sábado, 31 de janeiro de 2015

31 DE JANEIRO - MIKLÓS JANCSÓ

EFEMÉRIDE Miklós Jancsó, cineasta húngaro, autor de obras que atingiram grande notoriedade internacional nas décadas de 1960 e 1970, morreu em Budapeste no dia 31 de Janeiro de 2014. Nascera em Vác, em 27 de Setembro de 1921.
Estudou Direito, Etnografia e História de Arte, antes de seguir o curso de Realização na Escola Superior de Cinema de Budapeste, tendo-se diplomado em 1951. Nos primeiros anos da sua carreira, assinou diversos documentários e curtas-metragens. Em 1958, dirigiu a sua primeira obra de fundo, “A harangok Rómába mentek”.
Muito influenciado pela obra de Zsigmond Móricz, militou num movimento de esquerda que defendia os direitos das crianças de famílias operárias e camponesas.
Muitos dos seus filmes estão ligados à história da Hungria. Assim, “Cantate” (1962), que é a adaptação da “Cantata Profana” do compositor húngaro Bela Bartók, é uma metáfora da Insurreição de Budapeste de 1956. “Os sem esperança” (1965) evoca o período da Revolução Húngara de 1848. Três dos seus filmes (“Vermelhos e brancos” de 1967, “Silêncio e clamor” de 1968 e “Agnus Dei (Égi bárány)” de 1971) abordam as lutas sangrentas entre revolucionários e contra-revolucionários, por volta dos anos 1918/19.   
Recebeu um prémio no Festival de Cannes 1972, com o filme “Salmo vermelho”. Em 1973, conquistou o Prémio Kossuth.
Ensinou cinema em Itália, Estados Unidos e Hungria, continuando a sua carreira de realizador, mas sem o sucesso anterior, talvez porque os filmes não foram muito divulgados. Foi casado com a realizadora Márta Mészáros. 

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

30 DE JANEIRO - MARIA FILOMENA MÓNICA

EFEMÉRIDEMaria Filomena de Carvalho Godinho Mónica, historiadora e socióloga portuguesa, nasceu em Lisboa no dia 30 de Janeiro de 1943. É licenciada em Filosofia pela Universidade de Lisboa (1969) e doutorada em Sociologia pela Universidade de Oxford (1978).
Escreveu vários livros de carácter histórico e sociológico. Foi investigadora coordenadora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.
Entre as suas obras, salienta-se: “Educação e Sociedade no Portugal de Salazar” (1978); “Artesãos e Operários” (1986); “Visitas ao Poder” (três edições, em 1993,1994 e 1999, pelo qual recebeu o Prémio Máxima de Literatura); “Turista à Força” (1996); “Os Filhos de Rousseau” (1997); “Vida Moderna” (1997); “Cenas da Vida Portuguesa” (1999); “Fontes Pereira de Melo” (1999); “Eça de Queirós” (2001); “D. Pedro V” (2005); “Bilhete de Identidade, Autobiografia 1943-1976 (2005); “Nós, os Portugueses” (2008); “Vale a Pena Mandar os Filhos à Escola?” (2008); e “Os Cantos: A Tragédia de uma Família Açoriana” (2010).
Foi casada com Carlos Braamcamp Freire Pinto Coelho, comandante piloto da aviação civil, de quem se divorciou e de quem teve dois filhos. Casou uma segunda vez com o sociólogo António Barreto do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

29 DE JANEIRO - ROBERTO GOYENECHE

EFEMÉRIDERoberto Goyeneche, cantor de tango argentino, de origem basca, que personificou o arquétipo da vida boémia de Buenos Aires dos anos 1950, nasceu em Saavedra no dia 29 de Janeiro de 1926. Morreu em Buenos Aires, em 27 de Agosto de 1994.
Era conhecido como El Polaco devido ao seu cabelo alourado. Visitava frequentemente o bairro de Saavedra, onde tinha nascido e onde foi criado.
Tornou-se uma lenda viva da música argentina, criando um estilo muito pessoal de cantar o tango, caracterizado por uma grande liberdade rítmica, uma pronúncia perfeita e uma profunda inspiração.
Em 1944, aos 18 anos, juntou-se à Orquestra Kaplún's e passou a integrar o elenco da Rádio Belgrano. Em 1956, integrou a orquestra do seu amigo Anibal Troilo, com o qual gravou 26 canções.  
A sua carreira a solo iniciou-se em 1963. Foi o primeiro intérprete do clássico de Ástor Piazzolla “Balada Para Un Loco”.
Durante os anos 1980, participou como convidado nos filmes “El Exilio de Gardel” e “Sur”, ambos dirigidos por Fernando Solanas.
Foi dado o seu nome a uma avenida do bairro Saavedra em Buenos Aires.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

28 DE JANEIRO - CÍCERO DIAS

EFEMÉRIDECícero dos Santos Dias, pintor modernista brasileiro, morreu em Paris no dia 28 de Janeiro de 2003. Nascera em Escada, Pernambuco, em 5 de Março de 1907.
Em 1920, com treze anos, foi para o Rio de Janeiro. Entre 1925 e 1927, estudou pintura e conheceu muitos intelectuais e artistas da época, tornando-se amigo dos modernistas de São Paulo (Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e Emiliano Di Cavalcanti, entre outros). Conheceu igualmente Blaise Cendrars, quando este foi ao Brasil.
Em 1928, realizou a sua primeira exposição individual no Rio de Janeiro e, no ano seguinte, abandonou a Escola de Belas Artes, passando a dedicar-se exclusivamente à pintura. Em 1930, participou numa importante exposição de artistas brasileiros no Museu Nicholas Roerich de Nova Iorque.
Em 1937, executou o cenário do Ballet de Serge Lifar e Villa Lobos, expôs numa mostra colectiva de pintores modernistas que teve lugar em Nova Iorque e viajou para Paris, onde se fixou definitivamente.
Em Paris, tornou-se amigo de Picasso, de Fernand Léger e do poeta Paul Éluard, entrando em contacto com o surrealismo. Durante a ocupação da França pelos alemães, colaborou com a Resistência francesa.
Em 1943, participou no Salão de Arte Moderna de Lisboa onde foi premiado e, em 1945, voltou a Paris ligando-se ao grupo dos abstractos. Neste mesmo ano, expôs em Londres, em Paris (UNESCO) e em Amesterdão.
O ano de 1948 marcou uma actividade mais intensa no Brasil, interessando-se sobretudo por murais. Em 1949, esteve na Exposição de Arte Mural, em Avinhão, França. Em 1950, participou da Bienal de Veneza. No início dos anos 1960, pintou diversas telas com retratos de mulheres.
Em 1965, a Bienal de Veneza realizou uma exposição retrospectiva dos quarenta anos de pintura de Cícero Dias. Em 1970, fez exposições individuais no Recife, no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Em Fevereiro de 2002, esteve na capital pernambucana para o lançamento de um livro sobre a sua trajectória artística e fez uma exposição na galeria Portal, em São Paulo.
Faleceu aos 95 anos na sua residência parisiense, rodeado da esposa, da filha e dos dois netos. Foi sepultado no cemitério Montparnasse, no centro de Paris. 

