segunda-feira, 31 de outubro de 2011




EFEMÉRIDESimão Pedro Fonseca Sabrosa, jogador de futebol português, nasceu em Constantim, Vila Real, no dia 31 de Outubro de 1979. Joga actualmente no Besiktas, da Turquia.


Simão Sabrosa é um extremo veloz, dotado de excelente técnica e de remate colocado. Pode jogar em qualquer dos flancos e é um excelente marcador de livres, tendo sido decisivo em diversos jogos.


Começou a sua carreira no Sporting. Durante os dois anos que esteve ao serviço dos leões jogou 53 jogos marcando 12 golos, o primeiro dos quais na sua estreia, apenas com 17 anos de idade.


No Verão de 1999, foi transferido para o Barcelona por 15 milhões de euros. Em 2001, depois de uma época fraca ao serviço do clube espanhol, voltou a Portugal assinando pelo Benfica. Tornou-se desde logo um ídolo dos benfiquistas e foi nomeado capitão de equipa. Nos seis anos em que representou os encarnados, marcou 76 golos.


Na época 2004/2005, na qual o Benfica se tornou campeão depois de uma longa espera de onze anos, Simão jogou todos os jogos e todos os minutos, marcando 15 golos. Na Taça UEFA, também jogou todos os jogos e marcou quatro golos.


Nos anos seguintes, Simão foi cobiçado por clubes como o Manchester United e o Liverpool, mas decidiu ficar no Benfica.


Em Julho de 2007, o Atlético de Madrid chegou a acordo com o Benfica para a contratação de Simão, por uma verba de 20 milhões de euros. Nas primeiras duas épocas ao serviço dos colchoneros, Simão foi titular absoluto, marcando um total de catorze golos. Em Abril de 2009, entrou na história do clube madrileno, ao marcar o golo número 4 000. Também foi, no Verão desse ano, nomeado capitão de equipa.


Após 3 anos no Atlético de Madrid, Simão Sabrosa assinou por duas épocas e meia pelo Besiktas, auferindo 2,7 milhões de euros por ano.


Simão estreou-se na Selecção Nacional em Novembro de 1998 contra Israel, com apenas 19 anos de idade. Não participou no Mundial de 2002 devido a lesão, mas veio a jogar dois anos depois no Europeu. Neste torneio, jogou em três das seis partidas realizadas por Portugal. Tornou-se notável no jogo frente à Inglaterra, onde cruzou a bola para o golo do empate de Hélder Postiga. O jogo acabaria por ser decidido na marcação de grandes penalidades em que a selecção portuguesa levou a melhor.


Dois anos depois, Simão foi incluído na convocatória para representar a Selecção das Quinas no Mundial de 2006, participando em todos os jogos. No dia 1 de Julho, nos quartos-de-final, Portugal e a Inglaterra voltaram a defrontar-se nas grandes penalidades, onde Portugal levou a melhor pela segunda vez consecutiva, com Simão a converter uma delas.


Quando se apontava Ronaldo como a maior estrela da selecção, foi Simão quem marcou mais golos na qualificação para os Mundiais 2010.


Em Agosto de 2010, numa carta dirigida à FPF, Simão Sabrosa informou que tinha chegado «o momento de pôr termo à sua presença na Selecção». Alegou «motivos de ordem pessoal, que o impediam de estar disponível para representar oficialmente, como jogador profissional, a Selecção Nacional». Tinha sido 85 vezes internacional.


Do seu valioso palmarés fazem parte: pelo Benfica, Taça de Portugal 2004, Campeão Nacional 2005 e Super Taça de Portugal 2005; pelo Atlético de Madrid, Liga Europa 2010 e Super Taça Europeia 2011; pelo Besiktas, a Taça da Turquia 2011. Em representação de Portugal, foi Campeão Europeu de Sub-17 em 1996. Foi considerado o Melhor Goleador Português em 2003, o Melhor Jogador de Portugal em 2005 e ganhou a Bola de Prata em 2008.

domingo, 30 de outubro de 2011



Para fintar a crise...




EFEMÉRIDE André Marie de Chénier, poeta francês, ligado aos eventos da Revolução Francesa, nasceu em Gálata (hoje Istambul) no dia 30 de Outubro de 1762. Foi guilhotinado em Paris, em 25 de Julho de 1794.


Filho de pai francês e de mãe grega, passou parte de sua vida em Carcassone, no Sul de França. Ainda adolescente, começou a traduzir poetas gregos e a entusiasmar-se pela poesia clássica. A sua obra, que marca o regresso ao helenismo, só seria publicada em 1819.


Em França, frequentava círculos literários e salões aristocráticos. Foi secretário da Embaixada Francesa em Londres de 1787 a 1790. Participou no movimento revolucionário, inicialmente com entusiasmo e mais tarde à distância. Foi autor do “Journal de la Société” que teve quinze edições (1789). A partir de 1791, colaborou no órgão constitucional “Journal de Paris”, condenando os “excessos” da Revolução.


Preocupado com a sua segurança, saiu de Paris mas recusou-se a emigrar, voltando à capital para tentar evitar a condenação ao cadafalso de Luís XVI.


Em Março de 1794 foi preso. Envolvido numa falsa conspiração, que permitiu a execução de suspeitos sem audiência, foi condenado à morte pelo Tribunal Revolucionário sob a alegação de esconder «papéis do embaixador espanhol, documentação que comprovaria a extensa corrupção junto da Assembleia, para livrar o Rei da execução». Foi executado dois dias antes da prisão de Robespierre e enterrado numa vala comum juntamente com milhares de vítimas do “Terror”.

sábado, 29 de outubro de 2011




EFEMÉRIDESir Walter Raleigh, explorador, cortesão, oficial e escritor britânico, foi decapitado na Torre de Londres no dia 29 de Outubro de 1618. Nascera em Hayes Barton, Devonshire, provavelmente em 1552.


Entre 1584 e 1585 fundou, na ilha de Roanoke, o primeiro núcleo de colonização inglesa na América do Norte. Esse núcleo de povoamento desapareceu, entretanto, possivelmente destruído pelos indígenas. Posteriormente foi aprisionado por Jaime I de Inglaterra, vindo a ser condenado à morte.


A família Raleigh era protestante, tendo sido perseguida numerosas vezes durante o reinado de Maria I. Na sua mais famosa fuga, o pai de Raleigh teve que se esconder numa torre para evitar ser morto. Assim, durante a infância, Raleigh desenvolveu ódio contra o Catolicismo, mostrando-se lesto a expressar as suas convicções assim que a também protestante Isabel I subiu ao trono de Inglaterra em 1558.


Graduou-se na Faculdade Oriel em Oxford e, em 1575, matriculou-se na Faculdade de Direito Middle Temple. Até 1575 a sua vida foi um enigma mas, no seu livro “History of the World”, ele faz referência a ter lutado ao lado dos Huguenotes franceses na batalha de Jarnac em 13 Março de 1569.


Entre 1579 e 1583 participou na repressão às chamadas Rebeliões de Desmond. Também esteve presente no Cerco de Smerwick, onde supervisionou o massacre de cerca de 700 soldados italianos e espanhóis que se tinham rendido incondicionalmente. Tornou-se proprietário de terras confiscadas aos rebeldes irlandeses, cerca de 160 km que incluíam as cidades costeiras de Youghal e de Lismore. Isto fez dele um dos principais proprietários de Munster, região histórica do sudoeste da Irlanda. Teve no entanto pouco sucesso em seduzir inquilinos ingleses para se estabelecerem nas suas propriedades.


Durante os dezassete anos que passou como senhorio irlandês, Walter Raleigh fez de Youghal a sua residência ocasional, tendo sido prefeito da cidade entre 1588 e 1589.


Na década de 1590, as propriedades de Raleigh passaram por sérias dificuldades, o que contribuiu para o declínio da sua fortuna. Em 1602 vendeu as terras por uma bagatela.


