quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012




EFEMÉRIDEMichèle Morgan, de seu verdadeiro nome Simone Renée Roussel, actriz francesa, nasceu em Neuilly-sur-Seine no dia 29 de Fevereiro de 1920. Foi durante várias décadas uma das mais populares e importantes actrizes do cinema francês.


Estudou Arte Dramática, tendo começado a sua carreira aos 17 anos, quando foi convidada para um papel no filme “Gribouille” de Marc Allegret. Michèle Morgan era conhecida pelo seu olhar azul límpido e fotogénico, um pouco enigmático e distante, sendo por vezes comparada a Greta Garbo. Fixou-se em Hollywood, onde participou em vários filmes famosos. Casou-se em 1942 com o actor norte-americano William Marshall, de quem se divorciou em 1948. Voltara entretanto para França, onde recebeu o Prémio de Melhor Actriz no Festival de Cannes, pelo seu desempenho em “La symphonie pastorale” (1946).


Em 1950, casou-se com Henri Vidal, que conhecera durante as filmagens de “Fabiola” (1949). Contracenaram em diversas películas, inclusive em “Napoleão” (1955). Vidal morreu em 1959, vítima de enfarte. Em 1960, Michèle casou-se de novo, desta vez com o cineasta Gérard Oury, com quem já estava a viver e com o qual partilhou a vida até ele falecer em Julho de 2006.


Em 1960 foi feita Cavaleiro das Artes e das Letras Francesas e em 1967 recebeu a Medalha da Cidade de Paris.


Após as filmagens de “Benjamin” (1968), suspendeu a sua carreira e dedicou-se à pintura, à poesia e à moda. Recebeu em 1969 o grau de Cavaleiro da Legião de Honra Francesa.


Foi presidente do júri no Festival de Cannes em 1971 e membro do júri em 1972. Em 1975 recebeu o oficialato da Ordem Nacional do Mérito. Publicou a sua autobiografia “Avec ces yeux-là” em 1977.


Reapareceu episodicamente na televisão, no cinema e no teatro. Em 1994 e 2000, foi agraciada respectivamente com os graus de Comendador e Grande Oficial da Legião de Honra Francesa.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012




EFEMÉRIDERui Manuel Reininho Braga, músico e cantor português, nasceu no Porto em 28 de Fevereiro de 1955. Vocalista da banda GNR (Grupo Novo Rock), tem o curso de Cinema da “Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa”.


Tornou-se vocalista dos GNR em 1981, sendo o seu principal mentor e a figura mais destacada. Criou uma série de canções, que são o espelho de uma geração que cresceu e se tornou adulta a ouvir e admirar este grupo (“Dunas”, “Efectivamente”, “Bellevue”, “Pós-Modernos”, “Vídeo Maria”, “Pronúncia do Norte”, “Ana Lee” e “Morte ao Sol”). Efectuou mais de mil espectáculos na Europa, Brasil, EUA, Canadá e Macau. Obteve os prémios “Jornal Sete”, “Blitz” e “Nova Era”.


Rui Reininho produziu discos dos Mler Ife Dada e dos Três Tristes Tigres. É autor dos livros “Sífilis versus Bilitis” e “Líricas Come on & Ana”, onde reuniu poemas e letras de muitas das suas canções. Trabalhou igualmente como actor e compôs músicas para teatro e cinema. Colaborou nos semanários “Expresso” e “GQ”, na revista “Net Parque 98” e no “Jornal de Notícias”. Leccionou a disciplina de Música de Cinema na Universidade Moderna de Lisboa e a de Som e Imagem na Universidade Católica do Porto.


Em 2005, foi agraciado com a Medalha de Mérito Cultural. Tem colaborado com outros cantores e agrupamentos, de que se salientam: os Mler Ife Dada (1987), Paulo Gonzo (1999), Rodrigo Leão (2001) e as Vozes da Rádio (2007). Em 2008 foi lançado o seu álbum a soloCompanhia das Índias”.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012




EFEMÉRIDEMaryse Bastié, aviadora francesa, nasceu em Limoges no dia 27 de Fevereiro de 1898. Morreu em Bron, em 6 de Julho de 1952.


Marie-Louise Bombec (nome de nascimento) ficou órfã de pai aos onze anos e teve uma infância difícil. Na adolescência foi operária numa fábrica de calçado. Casou-se e teve um filho que morreu muito jovem. Divorciada, tornou a casar-se, então com um afilhado de guerra, o tenente piloto Louis Bastié. Foi ao seu lado que veio a descobrir a paixão pelos aviões.


Em Setembro de 1925, obteve o brevet. Uma semana depois, passou com o seu avião por baixo dos cabos de uma ponte de Bordéus. No ano seguinte, o marido morreu num acidente de aviação. Em vez de se desencorajar, tornou-se monitora de pilotagem, uma aventura que duraria apenas seis meses em virtude do encerramento da escola em que ensinava.


Foi para Paris, onde proporcionou baptismos de voo e fez publicidade aérea. Decidiu comprar o seu próprio avião, um Caudron C109. Como não tinha dinheiro para o manter e fazer voar, o piloto Drouhin ajudou-a financeiramente.


Em Julho de 1928, estabeleceu o primeiro “recorde de distância” feminino (1 058 quilómetros) em Treptow. Em 1929, estabeleceu também o recorde de França feminino de “duração de voo” (10 h 30 m) e o recorde internacional feminino com 26 h 44 m. Este recorde foi batido em Maio de 1930 por Léna Bernstein (35 h 45 m). Decidida a recuperar o recorde, descolou na noite de 2 de Setembro de 1930 e aterrou no dia 4, depois de 37 h 55 m de um voo em que lutou até ao esgotamento contra o frio e o sono. Estabeleceu depois um recorde de distância de 2 976 km no percurso Paris - Uring (URSS). Como recompensa, recebeu a Cruz de Cavaleiro da Legião de Honra Francesa.


Desde 1934, abraçou a causa feminista, juntamente com as também aviadoras Hélène Boucher e Adrienne Bolland, tornando-se militante do “movimento para o voto das mulheres”.


Em 1935, fundou em Orly a escola Maryse Bastié Aviation. Encorajada por Jean Mermoz, que a levou numa ida e volta sobre o Atlântico, Maryse pensou desde logo tentar a travessia do Atlântico Sul a solo. Em Dezembro de 1936, um mês após o desaparecimento de Mermoz, atravessou o Atlântico, de Dakar até Natal, a bordo de um Caudron-Simoun (12 h 5 m). Publicou, em 1937, o livro “Ailes ouvertes: carnet d'une aviatrice”.