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

SERGE REGIANI - "Les Loups"


27 DE JANEIRO - GIOVANNI VERGA

EFEMÉRIDEGiovanni Carmelo Verga, escritor italiano, considerado o maior exponente da corrente literária Verismo, morreu na Catânia, Sicília, em 27 de Janeiro de 1922. Nascera em Vizzini no dia 2 de Setembro de 1840. Oriundo de uma família culta e de origem aristocrata, foi educado num ambiente aberto a ideias novas.
Começou por estudar Direito, mas sem grande convicção. Alistou-se depois na Guarda Nacional. Começou a escrever romances históricos e patrióticos. “I carbonari della montagna” (1861/62) é uma obra que descreve a luta dos carbonari da Calábria contra o despotismo napoleónico.
Em 1869, instalou-se em Florença, então capital do reino de Itália. Frequentou salões literários e conheceu muitos escritores. Uma paixão mal sucedida afastou-o do casamento. Dedicou-se então, por inteiro, à literatura.
Em 1872, deixou Florença e passou a residir em Milão, deslocando-se muitas vezes à Sicília. Descobriu Flaubert e o naturalismo francês, o que veio sacudir a sua concepção de literatura. O seu romance “Eva”, editado em 1873, teve grande sucesso, mas foi acusado de imoralidade.
Em 1878, começou um projecto ambicioso de ciclo romanesco: “I Vinti” (“Os Vencidos”). Dos cinco volumes previstos, escreveu porém apenas dois: “I Malavoglia” e “Mastro don Gesualdo”.
Além de romances, publicou várias novelas e peças de teatro. Aposentou-se ainda novo (1893) e faleceu com 81 anos.
A conhecida ópera “Cavalleria Rusticana”, inspirada numa das suas novelas e composta por Pietro Mascagni, contribuiu bastante para a difusão e a popularidade do Verismo. Luchino Visconti realizou também o filme “A terra treme”, que é baseado no romance “I Malavoglia”.
Em Julho de 2013, a polícia italiana encontrou finalmente 36 manuscritos e várias cartas e desenhos de Giovanni Verga, que se encontravam desaparecidos desde os anos 1930

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

26 DE JANEIRO - MARIA MANUELA

EFEMÉRIDEMaria Manuela Guerra Lima Cortez e Almeida, actriz portuguesa, nasceu em Lisboa no dia 26 de Janeiro de 1935.
Estreou-se no teatro de revista em 1958, com “Vamos à Lua” no Teatro ABC. Passou pelo Teatro Monumental, integrando em 1964/65 a Companhia de Ribeirinho e Henrique Santana.
Trabalhou maioritariamente em comédias, nos teatros do Parque Mayer ou na Companhia de Laura Alves, onde se salienta a sua interpretação em “A Forja” de Alves Redol (1970). Participou em “O Tartufo” de Molière, no Teatro Villaret (1972).
Continuou a trabalhar com Ribeirinho até meados da década de 1970 e a participar em revistas até aos anos 1980. Foi dirigida por Filipe La Féria em “Maldita Cocaína” (1994) no Teatro Politeama e, em 2006, no musical “A Canção de Lisboa”.
Participou nos filmes “O Cerco” de António da Cunha Telles (1968), “A Cruz de Ferro” (1968) e “O Crime de Simão Bolandas” (1984) de Jorge Brum do Canto, “Bonança & Cia.” de Pedro Martins (1969) e “Passagem por Lisboa” de Eduardo Geada (1994).
Entre 1983 e 2013, integrou os elencos de cerca de 30 séries, novelas e filmes de televisão.
Casou em 1967 com o actor Armando Cortez, falecido em 2002, de quem teve um filho nascido em 1969.

domingo, 25 de janeiro de 2015

25 DE JANEIRO - NUNO ESPÍRITO SANTO

EFEMÉRIDENuno Herlander Simões Espírito Santo, ex-guarda-redes de futebol português e actualmente treinador, nasceu em São Tomé e Príncipe no dia 25 de Janeiro de 1974.
Jogou sucessivamente no Vitoria Guimarães (1992/93), no SC Vila Real (1993/94), novamente no Vitoria Guimarães (1994/96), no RC Deportivo da Corunha (1996/98), no CP Mérida (1998/2000), no CA Osasuna de Pamplona (2000/01) e, de novo, no Deportivo da Corunha (2001/02).
Foi contratado então pelo FC Porto (2002/05) e fez logo parte da equipa que venceu a Taça UEFA de 2002/03, na qual substituiu Vítor Baía.
Após passagens pelo FC Dínamo de Moscovo (2005/06) e pelo CD das Aves (2006/07), voltou ao FC Porto na época 2007/08, clube em que permaneceu até ao fim da sua carreira, na época 2009/10.
Tornou-se treinador do Rio Ave FC a partir de Junho de 2012, onde ficou até Julho de 2014, ano em foi contratado pelo Valência FC, para substituir Juan Antonio Pizzi.
Do seu palmarés como jogador, fazem parte: a Taça de Espanha de 2002, os títulos de Campeão Português de 2002/2003, 2003/04, 2007/08 e 2008/09; as Taças de Portugal de 2002/03, 2008/09 e 2009/10; a Taça UEFA 2002/03; e a Liga dos Campeões de 2003/04.
Jogou 3 vezes pela Selecção de Portugal de Sub-21. Foi seleccionado para o Euro 2008, competição em que foi suplente. 

A BANDA de Lagos (quadras)

Formatação de Fátima de Souza (Bahia)

sábado, 24 de janeiro de 2015

24 DE JANEIRO - EDITH WHARTON

EFEMÉRIDEEdith Newbold Jones Wharton, escritora norte-americana, nasceu em Nova Iorque no dia 24 de Janeiro de 1862. Morreu em Saint-Brice-sous-Forêt, França, em 11 de Agosto de 1937. Recebeu o Prémio Pulitzer de 1921, pelo romance “The Age of Innocence”.
A sua família pertencia à alta sociedade nova-iorquina. Passou uma parte da sua infância na Europa: Paris primeiro, depois Bad Wildbad na Alemanha e Florença. A família só voltou aos EUA em 1874.
Desde muito pequena, Edith mostrava ter uma inteligência e imaginação excepcionais. Na adolescência, escreveu diversos poemas e uma novela (“Fast and Loose”) acabada em 1877. Publicou por sua conta uma recolha de poesias, “Verses”, em 1878. Vários dos seus poemas começaram também a aparecer nas páginas do “Atlantic Monthly” a partir de 1880.
Aos 23 anos, casou-se com Edward (Teddy) Robin Wharton, doze anos mais velho. O casal não partilhava nenhum interesse intelectual nem artístico, acabando por se divorciar em 1913, após várias infidelidades por parte de Teddy, cuja saúde mental também se deteriorava.
Em 1890, a sua primeira novela escrita na idade adulta (“Mrs Manstey's View”)  foi publicada no “Scribner's Magazine”, onde passou a colaborar regularmente. Em 1893, conheceu nos Estados Unidos o escritor Paul Bourget, que a iria mais tarde introduzir nos meios culturais e da alta sociedade parisiense.
A sua primeira grande obra, “The Decoration of Houses” em colaboração com o arquitecto Ogden Codman e editada em 1897, teve um sucesso imediato.
Em 1902, instalou-se numa casa que a família do ex-marido tinha feito construir em Lenox. Regressou no entanto à Europa no ano seguinte. Em 1907, fixou-se em França, onde conviveu com escritores de nomeada e com várias personalidades importantes de passagem em Paris, graças aos conhecimentos de Paul Bourget. Durante a Primeira Guerra Mundial, fundou os American Hostels for Refugees, angariou fundos e visitou hospitais de campanha. Contou estas visitas no livro “Fighting France: From Dunkerque to Belfort”. Recebeu depois a Legião de Honra Francesa.
Edith Wharton foi a primeira mulher que recebeu o doutoramento honoris causa da Universidade de Yale.
Em Abril de 1934, publicou a sua autobiografia – “A Backward Glance”. Um ano depois, teve uma crise cardíaca sem sequelas. Sofreu nova crise em Junho de 1937, sucumbindo dois meses depois. Foi sepultada no cemitério de Gonards em Versailles. O seu nome está inscrito no National Women's Hall of Fame.
Da sua obra, fazem parte – entre outros livros -  22 romances, 12 colectâneas de contos, e 3 recolhas de poesia. A Biblioteca Beinecke   da Universidade Yale abriga a Colecção Edith Wharton, que contém cerca de 50 000 itens, entre cartas, manuscritos, fotografias e diversos objectos pessoais da escritora.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