Raleigh envolveu-se depois com o início da colonização da Virginia mediante uma patente real. Os seus planos na chamada Colónia e Domínio de Virginia (que incluía os estados actuais da Carolina do Norte e da Virginia), na América do Norte, culminaram com um falhanço, mas prepararam o caminho para as subsequentes colónias. As suas viagens foram financiadas por si e por amigos, mas ele nunca obteve um fluxo estável de receitas para começar e manter uma colónia na América. As futuras tentativas de colonização, no início do século XVII, seriam financiadas por uma empresa, a Virginia Company, que foi capaz de angariar os capitais necessários para criar colónias de sucesso.


Raleigh esteve na costa do Brasil quando comandava uma companhia de comércio de escravos e especiarias, além de produtos colectados da floresta amazónica.


Em Dezembro de 1581 regressou a Inglaterra. Em 1585, foi designado Capitão da Guarda, Lorde Guardião das Estanharias de Devon e Cornualha e foi sagrado cavaleiro. No ano da Invencível Armada de 1588, foi nomeado Vice-almirante de Devon, com a responsabilidade de liderar as defesas da costa. Começou então a frequentar a Corte e tornou-se um dos favoritos da rainha Isabel I. Em 1591, casou-se secretamente com Isabel (Bess) Throckmorton, uma das aias de Isabel I, sem a permissão da rainha. O matrimónio foi descoberto e a rainha ordenou a prisão de Raleigh e que Bess fosse expulsa da Corte. Após a sua libertação, retirou-se para Sherborne Lodge. Walter e Bess permaneceram fiéis um ao outro. Decorreram vários anos até Raleigh voltar a ter as boas graças da Rainha.


Em 1594, tomou conhecimento de um mito espanhol que dava conta de uma «grande cidade dourada» que ficava na nascente do rio Caroni. Um ano mais tarde partiu para explorar o que é agora a zona Leste da Venezuela, em busca de Manoa, a lendária cidade em questão. De volta à Inglaterra, Walter publicou em 1596 o livro “The Discoverie of Guiana”, um relato da sua viagem que foi considerado exagerado. Apesar da Venezuela ter depósitos de ouro, não foram encontradas provas de que Raleigh tivesse descoberto alguma mina. De qualquer modo, o livro reforçou a crença sobre a existência de El Dorado.


O livro “El Dorado e o assassinato de Sir Walter Raleigh”, lançado em 2011 pelo professor Paulo R. Sellin, da Universidade da Califórnia, revelou alguns factos até então desconhecidos da história de Raleigh. Sellin construiu uma argumentação convincente para o inocentar das acusações que levaram à sua decapitação em 1618. O pesquisador realizou duas excursões pelo rio Orinoco, seguindo a trilha de Raleigh e usando como guia o seu livro “The Discoverie of Guiana”. Estas viagens convenceram Sellin de que, longe de ser uma fantasiosa mistura de realidade e ficção, o livro de Raleigh era um documento extremamente minucioso e consistente, que permitiu a localização da mina de ouro de Raleigh em Cerro Redondo, perto de Los Castillos de Guayana, na Venezuela. Em vez de um “Raleigh enganoso e intrigante”, Sellin demonstrou que foi o duque de Buckingham quem manobrou para promover a execução de Raleigh sob falsas acusações, visando ficar com o caminho livre para conspirar com potências estrangeiras e ficar com a mina de Raleigh, acusando-o de tê-la inventado para justificar as suas acções contra os interesses espanhóis na Venezuela. O livro reforça a posição de que Raleigh teria sido um dos maiores heróis “elizabetianos”.


Raleigh fez parte também da captura de Cádiz em 1596. Participou igualmente numa viagem aos Açores em 1597. De 1600 a 1603, Raleigh foi Governador de Jersey, uma das Ilhas do Canal, e foi-lhe reconhecido o mérito de ter modernizado as defesas da ilha, incluindo a construção de um forte para proteger Saint Helier.


Foi manifestamente favorecido durante o reinado de Isabel I mas, quando esta morreu (1603), foi novamente preso na Torre de Londres. Mais tarde, nesse mesmo ano, foi julgado por traição devido ao seu suposto envolvimento num complot contra o rei Jaime I. Raleigh conduziu a sua defesa com grande mestria, o que pode explicar a razão pela qual o Rei lhe poupou a vida, apesar de o veredicto ter sido de culpado. Esteve detido até 1616. Enquanto esteve na prisão, escreveu vários tratados e o primeiro volume de “The Historie of the World”, acerca da história antiga da Grécia e de Roma.


Em 1616, foi libertado para conduzir uma segunda expedição à Venezuela. No decurso desta expedição, os homens de Raleigh saquearam a colónia espanhola de San Tomé de Guayana, perto do rio Orinoco. Quando regressou a Inglaterra, o embaixador espanhol Diego Sarmiento de Acuña, conde de Gondomar, exigiu que o rei condenasse Walter Raleigh à morte. O pedido foi atendido e ele foi decapitado. «Despachemo-nos!» disse ele ao carrasco. «A esta hora a febre domina-me. Não quero que os meus inimigos pensem que estou a tremer de medo». Quando o deixaram ver o machado que o ia decapitar, gracejou: «Este é um afiado remédio e também um médico para todas as doenças e misérias». Segundo muitos biógrafos, foram estas as suas últimas palavras enquanto se preparava para a queda do machado: «Ataca um homem ímpar, ataca!». A cabeça foi embalsamada e entregue a sua mulher.


Apesar da sua popularidade ter diminuído bastante depois da morte de Isabel I, a execução foi vista por muitos como desnecessária e injusta. Um dos juízes disse mais tarde: «A justiça em Inglaterra nunca foi tão desacreditada e ferida como com a condenação de Sir Walter Raleigh».

sexta-feira, 28 de outubro de 2011





EFEMÉRIDEEdite Fátima dos Santos Marreiros Estrela, professora e política portuguesa, nasceu em Belver no dia 28 de Outubro de 1949. É licenciada em Filologia Clássica (1973) e mestre em Comunicação Social (1987).


Foi professora de Literatura Portuguesa, entre 1973 e 1986, e vice-presidente da Associação Portuguesa de Escritores (1988-1994).


Dirigente do Partido Socialista desde 1983, integrou o respectivo Secretariado Nacional (1988-2002) e foi eleita deputada à Assembleia da República em 1988 e 2002, tendo sido vice-presidente da Comissão Parlamentar de Obras Públicas, Transportes e Comunicações, presidente da Subcomissão de Cultura e da Comissão Parlamentar para a Cooperação Portugal/Brasil.


Presidiu à direcção da Fundação Antero de Quental (1995-2003). Foi presidente da Câmara Municipal de Sintra (1994-2002) e vice-presidente da Junta Metropolitana de Lisboa (1995-2002). Foi a primeira mulher a integrar o Comité das Regiões (1999-2002).


Actualmente é deputada no Parlamento Europeu, desde 2004, sendo presidente da Delegação Portuguesa do Partido Socialista Europeu. É vice-presidente da Comissão dos Direitos da Mulher e da Igualdade dos Géneros e membro da Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar.


Foi condecorada com a medalha de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique em 1998.


Entre as obras que publicou, saliente-se: “A Questão Ortográfica”, “Bem Escrever, Bem Dizer”, “Dúvidas do Falar Português” e “Sintra: Nossa Gente, Nossa Terra”. Foi ainda co-autora, com Maria José Leitão e Maria Almira Soares, de “Saber Escrever, Saber Falar” e “Saber Escrever uma Tese e Outros Textos”. Publicou, juntamente com J. David Pinto Correia, um “Guia Essencial da Língua Portuguesa para a Comunicação Social”.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011



O rapaz, assim, tem futuro...
Ai que "sôdades" !!


Kizomba



EFEMÉRIDEDylan Marlais Thomas, escritor galês, um dos mais brilhantes poetas da língua inglesa no século XX, nasceu em Swansea no dia 27 de Outubro de 1914. Morreu em Nova Iorque, em 9 de Novembro de 1953.


O pai era diplomado em Literatura Inglesa, costumando recitar-lhe Shakespeare antes de ele saber ler. Apesar dos pais falarem galês, tanto Dylan como a irmã nunca aprenderam a língua materna e Dylan escreveu exclusivamente em inglês, sob influência do pai.