Quando da ofensiva alemã em Maio de 1940, ofereceu-se como voluntária para prestar serviço na Cruz Vermelha, nomeadamente junto dos prisioneiros franceses que estavam agrupados em Drancy. Sob a cobertura da sua actividade na Cruz Vermelha, recolhia também informações sobre o ocupante. Quando da partida de um comboio para a Alemanha, foi abalroada por uma sentinela alemã, tendo fracturado o cotovelo direito. Ficou incapacitada de voltar a pilotar.


Em 1951, ingressou no serviço de relações públicas do Centro de Ensaios em Voo. Quando de uma das suas missões, encontrou a morte num acidente de um Noratlas, depois de um festival aéreo realizado próximo de Lyon.


Foi enterrada em Paris, no cemitério de Montparnasse. Era capitão da Força Aérea e totalizava 3 000 horas de voo. Um selo com a sua efígie foi emitido pelos correios franceses. Há um monumento em sua homenagem em Paris e numerosas escolas, ruas e avenidas têm hoje o seu nome.


Além de várias condecorações francesas, recebeu distinções de diversos países: URSS, Brasil, Roménia, Chile, Peru, Venezuela, Noruega e Cambodja.

domingo, 26 de fevereiro de 2012




EFEMÉRIDEMiguel Ângelo Lupi, professor de Pintura Histórica na Academia de Belas Artes de Lisboa e um dos mais destacados pintores portugueses da época romântica, morreu em Lisboa no dia 26 de Fevereiro de 1883. Nascera, também na capital portuguesa, em 8 de Maio de 1826


Mostrando desde muito cedo vocação para as artes visuais, matriculou-se na Academia de Belas Artes de Lisboa, cursando Desenho Histórico. Aluno com muito talento, foi premiado nos anos lectivos de 1841 a 1843. Terminados os estudos, apesar do seu brilhantismo, não conseguiu viver apenas da sua produção artística pelo que, em Maio de 1849, arranjou emprego na Imprensa Nacional de Lisboa, como amanuense.


Sem prejuízo de continuar a pintar, permaneceu naquelas funções até Abril de 1851, data em que se transferiu para a “Junta de Fazenda da Província de Angola”, em Luanda. Permaneceu naquela cidade até 1853, demitindo-se do lugar em Setembro desse ano para voltar a Lisboa.


Mantendo-se empregado na Administração Fiscal, em Outubro de 1855 foi nomeado para a Repartição de Fazenda do Distrito do Porto. Apesar do decreto que o nomeou, nunca chegou a exercer o lugar, pois foi logo transferido para a Direcção do Tribunal de Contas, em Lisboa.


Miguel Lupi, apesar de exercer as funções de funcionário administrativo, não largou nunca o pincel e a paleta, continuando a pintar. Foi encarregado pelo próprio Tribunal de Contas, em finais de 1859, de pintar o retrato do Rei D. Pedro V para a Sala de Audiências, obra que ainda se mantém numa das salas deste tribunal. Face ao sucesso do retrato e ao reconhecimento que essa obra lhe granjeou entre as altas esferas do Estado, o Governo resolveu conceder-lhe uma pensão, para que estudasse pintura em Itália, decisão que foi acolhida com agrado geral.


Aos 34 anos de idade, já munido de uma bolsa governamental, Miguel Ângelo Lupi pôde dedicar-se por inteiro à pintura. Partiu em 1860 para Roma, onde estudou pintura com os melhores mestres italianos da época. Como acontecia com os artistas que iam para Itália com a finalidade de se aperfeiçoarem e aprenderem, Miguel Lupi treinou, copiando obras de artistas famosos como Ticiano, Corregio, Andrea del Sarto e Diego Velazquez. Permaneceu naquela cidade até Novembro de 1863, ano em que regressou a Lisboa.


O primeiro quadro da colecção que pintou em Roma, chama-se “D. João de Portugal”, tendo por assunto a cena final do 2.º acto do drama “Frei Luís de Sousa” de Almeida Garrett. Com aquela obra, revelou-se um grande pintor histórico. Nas palavras elogiosas de Pinheiro Chagas, ele era «um homem fadado para arrancar da sombra as grandes figuras da história e fazê-las reviver na tela».


Em 1863, apresentou-se como candidato à cadeira de Pintura Histórica da Academia de Belas Artes de Lisboa, executando para esse concurso uma tela que intitulou “Um beijo de Judas”. Sendo aprovado, o público culto da capital saudou com verdadeiro entusiasmo a sua nomeação para professor interino da instituição em Fevereiro de 1864. Pôde então entregar-se definitivamente aos estudos de pintura histórica, que eram a sua predilecção.


Miguel Lupi tornou-se o artista favorito da burguesia lisboeta. Nas exposições da Sociedade Promotora de Belas Artes realizadas em 1863 e 1864, os visitantes amontoavam-se frente aos seus quadros. Nesta última exposição, a tela “Esperança e Saudade” conquistou grande aplauso da crítica.


Em 1867 foi a Paris, em comissão do governo, inspeccionar os trabalhos do monumento a D. Pedro IV que ali se estavam a realizar. Elaborou um circunstanciado relatório, que publicou em Lisboa. Terá sido esta a sua única missão oficial depois de ter sido nomeado lente da Academia de Belas Artes de Lisboa.


Algum tempo após o regresso de Paris, foi nomeado professor efectivo da cadeira de Pintura Histórica, passando, além das suas tarefas de ensino, a produzir retratos das figuras principais da sociedade portuguesa. Era considerado um retratista de primeira grandeza, que apanhava as semelhanças com uma facilidade surpreendente.


Os seus quadros estiveram patentes na Exposição de Madrid em 1871, sendo premiada a sua composição intitulada “Mãe”. Também foi premiado na Exposição Universal de Paris, em 1878, em plena expansão do Movimento Impressionista, com o quadro “As lavadeiras do Mondego”.


Em 1883, ano do seu falecimento, a Academia Real de Belas Artes realizou uma homenagem póstuma, com uma exposição retrospectiva da sua obra e um leilão, do qual ainda se conserva o catálogo.


As pinturas de Miguel Lupi estão presentes nos principais museus portugueses e em diversas instituições oficiais, para as quais pintou retratos e cenas históricas. Os seus trabalhos afastam-se da pintura romântica característica dos pintores portugueses seus contemporâneos, aproximando-se das novas tendências da segunda metade do século XIX. Apesar das linhas fundamentais do seu trabalho incidirem em retratos dos ricos e famosos da época, Lupi pintou também cenas de interiores, da vida familiar e temas de carácter histórico, como a obra “Marquês de Pombal examinando o projecto da reconstrução de Lisboa”, o seu último quadro. Fez igualmente pintura de costumes, retratando aspectos da sociedade portuguesa de então. Tem uma rua em Lisboa com o seu nome.

sábado, 25 de fevereiro de 2012




EFEMÉRIDEJoão Pedro da Silva Pereira, jogador de futebol português, nasceu em Lisboa no dia 25 de Fevereiro de 1984. Cresceu no problemático bairro do Casal Ventoso, mas conseguiu escolher o caminho do futebol como forma de singrar na vida.