23 DE JANEIRO - RICHARD DEAN ANDERSON

EFEMÉRIDE Richard Dean Anderson, actor norte-americano que se tornou célebre no papel de MacGyver nas séries de televisão com o mesmo nome (1985/1994), nasceu em Minneapolis, no Minnesota, em 23 de Janeiro de 1950.
Tem origens familiares na Escócia, na Suécia, na Noruega e nos índios americanos. Cresceu em Roseville e frequentou a Ramsey High School. Durante a infância, fracturou os dois braços o que lhe roubou o sonho de vir a ser jogador de hóquei profissional. Desenvolveu então o interesse pelas artes, a música e o teatro. Durante um curto período da sua vida, tentou mesmo tornar-se músico de jazz.
Richard fez os seus estudos de Arte Dramática na Universidade Estatal de Saint Cloud no Minnesota e, depois, na Universidade de Ohio, mas abandonou os estudos antes de se diplomar, «porque se sentia apático».
Viveu depois no norte de Hollywood, em Nova Iorque e em Los Angeles. Obteve pequenos papéis no teatro e no circo, comentando mais tarde que esta teria sido a época mais feliz da sua vida e exprimiu o seu grande interesse em ensinar artes circenses a jovens desfavorecidos.
Richard Dean Anderson nunca se casou e, apesar de tentar preservar sempre a sua privacidade, sabe-se que passaram várias mulheres pela sua vida. Finalmente, em 1996, conheceu Apryl Prose e, em conjunto, celebraram o nascimento da sua primeira filha dois anos depois. Ele fala com grande entusiasmo desta nova aventura – a paternidade – e sente-se orgulhoso de ter a reputação de ser um “pai galinha”.
Interpretou também o general brigadeiro Jack O'Neill, na série “Stargate SG-1 (1997/2007). Colabora assiduamente em causas humanitárias e é membro da Sea Shepherd Conservation Society, um grupo defensor da vida marinha. 

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

22 DE JANEIRO - CARLOS AMARANTE

EFEMÉRIDECarlos Luís Ferreira da Cruz Amarante, engenheiro e arquitecto português, morreu no Porto em 22 de Janeiro de 1815. Nascera em Braga no dia 30 de Outubro de 1748.
Filho de um músico da Arquidiocese de Braga, começou por seguir a vida eclesiástica, ingressando no seminário aos 17 anos. Interrompeu a carreira para se casar, em 1771.
Depois de estudar, como autodidacta, vários Tratados existentes na Biblioteca do Arcebispado, diplomou-se em Engenharia e Arquitectura, o que lhe possibilitou a concretização de várias obras notáveis.
Foi nomeado inspector dos Trabalhos Públicos em Braga. Aos 45 anos, encetou uma carreira militar. Em 1801, era capitão do corpo real de engenheiros, quando foi designado para dirigir a transformação da cidade do Porto, onde se instalou no ano seguinte.
Entre as suas obras mais significativas, saliente-se: o Santuário do Bom Jesus, em Braga; a Ponte das Barcas sobre o Douro, no Porto; a Reitoria da Universidade do Porto; a Igreja da Trindade, igualmente no Porto; e o Palácio da Brejoeira, em Monção.
Está sepultado no Porto, na Igreja da Trindade.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

21 DE JANEIRO - PAUL ALLEN

EFEMÉRIDEPaul Gardner Allen, informático, empresário, homem de negócios e mecenas norte-americano, nasceu em Seattle no dia 21 de Janeiro de 1953. Pioneiro e visionário no domínio da microinformática, fundou em parceria com Bill Gates a Microsoft, a maior e mais conhecida empresa de software do mundo.
Descobriu a informática na Lakeside School, escola privada de Seattle, onde se tornou amigo de Bill Gates. Em 1968, com 15 anos, fundou com Bill Gates, de 13 anos, o Lakeside Programmers Group.
Allen prosseguiu depois os seus estudos na Universidade do Estado de Washington, que abandonou dois anos depois para se tornar programador da sociedade Honeywell, em Boston. O seu antigo companheiro de escola Bill Gates, porém, convenceu-o, em 1975, a largar tudo para fundarem a Microsoft. Um contrato milionário com a IBM trouxe-lhes a fortuna.
Allen afastou-se da Microsoft em 1983, depois de lhe ter sido diagnosticado um raro tipo de cancro. Após um tratamento de radioterapia e um transplante de medula óssea, venceu a doença e passou a dedicar-se mais a investimentos nas áreas do desporto, da tecnologia e da ciência. Paul é dono do Portland Trail Blazers (basquetebol) e do Seattle Seahawks (futebol americano).
Em 1986, a Microsoft fez a sua entrada na Bolsa e os seus dois fundadores (Allen continuava a ser accionista) passaram a figurar entre os homens mais ricos do mundo.
Paul Allen confessou ser um fã devoto do lendário guitarrista Jimi Hendrix e, em 1993, financiou o processo judicial do pai de Jimi, Al Hendrix, contra o seu ex-advogado que lhe havia roubado os direitos autorais e royalties do filho. Al venceu o processo em 1995.
Em 2009, foi-lhe diagnosticado novamente um cancro, começando a fazer quimioterapia. Em 2012, a revista “Forbes” classificou-o como a 48ª pessoa mais rica do mundo. Continua a ser dono de um grande império financeiro, com muitas e importantes sociedades no domínio da alta tecnologia, da pesquisa, da imprensa e do desporto.
Paul Allen nunca se casou nem teve filhos, o que não o impediu de comprar uma mansão na Califórnia com 542 m2 (valor 25 milhões de dólares). Em Julho de 2009, fez doação oficial de uma parte da sua fortuna para obras filantrópicas, a exemplo de Bill Gates e Warren Buffet. É coleccionador de arte, possuindo quadros célebres. Tem igualmente uma colecção de aviões da Segunda Guerra Mundial, que mantém em estado de voar e que estão expostos ao público (Flying Heritage Collection).
Possui três iates. Um deles, o “Octopus”, foi construído em 2003 e, na época, era o mais longo do mundo. Este barco tem sala de cinema, piscina, campo de basquetebol, heliporto, sala de vídeo-conferências e mesmo um submarino. 

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

20 DE JANEIRO - PATRICIA NEAL

EFEMÉRIDEPatricia Neal, de seu verdadeiro nome Patsy Louise Neal, actriz norte-americana, nasceu em Packard, Kentucky, no dia 20 de Janeiro de 1926. Morreu em Edgartown, Massachusetts, em 8 de Agosto de 2010, vítima de cancro pulmonar. Recebeu o Oscar de Melhor Actriz em 1964, pelo seu desempenho no filme “Hud”. Trabalhou com realizadores como Robert Wise, Elia Kazan e King Vidor.
Passou a sua infância em Knoxville no Tennessee. Estudou comédia na Northwestern University, tendo começado por representar na Broadway, onde ganhou um Tony Award com “Another Part of the Forest”.
Em 1949, iniciou-se no cinema com o filme “John Loves Mary”, contracenando com Ronald Reagan, futuro presidente dos Estados Unidos. A sua voz grave, aliada a um físico pouco comum, fizeram dela uma actriz fascinante.
Patricia Neal manteve durante muito tempo uma relação amorosa com Gary Cooper, chegando a ser esbofeteada em pública pela filha deste. Conheceu depois o escritor Roald Dahl, com quem se casou em 1953 e com quem teve cinco filhos.
Em 1965, estando grávida, sofreu três ataques de aneurisma cerebral, ficando em coma durante três semanas, mas sobrevivendo sem sequelas.
Em 1981, foi rodado um telefilme inglês que contava a sua vida (“The Patricia Neal Story”, interpretado por Glenda Jackson).
Divorciou-se de Roald Dahl em 1983, casando-se então com um desconhecido do grande público chamado Jack e do qual nunca revelou o nome de família.
Entre 1949 e 2009, entrou em cerca de quarenta longas-metragens e em numerosos filmes e séries de televisão. 