Passou a maior parte da infância em Swansea, exceptuando algumas temporadas na quinta de Carmathen, propriedade da família da mãe. Estas estadias no meio rural, muito diferente do meio urbano, acabaram por influenciar a sua obra. Nota-se o facto em numerosas histórias, em obras radiofónicas e também em alguns poemas.


Frequentou a Swansea Grammar School, onde o pai leccionava. Publicou o seu primeiro poema numa revista da escola. Fascinado pela língua, destacava-se em Inglês e Literatura, negligenciando as outras disciplinas. Deixou de estudar aos dezassete anos, para se tornar repórter júnior no “Daily Post”.


Em Dezembro de 1932, deixou o trabalho e decidiu dedicar-se integralmente à poesia. Foi durante esta época que escreveu mais de metade dos seus poemas.


Em 1934, quando tinha vinte anos, mudou-se para Londres, onde ganhou o prémio Poet's Corner e publicou o seu primeiro livro, “18 Poemas”, que teve grande êxito. Durante este período de sucesso, começou a abusar do álcool, facto de que se vangloriava.


Ao contrário dos seus contemporâneos, T. S. Eliot e W. H. Auden, Thomas não estava preocupado com a utilização de temas sociais e políticos. A sua escrita, com um lirismo intenso e carregada de emoção, tinha mais a ver com a tradição romântica. Os seus poemas demonstravam influências célticas, bíblicas e do surrealismo inglês.


Considerado muito fraco fisicamente, não pôde participar na Segunda Guerra Mundial. Colaborou no entanto na elaboração de obras de propaganda a favor do governo.


Aos 35 anos, em 1950, visitou os Estados Unidos pela primeira vez. Teatral, romântico e dado a bebedeiras homéricas, tornou-se uma figura lendária nos EUA, o que contribuiu para a sua divulgação mundial. Thomas era um ídolo para a geração de poetas denominada Geração Beat. Arrebatava plateias com a sua voz grave, ao ler poesias em teatros e universidades. A sua influência espraiou-se até à música pop.


Morreu de complicações causadas pelo alcoolismo, tinha apenas 39 anos de idade. Consta que no dia da sua morte teria ingerido 18 whiskies.


O cantor Bob Dylan, de seu verdadeiro nome Robert Allen Zimmerman, admitiu numa biografia sua que se tinha inspirado em Dylan Thomas para o seu nome artístico. Uma certa forma também de o homenagear.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011




EFEMÉRIDEBaltasar Garzón Real, magistrado instrutor da Audiência Nacional, uma das mais altas instâncias jurisdicionais de Espanha, nasceu em Torres no dia 26 de Outubro de 1955. É conhecido como o “super-juiz”.


Formou-se em Direito na Universidade de Sevilha em 1979. Foi aprovado em concurso para o cargo de juiz em 1981. Foi promovido a magistrado em 1983.


Ficou conhecido mundialmente, ao emitir um mandato para detenção do ex-presidente do Chile Augusto Pinochet, pela morte e tortura de cidadãos espanhóis. Utilizou como base o relatório da Comissão Chilena da Verdade (1990-1991).


Reiterou várias vezes o seu desejo de investigar o ex-secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger pelo seu relacionamento com os regimes ditatoriais da América Latina e pela denominada Operação Condor.


Trabalhou também num processo em que se acusavam diversos militares argentinos pelo desaparecimento de cidadãos espanhóis durante a ditadura argentina (1976-1983).


Em 2001 solicitou permissão ao Conselho da Europa para processar o Primeiro-Ministro italiano Silvio Berlusconi, então membro da Assembleia Parlamentar do Conselho. Em Dezembro desse mesmo ano, investigou contas no exterior (off-shores), por suspeitas de lavagem de dinheiro pelo conglomerado financeiro BBVA (segundo maior banco da Espanha).


Em Janeiro de 2003 criticou enfaticamente o governo dos EUA pela detenção ilegal, na base de Guantánamo (Cuba), de suspeitos de pertencerem ao grupo terrorista Al Qaeda. Nesse mesmo ano, participou em campanhas contra a guerra no Iraque.


Em Espanha, ainda nos anos 1980, actuou em processos contra diversos narcotraficantes, inclusive altos dirigentes das máfias galega, turca e italiana. Comandou investigações sobre lavagem de dinheiro no litoral espanhol (região de Málaga) e falsificação de moeda. Foi jurado de morte por diversos traficantes e mafiosos e por isso passou a ser conduzido em carros blindados e a viver com escolta policial.


Em 1993, participou na política espanhola, entrando na lista de candidatos à Câmara dos Deputados pelo PSOE. Chegou a comandar o Plano Nacional Anti-drogas, mas renunciou após um ano de trabalho, queixando-se do excesso de corrupção no governo.


Ao voltar à magistratura, deu seguimento às investigações do caso GAL (Grupos Antiterroristas de Libertação), grupo de extermínio que, conforme ficou comprovado, foi criado durante o primeiro governo do PSOE, ainda nos anos 1980, com a finalidade de assassinar membros e simpatizantes da ETA. Várias autoridades foram condenadas em virtude do caso, inclusive o ex-ministro do interior José Barrionuevo. Posteriormente, todos foram indultados pelo governo de José María Aznar.


Actuou igualmente contra os terroristas bascos da ETA. Em 2002 conseguiu suspender o funcionamento, por 3 anos, do partido Batasuna, ao demonstrar as suas relações com aquele grupo. Atraiu com isso o ódio dos nacionalistas bascos, que consideraram que ele tinha atacado a cultura basca e não o terrorismo.


Dada a extensão de sua actuação, o PSOE e o PP chegaram a planear uma reforma judicial que limitasse as suas atribuições legais.


Desde 2005 tem instruído o dossier “Troika”, um vasto inquérito sobre as actividades e o branqueamento de dinheiro ligado à máfia russa em Espanha, o que tem levado a várias prisões.


Em 2008, teve dúvidas sobre o desenrolar da meia-final Zenith-Bayern para a Taça UEFA e conseguiu reunir provas de que o resultado do encontro tinha sido falseado.


Ainda em 2008, abriu um inquérito sobre os “desaparecimentos” registados durante a Guerra Civil Espanhola, a pedido de familiares dos desaparecidos e de outras organizações. O inquérito que infringia uma lei de amnistia votada em 1977, teve de ser arquivado e três organizações de extrema-direita apresentaram mesmo uma queixa contra ele. Garzón arriscou 12 a 20 anos de interdição da sua função de magistrado. Numerosas personalidades e intelectuais manifestaram-lhe apoio, denunciando o procedimento judiciário como uma perseguição.


Os seus detractores acusam-no de procurar a notoriedade e de ter mantido os ideais de extrema-esquerda da sua juventude.

terça-feira, 25 de outubro de 2011




EFEMÉRIDE Abebe Bikila, atleta etíope, primeiro homem a vencer duas maratonas olímpicas, considerado por muitos especialistas como o maior maratonista de todos os tempos, morreu em Adis Abeba no dia 25 de Outubro de 1973. Nascera em Jato, em 7 de Agosto de 1932.


Era filho de um humilde pastor de ovelhas. Nasceu no mesmo dia da abertura dos Jogos Olímpicos de Los Angeles de 1932. Logo que teve idade, alistou-se na Guarda Imperial, para melhor poder ajudar a família.


No exército, acabou por chamar a atenção do técnico Onni Niskanen, um sueco nascido na Finlândia, membro da Cruz Vermelha, que fora contratado pelo governo etíope para descobrir e treinar atletas com potencial para virem a ser campeões. Começou a praticar atletismo aos 24 anos de idade.


Em 1960, foi incluído na equipa olímpica apenas no último momento, quando o avião já se preparava para partir com destino a Roma. Substituiu Wami Biratu, que se tinha lesionado num tornozelo durante uma partida de futebol.


A Adidas, patrocinadora oficial dos Jogos Olímpicos de 1960, tinha poucas sapatilhas disponíveis quando Bikila foi experimentar as que devia usar durante a corrida. Nenhumas o faziam sentir confortável e ele resolveu correr descalço, a maneira aliás como sempre tinha treinado.