Iniciou-se nas escolas de formação do Sport Lisboa e Benfica. Alinha normalmente no lado direito, como defesa, embora frequentemente se aproveite da sua velocidade para ir auxiliar o ataque. É conhecido pelo seu inconformismo em campo, jogando com amor à camisola e lutando para a vitória do colectivo com todas as suas forças.


Estreou-se na equipa principal do Benfica em Agosto de 2003. Em 2006, porque era pouco utilizado na equipa principal, foi emprestado ao Gil Vicente FC, ingressando no Sporting de Braga no ano seguinte.


Cobiçado por vários clubes franceses (Paris Saint-Germain, Stade Rennais, RC Lens e AS Monaco), acabou por ser contratado pelo Sporting Clube de Portugal em Dezembro de 2009, por três milhões de euros.


Presença assídua nas Selecções Nacionais das camadas mais jovens, estreou-se na Selecção A em Outubro de 2010, sendo titular nos jogos contra a Dinamarca e frente à Islândia.


Em representação do Benfica, venceu a Taça de Portugal de 2003/2004 e a Primeira Liga na época 2004/2005. Pelo Braga, ganhou a Taça Interloto em 2008.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012




Teste de alcoolemia




EFEMÉRIDEMichel Legrand, pianista, arranjador musical e compositor francês, nasceu em Bécon-les-Bruyères no dia 24 de Fevereiro de 1932.


Estudou piano no Conservatório de Paris, de 1942 a 1949. Em 1951, com apenas 19 anos, escreveu arranjos para a orquestra de seu pai, que depois o introduziu no mundo das variedades. Foi arranjador musical e pianista-acompanhador de diversas vedetas do seu tempo, entre os quais se salientam: Henri Salvador, Zizi Jeanmaire, Frank Sinatra, Sarah Vaughan, Ella Fitzgerald, Perry Como, Barbra Streisand, Nana Mouskouri, Mireille Mathieu e Claude Nougaro. Maurice Chevalier contratou-o mesmo como seu director musical.


O jazz, de que se tinha apaixonado em 1947 ao assistir a um concerto de Dizzy Gillespie, com quem colaboraria mais tarde, também foi marcante na sua carreira. Desde 1958, liderou bandas que contavam com alguns dos maiores nomes do jazz, como Miles Davis, John Coltrane, Bill Evans e Herbie Mann.


Construiu uma carreira de sucesso, compondo também para o cinema, onde foi premiado com 3 Oscares (1969, 1972 e 1984). São de sua autoria as bandas sonoras das películas “Lola”, “Os Miseráveis”, “Pronto-a-Vestir”, “The Windmills of your Mind”, “Summer of 42” e “Uma mulher é uma Mulher”, entre muitos outros. “Les Parapluies de Cherbourg” é um filme cantado em contínuo, em que todos os diálogos são inspirados pela música, o que era inovador na época. Compôs mais de duzentas músicas para cinema e televisão. Entre 1971 e 1975, teve 27 nomeações para os Grammy Awards, tendo vencido por cinco vezes.


Como solista de piano, Michel Legrand actuou com numerosas orquestras mundiais, nomeadamente as de São Petersburgo, Vancouver, Montreal, Atlanta e Denver. Foi nomeado mais de dez vezes para os Globos de Ouro, tendo conquistado dois em 1969. Em Dezembro de 2007, a Faculdade de Música da Universidade de Montreal outorgou-lhe o doutoramento honoris causa.


Por ocasião dos cinquenta anos da sua carreira, a Cinemateca Francesa fez projectar a maioria dos filmes para os quais ele escreveu músicas. Legrand deu então três concertos na Sala Pleyel em Paris, concedendo muitas entrevistas a rádios e a canais televisivos.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012




EFEMÉRIDEEmerson da Conceição, futebolista brasileiro que joga actualmente no Sport Lisboa e Benfica, nasceu em São Paulo no dia 23 de Fevereiro de 1986.


Emerson começou a sua carreira futebolística na equipa do Corinthians-Paranaense. Em 2006, mudou-se para o Lille OSC. Na época de 2010/2011, fez parte da equipa do Lille que ganhou a Liga Francesa e a Taça de França, fazendo assim a dobradinha no seu último ano com o emblema francês ao peito.


Em Julho de 2011, foi contratado pelo Benfica, no mesmo dia em que o plantel era apresentado no Estádio da Luz contra o Toulouse. Foi a surpresa do jogo, pois actuou os 90 minutos e fez uma exibição agradável, apesar de ter chegado a Portugal nessa manhã e de nunca ter treinado com os seus novos companheiros.


Sugestão...

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012




EFEMÉRIDE Niki Lauda, de seu verdadeiro nome Andreas Nikolaus Lauda, antigo piloto de automóveis austríaco, actualmente proprietário da companhia aérea FlyNiki, nasceu em Viena no dia 22 de Fevereiro 1949. Participou nos Campeonatos Mundiais de Fórmula 1 entre 1971/1979 e 1982/1985, disputando 177 Grandes Prémios, obtendo 25 vitórias, 24 pole positions e 24 melhores voltas. Sagrou-se Campeão Mundial em 1975, 1977 e 1984. Representou as equipas March, BRM, Ferrari, Brabham e McLaren.


Niki Lauda iniciou a sua carreira no automobilismo em 1968, destacando-se na Fórmula 3 e na Fórmula 2, antes de ingressar na Fórmula 1. Estreou-se no Grande Prémio da Áustria, desistindo por problemas mecânicos. Manteve-se na categoria até ao final de 1973, graças ao dinheiro da família, até a Ferrari o contratar para seu piloto titular. Em 1974, em representação desta escudaria italiana, venceu o seu primeiro Grande Prémio em Jarama, Espanha.


Em 1975, após cinco vitórias, sagrou-se Campeão Mundial pela primeira vez. Manteve o ritmo competitivo em 1976, mas um acidente em Nürburgring, onde o seu carro se incendiou e Lauda ficou encarcerado durante vários minutos, quase lhe tirou a vida. Um padre chegou a ser chamado ao hospital para lhe dar a extrema-unção. Apesar da gravidade das queimaduras, que lhe fizeram perder bocados da orelha direita, Lauda ainda voltaria a correr naquele ano e só perderia o título mundial, nas últimas corridas, para o inglês James Hunt. Em 1977, obteve 3 vitórias e recuperou o título mundial.