SORRISO (quadras)

Formatação de Fátima de Souza (Bahia)

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

19 DE JANEIRO - CARRUÇO

EFEMÉRIDE – Rui Filipe Ferreira Carruço, artista plástico português, nasceu em Lisboa no dia 19 de Janeiro de 1976. Seguiu uma vida académica ligada às ciências exactas, pelas quais é apaixonado, até decidir partilhar esta paixão com a Arte, mais concretamente a pintura. Pintando desde muito novo e experimentando e arriscando como autodidacta, só encarou a pintura como actividade organizada por volta de 1998.
Em 2000, frequentou o curso de Desenho da Sociedade Nacional de Belas Artes de Lisboa. Em 2003, seguiu o curso de Gravura da Cooperativa de Gravadores Portugueses e estagiou em vários ateliers de artistas plásticos. Em 2004, concluiu o curso de Técnicas de Pintura Renascentista na Angel Academy of Arts em Florença e, em 2005, o curso de Escultura em Pedra no Centro Internacional de Escultura.
A sua produção artística tem abarcado diferentes estilos, sempre em busca de uma voz original no mundo da Arte. Essa voz está a chegar, com uma nova corrente que ele designou de sinuosismo, inspirada nos saberes científicos do espaço-tempo curvo, do movimento perpétuo e de outras inspirações da área da física.
Encontra-se representado em várias colecções públicas (Embaixada de Portugal na Polónia, Câmara Municipal de Sintra, Câmara Municipal da Lourinhã e Fundação Oureana da Cultura) e em diversas colecções particulares, das quais se salientam as do rei Kigeli V do Ruanda em Nova Iorque, do príncipe Ermias Selassie da Etiópia e de Cicciolina em Roma.
Já participou em 54 exposições colectivas (2003/2014), 17 individuais (2004/1014) e 6 internacionais (2004/2012). 

domingo, 18 de janeiro de 2015

18 DE JANEIRO - EVANDRO LINS E SILVA

EFEMÉRIDEEvandro Cavalcanti Lins e Silva, jurista, jornalista, escritor e político brasileiro, nasceu em Parnaíba no dia 18 de Janeiro de 1912. Morreu no Rio de Janeiro em 17 de Dezembro de 2002. Licenciou-se na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, em Novembro de 1932. Ainda estudante, já trabalhava como jornalista, profissão que manteve após ser advogado. Patrocinou a defesa de inúmeros perseguidos políticos, a partir de 1932.
Em 1956, foi contratado como professor da cadeira de História do Direito Penal e Ciência Penitenciária do curso de doutoramento da Faculdade de Direito do então Estado da Guanabara, onde leccionou até 1961. Foi correspondente da ONU no Brasil para matéria penal e penitenciária. Foi agraciado pela Equitem Ordinis Piani, do Vaticano, na coroação do Papa Paulo VI, em Setembro de 1963, quando chefiou a delegação brasileira naquele evento. Leccionou também Direito Penal na CEUB, de Brasília, em 1968.
Na sua carreira jurídica, ocupou o cargo de procurador-geral da República, de 1961 a 1963, e ministro do Supremo Tribunal Federal, de 1963 a 1969, ano em que se reformou, prosseguindo no entanto a sua carreira de advogado.
Juntamente com João Mangabeira, Hermes Lima e Rubem Braga, entre outros, foi um dos fundadores do Partido Socialista Brasileiro, em 1947. Foi também chefe do gabinete civil da Presidência da República e ministro das Relações Exteriores em 1963.
Como escritor, publicou diversas obras, como “A Defesa tem a Palavra”, “Arca de Guardados” e “O Salão dos Passos Perdidos”. Foi autor de numerosos trabalhos de Direito Penal e Processual Penal, publicados em revistas técnicas, jornais e memoriais. Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em Abril de 1998.
Apesar da sua avançada idade, gozava de óptima saúde. Faleceu num acidente, ao tropeçar e bater com a cabeça na calçada. Recebera poucos dias antes do falecimento, o prémio outorgado durante o congresso da Unión Ibero Americana de Colegios e Agrupaciones de Abogados realizado em Lima, no Peru, em reconhecimento do seu exemplo profissional e do papel desempenhado em prol da defesa dos Direitos Humanos e do Estado Democrático de Direito. Tomara também posse como conselheiro da República, nomeado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.

sábado, 17 de janeiro de 2015

17 DE JANEIRO - EDE REMÉRYi

EFEMÉRIDE Ede Reméryi, de seu nome original Eduard Hoffmann, compositor e violinista húngaro, nasceu em Miskolc no dia 17 de Janeiro de 1828. Morreu em São Francisco (EUA), em 15 de Maio de 1898. Estudou no Conservatório de Viena entre 1842 e 1845.
Foi banido do Império Austro-Húngaro, por ter participado na Revolução Húngara de 1848, tendo ido para a Alemanha onde se tornou amigo de Johannes Brahms, que tinha então 15 anos e a quem fez descobrir a música húngara.
Perseguido também pelas autoridades alemãs, fugiu para os Estados Unidos da América, onde foi músico itinerante durante cinco anos. Regressou depois à Europa, onde reencontrou Brahms em Weimar. Estudou com Franz Liszt. Em 1854, foi solista de violino da rainha Victoria de Inglaterra.
Amnistiado em 1860, pôde voltar ao seu país, vindo a ser violinista do imperador Franz Josephs.
Retirou-se da vida pública durante alguns anos. Em 1865, fez uma tournée pela França, Alemanha. Bélgica e Holanda. Entre 1871 e 1877, viveu em Paris de onde, dois anos mais tarde, viajou para Londres. Foi depois para os Estados Unidos, país em que se instalou definitivamente. Visitou o Canadá e o México. Em 1886, iniciou uma nova tournée, desta feita pelo Japão, China, Cochinchina e Cabo da Boa Esperança.
Fez numerosas transcrições para violino de obras de Chopin, Bach e Schubert, entre outros. Foram todas publicadas sob o título “Nova Escola de Violino”. Morreu aos 70 anos, durante um concerto que estava a dar em São Francisco. A obra original mais conhecida de Ede Reméryi é o seu “Concerto para Violino”.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