Completou a prova quatro minutos antes do segundo classificado, declarando que tinha fôlego para suportar mais dez quilómetros. A prova contou com 69 participantes e pela primeira vez foi disputada à noite, com guardas italianos segurando tochas ao longo do caminho. O seu plano foi bastante curioso. Ao fazer o reconhecimento do trajecto, alguns dias antes, observou o obelisco de Axum, que tinha sido retirado da Etiópia por tropas italianas. O obelisco estava a 1,5 quilómetro da linha de chegada e ele decidiu que deveria fazer a partir dali a arrancada final. Cruzou a faixa de chegada, sob o Arco de Constantino, com o tempo de 2 h 15 m 16 s, recorde mundial, tornando-se o primeiro negro africano a ganhar uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos.


Bikila voltou à Etiópia como herói nacional. A frase mais ouvida na época era que «tinha sido necessário um milhão de soldados italianos para invadir a Etiópia, mas apenas um soldado etíope para conquistar Roma». Foi promovido a Cabo e condecorado pelo Imperador Hailé Selassié, que lhe ofereceu também um apartamento e um automóvel.


Pouco tempo após os Jogos, uma tentativa militar de golpe de estado teve lugar no país e Bikila, que nada entendia de política, viu-se envolvido nele. Recusou-se a disparar sobre as autoridades e, quando o golpe foi derrotado, os principais envolvidos foram condenados à morte pela forca. Bikila foi perdoado pelo Imperador, após os pedidos de várias pessoas que atestaram a sua recusa em participar nos assassinatos.


Em 1961, disputou maratonas na Grécia, no Japão e na Checoslováquia, vencendo todas elas. Sem competir durante cerca de ano e meio, entrou na Maratona de Boston em Abril de 1963, chegando em quinto lugar, a única maratona que não venceu durante toda a sua carreira. Depois desta prova, voltou para casa e só veio a competir em 1964, numa maratona em Adis Abeba, que venceu.


Quarenta dias antes dos Jogos de Tóquio, durante um treino perto da capital, Bikila começou a sentir fortes dores e teve um colapso ao tentar continuar a correr. Levado ao hospital, foi-lhe diagnosticada uma apendicite aguda. Operado 35 dias antes da maratona olímpica, começou a fazer pequenas corridas nocturnas nos jardins do hospital, ainda em período prescrito de convalescença.


Foi para Tóquio sem a certeza ainda de poder participar na maratona. Entrou na prova, desta vez calçado, por exigência dos organizadores, e adoptou a mesma estratégia de 1960, mantendo-se perto do primeiro bloco de corredores até metade da prova, começando então a forçar o ritmo. Poucos quilómetros depois, tinha apenas a companhia de dois corredores, um deles o australiano Ron Clarke, então recordista mundial dos 10 000 m. Bikila entrou no estádio olímpico sob as aclamações de setenta mil espectadores, com quatro minutos de vantagem sobre o segundo classificado e estabelecendo novamente o recorde mundial da maratona, com o tempo de 2 h 12 m 12 s. Para surpresa dos espectadores, após a corrida, começou a fazer exercícios de alongamento no relvado central do estádio sem parecer cansado. Por curiosidade diga-se que, na cerimónia da entrega das medalhas, os organizadores japoneses esqueceram-se de providenciar as partituras com o hino da Etiópia. A banda aproveitou a oportunidade e tocou o hino japonês quanto Bikila recebeu a sua medalha de ouro. Ainda no Japão, o Imperador Etíope ofereceu-lhe um valioso anel em oiro. Voltou de novo ao seu país como herói nacional.


Nos Jogos Olímpicos do México, Bikila foi inscrito para disputar a maratona. Simbolicamente, a organização atribuiu-lhe o dorsal nº 1. Desta vez, porém, Bikila foi obrigado a abandonar a prova aos 17 km, ressentindo-se de uma recente fractura do perónio. Foi a sua última maratona.


Em 1969, teve um grave acidente com o Volkswagen que recebera como recompensa imperial, perdendo o controlo da viatura e capotando num barranco. Ficou encarcerado durante toda a noite. Retirado com vida, depois de ter sido descoberto por um pastor, o acidente deixou-o paralítico, confinado a uma cadeira de rodas, mesmo depois de operado na Inglaterra, para onde foi transportado no avião pessoal do Imperador Hailé Selassié. Não abandonou porém o desporto, concorrendo a corridas com cadeiras de rodas e a competições de tiro ao arco.


Foi convidado oficial do COI para assistir os Jogos Olímpicos de 1972, em Munique. O vencedor da maratona, o norte-americano Frank Shorter, dirigiu-se a Bikila para o cumprimentar, sendo ambos ovacionados longamente por um público em delírio.


Abebe Bikila morreu aos 41 anos, de hemorragia cerebral, complicação neurológica decorrente do acidente de quatro anos atrás. Uma multidão de 75 mil pessoas acompanhou o enterro do seu herói e o Imperador Selassié decretou um dia de luto oficial em todo o país.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011





Testemunho de um passageiro do avião que "aterrou" no rio Hudson (USA, 2009)




EFEMÉRIDEWayne Mark Rooney, futebolista inglês do Manchester United, nasceu em Liverpool no dia 24 de Outubro de 1985.


Rooney destaca-se pela sua velocidade, precisão nas finalizações e temperamento forte, que muitas vezes lhe tem trazido expulsões, por discutir com os adversários ou reclamar excessivamente junto dos árbitros. Durante os Mundiais de 2006, nos quartos-de-final contra Portugal, foi expulso após uma violenta entrada sobre Ricardo Carvalho. Disse-se que, devido ao incidente, ele e Cristiano Ronaldo haviam tido uma discussão após o regresso a Manchester, mas ambos desmentiram o facto.


Estreou-se na equipa principal do Everton em 2002. Em Outubro, cinco dias antes de completar 17 anos, marcou um golo no último minuto que deu a vitória contra o Arsenal. Foi o mais jovem goleador da história da Premier League, um recorde que foi superado posteriormente por James Milner e James Vaughan.


Em Janeiro de 2003, assinou o seu primeiro contrato profissional que fez dele um dos jovens jogadores mais bem pagos do mundo.


Terminou a sua passagem pelo Everton em Setembro de 2004. Teve uma proposta de 18,5 milhões de libras do Newcastle United, mas o Manchester United contratou-o por 31 milhões de libras. Logo na sua estreia pelo United, fez um hat-trick na goleada por 6-2 sobre o Fenerbahçe, num jogo para a Champions League 2004/2005. No final da época seria eleito o Melhor Jogador Jovem do Ano. Na sua segunda temporada no Manchester, confirmou ser um dos jovens mais talentosos do mundo. Foi tão brilhante que conquistou os troféus de Jogador do Ano do clube, em eleição feita pelos adeptos do United, e novamente o de Melhor Jogador Jovem do Ano.


Na temporada seguinte, a de 2006/2007, marcou 23 golos em 55 jogos, incluindo 14 na Premier League, vencida pelo United.


Em 2007/2008, foi atormentado por várias lesões, mas fez parte da equipa que conquistou a “tríplice coroa”: a Premier League, a Champions League e o Mundial de Clubes da FIFA.


Durante a época 2008/2009, tornou-se o jogador mais jovem da história do futebol inglês a completar 200 partidas na Premier League e marcou o 100º golo da sua carreira profissional. Finalizou a temporada como segundo goleador da equipa, marcando 20 golos, menos seis que Cristiano Ronaldo.


Em 2009/2010, com a saída de Cristiano Ronaldo, que havia sido contratado pelo Real Madrid por cerca de 93 milhões de euros, passou a ser a principal estrela da equipa. Fez a melhor temporada da sua carreira, com um total de 34 golos em 44 jogos e actuações muito elogiadas.


Foi nomeado o Melhor Jogador do Ano em Abril de 2010. Em Outubro, após especulações sobre a sua saída do Manchester, renovou por mais cinco anos o seu contrato com o clube. Ficou a auferir um salário anual de 14 milhões de euros, montante que não incluía os contratos publicitários. Surpreendentemente, depois de um princípio de época lesionado, Rooney parecia ter perdido toda a sua eficácia, estando mesmo oito meses sem marcar um golo. Recuperou no entanto deste mau momento e voltou a iluminar os estádios com a sua classe. Em Agosto de 2011 atingiu e ultrapassou os 150 golos ao serviço do Manchester, tornando-se um dos melhores goleadores da história do clube.