No final daquele ano, abandonou a Ferrari para se juntar à Brabham-Alfa Romeo. A parceria rendeu-lhe duas vitórias e alguns pódios em 1978, mas a frequência de maus resultados deixou-o fora da disputa do título. Em 1979 ainda correu, mas a repetição de resultados menos bons fizeram direccionar a sua atenção para a companhia aérea que acabara de fundar, deixando assim a Fórmula 1.


Entretanto, em 1982, recebeu um convite da McLaren para voltar às pistas. Depois de apenas duas corridas de adaptação, venceu em Long Beach e ainda ganhou uma segunda prova, o Grande Prémio de Inglaterra. Em 1983, sem condições de acompanhar as equipas com motores turbo, Lauda pouco pôde fazer. Em 1984, iniciou o ano já sem a antiga popularidade e o seu companheiro de equipa, Alain Prost, era o favorito para o título mundial. Após 5 vitórias (contra 7 de Prost), Lauda acabou por ser Campeão Mundial pela terceira vez, com apenas meio ponto de vantagem. Lauda defendeu o título em 1985 mas, sem motivação, obteve apenas uma vitória e abandonou doze das 15 corridas do ano. O seu último Grande Prémio foi o da Austrália, onde desistiu após um acidente.


Niki Lauda permaneceu muitos anos afastado da Fórmula 1, gerindo a sua empresa de aviação. Só voltou mais tarde, nos anos 1990, como consultor técnico extraordinário da Ferrari. Desde 1996, também comentou os Grandes Prémios, na qualidade de consultor das televisões alemã e austríaca.


A companhia Lauda Air foi entretanto comprada pela Austrian Airlines e os novos proprietários foram-no afastando desde o começo dos anos 2000. Em 2001 foi contratado pela Jaguar para assumir as funções de director técnico, mas os resultados foram inexpressivos e ele demitiu-se em 2003, ano em que fundou uma nova companhia aérea, a FlyNiki, que perdura até hoje.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012




EFEMÉRIDEHubert de Givenchy (Hubert-James Marcel-Taffin Givenchy), aristocrata e estilista francês, criador da marca de alta-costura com o seu nome, nasceu em Beauvais no dia 21 de Fevereiro de 1927.


Muito cedo demonstrou interesse pela moda. Depois de visitar, aos dez anos de idade, uma exposição de figurinos dos mais famosos estilistas franceses, identificou-se desde logo com o universo da alta-costura. Aos 17 anos, foi para Paris, levando uma pasta cheia de desenhos e uma mala repleta de sonhos. Ao contrário do que a família desejava, Givenchy não se tornou advogado, tendo cursado a Escola de Belas Artes de Paris. Trabalhou nas casas de Jacques Fath, Robert Piguet, Lucien Lelong, Christian Dior e Elsa Schiaparelli, tendo aberto a sua própria casa de alta-costura em 1953. O reconhecimento foi quase imediato. Nesse mesmo ano, apresentou a sua primeira colecção.


O ano de 1953 foi muito importante para Givenchy, pois conheceu aquela que seria a sua musa inspiradora, amiga e responsável por muito do seu sucesso internacional – a actriz Audrey Hepburn. O estilista criou modelos para ela, imortalizados em diversos filmes. Ficaram ligados por uma grande amizade até à morte da actriz ocorrida em 1998. Além de Audrey Hepburn, Givenchy vestiu várias mulheres famosas, como Jacqueline Kennedy, Grace Kelly, a imperatriz Farah Pahlavi, as actrizes Marlene Dietrich, Greta Garbo, Lauren Bacall, Jeanne Moreau e Ingrid Bergman.


Foi o primeiro designer de alta-costura a apresentar uma colecção feminina de pronto-a-vestir, intitulada “Givenchy Université” (1954). Em 1957, lançou os seus primeiros perfumes, um dos quais (“L'Interdit”) foi uma homenagem a Audrey Hepburn. Posteriormente, criou vários outros perfumes, de que se destacam “Amarige”, “Organza Eau de Parfum” e “Organza First Light”.


Em 1973, entrou para o mundo da moda masculina, com o lançamento da linha “Gentleman Givenchy”. Em 1981, a casa Givenchy foi vendida. A linha de perfumes foi comprada pela Veuve Clicquot e a parte de alta-costura pelo Grupo Louis Vuitton Moët Hennessy. Actualmente, a Louis Vuitton também é proprietária da linha de perfumes.


Hubert Givenchy despediu-se das passarelas em 1995, com um desfile para o qual apenas foram convidados amigos pessoais, estilistas e os principais clientes. A marca Givenchy continua porém a existir.


Muito eclético, Givenchy desenhou para os Correios Franceses dois selos com São Valentim, emitidos em Janeiro de 2007, e ocupa ainda funções dirigentes na sociedade Christie's.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012




EFEMÉRIDERobert Bernard Altman, guionista, realizador e produtor norte-americano, nasceu em Kansas City, no Missouri, em 20 de Fevereiro de 1925. Morreu em Los Angeles no dia 20 de Novembro de 2006, vítima de leucemia.


De ascendência alemã, inglesa e irlandesa, fez os seus estudos em escolas católicas de Kansas City, tendo-se diplomado em Matemática. Serviu na Academia Militar de Wentworth, na vizinha cidade de Lexington. Em 1945, aos 20 anos de idade, participou da Segunda Guerra Mundial como piloto de bombardeiros. Enquanto permaneceu na Força Aérea, teve os primeiros contactos com o mundo da produção cinematográfica de Hollywood. Depois de desmobilizado, passou a residir em Los Angeles, enquanto se preparava para concretizar o sonho de se dedicar ao cinema.


Teve uma carreira como actor curta e discreta. Escreveu depois vários guiões, que tiveram sucesso e o levaram a instalar-se em Nova Iorque para se dedicar à escrita. Escreveu, sem publicar, numerosas peças de teatro, comédias musicais e romances. Não obtendo o êxito que esperava, voltou a Hollywood, onde abriu uma loja de animais para granjear meios de subsistência. A casa, porém, veio a falir e ele voltou a Kansas City para junto dos familiares, arruinado mas pronto para novas experiências no mundo do cinema.


Como não havia ainda uma escola de cinema, ingressou na Calvin Company, a mais importante produtora da época, que possuía o maior laboratório de revelação de filmes. Durante os seis anos que ali se manteve, realizou mais de 60 curtas-metragens, que lhe permitiram ganhar experiência e ter um salário de 250 dólares semanais. Aprendeu a respeitar religiosamente os prazos contratualizados com as produtoras e, sob o ponto de vista técnico, familiarizou-se com todas as ferramentas de realizador: a máquina de filmar, a vara para tomada de som, as iluminações, etc., etc.