16 DE JANEIRO - JOÃO SOARES DE ALBERGARIA

EFEMÉRIDEJoão Soares de Albergaria de Sousa, político liberal e abastado proprietário rural da ilha de São Jorge, nasceu em Velas no dia 16 de Janeiro de 1776. Morreu na mesma localidade em 1 de Fevereiro de 1875. Foi autor da “Corografia Açórica”, obra publicada em 1822, hoje considerada o documento fundador da açorianidade enquanto consciência política da existência do povo açoriano.
Terá adquirido a sua educação em Velas. Em 1814, era alferes da milícia local. Em 1818, embarcou para a Corte, então no Rio de Janeiro, ao que parece numa tentativa de obter confirmação régia para os privilégios e títulos familiares.
Permaneceu naquela Corte até aos princípios de 1820, regressando então a Lisboa. Chegou a Portugal no auge da Revolução Liberal do Porto, encontrando as Cortes Gerais Extraordinárias e Constituintes da Nação Portuguesa em plena formação.
Envolveu-se nos meios políticos de Lisboa, assumindo-se como membro da esquerda liberal, fazendo-se membro da Sociedade Patriótica Filantropia e agregando em torno de si um grupo de açorianos, entre os quais a maioria dos deputados que, do arquipélago, tinham sido enviados às Cortes. Foi nesse ambiente que assumiu a liderança do grupo que via o surgimento da Constituição Portuguesa de 1822 como o momento próprio para introduzir nos Açores uma governação democrática que pusesse fim à administração colonial existente e à prepotência da governação na Capitania Geral dos Açores.
Foi nesse período de grande efervescência política que redigiu a “Corographia Açórica”. A obra é fruto da reflexão da tertúlia política reunida em torno do autor, constituindo um claro manifesto de orientação política, escrito como programa a seguir pelos deputados às Cortes Constituintes.
As posições autonomistas e de unidade açoriana contidas na “Corografia Açórica” acabaram por não vingar, já que a unidade açoriana se fragmentou nas disputas pela independência dos governos da ilha de São Miguel e depois do Faial, face à administração centralizada em Angra. Apesar do fracasso da posição que defendia, Soares de Albergaria permaneceu em Lisboa até 1827, adquirindo uma experiência política que marcaria todo o seu percurso posterior.
Em 1827, regressou a São Jorge, assumindo a direcção dos negócios familiares e adquirindo grande preponderância na vida política da ilha. Tal contudo seria de pouca dura, já que no ano seguinte (1828) a situação política inverteu-se e os Liberais, de que Soares de Albergaria era o líder incontestado, passaram a ser perseguidos.
Em 16 de Maio de 1828, rebentou em Angra a contra-revolução e Miguel I de Portugal foi aclamado rei absoluto. O capitão-general Manuel Vieira de Albuquerque Tovar expediu de imediato ordens para que todas as ilhas jurassem fidelidade ao novo monarca. Quando a embarcação que trazia as ordens aportou a Velas em 11 de Junho de 1828, naquela que deveria ser uma breve escala a caminho das “ilhas de baixo”, encontrou as autoridades locais hesitantes e com pouca motivação para a aclamação, com o governador militar, José Maurício Rodrigues, certamente pressionado por Soares de Albergaria, a protelar a convocação da necessária reunião camarária.
Finalmente, em 15 de Junho, a reunião foi feita de forma improvisada mas, quando se preparava o juramento, Soares de Albergaria, à frente dos liberais locais, interveio, argumentando que as ordens deveriam constar de Carta Régia e não de um simples mandato do capitão-general. O estilo exaltado e eloquente, e a influência que Soares de Albergaria certamente tinha, impediram o juramento. A embarcação, face ao atraso registado, regressou a Angra, não se tendo realizado as aclamações em São Jorge nem nas demais ilhas para oeste.
Poucos dias depois, em 22 de Junho, sublevou-se em Angra o Batalhão de Caçadores nº 5 e a Carta foi restaurada, proclamando-se a fidelidade da ilha a «D. Maria da Glória e ao seu Augusto pai, o Senhor D. Pedro».
Apesar da vitória liberal na Terceira, infelizmente para Soares de Albergaria e os seus correligionários em São Jorge, a revolução terceirense não conseguiu sequer dominar toda a ilha Terceira, não se estendendo a São Miguel, onde entretanto se tinham concentrado as forças miguelistas. Recebida, via São Miguel, a Carta Régia de D. Miguel a exigir aos liberais de São Jorge a aclamação, mais não restou que submeter-se e, em 28 de Outubro de 1828, D. Miguel foi jurado em Velas. Neste juramento, participou Soares de Albergaria que, perante a força do governador, que entretanto convocara as tropas para garantir o juramento, não pôde resistir.
Dado o seu poder e influência local, Soares de Albergaria escapou à prisão imediata, mas publicado o Decreto de 4 de Março de 1829 e chegado à ilha o corregedor Francisco José Pacheco, com alçada específica para punir aqueles que se tinham oposto à aclamação, numa devassa que se iniciou em Novembro de 1829, foi um dos primeiros indiciados.
Perante a publicação da “Corografia Açórica”, pouco podia Soares de Albergaria alegar em sua defesa e, em 14 de Novembro, foi detido e enviado para Ponta Delgada, onde se tinha estabelecido um tribunal especial para punir os sediciosos liberais. Julgado sumariamente, foi condenado a uma pena de cinco anos de degredo em Angola, de nada lhe valendo a fortuna e influência familiar. Interposto recurso, viu a pena ser comutada para cinco anos de prisão na Praça-Forte de Elvas, para onde foi enviado em Junho de 1830.
Até 1834, esteve detido nas praças-fortes de Elvas e de Almeida, sofrendo grandes agruras, ao mesmo tempo que os seus pertences, que haviam sido confiscados, eram malbaratados nos Açores. A libertação só chegou em 1834, quando as tropas do duque da Terceira capturaram aquelas praças.
Regressou a São Jorge em 1835, encontrando os seus bens em grande desordem, já que as propriedades lhe foram devolvidas mas num estado lastimoso. Veio também encontrar muitos dos que o haviam perseguido bem instalados no poder municipal, agora metamorfoseados em respeitáveis liberais.
A partir daí, Soares de Albergaria iniciou um percurso que o manteve sempre na esquerda liberal, militando com os Setembristas e no Partido Histórico. Foi deputado na legislatura de 1837 e 1838, apoiando a Revolução de Setembro e a nova Constituição.
Em São Jorge, exerceu diversos cargos municipais e foi provedor da Santa Casa da Misericórdia de Velas. Faleceu após doença prolongada. 

MAR E AMOR (glosa de quadra)


quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

TERESA TAPADAS - "Fado Malhoa"


15 DE JANEIRO - HENRIQUES NOGUEIRA

EFEMÉRIDE – José Félix Henriques Nogueira, precursor do republicanismo e do socialismo em Portugal e teórico do iberismo e do federalismo dos Estados Ibéricos, nasceu em Bulegueira no dia 15 de Janeiro de 1823. Morreu em Lisboa, em 23 de Janeiro de 1858. Federalista, foi adepto do associativismo e do cooperativismo e defensor do municipalismo como forma de descentralização administrativa.
Apesar da sua morte prematura, aos 35 anos, produziu uma obra muito significativa no processo ideológico português do século XIX. As suas obras mais importantes foram “O Município no século XIX” (1856) e “Estudos sobre a Reforma em Portugal” (1851). Colaborou em algumas publicações periódicas, nomeadamente no “Archivo pittoresco” e no jornal “O Panorama”.
Idealizou uma República fundada no livre associativismo, no municipalismo e numa federação dos estados ibéricos. A sua obra “Estudos sobre a Reforma em Portugal” foi uma das bases ideológicas do programa do Partido Republicano Português, tendo os seus escritos influenciado a legislação social da Primeira República. Publicou ainda, em 1852, “Almanaque Democrático”.
Em Janeiro de 1881, foi criado o Centro Eleitoral Republicano Federal do Círculo 96, conhecido pelo Clube Henriques Nogueira, como forma de tentar unificar as diversas facções republicanas.
Em 1976, foi publicada a sua “Obra Completa” em 4 volumes, organizada por A. Carlos Leal da Silva e editada pela Imprensa Nacional — Casa da Moeda.


quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

14 DE JANEIRO - CASIMIRO DE BRITO

EFEMÉRIDECasimiro Cavaco Correia de Brito, poeta, ensaísta e ficcionista português, nasceu em Loulé no dia 14 de Janeiro de 1938. Passou a infância na região algarvia e concluiu o Curso Geral do Comércio, na Escola Industrial e Comercial de Faro.
Em 1956, criou – no jornal “A Voz de Loulé” – uma página literária designada “Prisma de Cristal”, que se publicou até 1959. Nela colaboraram, entre outros, os escritores António Ramos Rosa e Gastão Cruz.
De 1958 a 1964, dirigiu – em Faro – a colecção de poesia “A Palavra”, na qual publicaram Fiama Hasse Pais Brandão e Luiza Neto Jorge, entre outros poetas. Depois de uma passagem por Londres, em 1958, fundou e dirigiu, com Ramos Rosa, os “Cadernos do Meio-Dia” (1958/60), onde se revelaram os poetas do movimento literário Poesia 61. Fixou-se em Lisboa em 1971, desempenhando funções no sector bancário.
Tem cerca de 60 livros publicados, traduzidos em 26 idiomas. Foi vice-presidente da Associação Portuguesa de Escritores e presidente do P.E.N. Clube Português. Actualmente, dedica-se exclusivamente à escrita e desenvolve intensa actividade como divulgador da poesia nacional e internacional.
Foi nomeado consultor para a Europa da World Haiku Association, sediada em Tóquio. É responsável pela colaboração portuguesa na revista internacional “Serta” e editor-chefe da “Antologia de Literatura Mundial Diversity” do P.E.N. Clube Internacional.
Tem sido premiado por diversas vezes, destacando-se: o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores pelo livro “Labyrinthus” (1981), o Prémio de Poesia do P.E.N. Clube com o livro “Opus Affettuoso seguido de Última Núpcia” (1997), o Prémio Internacional de Poesia Léopold Senghor (2002), o Prémio de Poesia Aleramo-Luzi para o Melhor Livro de Poesia Estrangeiro com o “Livro das Quedas” (2004) e, ainda, o Prémio de Melhor Poeta do Festival Internacional Poeteka, na Albânia (2008).
Casimiro de Brito foi nomeado Embaixador Mundial da Paz (ONG, Zurique) e, em 2008, foi agraciado pelo Presidente da República com a Ordem do Infante Dom Henrique.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