Evolução...

Vedeta infantil

domingo, 23 de outubro de 2011




EFEMÉRIDEJohn Boyd Dunlop, inventor escocês, fundador da empresa de pneumáticos Dunlop Tyre, morreu em Dublin no dia 23 de Outubro de 1921. Nascera em Dreghorn, North Ayrshire, em 5 de Fevereiro de 1840.


Estudou cirurgia veterinária na Dick Vet, pertencente à Universidade de Edimburgo, e exerceu a profissão em sua casa durante quase dez anos. Mudou-se depois para Belfast (1867).


Em 1887 desenvolveu e testou um primeiro pneu no triciclo do seu filho, patenteando-o no ano seguinte. No entanto, dois anos após ter solicitado a patente, foi oficialmente informado que ela era inválida, pois outro inventor escocês, Robert William Thomson, havia patenteado a ideia em França (1846) e nos Estados Unidos (1847), se bem que tivesse posteriormente abandonado o projecto.


Os pneumáticos de Dunlop apareceram num momento crucial do desenvolvimento do automóvel e sobretudo da motocicleta. A produção comercial iniciou-se em 1890.


John Dunlop acabou no entanto por não fazer fortuna. Os irmãos Michelin, em França, tiveram melhor sorte.

sábado, 22 de outubro de 2011




EFEMÉRIDERita Maria de Azevedo Mafra Guerra, cantora portuguesa, nasceu em Lisboa no dia 22 de Outubro de 1967.


Foi nos Açores, onde esteve a viver durante quatro anos, que começou a cantar e a tocar piano. Já em Lisboa, em 1989, foi convidada para interpretar quatro temas na festa do 1º aniversário da Rádio GEST. Seguiu-se um convite para actuar diariamente no Casino do Estoril, palco que pisou pela primeira vez ao lado de Salvatore Adamo.


O seu primeiro álbum, “Pormenores Sem A Mínima Importância”, teve a participação de Rui Veloso.


Em 1992 concorreu no Festival RTP da Canção com “Meu Amor Inventado Em Mim”, que se classificou em 2º lugar. Foi também um dos cantores convidados para o disco “Camões, as descobertas... e nós”.


O espectáculo “As Canções do Século”, com Rita Guerra, estreou-se no Casino do Estoril e percorreu todo o país até 1998, ano em que foi apresentado na Expo’98. Colaborou ainda no show “007 – Ordem Para Jogar” igualmente no Casino do Estoril.


Em 1995 foi editado o álbum “Independence Days”, um disco com repertório original em inglês.


Com Paulo de Carvalho, Maria João e Carlos do Carmo colaborou no espectáculo “Quatro Caminhos”, apresentado em 1996.


Participou na colectânea “In Love”, editada no Dia dos Namorados, com a canção “Brincando Com O Fogo”. Gravou com Herman José o tema “The Christmas Song”, para um disco de natal do conhecido humorista.


O espectáculo “POPera”, de Pedro Osório, estreado em 1999, onde algumas das mais famosas árias de ópera eram vistas à luz da música moderna, contou com a sua participação. Em Julho de 2000 actuou, com Janita Salomé, no show “Tempo”.


Participou no tema “Portugal a Cantar”, composto e produzido pelos Delfins, que foi a canção oficial de Portugal nos Mundiais de Futebol em 2002.


O espectáculo “Egoísta”, com a sua presença, estreou-se no Casino Estoril em Dezembro de 2002. No ano seguinte, a RTP convidou-a para representar Portugal no Festival da Eurovisão, com a canção “Deixa-me Sonhar”.


O álbum “Rita”, lançado em 2005, teve um significativo sucesso atingindo a dupla platina. Em Março de 2006, realizou no Coliseu dos Recreios de Lisboa o primeiro grande concerto da sua carreira. Em 2008 foi editado o DVD “O Melhor de Rita Guerra – Acústico ao Vivo”.


Em Abril de 2009, ganhou o prémio Top Choice Award (TCA), na categoria de Top International Female Singer 2009.


Rita Guerra, que vive actualmente em Mafra, faz também regularmente dobragens de filmes de animação (Disney, Warner Bros. e Dreamworks).

sexta-feira, 21 de outubro de 2011




EFEMÉRIDEJosé Maria Carvalho Pedroto, treinador e ex-jogador de futebol português, nasceu em Almacave, Lamego, no dia 21 de Outubro de 1928. Morreu em 7 de Janeiro de 1985.


Jogou nos infantis do Futebol Clube do Porto e nos juniores do Leixões. Pedroto compensava a falta de físico com um enorme talento. O serviço militar levou-o ao Lusitano de Vila Real de Santo António, onde começou a despertar o interesse dos grandes clubes.


Em 1950 transferiu-se para o Belenenses. Pedroto cedo se afirmou como um dos melhores médios do futebol português. Em 1951 estreou-se pela Selecção Nacional. No ano seguinte, a sua mudança para o Porto envolveu uma verba astronómica para a época. O Porto estava a construir uma equipa que viria a quebrar um jejum de muitos anos. Em 1956, treinada por Dorival Yustrich, os portistas conquistaram o Campeonato e a Taça de Portugal. Pedroto foi uma das principais figuras da equipa. Em 1959 foi novamente Campeão Nacional.


Em 1960 tornou-se o primeiro treinador português com um curso superior. Tinha excelentes capacidades técnicas, associadas a um discurso agressivo. Continuou a evidenciar-se nos “estudos”, obtendo uma brilhante classificação num curso de treinadores realizado em França. Este resultado, aliado ao bom trabalho nas camadas jovens do Porto, levaram-no a treinador da Selecção Nacional de Juniores. Sob a sua orientação, Portugal conquistou o seu primeiro título Europeu.


Pedroto abandonou o futebol juvenil do Porto, para ir treinar a equipa principal da Académica. Forjou grandes talentos, sendo reconhecida por todos a qualidade futebolística da equipa de Coimbra. Treinou depois o Leixões, onde foi vítima da única chicotada psicológica da sua carreira, traído pela falta de condições oferecidas pelo clube. Treinou seguidamente o Varzim, que estava pela segunda vez na primeira divisão e que viria a ser a sensação desse campeonato.


Em 1966 realizou o seu grande sonho, ao tornar-se treinador principal do F. C. do Porto. Ficou até 1969, vencendo uma Taça de Portugal. Rumou a Setúbal e o Vitória obteve alguns dos melhores resultados da sua história, sendo uma vez Vice-campeão, uma vez finalista da Taça e fazendo excelentes prestações nas competições europeias.


Em 1974, mudou-se para o Boavista onde, em dois anos, obteve um 2º lugar no Campeonato e venceu duas Taças de Portugal.


Voltou ao Porto em 1976, para vencer dois Campeonatos (1977-78 e 1978-79) e uma Taça de Portugal. Falhou o “tri” e saiu, passando a treinar o Vitória de Guimarães, onde esteve duas épocas, obtendo um 4º e um 5º lugar.


Regressou ao Porto, já com Pinto da Costa como presidente. Venceu uma Taça de Portugal e foi finalista da Taça das Taças. Pedroto e Pinto da Costa criaram as bases para a série de êxitos que se seguiram e que culminaram com a vitória na Taça dos Campeões Europeus.


José Maria Pedroto morreu aos 56 anos de idade, sucumbindo a um cancro nos intestinos que o corroía imparavelmente. Durante a madrugada do dia do seu falecimento, já visivelmente debilitado, tentou satisfazer os seus últimos desejos, bebendo whisky por uma colher e tentando fumar o último cigarro.



Surprise, surprise... (apanhados)

quinta-feira, 20 de outubro de 2011




EFEMÉRIDEJoão de Barros, considerado o primeiro grande historiador português e pioneiro da gramática de língua portuguesa, morreu em Ribeira de Alitém no dia 20 de Outubro de 1570. Nascera em Viseu no ano de 1496.