Em 1955, foi contratado para escrever e realizar um filme “de pequeno orçamento” sobre a criminalidade na adolescência, intitulado “The Delinquents”. Foi a sua primeira longa-metragem. O filme chamou a atenção de Alfred Hitchcock, que lhe pediu para realizar alguns episódios da série de televisão “Alfred Hitchcock apresenta…”.


Entre 1958 e 1964, realizou numerosos episódios de séries televisivas. Seguiu-se um período mais apagado, em que realizou longas-metragens que não tiveram grande êxito, até lhe apresentarem o guião de “M*A*S*H”, uma sátira à Guerra da Coreia, que já tinha sido recusada por vários realizadores. Este filme, de 1970, é considerado como um dos seus melhores trabalhos de sempre. Foi o seu primeiro filme verdadeiramente rentável e o ponto de partida para muitos e grandes sucessos.


Entre os prémios que recebeu, ao longo da carreira, salientam-se: Palma de Ouro no Festival de Cannes (1970); Urso de Ouro no Festival de Berlim (1976); Prémio de Melhor Realizador no Festival de Cannes (1992); Leão de Ouro no Festival de Veneza (1993); Leão de Ouro Especial no Festival de Veneza (1996); e o Oscar de Honra em 2005, como «reconhecimento pela sua obra cinematográfica». Ele é, juntamente com Henri-Georges Clouzot e Michelangelo Antonioni, um dos três realizadores a terem recebido os principais prémios nos três principais festivais europeus (Berlim, Cannes e Veneza).

domingo, 19 de fevereiro de 2012



Com 4 meses, a Bécas já faz parte da "família"



EFEMÉRIDERika Zaraï, cantora israelita, nasceu em Jerusalém no dia 19 de Fevereiro de 1938. É filha de pais judeus, de origem russa e polaca.


Obteve o bacharelato aos 17 anos e fez logo de seguida o serviço militar, um ano antes da idade normal. Estudara simultaneamente no Conservatório de Música de Jerusalém, onde obteve um 1º prémio de piano, quando tinha apenas quinze anos. Durante os dezoito meses passados no exército, foi designada como produtora musical de um grupo militar, colaborando assim na comédia “Cinco sobre cinco”, que teve grande sucesso junto dos militares e que foi igualmente representada no Grande Teatro de Israel.


Foi depois para França com o sonho de começar uma carreira de cantora. Mãe há poucos meses, “com um bebé nos braços”, apresentou-se a Bruno Coquatrix, que era o director artístico do Olympia de Paris. Nessa época, ela só sabia falar inglês e hebreu. Bruno Coquatrix recusou-se a contratá-la enquanto ela não soubesse falar francês. Para subsistir, Rika cantou então em cabarets durante dois anos e meio. Encontrou num deles Eddie Barclay, que procurava precisamente cantoras “com sotaque estrangeiro”.


Gravou vários sucessos, vendendo milhões de discos, sobretudo no fim dos anos 1960 e na década seguinte. Popularizou, igualmente em francês, vários clássicos de reportório israelita, como “Hava Naguila”, “Yerushalayim shel zahav” (“Jerusalém cidade de ouro”) e “Hallelujah” (Grande Prémio da Eurovisão em 1979).


Em Novembro de 1969, foi vítima de um acidente de automóvel, estando em coma durante seis dias e imobilizada durante oito meses num aparelho de gesso. Apesar do prognóstico reservado por parte dos médicos, conseguiu recuperar totalmente ao fim de três anos.


Em 2008, festejou os 50 anos da sua carreira com a edição de um novo álbum (“Quando os homens…”), estando previstos vários concertos no Olympia para Novembro. Em Junho, porém, foi hospitalizada de urgência, vítima de um AVC, sendo colocada nos “Cuidados Intensivos” do Hospital da Salpêtrière, com paralisia parcial do lado esquerdo do corpo. Em Julho voltou para casa, começando uma fase de reeducação. A carreira estava, no entanto, definitivamente comprometida. Completa hoje 74 anos de idade.

sábado, 18 de fevereiro de 2012




EFEMÉRIDECarlos Alberto de Sousa Lopes, ex-atleta português, um dos melhores da sua geração e uma referência mundial do atletismo de longa distância, nasceu em Vildemoinhos, Viseu, no dia 18 de Fevereiro de 1947. Salientou-se tanto nas provas de pista, como nas de estrada e no corta-mato.


De origem modesta, começou a trabalhar como servente de pedreiro, ainda não tinha onze anos, para ajudar ao sustento do agregado familiar. Mais tarde, foi empregado de mercearia, relojoeiro e contínuo.


Quando adolescente, ambicionou jogar futebol no Lusitano de Vildemoinhos, o clube da sua aldeia, mas o clube rejeitou-o por ser excessivamente magro. O atletismo surgiu por acaso. Numa correria com amigos, durante a noite, ao voltar de um baile, Carlos Lopes foi o primeiro, batendo um grupo de rapazes da sua idade que treinavam regularmente e já se dedicavam ao atletismo. Foi nesse grupo de adolescentes que nasceu a ideia de criar um núcleo de atletismo no Lusitano de Vildemoinhos.


A sua primeira prova oficial foi numa corrida de São Silvestre, tinha dezasseis anos de idade. Ficou em segundo lugar, apesar da presença de corredores bem mais experientes. Pouco tempo depois, ganhou o Campeonato Distrital de Viseu de Crosse e, quase de seguida, foi terceiro no Campeonato Nacional de Corta-Mato para juniores. Esta classificação levou-o ao Crosse das Nações, que se realizou em Rabat. Foi o melhor português, em 25º lugar, com apenas dezassete anos.


Em 1967, foi recrutado pelo Sporting Clube de Portugal. A ida para Lisboa, deveu-se tanto a razões desportivas, como à promessa de um melhor emprego como serralheiro. Foi no Sporting que encontrou o treinador da sua vida, Mário Moniz Pereira. Em 1975, Carlos Lopes e alguns outros atletas do Sporting passaram a treinar duas vezes por dia. Era dispensado do emprego (foi contínuo no jornal “Diário Popular” e num banco) na parte da manhã. Assim se entrava na era do semi-profissionalismo.


Em 1976, ganhou pela primeira vez o Campeonato do Mundo de Corta-Mato, que nesse ano se realizou no País de Gales.


Carlos Lopes, que tinha tido uma participação discreta nos Jogos Olímpicos de Munique em 1972, era uma das maiores esperanças portuguesas para os Jogos Olímpicos de Montreal em 1976. Ele teve, aliás, a honra de ser o porta-bandeira da equipa portuguesa durante a cerimónia inaugural. Na final dos 10 000 metros, forçou o andamento desde o início. Seguindo as instruções de Moniz Pereira, a táctica era a de rebentar com a concorrência (ou com ele próprio). De facto, Carlos Lopes iniciou o último meio quilómetro bem adiantado do pelotão. Mas não ia só. Lasse Viren, da Finlândia, tinha sido o único a conseguir acompanhá-lo. Nas últimas centenas de metros, Viren atacou forte, ultrapassou-o e ganhou a medalha de ouro. Carlos Lopes foi segundo e recebeu a medalha de prata. Desde há muitos anos, que Portugal não conquistava uma medalha olímpica e no atletismo foi a primeira vez.