PATXI ANDION - "Posiblemente"


13 DE JANEIRO - ALMIRANTE PEREIRA DA SILVA

EFEMÉRIDEFernando Augusto Pereira da Silva, oficial da marinha portuguesa, administrador colonial e ministro da Marinha nos últimos governos da Primeira República, nasceu em Messines no dia 13 de Janeiro de 1871. Morreu em Lisboa, em 3 de Novembro de 1943.
Ingressou na Escola Naval em 1889. Fez a sua primeira saída para o mar, ainda como aspirante, em 1893, numa viagem à então África Oriental Portuguesa, escalando diversos portos das possessões africanas. Promovido a guarda-marinha em Julho daquele ano, foi destacado para a corveta “Rainha de Portugal”, então afecta à Divisão Naval do Índico, sediada em Moçambique.
Durante a sua permanência no Índico, deu-se o ressurgimento da resistência à presença portuguesa em Moçambique, com os povos vátua – liderados por Gungunhana – a pegarem em armas contra a crescente penetração dos portugueses no seu território. Neste contexto, a então recém-criada cidade de Lourenço Marques (actual Maputo) foi ameaçada por forças comandadas pelo régulo Mahazuli, levando a que o grosso das forças navais portuguesas fosse destacado para a sua defesa.
A bordo da “Rainha de Portugal”, Pereira da Silva chegou à baía de Lourenço Marques em 9 de Setembro. O primeiro ataque ocorreu na noite de 23, sendo rechaçado mas com grandes baixas de parte a parte. Os ataques sucederam-se durante o mês de Outubro, apenas cessando com a chegada da expedição de socorro entretanto enviada de Lisboa.
Promovido a segundo-tenente em Dezembro de 1895, depois de uma passagem pela fiscalização e defesa costeira metropolitana, Pereira da Silva regressou a Moçambique, assumindo em Junho de 1896 o comando da canhoneira “Obus”, que integrava a esquadrilha do Zambeze.
No ano seguinte, foi transferido para a Divisão Naval do Atlântico Sul, em Angola, e depois para o Algarve, onde permaneceu de 1898 a 1901, ano em que foi nomeado encarregado do serviço de electricidade do novo cruzador “Rainha D. Amélia”.
No “Rainha D. Amélia”, participou na viagem real aos Açores e Madeira, acompanhando o rei D. Carlos e a rainha D. Amélia no seu périplo triunfal pelas ilhas atlânticas e, depois, na viagem do príncipe herdeiro às colónias.
Em 1904, depois de concluído o curso de torpedos e electricidade, integrou pela primeira vez uma comissão destinada a planear a reorganização naval, mas permaneceu nela pouco tempo, já que em 1905 regressou à guarnição do “Rainha D. Amélia”. Já primeiro-tenente, assumiu interinamente o comando deste barco e depois do “D. Estefânia”, então desarmado e fundeado permanentemente no Douro, a servir como escola de marinharia.
Mais tarde, estava colocado em Lisboa, quando eclodiu a Revolução de 5 de Outubro de 1910. Assumiu um papel de neutralidade colaborante com as forças republicanas, recusando-se a intervir em defesa do governo. Esta atitude levou a que fosse quase de imediato chamado a participar, novamente, na comissão de planeamento da reorganização naval, da qual foi nomeado presidente em Novembro de 1910. Participou também nas comissões que estudavam a criação de um novo arsenal e a introdução da rádio nas comunicações navais.
Teve um papel relevante na revolta militar de 14 de Maio de 1915, que destituiu o governo do general Joaquim Pimenta de Castro e instalou a efémera “Junta Constitucional de 1915 que governou Portugal até à tomada de posse do governo presidido por José Ribeiro de Castro. Coube a Pereira da Silva proceder à prisão de Pimenta de Castro que, acompanhado por ele, foi recolhido a bordo do cruzador “Vasco da Gama”. Desta permanência forçada de Pereira da Silva a bordo do “Vasco da Gama” resultou o estabelecimento de uma sólida relação de amizade com Leotte do Rego, então comandante do navio e figura grada da revolta de 1915.
Iniciada a participação portuguesa na Primeira Guerra Mundial, a partir do início de 1917, o então capitão-tenente tinha o comando do contratorpedeiro “Douro” e passou a participar em viagens de escolta dos transportes de tropas portuguesas para o teatro de guerra. Visitou Ponta Delgada, onde então se instalava a Base Naval Americana, insistindo em fundear frente à cidade para melhor ressaltar a presença do navio português face aos vasos de guerra norte-americanos atracados no molhe. Em 24 de Setembro de 1917, enfrentou um submarino alemão. No fim da guerra, recebeu o colar da Ordem da Torre e Espada pelo seu brilhante desempenho.
Na continuação do seu labor de planeamento naval, chefiou a missão destinada à aquisição de cruzadores, cabendo-lhe o comando inaugural do cruzador “Carvalho Araújo”, o seu último comando no mar.
Tendo granjeado grande reputação na área do planeamento naval e da geoestratégia, depois de funções no estado-maior naval, foi convidado para o lugar de ministro da Marinha, cargo que assumiu em Dezembro de 1923. Apesar da crescente instabilidade política e social que se vivia em Portugal, desencadeou um plano de reformas, alicerçado nos seus anteriores estudos na área do planeamento naval, que lhe trouxeram grande respeito entre os militares e entre os políticos. É o que explica o facto de se ter mantido no cargo de 1923 a 1926, pertencendo a sete governos consecutivos diferentes, apenas terminando o seu mandato com o golpe de 28 de Maio de 1926.
Neste período, a Marinha destacou-se pelo seu dinamismo e pelas proezas alcançadas: criação de uma força aeronaval coerente, exercícios e manobras diversas, conjugando forças submarinas, de superfície e aéreas, e ainda a aquisição e apetrechamento de algumas unidades navais, feito notável dada a crise permanente em que Portugal vivia. Foi importante a reorganização das forças navais nas colónias, com a criação da Divisão Naval Colonial.
Ainda no âmbito da reforma da Armada de 1924, depois conhecida por Reforma Ministro Pereira da Silva, apareceu pela primeira vez na Armada, a Brigada de Mecânicos, uma das três brigadas então criadas, à qual competia, além das funções de instrução geral e militar, a função de ensino técnico nos ramos de torpedos, electricidade, radiotelegrafia e máquinas, para além da instrução técnica complementar aos engenheiros maquinistas, de forma a habilitá-los aos desempenhos das funções de chefes do serviço de máquinas em qualquer navio da armada.
No que respeita à formação militar, reorganizou a Escola Naval, que então passou a dispor de internato, e criou a Escola Náutica, separando a formação militar da civil. Na Escola Naval, foram introduzidos novas técnicas de selecção e reformuladas as viagens de instrução a bordo.
A introdução de um navio escola na Armada foi um dos mais importantes e duradouros legados de Pereira da Silva. Utilizando um veleiro alemão capturado no porto da Horta, Açores, aquando da entrada de Portugal na I Guerra Mundial, e que entretanto tinha sido entregue aos Transportes Marítimos do Estado, Pereira da Silva conseguiu que o navio fosse, em Maio de 1924, classificado como navio-escola, recebendo o nome de “Sagres” (foi o primeiro navio-escola com este nome, antepassado do actual). O outro foi posteriormente transformado em navio-museuRickmer Rickmers”, sediado no porto de Hamburgo.
Com o recrudescer da instabilidade política, sucederam-se as tentativas de golpe militar, sendo de destacar o que ocorreu em 18 de Abril de 1925, jugulado em boa parte pela intervenção de Pereira da Silva. Novamente, em 18 de Julho de 1925, eclodiu outra tentativa de golpe, pelo que – na madrugada do dia seguinte – se dirigiu num rebocador ao cruzador “Carvalho Araújo”, onde se juntou aos mais altos responsáveis da Armada. Consultados, foi determinada a saída, ao amanhecer, do grosso da esquadra surta no Tejo, seguindo o plano de manobras previsto e isolando o revoltoso “Vasco da Gama”, que acabou por se render. Tinha sido dominada uma nova intentona, mas o fim da I República estava iminente.
O seu último acto oficial como ministro foi o cumprimento de uma promessa ao seu par das Colónias – a de mergulharem num submersível durante os exercícios conjuntos do “Hidra”, do “Golfinho” e do “Foca”. No dia seguinte, participou, leal a si mesmo e ao governo, no derradeiro conselho de ministros da I República.
Após o golpe de 28 de Maio de 1926, retomou a sua carreira no estado-maior naval, prosseguindo a publicação das suas obras sobre geoestratégia e programação militar.
Em Julho de 1931, foi promovido a capitão-de-mar-e-guerra e nomeado para a chefia da missão naval que, em Newcastle, Reino Unido, fiscalizaria a construção dos navios do “Programa Naval de 1930 (construídos face às necessidades postas a nu pelas sublevações nos Açores, Madeira e Guiné).
Concluído com brilho o Curso Naval de Guerra, voltou ao estado-maior naval, sendo nomeado vogal do Conselho Técnico Naval e de novo envolvido no seu projecto de um novo Arsenal, que viria a ser o actual Alfeite, e no reajustamento dos serviços e Cursos Navais de Guerra às novas missões e navios. Os ministros da Guerra e da Marinha nomearam-no então presidente da comissão que conceberia o Conselho Superior de Defesa Nacional.
Atingido pelo limite de idade em Janeiro de 1933, passou à reserva, mantendo intensa actividade literária, publicando diversos livros e artigos. Em 1935, excepcionalmente, foi promovido a contra-almirante.
Publicou diversas obras sobre temática naval e geoestratégia, incluindo numerosos artigos sobre temas navais nos “Anais do Clube Militar Naval” e em diversos outros periódicos, com destaque para a “Revista Militar”, “A Guerra” e a “Ilustração Portuguesa”. O seu livro “Política Internacional e Política Naval” (1934) é considerado como uma obra importante do pensamento estratégico português.
Tendo passado em 1941 à reforma, a saúde traiu-o e levou-lhe o magro património amealhado. Faleceu aos 72 anos. A Armada atribuiu o nome de “Almirante Pereira da Silva (F 472)” à primeira das três fragatas construídas em Portugal (1966).