Filho de um nobre, foi educado na corte de D. Manuel I, no período de maior apogeu dos descobrimentos portugueses. A sua prolífica carreira literária iniciou-se com pouco mais de vinte anos, ao escrever um romance de cavalaria, a “Crónica do Emperador Clarimundo, donde os Reys de Portugal descendem”, dedicado ao soberano e ao príncipe herdeiro D. João. Este último, ao subir ao trono em 1521 como D. João III, concedeu-lhe o cargo de capitão da fortaleza de São Jorge da Mina, na costa da Guiné, para onde ele partiu no ano seguinte. Em 1525 foi nomeado tesoureiro da Casa da Índia, missão que desempenhou até 1528.


A peste negra de 1530 levou-o a refugiar-se na sua quinta da Ribeira de Alitém, próximo de Pombal, vila onde concluiu o seu diálogo moral, “Rhopicapneuma”, alegoria que mereceu louvores do catalão Juan Luis Vives.


Regressado a Lisboa em 1532, o rei designou-o como feitor das Casas da Índia e da Mina – uma posição de grande destaque e responsabilidade, numa Lisboa que era então um empório, a nível europeu, para todo o comércio estabelecido com o Oriente. João de Barros provou ser um administrador capaz e desinteressado, algo raro para a época, como ficou demonstrado pelo surpreendente facto de ter amealhado pouco dinheiro com este cargo (enquanto os seus antecessores haviam adquirido grandes fortunas).


Em 1534, o rei – procurando atrair colonos para se estabelecerem no Brasil com o fim de evitar as tentativas de penetração francesa, dividiu a colónia em capitanias hereditárias, seguindo um sistema que já havia sido utilizado nas ilhas atlânticas dos Açores, Madeira e Cabo Verde, com resultados comprovados. No ano seguinte, João de Barros foi agraciado com a posse de duas capitanias, em parceria com Aires da Cunha – o Ceará e o Pará.


Constituiu a expensas suas uma armada de dez navios e novecentos homens, que zarpou para o Novo Mundo em 1539. Devido talvez à ignorância dos seus pilotos, a frota não atingiu o objectivo pretendido tendo andado à deriva até aportar às Antilhas espanholas. Demonstrando um grande humanismo, talvez incomum para a época, pagou as dívidas dos que haviam falecido durante a expedição. No entanto, isto resultou em graves problemas financeiros para João de Barros, com os quais teve de lidar até ao fim da vida, vendo-se mesmo obrigado a hipotecar parte dos seus bens.


Durante estes anos prosseguiu os seus estudos durante as horas vagas e, em 1540, publicou a “Gramática da Língua Portuguesa” e diversos diálogos morais que a acompanharam, para ajudar ao ensino da língua.


Pouco depois, seguindo uma proposta que lhe havia sido feita por D. Manuel I, iniciou a escrita de uma história que narrou os feitos dos portugueses na Índia – as “Décadas da Ásia”. A primeira década saiu em 1552, a segunda em 1553 e a terceira foi impressa em 1563. A quarta década, inacabada, foi completada por João Baptista Lavanha e publicada em Madrid em 1615, muito depois da sua morte.


Não obstante o estilo fluente e rico da escrita, as “Décadas” mereceram pouco interesse durante a sua vida. É conhecida apenas uma tradução italiana publicada em Veneza (1563). Diogo do Couto foi encarregado mais tarde de continuar esta obra, adicionando-lhe outras décadas. A primeira edição completa surgiu em Lisboa, já no século XVIII (1778 — 1788).


Em Janeiro de 1568 foi vítima de um acidente vascular cerebral e foi exonerado das suas funções na Casa da Índia, recebendo título de fidalguia e uma tença régia do rei D. Sebastião. Morreu na mais completa miséria, sendo tantas as dívidas que os filhos renunciaram ao seu testamento.


Enquanto historiador e linguista, João de Barros merece bem a fama que começou a correr logo após a sua morte. As “Décadas” foram o início da historiografia moderna em Portugal e no Mundo.


Em 1994, João de Barros foi representado em notas do Banco de Portugal de 500 escudos.


Horas certas...

quarta-feira, 19 de outubro de 2011


Basileia 0 - Benfica 2



Mãããããaeeee, olha para o nosso novo truque!!


Cultura Geral... Vá lá, arranjem 15 minutinhos para ver este vídeo...



EFEMÉRIDEJohn “Jack” Silas Reed, jornalista, escritor e activista político norte-americano, famoso pelo seu livro “Dez dias que abalaram o Mundo”, em que relatou em primeira-mão os acontecimentos que constituíram a Revolução de Outubro na Rússia, morreu em Moscovo no dia 19 de Outubro de 1920. Nascera em Portland, em 22 de Outubro de 1887.


Estudou na Universidade de Harvard. Publicou os seus primeiros textos no “Harvard Lampoon”, um periódico humorístico e sarcástico fundado por estudantes, e participou activamente na vida social universitária. Após obter a licenciatura em 1910, embarcou num navio de carga para a Europa, tendo passado por Londres, Paris e Madrid. No ano seguinte, fixou-se em Nova Iorque, onde trabalhou como editor numa revista política. Fez a cobertura de várias greves importantes.


Em 1914, no México, Pancho Villa liderava uma rebelião de camponeses quando Reed foi enviado como correspondente. Em pouco tempo, tornou-se próximo do líder revolucionário. Os relatos apaixonados de Reed não eram aquilo a que se poderia chamar jornalismo objectivo e imparcial, mas ajudaram a espalhar notícias sobre a revolução.


Foi depois cobrir a Primeira Guerra Mundial. Interessou-se pela Revolução Bolchevique e partiu em Setembro de 1917 para a Rússia. Conheceu Lenine e, das conversas com ele, nasceu a sua obra mais famosa.


Tinha acabado de regressar aos Estados Unidos, reconhecido como grande jornalista, quando se deu o Massacre de Ludlow no Colorado, em que mineiros em greve foram abatidos pela Guarda Nacional a mando da família Rockefeller. Estes acontecimentos foram registados no seu livro “A Guerra do Colorado”.


John Reed era uma figura importante no Partido Socialista americano, vindo a ser determinante na fundação do Partido Comunista dos Trabalhadores.


Voltou à Rússia em 1920, como delegado ao II Congresso da International Comunista. Conversou com membros do partido, correu de reunião em reunião e deu uma conferência em Moscovo. Bastante cansado, ficou doente, febril e delirante. Era a febre tifóide que o tinha atingido. Morreu num hospital moscovita.


O seu corpo foi sepultado perto do Kremlin, na Praça Vermelha, com honras de herói, sendo o único americano a quem tal honra foi concedida.


O filme “Reds” (1981), com Warren Beatty, Diane Keaton e Jack Nicholson, baseado na sua vida, foi nomeado para doze Oscars tendo ganho três.

terça-feira, 18 de outubro de 2011



Apesar de tudo, vamos sorrindo...
Estamos condenados a ser governados por Pinóquios...



EFEMÉRIDEOlegário Manuel Bártolo Faustino Benquerença, árbitro internacional de futebol português, nasceu na Batalha em 18 de Outubro de 1969.


Agente de seguros, Olegário Benquerença é árbitro desde 1989. Foi promovido a árbitro de primeira categoria na época 1995/1996 e é internacional desde 2001.


Participou nas eliminatórias dos Mundiais de 2006 e de 2010, nos Campeonatos Mundiais de Futebol Sub-20 de 2003 e de 2009, na Liga dos Campeões da UEFA de 2003 e na fase final dos Mundiais de 2010 juntamente com os seus assistentes José Cardinal e Bertino Miranda.


Em 2008/2009 foi considerado o Melhor Árbitro da Primeira Liga Portuguesa. Entre os principais jogos internacionais que arbitrou, salientam-se a meia-final da Liga dos Campeões de 2010 (Inter MilanBarcelona) e o jogo dos quartos-de-final dos Mundias de 2010 entre o Uruguai e o Gana.


Por mera curiosidade, diga-se que foi ele a mostrar o cartão amarelo a Miklos Feher alguns segundos antes da sua morte.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011




EFEMÉRIDEAntónio Calvário da Paz, cantor português que venceu o primeiro Grande Prémio TV da Canção Portuguesa, nasceu em Moçambique no dia 17 de Outubro de 1938.