Nas Olimpíadas de 1984, venceu a prova da maratona, tornando-se o primeiro português a ser medalhado com Ouro. A prova foi rápida e a marca atingida (2h 9m 21s) foi recorde olímpico até aos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008.


Do seu palmarés, salientam-se ainda: os títulos de Campeão Mundial de Corta-Mato em 1984 e 1985; as vitórias nas Corridas de São Silvestre de São Paulo, Brasil, em 1982 e 1984; e o recorde mundial, na Maratona de Roterdão em 1985, sendo o primeiro atleta a descer das 2h 8m.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012




EFEMÉRIDENatascha Kampusch, uma jovem austríaca que foi sequestrada em 1998 quando tinha dez anos de idade, permanecendo sob custódia do seu raptor durante mais de oito anos, até à sua fuga em Agosto de 2006, nasceu em Viena no dia 17 de Fevereiro de 1988.


O caso foi descrito como um dos mais dramáticos da história criminal da Áustria. Natascha saiu de casa em 2 de Março de 1998 com destino à sua escola, mas não regressou. Inicialmente foi aventada a hipótese do desaparecimento estar relacionado com discussões da criança com a mãe. Algumas testemunhas declararam ter visto Natascha entrar para uma viatura de cor branca e vidros fumados. Intensas buscas foram levadas a cabo pela polícia sem qualquer êxito.


Em 2001, um político acusou a família da menina de cumplicidade no caso. A polícia federal austríaca, porém, não encontrou qualquer prova para tal afirmação.


Em Agosto de 2006, Natascha aproveitou-se de um momento de distracção do seu sequestrador, que se afastara no jardim para melhor escutar o telemóvel, para escapar. Na fuga, pediu ajuda a uma mulher, que avisou as autoridades. A garota foi identificada por uma cicatriz no corpo, bem como pelo seu passaporte, deixado no abrigo subterrâneo que servira de cativeiro, e posteriormente por testes ADN. Pesava na ocasião (18 anos) apenas 38 kg.


Logo que o raptor, de 44 anos de idade, Wolfgang Priklopil, engenheiro civil, soube que a polícia estava à procura dele, suicidou-se, saltando para a linha de um comboio suburbano de Viena.


Após a fuga, Natascha recebeu acompanhamento psicológico, demonstrando paradoxalmente certos sinais de simpatia e afecto pelo sequestrador, o que foi diagnosticado como síndrome de Estocolmo.


Priklopil dava-lhe livros e trazia-lhe jornais, o que contribuiu para, apesar de tudo, ter uma instrução rudimentar. Ela escutava também, na rádio, programas culturais e de formação, chegando a adquirir noções de inglês. Pedia igualmente para Wolfgang lhe passar “trabalhos de casa”.


Adaptando-se a pouco e pouco à vida em liberdade, depois de oito anos em cativeiro, começou em Junho de 2008 uma carreira de entrevistadora na televisão austríaca, com o programa “Natascha Kampusch Conversa...”. O primeiro convidado deste programa mensal foi o campeão mundial de Fórmula 1 Niki Lauda.


Em 2009 Natascha Kampusch perdeu o programa de entrevistas que tinha e a solidariedade da opinião pública austríaca, que passou a criticá-la por ter enriquecido graças à história do seu sequestro. Kampusch afirmou então que «a sua vida mudara radicalmente no dia em que escapou, mas que ainda não se sentia realmente livre». Disse também à Austrian Press Agency que «as expectativas do público em relação a vítimas de crimes são surpreendentes. Se as vítimas se escondem, são criticadas porque as pessoas têm o direito de saber o que aconteceu. Mas se cedem às pressões e contam as suas histórias, são acusadas de buscarem os holofotes e são vistas como figuras públicas com pouco direito a privacidade». Em Setembro do citado ano, as autoridades austríacas reabriram o caso. O novo inquérito incomodou Kampusch, que se viu passar da condição de vítima à de suspeita. A nova investigação aconteceu a pedido de uma comissão parlamentar, que considerou haver demasiadas questões por responder na versão da própria Natascha sobre o sequestro e sobre a fuga de casa do raptor. Entre os pontos obscuros da história estaria, por exemplo, o alegado encerramento numa cave. Testemunhas contrariavam esta versão, afirmando que Natascha passeava com Priklopil e teria chegado a passar férias com ele nos Alpes. Foi levantada a hipótese de que mais de uma pessoa estivesse envolvida ou ciente do sequestro. O Caso Kampusch só foi declarado oficialmente encerrado pela justiça austríaca em Janeiro de 2010, com a conclusão de que Wolfgang Priklopil fora o único autor do sequestro e que não houvera mais cúmplices nem envolvidos.


Hoje, Natascha Kampusch vive em reclusão voluntária no apartamento que comprou no centro de Viena. Raramente sai à rua, para evitar ser reconhecida e, eventualmente, insultada. Passa o tempo a estudar, a escrever, a pintar e a tirar fotografias.


Em Setembro de 2010 lançou o livro “3096 Dias”, descrevendo como viveu durante os oito anos em que esteve cativa. Declarou entretanto que pretende destruir parte da casa de Priklopil – a qual ganhou judicialmente – para evitar que se transforme num museu macabro. Um filme sobre este caso está previsto estrear em 2012.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012




EFEMÉRIDEDiego Ángel Capel Trinidad, futebolista espanhol que joga actualmente no Sporting Clube de Portugal, nasceu em Albox no dia 16 de Fevereiro de 1988.


Formado no Sevilha FC, integrou a equipa profissional deste clube a partir da época 2004/2005, sendo pouco utilizado até a temporada 2007/2008, em que se tornou um titular incontornável. Foi considerado desde então uma grande esperança do futebol espanhol.


Em 2011 assinou um contrato de cinco anos com o Sporting por 3,5 milhões de euros.


Depois de ter sido escolhido várias vezes para as Selecções Espanholas mais jovens, foi convocado para a equipa principal em Agosto de 2008, estreando-se contra a Dinamarca num jogo particular.


Do seu palmarés fazem parte duas Taças do Rei (2007 e 2010), a Super Taça de Espanha de 2007, as Taças da UEFA (2006 e 2007) e a Super Taça da UEFA de 2006, tudo em representação do Sevilha. Pela Selecção de Espanha, foi Campeão da Europa de Sub19 em 2006 e de Esperanças em 2011.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012




EFEMÉRIDERui Pedro dos Santos Patrício, futebolista português, actual guarda-redes do Sporting Clube de Portugal, nasceu em Marrazes no dia 15 de Fevereiro de 1988. É apontado como uma grande promessa do futebol português.


