos mais tarde.
Entre as suas primeiras obras encontrava-se uma tradução, hoje perdida, do “E Rerum Natura”do filósofo romano Lucrécio.
Quando completou dezoito anos, o pai atribuiu-lhe o título de “tapeteiro do rei” e o cargo associado de “criado de quarto”, o que lhe possibilitou o contacto estreito com a corte. Em 1642 licenciou-se em Direito.
Em Junho de 1643 ajudou a fundar a companhia L'Illustre Théâtre. Fez algumas actuações na província e, em 1644, apresentou-se em Paris. Passou então a dirigir a companhia que, no entanto, entrou em bancarrota em 1645. A partir dessa altura assumiu o pseudónimo de Molière, inspirado no nome de uma pequena aldeia do sul de França segundo uns, ou escolhido em homenagem ao escritor libertário François de Molière (1599-1624) segundo outros. A falência da companhia valeu-lhe algumas semanas de prisão por causa das dívidas. Partiu depois numa tournée, como comediante itinerante. Esta vida errante durou cerca de catorze anos. Durante estas viagens conheceu o Príncipe de Conti, governador do Languedoc, que se tornou seu mecenas de 1653 a 1657.
Molière fixou-se em Paris em 1658, onde apresentou - no Louvre - a tragédia “Nicomède de Corneille” e também a sua pequena farsa “O Médico Apaixonado”.
Com a ajuda de um novo mecenas, juntou-se a uma famosa companhia local italiana que se dedicava à “commedia dell'arte”. Instalou-se depois no teatro do Petit-Bourbon onde, em 1659, estreou a peça "As Preciosas Ridículas" - uma das suas obras-primas.
Em 1662 mudou-se para o Théâtre du Palais-Royal, ainda com os seus colegas italianos, encenando - entre outras peças - "Escola de Mulheres", que é outra das suas melhores obras.
Um chamado Partido dos Devotos começou a emergir entre a alta sociedade francesa, protestando contra o excessivo realismo e irreverência de Molière. O rei Luís XIV, que lhe tinha concedido uma pensão (privilégio pela primeira vez dado por um rei a um comediante), não deixou porém de tomar o partido de Molière.
"Tartufo" foi encenado em Versalhes, em 1664, tornando-se no maior escândalo da carreira artística de Molière. A descrição da hipocrisia geral das classes dominantes e sobretudo do clero foi considerada ofensiva e imediatamente contestada.
Em 1666, apresentou "O Misantropo". Considerada, hoje em dia, uma das suas obras mais refinadas e com um conteúdo moral mais elevado, foi contudo pouco apreciada no seu tempo, tendo sido um fracasso comercial. No mesmo ano escreveu "Médico à Força" que foi um sucesso.
Tendo adoecido gravemente (provavelmente tuberculose), a sua produção teatral sofreu uma quebra quantitativa. A sua última obra foi "O Doente Imaginário", ainda hoje uma das suas peças mais representada. Molière sofreu várias convulsões ao representá-la pela quarta vez, contra a opinião dos amigos e dos médicos, e morreu horas depois na sua casa de Paris, vítima de congestão pulmonar.
Especula-se ainda hoje sobre a verdadeira autoria de algumas das suas obras. O verdadeiro autor, segundo alguns, seria o também escritor Pierre Corneille…
Recordando "Abril" ('Dia da Mulher')
O dilema de Quique Flores (treinador do Benfica)
Humor negro...

CONVERSA ENTRE ADOLESCENTES:

O Zé e o Manuel encontram-se e o Zé, ao ver o outro todo ferido, pergunta-lhe:
Zé – A que se deve essa ferida na cara?
Manuel – Foi um leão.
Zé – E porque é que tens as calças todas rotas?
Manuel – Foi um tigre.
Zé – E porque é que tens o braço ao peito?
Manuel – Foi um elefante.
Zé – E porque é que estas a coxear?
Manuel – Foi uma zebra.
Zé – Olha que mesmo assim tiveste muita sorte...
Manuel – É verdade, se o tipo não parasse o carrossel tão depressa eu podia até ter morrido.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