Veio para a Metrópole, mais propriamente para Portimão, com a idade de 8 anos. A família fixou-se depois em Lisboa, de forma a que ele pudesse acabar o Curso Liceal. Teve aulas de canto com Corina Freire, antiga cantora e sua prima avó.


Ingressou na Emissora Nacional em 1957, depois de ter participado num concurso. Em 1960 foi aclamado no Festival da Canção Portuguesa, realizado na cidade do Porto, com “Regresso”. Gravou o disco “O Papá e a Mamã” com Maria de Lourdes Resende.


Em 1961 venceu o seu primeiro título de Rei da Rádio e voltou a colaborar com Maria de Lourdes Resende em “Carnaval do Estoril”.


Desse Amor Melhor” e “Perdão para Dois” foram grandes sucessos em 1962. Recebeu o Óscar da Imprensa (na primeira edição dos Prémios da Casa da Imprensa) para o Melhor Cançonetista Masculino.


Em 1963 estreou-se no teatro com o grande êxito “Chapéu Alto” e editou vários discos. No ano seguinte participou na revista “Lábios Pintados”, onde interpretava o tema “Tricana”. Foi o primeiro vencedor do Grande Prémio TV da Canção Portuguesa, com a canção “Oração”, tendo representado Portugal no Festival Eurovisão da Canção, que decorreu na Dinamarca. Estreou-se no cinema em “Uma Hora de Amor”, onde contracenou com Madalena Iglesias.


Em 1965, voltou a participar no Grande Prémio TV da Canção e entrou no filme “Rapazes de Táxis”.


O filme “Sarilho de Fraldas”, novamente com Madalena Iglesias, foi um dos grandes sucessos de 1966. Participou igualmente na revista “Zero, Zero, Zé, Ordem para Pagar”.


Em 1968 participou no Festival RTP da Canção, protagonizou o filme “O Amor Desceu em Pára-quedas” e fez parte da revista “Esta Lisboa que Eu Amo”. António Calvário e Simone de Oliveira gravaram entretanto um disco com canções do filme “My Fair Lady”.


Representou Portugal no I Festival da Canção Latina No Mundo, realizado no México, onde obteve o 4º lugar – o melhor lugar europeu. Obteve grande êxito com a versão portuguesa de “Chorona”.


Em 1969 foi um dos produtores do filme “O Diabo Era Outro”, com Milú, Nicolau Breyner e Hermínia Silva, que se revelou um desastre financeiro e o obrigou a actuar até em circos, para conseguir pagar os encargos decorrentes desse mau investimento.


Em 1974 gravou a canção “A Rosa Que Te Dei” de José Cid. Com o 25 de Abril deixou de cantar nos palcos de teatro, para cantar em night-clubs e cabarets.


Voltou ao teatro em 1977 com as revistas “Põe-te na Bicha” e “Direita Volver”. Da primeira resultaria um grande sucesso: “Mocidade, Mocidade”, da autoria de Eduardo Damas e Manuel Paião.


Nos anos 1990, voltou a um contacto mais frequente com o grande público, realizando uma extensa digressão por todo o país com inúmeros espectáculos de Revista à Portuguesa, onde cantou os seus maiores sucessos e também alguns inéditos.


Em 2000 regressou aos estúdios e aos palcos. No início do novo milénio voltou a trabalhar com Carlos Alfaiate que, durante um largo período, o representou, apoiou e agenciou garantindo-lhe uma contínua e constante presença tanto em programas televisivos como na imprensa escrita. Era o início do período de maturidade de um artista que, mantendo todas as suas qualidades, acumulava também a experiencia de uma longa carreira.


Foi publicada a biografia “António Calvário – A Canção de Uma Vida” da autoria do jornalista Luís Guimarães. Para comemorar os 50 anos de carreira foi lançado em 2008 uma compilação de temas inéditos e a autobiografia “Histórias da minha vida”, editada pela Guerra & Paz.

domingo, 16 de outubro de 2011



Como se "fabrica" uma falta... Aprendam!




EFEMÉRIDE Rita Ferro Rodrigues, jornalista e apresentadora de televisão portuguesa, nasceu em Lisboa no dia 16 de Outubro de 1976.


Aos 16 anos, começou a apresentar o jornal televisivo para crianças “Caderno Diário”, na RTP 2, trabalhando de seguida no “1ª Vez”, programa de debates para jovens, no qual fez o seu primeiro directo.


Seguiram-se “Ferro e Fogo”, “Passeio da Fama”, “Sub-26” e “Portugalmente”. Entretanto, fez também teatro e rádio. Frequentou o curso de Direito, na Universidade Católica, e de Comunicação Social, na Universidade Autónoma.


Já no canal SIC, começou por ser redactora e passou depois a apresentar o programa de informação “Verão Quente”, no qual trabalhou com Daniel Cruzeiro, o repórter da SIC com quem esteve casada. Foi também pivot da SIC Notícias, durante quase um ano.


Foi mais tarde entrevistadora em “Pavilhão do Futuro” e “Encontro Marcado”, este último programa na SIC Mulher. Em 2003 apresentou “Cartaz”, magazine cultural da SIC Notícias. De Janeiro de 2006 a Agosto de 2008 apresentou “Contacto”, programa de entretenimento.


A partir de Setembro de 2008, ocupou um cargo na direcção de programas, dirigindo entre outros o programa “SIC ao Vivo”. Em Setembro de 2009, voltou à apresentação, estreando, ao lado do humorista Francisco Menezes, o programa “Companhia das Manhãs”.


Está actualmente casada com Ruben Vieira, assistente de realização da SIC. Em finais de Outubro de 2010, nasceu Eduardo, o primeiro filho em comum. A apresentadora já era mãe de uma menina, Leonor, fruto do seu primeiro casamento.


Rita Ferro Rodrigues é filha de Eduardo Ferro Rodrigues ex-Secretário-Geral do Partido Socialista.

sábado, 15 de outubro de 2011



EFEMÉRIDEVítor Manuel Martins Baía, ex-guarda-redes de futebol português, nasceu em São Pedro da Afurada no dia 15 de Outubro de 1969.


Começou a jogar no Académico de Leça. Aos treze anos mudou-se para o F. C. do Porto, onde viria a ficar a maior parte da sua carreira. Aos dezanove, foi pela primeira vez chamado à equipa principal, num jogo contra o Vitória de Guimarães, nunca mais tendo perdido o lugar.

Chegou à baliza da Selecção Portuguesa com 21 anos. Estreou-se em Dezembro de 1990, num jogo frente aos Estados Unidos, iniciando uma década em que a camisola nº 1 lhe pertenceu quase em exclusivo.

Esteve presente com a equipa de Portugal no Europeu de 1996, em Inglaterra. Transferiu-se em seguida do Porto para o F. C. Barcelona, tornando-se o guarda-redes mais caro do mundo.

Depois de uma boa primeira época ao serviço do clube espanhol, sofreu uma lesão em Agosto de 1997. O técnico holandês Louis Van Gaal retirou-o da equipa, preferindo o seu compatriota Ruud Hesp. Em Janeiro de 1999, após vários meses sem jogar no Barcelona, regressou ao Porto para relançar a sua carreira.

Em 2000 integrou a selecção que representou Portugal no Campeonato Europeu, onde esteve em bom plano ao defender uma grande penalidade de Arif, da selecção da Turquia, nos quartos-de-final, mas não tendo hipóteses na grande penalidade apontada por Zidane que eliminou Portugal nas meias-finais.

No ano seguinte, uma lesão no joelho afastou-o dos relvados durante praticamente toda a época, o que levou muitas pessoas a pensar que a sua carreira tinha acabado. No entanto, Baía voltou ao seu melhor, recuperando a tempo de representar Portugal nos Mundiais de 2002, na Coreia do Sul e Japão.

Quando Scolari passou a ser seleccionador nacional, Baía nunca mais defendeu as cores de Portugal. Todavia, ao serviço do Porto, continuou a manter a titularidade, excepto num pequeno período em que se desentendeu com José Mourinho.