Começou a carreira no Sport Clube Leiria e Marrazes e fez a sua estreia como profissional na Primeira Liga, em Novembro de 2006, na vitória do Sporting contra o Marítimo, em que defendeu uma grande penalidade a 15 minutos do fim, segurando assim a vitória da sua nova equipa.


Rui Patrício foi presença assídua nas selecções nacionais jovens, contando com internacionalizações nos escalões sub-18, sub-19 e sub-20. No Mundial de sub-20, que teve lugar no Canadá em 2007, cotou-se como um dos melhores jogadores da selecção portuguesa.


Voltou à titularidade no Sporting em Novembro de 2007, frente ao Leixões, para três dias depois se estrear na Liga dos Campeões, com uma sólida exibição em Old Trafford, contra o Manchester United.


No jogo de qualificação da Liga dos Campeões da UEFA de 2009/10, contra o FC Twente, o Sporting perdia por 0-1 aos 94 minutos de jogo, após um empate 0-0 na primeira-mão. Patrício correu para o meio campo do adversário quando da marcação de um canto e saltou para cabecear a bola juntamente com Rukavytsya. Os dois jogadores pareciam poder tocar a bola e Patrício atrapalhou de tal modo o adversário que este acabou por fazer um auto-golo, ficando assim o Sporting qualificado para a fase seguinte (Play off).


Vários clubes europeus demonstraram interesse nele, nomeadamente o Manchester United. Este interesse pareceu confirmado, pelo facto de ter desencadeado no Sporting a vontade de aumentar a sua cláusula de rescisão em 10 milhões de euros. Para além do mítico Manchester, também o Arsenal, o Roma, o Milão, a Juventus e o Atlético de Madrid andaram na peugada do jovem jogador, agora com 24 anos. Em Janeiro de 2012, Rui Patrício foi considerado o melhor guarda-redes da Europa pelo site espanhol “20 minutos”, ficando à frente de Casillas, Petr Cech e Buffon.


Conquistou as Taças de Portugal e as Super Taças de Portugal de 2007 e 2008, ao serviço do Sporting.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012





EFEMÉRIDEFrancesco Cavalli, de seu verdadeiro nome Pietro Francesco Caletti-Bruni, compositor e organista italiano do início do período barroco, nasceu em Crema, na Lombardia, em 14 de Fevereiro de 1602. Morreu em Veneza no dia 14 de Janeiro de 1676.


O nome porque ficou conhecido foi inspirado no apelido do seu mecenas, um nobre veneziano. Foi também cantor, tendo entrado para o coro da Basílica de São Marcos em 1616, sob a direcção de Monteverdi. Tornou-se depois 2º organista em 1639, 1º organista em 1665 e mestre de capela em 1668. A morte de Monteverdi fez com que Cavalli assumisse a liderança dos compositores e músicos de Veneza.


Foi compositor de música sacra, perdida na sua maior parte. Com o incremento da ópera, escreveu – a partir de 1639 – cerca de quarenta peças de grande sucesso, como “Equisto”, “Giasone”, “Xerxes” e “Erismena”, que foram encenadas em toda a Itália. Foi convidado para espectáculos em Paris (1660 e 1662). Ao contrário das primeiras óperas académicas, as de Cavalli tinham um ritmo mais ágil e eram cómicas, explorando o contraste entre o recitativo e a ária. Ele é provavelmente o compositor mais importante da sua geração, no que respeita a óperas públicas.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012




EFEMÉRIDEJosé Veiga Simão, professor de Física e político português, nasceu na Guarda em 13 de Fevereiro de 1929.


Licenciou-se em Ciências Físico-Químicas na Universidade de Coimbra em 1951, tendo-se doutorado em Física Nuclear na Universidade de Cambridge em 1957. Professor catedrático da Universidade de Coimbra a partir de 1961, foi nomeado em 1963 reitor da Universidade de Lourenço Marques, que foi praticamente uma criação sua. Regressou a Portugal em 1970, para assumir o cargo de ministro da Educação Nacional, que abandonaria com a Revolução dos Cravos. Durante aquele período, afirmara-se como defensor da democratização do ensino e foi responsável pela criação da Universidade de Aveiro em 1973. Foi embaixador de Portugal nas Nações Unidas entre 1974 e 1975, ano em que se estabeleceu nos Estados Unidos. Foi “visiting fellow” da Universidade de Yale, consultor do National Assessment and Dissemination Center e dirigiu a Portuguese Heritage Foundation.


Quando regressou a Portugal, foi presidente do Laboratório Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial de 1978 a 1983 e contratado como professor catedrático da Universidade da Beira Interior entre 1985 e 1992.


Voltou à vida política em 1983, sendo eleito deputado à Assembleia da República pelo Partido Socialista. Assumiu depois a pasta de ministro da Indústria e Energia no Bloco Central, até 1985. Em Novembro de 1997, António Guterres nomeou-o ministro da Defesa, cargo que desempenhou até 1999.


Veiga Simão é Doutor Honoris Causa pelas seguintes universidades: Universidade de Witwatersrand (Joanesburgo), Universidade Eduardo Mondlane (Maputo), Lesley College (Cambridge/Massachusetts), Universidade de Aveiro, Universidade do Minho, Universidade da Beira Interior e ISCTE-IUL.


Ele, pecador, se confessa...

domingo, 12 de fevereiro de 2012




EFEMÉRIDEFranco Zeffirelli, de seu verdadeiro nome Gianfranco Corsi, realizador, cenarista e produtor de cinema italiano, nasceu em Florença no dia 12 de Fevereiro de 1923. Foi também político, tendo sido senador pela Catânia (1996 a 2001).


Foi abandonado em criança e confiado ao Orfanato dos Inocentes. A mãe, apaixonada pela música de Mozart, decidiu inscrevê-lo sob o nome de Zeffiretti, mas um erro da secretária que a atendeu “transformou-o” em Zeffirelli, apelido com que viria a celebrizar-se. Muito cedo, teve a sorte de ter ficado aos cuidados de uma velha inglesa que habitava em Florença. Ela ensinou-lhe a sua língua e levou-o a descobrir Shakespeare, que foi o “click” da sua vida.


Começou a sua carreira artística como assistente de Luchino Visconti, com quem manteve relações tempestuosas. Seguiu-o primeiro no teatro e só depois no cinema, com os filmes “La Terra trema” e “Senso”. Visconti abriu-lhe o caminho, mas as suas relações degradaram-se e Visconti nunca aceitou que Zeffirelli voasse com as suas próprias asas e sobretudo que lhe tenha “roubado” Maria Callas.