EFEMÉRIDEOctave Henri Marie Mirbeau, jornalista, escritor, crítico de arte e anarquista francês, nasceu em Trévières (Calvados) em 16 de Fevereiro de 1848. Morreu em Paris, no dia em que completava 69 anos de idade (1917).
Autor de diversos romances e peças teatrais, é considerado uma das personalidades mais originais da literatura francesa da chamada "Belle Époque".
Estreou-se como jornalista em 1882, assinando com diversos pseudónimos. Nos seus escritos, combinava a literatura com as suas opções políticas, caracterizando-se pelo seu anticlericalismo e antimilitarismo. Esteve comprometido com todas as lutas de seu tempo em busca de justiça social. Entusiasta do anarquismo, combatendo a sociedade burguesa e a economia capitalista, Mirbeau fazia frente a formas literárias e estéticas, que contribuíam para anestesiar as consciências. Buscou o seu caminho entre o impressionismo e o expressionismo.
Crítico de arte e de literatura, conviveu com grandes nomes de sua época, como Auguste Rodin, Claude Monet, Paul Cézanne e Vincent Van Gogh.
Após escrever uma dezena de romances em que assinou com pseudónimos, fez oficialmente a sua estreia como romancista com “O Calvário” (1886).
Em “Sébastien Roch”, publicado em 1890, Mirbeau buscou superar os traumas da sua vida estudantil entre os jesuítas de Vannes. Dando um tom ficcional a factos verídicos, descreveu a violência sofrida por ele e por outras crianças de sua idade, sob os “cuidados” dos jesuítas, denunciando vários estupros.
Octave Mirbeau passou então por uma crise existencial e literária e, no decurso desta, publicou em folhetins uma novela pré-existencialista chamada “No Céu”, a qual tem como personagem central um pintor, inspirado na figura de Van Gogh.
Em 1900 lançou “Diário de uma criada de quarto”, no qual denunciou a utilização das empregadas domésticas como uma forma de escravidão dos tempos modernos e descreveu segredos repugnantes da burguesia.
Nos seus dois últimos romances, Mirbeau afastou-se do realismo, dando espaço à fantasia.
No teatro, Mirbeau alcançou a fama com uma tragédia proletária “Os maus pastores” (1897) e, em 1903, tornou-se conhecido mundialmente com uma comédia clássica de costumes “Negócios são Negócios”, na qual aparece um personagem que é o arquétipo do moderno homem de negócios, que em tudo busca fazer dinheiro, tentando expandir sem escrúpulos os seus tentáculos pelo mundo fora. Em 1908, ao fim de uma longa batalha judicial e mediática, apresentou a comédia “O Lar”, que desfez um outro tabu: a exploração económica e sexual de adolescentes em lugares de “suposta caridade”.
Com o início da Primeira Guerra Mundial em 1914, Octave Mirbeau converteu-se ao “pacifismo desesperado”, denunciando a aberração criminosa da violência das guerras, nas quais os pobres morrem para que os ricos possam ficar ainda mais ricos.
Morreu após nove anos de doenças constantes, que o impediram mesmo de continuar a escrever. Tolstoï via nele «o maior escritor francês contemporâneo e aquele que melhor representava o génio secular da França».
Scolari: «E o burro sou eu??»

Recordando "Abril"

domingo, 15 de fevereiro de 2009

EFEMÉRIDETotò, de seu verdadeiro nome Antonio Vincenzo Stefano Clemente, célebre actor cómico italiano, nasceu em Nápoles no dia 15 de Fevereiro de 1898. Morreu em Roma, vítima de crise cardíaca, em 15 de Abril de 1967.
No pós-guerra, o tribunal de Nápoles permitiu-lhe usar vários títulos nobiliárquicos herdados dos seus pais biológico e de adopção, devendo assinar “Antonio Griffo Focas Flavio Ducas Comneno Porfirogenito Galiardi de Curtis di Bisanzio”, com os títulos de “alteza imperial, conde Palatino, cavaleiro do Sacro Romano impero, duque de Macedonia e de Illiria, príncipe de Costantinopoli, de Sicília e de Tessaglia, de Ponte de Moldavia, de Dardania, do Peloponneso, conde de Cipro e de Epiro, conde e duque de Drivasto e Durazzo”. Estudos posteriores revelaram que não existiriam fundamentos para a pretensa nobreza de Totò.
Começou a sua carreira com números de improvisação e de imitação, em pequenos teatros de Nápoles. Partiu para Roma em 1922, onde ganhou notoriedade, e em 1930 já possuía a sua companhia teatral, partindo em tournée pela Itália com diversas representações acolhidas calorosamente pelo público.
Apareceu num filme pela primeira vez em 1937, mas voltou ao teatro onde era sempre recebido triunfalmente. Contracenou com Anna Magnani. Em 1947, com o filme “Os dois órfãos”, alcançou finalmente o sucesso, também no cinema, abandonando a pouco e pouco os palcos. Figurou em mais de cem películas. Entrou em filmes ao lado de grandes estrelas do cinema, como Peppino de Filippo, Aldo Fabrizi, Gino Cervi, Vittorio de Sica, Silvana Pampanini, Anna Magnani, Nino Manfredi, Ugo Tognazzi, Vittorio Gassman, Claudia Cardinale, Marcello Mastroianni, Silvana Mangano, Joséphine Baker, Mistinguett, Fernandel, Jean-Claude Brialy e Orson Welles. Trabalhou com grandes realizadores italianos: Vittorio de Sica, Roberto Rossellini e Pier Paolo Pasolini, entre outros.
Foi autor igualmente de canções de sucesso e de poesias napolitanas. Teve uma menção especial no Festival de Cannes em 1966.
Na escola primária, Totò foi punido pelo seu professor com um murro violento no queixo (o que era um “direito” dos professores na época), que lhe deformou a cara para sempre.
Recordando "Abril"