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

12 DE JANEIRO - KIRSTIE ALLEY

EFEMÉRIDEKirstie Louise Alley, actriz, cenarista e produtora norte-americana, nasceu em Wichita (Kansas) no dia 12 de Janeiro de 1951. Foi nomeada 6 vezes para os Globos de Ouro, tendo recebido um, e 8 vezes para os Emmy Awards, conquistando dois.
Perdeu a mãe num acidente de carro, no qual o pai também ficou seriamente afectado. Em 1974, ingressou na Universidade do Kansas. Decidiu depois enveredar pela Arte Dramática. Passou 5 anos a estudar todos os aspectos da arte de representar, antes de se fixar em Hollywood.
Começou por actuar durante três temporadas na televisão (NBC), na série de comédia “Cheers”. A sua estreia no cinema deu-se numa das películas da saga “Star Trek”, interpretando a oficial Saavik. O papel que lhe deu maior fama, no entanto, foi a interpretação da neurótica Rebecca, na aludida série televisiva.
Contracenou com actores de nomeada como John Travolta e trabalhou com realizadores como Woody Allen, entre outros. Jogando com as suas qualidades e os seus defeitos, aceitou diversos papéis que não a valorizavam sobremaneira, pois considerava-se menos bela e mais gorda que outras intervenientes nos mesmos filmes. Aliás, a propósito, ela viria a parodiar-se e a parodiar Hollywood, no filme “Fat Actress”. O facto de ser julgada por vezes vulgar e excessiva, não a impediu porém de ter uma enorme popularidade nos EUA.
Entrou até agora em cerca de 30 longas-metragens (duas como produtora) e em mais de 30 filmes ou séries de televisão. É membro da igreja de Cientologia

domingo, 11 de janeiro de 2015

11 DE JANEIRO - BEULAH BONDI

EFEMÉRIDEBeulah Bondi, actriz norte-americana, morreu em Los Angeles, Califórnia, no dia 11 de Janeiro de 1981. Nascera em Valparaiso, Indiana, em 3 de Maio de 1888.
Começou a representar no teatro aos oito anos de idade, fazendo depois uma longa carreira (1925/1953), sobretudo nos palcos da Broadway. Entretanto, a partir de 1931, começou a actuar também no cinema, estreando-se com “Street Scene”, adaptação de uma peça que ela acabara de interpretar na Broadway, e um filme de John Ford (“Arrowsmith”). Interpretou depois alguns papéis secundários em vários filmes dos anos 1930, tendo sido nomeada por duas vezes para o Oscar de Melhor Actriz Secundária (1937 e 1939).
Contracenou com James Stewart em quatro filmes dos anos 1940, fazendo o papel de sua mãe. Actuou no cinema ate 1963. Trabalhou na televisão entre 1952 e 1977, conquistando um Emmy de Melhor Actriz no último ano da sua carreira.
Bondi nunca foi casada na vida real. Faleceu aos 92 anos, vítima de lesões pulmonares, causadas pela fractura de várias vértebras quando tropeçou no seu gato.
Pela sua carreira no cinema, teve direito a uma estrela no Passeio da Fama do Hollywood Boulevard. Numa lista não exaustiva, pode encontrar-se o seu nome em 51 filmes, 6 séries de televisão e 11 peças de teatro. 

sábado, 10 de janeiro de 2015

10 DE JANEIRO - EDUARDO CHILLIDA

EFEMÉRIDEEduardo Chillida Juantegui, escultor e desenhador modernista espanhol, nasceu em San Sebastian no dia 10 de Janeiro de 1924. Morreu na mesma localidade em 19 de Agosto de 2002. É considerado um dos escultores mais destacados do século XX.
Antes de ser escultor, Eduardo Chillida foi guarda-redes do Real Sociedad. Em virtude de uma lesão no menisco, pôs fim prematuramente à sua carreira de futebolista. Entre 1943 e 1947, estudou arquitectura em Madrid. Em 1947, frequentou a Academia de Arte, igualmente na capital espanhola. Fez um curso de desenho e começou a esculpir ferro.
Em 1948, mudou-se para Paris, onde se tornou amigo de Pablo Palazuelo, que o influenciou profundamente na sua carreira artística, transmitindo-lhe o gosto pelo abstraccionismo.
No início da sua carreira, costumava utilizar materiais como a madeira e o ferro. Porém, quando começou a explorar a arte abstracta, passou a interessar-se por outros materiais, como a pedra.
Seis anos mais tarde, realizou a sua primeira exposição individual, que foi a primeira mostra de escultura abstracta realizada em Espanha. Após esta exposição, foi convidado pelo arquitecto Ramón Vázquez Molezún para participar na Trienal de Arte de Milão, em Itália, onde recebeu o Diploma de Honra. Participou, em 1959, na segunda Documenta de Kassel. Fez depois a sua primeira viagem aos Estados Unidos, onde participou em várias exposições e recebeu diversos prémios.
Em 1962, fez uma exposição individual em Basileia, na Suíça, e participou na exposição Três Espanhóis: Picasso, Miro e Chillida, no Museu de Belas-Artes de Houston.
Na década de 1970, dedicou-se a observar a Natureza, em busca de informação e inspiração sobre as formas e cores das plantas. A partir da década de 1980, passou a conciliar a sua arte sobretudo com espaços naturais.
Em 1987, tornou-se membro da Real Academia de Belas-Artes de São Fernando e, em 1998, o Museu Rainha Sofia de Madrid consagrou-lhe uma grande exposição. Dois anos antes da sua morte, concretizou um dos seus sonhos, inaugurando um museu dedicado aos seus trabalhos, o Museu Chillida-Leku. Muitas das suas obras, esculturas, desenhos, gravuras e livros ilustrados, fazem parte igualmente de grandes colecções privadas e públicas, um pouco por todo o mundo. 