Em 2004, foi considerado pela UEFA o Melhor Guarda-Redes Europeu do Ano. Viria a perder o seu lugar na equipa do Porto no final de 2005, quando o treinador holandês Co Adriaanse considerou que Helton seria uma melhor opção. Aos 37 anos, despediu-se do futebol como jogador e ingressou na administração do Porto como director das relações públicas.

No dia 10 de Junho de 2008, foi condecorado com o oficialato da Ordem do Infante D. Henrique pelo Presidente da República.

Vítor Baía é, juntamente com o galês Ryan Giggs, o jogador com mais títulos na história do futebol mundial. Conquistou nada menos de 33 (27 pelo Porto e 6 pelo Barcelona): 11 Campeonatos Nacionais, 10 Super Taças Nacionais, 7 Taças Nacionais, uma Liga dos Campeões, uma Taça UEFA, uma Taça das Taças, uma Super Taça da UEFA e uma Taça Intercontinental.



Cantiguinha à maneira... Queria dizer à Madeira...

sexta-feira, 14 de outubro de 2011



O cozinheiro Isaltino




Para perdoar a multa...




EFEMÉRIDEJorge Paulo Costa Almeida, ex futebolista e actual treinador de futebol português, nasceu no Porto, em 14 de Outubro de 1971.


Fez a maior parte da sua carreira no Futebol Clube do Porto, tendo estado emprestado ao F. C. Penafiel (1990/1991) e ao C. S. Marítimo (1991/1992).


Jogador carismático do Porto, teve a sua primeira aventura fora do país após ter sido votado ao ostracismo pelo técnico Octávio Machado, assinando então pelo Charlton Athletic. Regressou na época seguinte, já com José Mourinho no comando do Porto, tendo feito parte da equipa que venceu uma Taça UEFA, uma Liga dos Campeões e uma Taça Intercontinental.


A chegada de Co Adriaanse ao Porto, em 2005, marcou um novo ciclo da sua vida, com o treinador holandês a deixar bem claro que não o considerava opção para a equipa, o que levou Jorge Costa, pela segunda vez, a prosseguir a carreira além-fronteiras, no Standard de Liège, clube onde disputou os seus últimos jogos oficiais.


Publicou as suas memórias (“O Capitão”) em 13 de Agosto de 2005. A poucos dias de completar 35 anos, confirmou a sua retirada como jogador profissional.


Em Dezembro de 2006, foi contratado como treinador adjunto pelo Sporting Clube de Braga, tornando-se técnico principal em Fevereiro de 2007. Em Junho de 2008 assinou por um ano como treinador do Sporting Clube Olhanense. Em Maio de 2009, sagrou-se Campeão da Liga de Honra, levando o Olhanense ao primeiro escalão do futebol português, 34 anos após a sua última presença.


Foi em seguida treinar a Académica de Coimbra, assumindo no Verão de 2011 o comando técnico do Fotbal Club CFR 1907 Cluj, da Roménia, pelo que teve de pagar uma indemnização à Académica de 150 mil euros.


Tem um palmarés invejável como jogador. Foi Campeão de Portugal nos anos 1993, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2003 e 2004; venceu as Taças de Portugal de 1994, 1998, 2000, 2001 e 2003; ganhou as Super Taças de Portugal de 1994, 1995, 1999, 2000, 2002, 2004 e 2005; conquistou a Taça UEFA de 2003, a Liga dos Campeões de 2004 e a Taça Intercontinental de 2005. Foi Campeão Mundial de sub-21 em 1991, tendo sido internacional 50 vezes.



Em breve, Portugal "País de pedintes"...?

quinta-feira, 13 de outubro de 2011


Óptima imitação



EFEMÉRIDE – Mary Henrietta Kingsley, escritora inglesa e exploradora do continente africano, nasceu em Islington no dia 13 de Outubro de 1862. Morreu em Simon, em 3 de Junho de 1900.


O pai era médico e a mãe inválida, o que levou Mary a ficar em casa para se ocupar dela. Por essa razão não seguiu uma longa escolaridade, mas tinha acesso em contrapartida à biblioteca bem recheada do pai, que lhe contava também frequentemente histórias de países distantes.


O pai morreu em 1892 e a mãe cinco semanas depois. Libertada das suas obrigações familiares e dispondo de um rendimento anual de 500 libras, Mary Kingsley pôde finalmente viajar. Decidiu descobrir África e recolher o material indispensável para terminar uma obra que o pai tinha começado a escrever sobre algumas populações africanas.


Desembarcou em Luanda em Agosto de 1893. Viveu com as tribos locais, que lhe ensinaram tudo o que devia saber para sobreviver na selva, o que lhe permitiu aventurar-se sozinha por territórios quiçá perigosos.


Voltou a África em 1895, para estudar as tribos canibais. Deslocava-se numa canoa pelo rio Ogooué, no Gabão, onde descobriu espécies de peixes desconhecidas. Depois do seu encontro com os Fangs, escalou os 4 1000 metros do monte Carmeroon, seguindo um itinerário nunca utilizado pelos europeus.


Notícias das suas aventuras chegaram a Inglaterra e, quando regressou em Outubro de 1895, tinha a acolhê-la um batalhão de jornalistas prontos a tudo para a entrevistar. Passou a ser uma celebridade e, nos três anos que se seguiram, deu conferências por todo o país.


Mary Kingsley escreveu dois grandes livros sobre a sua experiência africana: “Travels in West África” (1897) e “West African Studies” (1899), que se tornaram imediatamente bestsellers. Neste último livro, propôs mesmo uma nova organização política para a África do Oeste.


Morreu ainda jovem, vítima de febre tifóide. Segundo a sua última vontade, o funeral realizou-se no alto-mar.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011



Natal antecipado...



EFEMÉRIDEHelena Kolody, professora e poetisa brasileira, nasceu em Cruz Machado, Paraná, em 12 de Outubro de 1912. Morreu em Curitiba no dia 15 de Fevereiro de 2004.


Os pais eram imigrantes ucranianos, mas só se conheceram no Brasil. Helena passou parte da infância na cidade de Rio Negro, onde fez os primeiros estudos. Estudou piano e pintura e, aos doze anos, iniciou-se na poesia.


O seu primeiro poema publicado foi “A Lágrima”, quando tinha 16 anos. A divulgação dos seus trabalhos era feita através da revista “Marinha”, de Paranaguá.


Aos 20 anos iniciou a carreira de professora do ensino médio e de inspectora de escolas públicas. Leccionou no Instituto de Educação de Curitiba durante 23 anos. Segundo o que consta no seu livro “Viagem no Espelho”, foi ainda professora na Escola de Professores da cidade de Jacarezinho, onde ensinou durante vários anos.


O seu primeiro livro, “Paisagem Interior”, foi editado em 1941 e dedicado ao pai, que falecera dois meses antes da publicação.


Helena tornou-se uma das poetisas mais importantes do Paraná, praticando principalmente o haicai, que é uma forma poética de origem japonesa, cuja característica é a concisão – a arte de exprimir o máximo de ideias com o mínimo de palavras. Foi a primeira mulher a publicar haicais no Brasil (1941).


Foi admirada por poetas brasileiros como Carlos Drummond de Andrade e Paulo Leminski, tendo mantido com este último uma grande relação de amizade pessoal e literária.


Entre as distinções recebidas, salientam-se: Diploma de Mérito Literário da Prefeitura de Curitiba (1985); Cidadã Honorária de Curitiba (1987); criação do Concurso Nacional de Poesia Helena Kolody (1988) realizado anualmente pela Secretaria da Cultura do Paraná em sua homenagem; eleição para a Academia Paranaense de Letras (1991); Exposição em homenagem aos seus 90 anos, na Biblioteca Pública do Paraná (2002); e Doutoramento Honoris Causa pela Universidade Federal do Paraná (2003).


O filme “A Babel de Luz” (1992), do cineasta Sylvio Back, homenageou os oitenta anos da poetisa e recebeu os prémios de Melhor Curta-metragem e Melhor Montagem no 25° Festival de Brasília.

Arquivo do blogue

Acerca de mim

A minha foto
- Lisboa, Portugal
Aposentado da Aviação Comercial, gosto de escrever nas horas livres que - agora - são muitas mais...