sábado, 14 de fevereiro de 2009

EFEMÉRIDE James Cook, navegador, explorador e cartógrafo britânico, pioneiro da exploração do Oceano Pacífico e responsável pela descoberta da Austrália, morreu no Havai em 14 de Fevereiro de 1779. Nascera em Marton-in-Cleveland, Yorkshire, no dia 27 de Outubro de 1728. Em 1746 mudou-se para Whitby, onde estudou álgebra, trigonometria, navegação e astronomia.
Em 1755 ingressou na Marinha Real Britânica. Sendo um excelente cartógrafo, foi incumbido de fazer três viagens de circum-navegação.
Após uma bem sucedida expedição científica, Cook descobriu o arquipélago que baptizou de “Ilhas Sociedade”, na Polinésia Francesa, e cartografou a Terra Nova e a Nova Zelândia. No regresso, descobriu também a costa ocidental da Austrália.
Em 1772 Cook chegou à mais baixa Latitude Sul até então alcançada (71°10''S), cruzando pela primeira vez o Círculo Polar Antárctico. Desta viagem resultou a descoberta das Ilhas Cook.
Em 1776 partiu para aquela que seria a sua última missão e descobriu o arquipélago do Havai, a que deu o nome de Sanduíche. Navegou ao longo da costa americana e atravessou o estreito de Bering, chegando ao Árctico. No regresso ao Havai, foi morto num confronto com os nativos havaianos. O sítio onde morreu está assinalado com um obelisco branco e está separado do resto da ilha: o local foi cedido ao Reino Unido e faz parte oficialmente do seu território.
James Cook fez ao todo três expedições no Pacífico durante doze anos e é autor dos primeiros mapas de numerosas ilhas e costas. Em 1776 recebeu a Medalha Copley como recompensa pelo modo como soube preservar a alimentação das suas tripulações evitando-lhes o escorbuto. Para o efeito introduziu nos hábitos alimentares vários elementos como as couves e os limões, bem assim como um equivalente do quinino. Sabia-se que o escorbuto era causado por uma alimentação pobre, mas a ligação com as carências de vitamina C não tinha sido ainda descoberta.
Como curiosidade, assinale-se que as estações espaciais americanas “Endeavour” e “Discovery” foram assim chamadas por serem os nomes dos navios que Cook comandou na primeira e terceira expedição no Pacífico.
Recordando "Abril"

Mulher perdida no deserto, mas mantendo as suas prioridades... Que mauzinhos!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Recordando "Abril"

Gato torcionário...

EFEMÉRIDECharles Elwood "Chuck" Yeager, ás da aviação norte-americana, conhecido por ter sido o primeiro piloto a passar a barreira do som, nasceu em Myra, na Virgínia Ocidental, em 13 de Fevereiro de 1923.
Yeager alistou-se na Força Aérea em 1941, trabalhando como mecânico de aeronaves e piloto, antes de seguir para Inglaterra, quando da 2ª Guerra Mundial (1943). Adquiriu o estatuto de “ás da aviação”, acabando o conflito no posto de capitão por ter abatido treze aparelhos inimigos.
Ao regressar ao seu país foi instrutor e, em 1945, entrou para a escola de pilotos de testes, sendo seleccionado entre 125 candidatos para voar no Bell X-1.
Em 14 de Outubro de 1947, passou a barreira do som por cima da cidade de Victorville, na Califórnia, a bordo do protótipo do X-1, avião-foguete desenhado a partir da bala de calibre 12,7 mm, que sai das espingardas a uma velocidade supersónica. Por curiosidade, na véspera, “Chuck” tinha feito uma cavalgada no deserto fracturando duas vértebras.
Durante os anos 1950, Yeager voou em muitas aviões de teste para a USAF e fez parte de comissões de inquérito a vários acidentes. Em 1953 foi um dos primeiros pilotos americanos a pilotar um MiG-15 russo, que tinha sido desviado para os Estados Unidos por um piloto desertor norte-coreano.
Em 1954 voltou à Europa com o posto de tenente-coronel, tomando o comando do 417th Fighter Squadron na base de Hahn, na República Federal Alemã, e depois numa base em França (Toul-Rosières).
Em 1960 foi nomeado director da escola espacial da base de Edwards. Em 1963 escapou à morte, quando perdeu o controlo do protótipo do Lockheed NF-104 Starfighter a mais de 33 000 metros de altitude. Conseguiu ejectar-se após uma queda vertiginosa de 30 000 metros. Saiu quase ileso mas com graves queimaduras.
Em 1966 foi comandar o 405th Fighter Wing nas Filipinas efectuando 127 missões sobre o Vietname. Promovido a general-brigadeiro em 1969, reformou-se seis anos mais tarde. Tornou-se consultor técnico, dando o seu nome, a sua imagem e a sua voz a dois jogos de vídeo.
No filme americano "Os Eleitos" (1983), o actor Sam Shepard fez o papel de Yeager.
Em 1997 comemorou os cinquenta anos da passagem da barreira do som, passando-a novamente a bordo de um F15-Eagle. Voou ainda em 2003 (com oitenta anos) num Mustang P-51, em duo com um camarada mais novo.

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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

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Aposentado da Aviação Comercial, gosto de escrever nas horas livres que - agora - são muitas mais...