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

ELVIS PRESLEY - " Are you lonesome tonight"


9 DE JANEIRO - LEE VAN CLEEF

EFEMÉRIDELee Van Cleef, de seu verdadeiro nome Clarence LeRoy Van Cleef, Jr., actor norte-americano, descendente de colonos holandeses, nasceu em Somerville, Nova Jersey, no dia 9 de Janeiro de 1925. Morreu em Oxnard, na Califórnia, em 16 de Dezembro de 1989.
Serviu na US Navy durante a Segunda Guerra Mundial, antes de se tornar actor. Ganhou notoriedade no cinema pelos papéis de vilão em filmes western. O seu primeiro papel foi o de um dos pistoleiros perseguidos por Gary Cooper em “High Noon” (1952).
No fim dos anos 1950, interrompeu a sua carreira por motivos de saúde. Dedicou-se então à pintura figurativa e à decoração de interiores, retomando a sua profissão de actor apenas de modo episódico.
O realizador Sérgio Leone redescobriu-o nos anos 1960 e Van Cleef resolveu iniciar uma “segunda” carreira cinematográfica, tendo-se tornado uma estrela internacional.
Em toda a sua vida, terá feito cerca de 350 filmes, entre produções para o cinema e para a televisão. Na década de 1970, era considerado um dos dez actores mais conhecidos na Europa. Um dos seus últimos trabalhos foi uma série de TV sobre artes marciais.
Faleceu vítima de um colapso cardíaco, aos 64 anos de idade. Foi sepultado no Forest Lawn Memorial Park (Hollywood Hills, em Los Angeles).

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

8 DE JANEIRO - ARACY CORTES

EFEMÉRIDEAracy Cortes, de seu verdadeiro nome Zilda de Carvalho Espíndola, cantora brasileira, morreu no Rio de Janeiro em 8 de Janeiro de 1985. Nascera, igualmente na capital carioca, em 31 de Março de 1904.
Por iniciativa própria, Aracy começou a actuar em vários teatros, tornando-se muito conhecida pelo seu timbre de soprano e pelo seu jeito muito pessoal de cantar. O verdadeiro reconhecimento veio com a música “Que Pedaço” (1923) e “Jura, de Sinhô” (1928). Já em pleno sucesso e muito entrosada no mundo musical, seria ela a lançar também, na década de 1930, alguns compositores, então ainda desconhecidos, como Ary Barroso.
Com apresentações recorrentes em teatros de revista, que reuniam a nata do meio artístico da época, projectou-se como a primeira grande cantora popular, destacando-se num meio quase exclusivo de vozes masculinas. Foi dela também a interpretação de “Aquarela do Brasil”, a primeira e mais importante canção exportada do Brasil para os Estados Unidos.
Aracy revelou-se um dos maiores nomes do género samba-canção. Comparado ao bolero, em virtude da exploração e exaltação do tema amor-romântico ou pelo sofrimento de um amor não realizado, foi chamado também de dor-de-cotovelo ou fossa.
O samba-canção (surgido na década de 1930) antecedeu o movimento da bossa nova, que apareceu no final dos anos 1950 e que representou um refinamento e uma maior leveza nas melodias e interpretações, em detrimento dos dramas, dos ressentimentos e da melancolia.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

7 DE JANEIRO - WILLIAM PETER BLATTY

EFEMÉRIDEWilliam Peter Blatty, escritor, guionista e realizador norte-americano de origem libanesa, nasceu em Nova Iorque no dia 7 de Janeiro de 1928. A sua obra mais conhecida é “O Exorcista” (1971), sendo autor igualmente do guião para o filme homónimo, realizado dois anos depois por William Friedkin e que recebeu precisamente o Oscar de Melhor Guião.
Tendo começado como jornalista, dedicou-se depois – em exclusividade – à literatura e ao cinema. O livro que lhe trouxe fama mundial conta a história de um caso de possessão demoníaca e o exorcismo que se seguiu de uma jovem actriz de televisão nos arredores de Washington. É baseado em factos reais. Com efeito, quando William era ainda estudante, leu um artigo que relatava um caso de exorcismo sobre um rapaz de 14 anos, ocorrido em 1949 no Maryland. Blatty começou a escrever de imediato sobre o assunto, que o fascinou. Quando o livro foi publicado, foram vendidos mais de 13 milhões de exemplares, só nos Estados Unidos. 
Tornou-se um guionista e realizador reputado, principalmente no domínio de filmes fantásticos e de horror.
A película “A Nona Configuração”, com guião, produção e realização de William Blatty, recebeu em 1980 dois prémios para o Melhor Guião (Saturn Award e Golden Globe). Realizou mais tarde, em 1990, uma continuação do filme “O Exorcista”. 

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

6 DE JANEIRO - EMMERICO NUNES

EFEMÉRIDE Emmerico Hartwich Nunes, pintor, ilustrador e caricaturista português, nasceu em Lisboa no dia 6 de Janeiro de 1888. Morreu em Sines, em 18 de Janeiro de 1968. Pertence à primeira geração de artistas modernistas portugueses.
De ascendência portuguesa por parte do pai e alemã por parte da mãe, a sua vida e obra seriam «fortemente marcadas pela sua condição de artista entre duas pátrias».
Partiu para Paris em 1906, onde permaneceu até 1911. Seguidamente, esteve em Munique (1911/14), tornando-se colaborador da revista semanal “Meggendorfer Blätter”. Após a eclosão da 1ª Guerra Mundial, fixou residência em Zurique (1914/18). Realizou exposições individuais na Suíça, mantendo a colaboração com a revista alemã.
Regressou a Portugal em 1918. Tornou-se colaborador efectivo da revista semanal “Fliegende Blätter” (1919/36); colaborando igualmente nas revistas espanholas “Buen Humor” e “Esfera e Mundo Gráfico” (1920/36). Em Portugal, a partir da década de 1920, colaborou em revistas como: “ABC”, “ABC-zinho”, “Ilustração”, “Magazine Bertrand”, “O riso d'a vitória” e “Panorama”.
Pintor, desenhador publicitário, ilustrador e restaurador de pinturas, foi acima de tudo como desenhador humorista que se notabilizou, tendo exposto nas Exposições dos Humoristas entre 1912 e 1924. Para além de centenas de desenhos publicados em periódicos alemães, suíços, holandeses, espanhóis e portugueses, a sua obra inclui uma importante produção de pintura (retratos, auto-retratos e paisagens).
Expôs nas exposições da Sociedade Nacional de Belas Artes entre 1910 e 1956, tendo ganho a 1ª Medalha de Caricatura em 1910 e a 2ª Medalha de Pintura em 1917. Participou também nas Exposições de Arte Moderna do S.P.N./S.N.I. de 1935 a 1951.
Entre 1937 e 1939, integrou a equipa de decoradores do S.P.N. (Secretariado de Propaganda Nacional) encarregue da realização dos pavilhões de Portugal, em exposições realizadas em Paris, Nova Iorque e S. Francisco. Participou igualmente na decoração da Exposição do Mundo Português, em 1940, sendo agraciado com a comenda do Oficialato da Ordem de Cristo.
Viveu grande parte da sua vida em Sines, onde viria a falecer. Em 1972, a sua obra multifacetada foi exposta no Secretariado Nacional de Informação, em Lisboa.

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