No fim dos anos 1950, começou uma carreira de realizador de óperas, que durou várias décadas e o levou a trabalhar regularmente para o Scala de Milão e para a Metropolitan Opera de Nova Iorque. Dirigiu Maria Callas na “Traviata” em Dallas (1959), “Tosca” em Londres e Paris (1964) e “Norma” em Paris (1964 e 1965). Em 1966, em Nova Iorque, inaugurou a sala de ópera do Lincoln Center, dirigindo a ópera “António e Cleópatra” de Samuel Barber, de que escreveu igualmente o libreto.


Em 1967 realizou a adaptação cinematográfica de uma peça de Shakespeare, em que as vedetas eram Elizabeth Taylor e Richard Burton. O sucesso encorajou-o a adaptar “Romeu e Julieta” no ano seguinte. O filme foi considerado uma obra-prima, tendo recebido quatro nomeações para os Oscars.


Durante os anos 1970 dirigiu dois filmes de inspiração religiosa: “Francisco e o Caminho do Sol” (sobre a vida de São Francisco de Assis) e a mini-série “Jesus da Nazaré”, que atingiu 27 milhões de espectadores só em Itália.


Foi depois para os Estados Unidos, onde realizou “O Campeão” e “Um amor infinito”. Durante os anos 1980, dirigiu óperas filmadas como “La Traviata” e “Otello”. Voltou a Shakespeare em 1990, com uma versão de “Hamlet” interpretada por Mel Gibson e Helena Bonham Carter.


Mais recentemente, realizou “Um chá com Mussolini”, filme largamente autobiográfico sobre a sua infância em Florença. Continuou sempre a trabalhar e, após ter sido posto à margem pela intelectualidade italiana por causa das suas ideias conservadoras, conheceu finalmente o reconhecimento merecido, ao ser considerado como «fazendo parte do tesouro nacional italiano».



Um político popular


Música, linguagem universal...

sábado, 11 de fevereiro de 2012


Filmado em Lisboa



EFEMÉRIDEPedro Emanuel dos Santos Martins Silva, ex-futebolista e actual treinador português, nasceu em Luanda no dia 11 de Fevereiro de 1975.


Começou a jogar no FC Marco (1993/1994), passou pela Ovarense (1994/1995) e pelo Penafiel (1995/1996), transferindo-se na época seguinte para o Boavista, onde venceu a Taça de Portugal (1996/1997) e veio a conquistar o seu primeiro título de Campeão Nacional (2000/2001).


Em 2002 foi contratado pelo Porto. Neste clube, conquistou o título de Campeão Nacional por cinco vezes, ganhou três Taças de Portugal, uma Super Taça de Portugal, a Taça UEFA 2002/2003, a Liga dos Campeões Europeus 2003/2004 e a Taça Intercontinental 2004.


Em Junho de 2009, pôs fim à sua carreira como futebolista profissional e assumiu o cargo de treinador da equipa de sub-17 do Porto. No início da época 2009/2010, foi anunciado como assistente do treinador André Villas-Boas, junto do plantel principal do Porto.


Em 2011 aceitou uma proposta da Académica de Coimbra, através da qual deu início efectivamente à sua carreira como técnico principal. Na época 2011/2012 colocou a Académica na final da Taça de Portugal, jogo que será disputado em Maio de 2012 frente ao Sporting.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012




EFEMÉRIDEFernando Albino Sousa Chalana, ex-futebolista português, nasceu no Barreiro em 10 de Fevereiro de 1959.


Iniciou-se no Barreirense, alfobre de grandes jogadores na década de 1970 e princípios de 1980, tendo jogado no Benfica entre 1975 e 1984 e, depois, entre 1987 e 1990.


O seu pé esquerdo fez furor nos Europeus de 1984 em França, com Portugal a atingir as meias-finais. Em seguida, o “pequeno génio”, como era conhecido, assinou pelo Bordéus por 18 milhões de euros. O dinheiro da transferência permitiu ao seu “clube do coração” concluir o fecho do estádio, com o acabamento do terceiro anel.


Não seria, porém, muito feliz no Bordéus, em virtude de sucessivas lesões. Três anos mais tarde, voltou ao Benfica, acabando a sua carreira no Belenenses (1990/1991) e no Estrela da Amadora (1991/1992).


Em 2005, a banda punk portuguesa The Clockwork Boys decidiu prestar tributo a este grande jogador, gravando o tema “Fernando Chalana era Rock'n'Roll ”.


Na época 2002/2003, ingressou na equipa técnica do Benfica como adjunto de Jesualdo Ferreira. Os maus resultados ditaram a rescisão do contrato de Jesualdo em Novembro de 2002. Como forma de transição, até o Benfica encontrar um novo técnico, Chalana assumiu por um jogo (Benfica 3 - Braga 0) o cargo de técnico principal. Para além do resultado obtido na partida que dirigiu, também teve o mérito de apostar no jogador Miguel (hoje a actuar no Valência) como lateral direito, uma função que ainda hoje desempenha. Após essa partida, o espanhol José António Camacho foi apresentado como novo técnico principal e Chalana voltou ao cargo de adjunto. Em 2008 foi novamente treinador principal, após a demissão de Camacho. Em Maio de 2008 voltaria a ser treinador adjunto, após a contratação de Quique Flores.


Este é o seu palmarés: 27 vez internacional pela equipa de Portugal (1976/1988); seis Campeonatos Nacionais, três Taças de Portugal e duas Super Taças de Portugal, em representação do Benfica; eleito Futebolista do Ano em 1976 e 1984; e Campeão de França pelo Bordéus em 1985.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012




EFEMÉRIDE Mia Farrow, de seu verdadeiro nome Maria de Lourdes Villiers Farrow, manequim, cantora e actriz norte-americana, nasceu em Los Angeles no dia 9 de Fevereiro de 1945.


É filha da actriz Maureen O'Sullivan, muito popular pelos filmes do Tarzan, juntamente com Johnny Weissmuller.


Teve uma relação de doze anos com Woody Allen e actuou em vários de seus filmes. Antes, fora casada com Frank Sinatra, apesar de terem 29 anos de diferença de idades, e com um maestro alemão. Tem 14 filhos, nove sendo de adopção. Separou-se de Woody Allen, depois de ter descoberto o seu envolvimento com uma das suas filhas adoptivas (Soon-Yi).


Ficou conhecida a partir da sua interpretação em “Rosemary’s Baby”, de Roman Polanski (1968). Foi nomeada várias vezes para os Globos Ouro de Melhor Actriz, tendo vencido num deles. Foi a primeira actriz americana a ser aceite como membro da prestigiada Royal Shakespeare Company, sediada em Londres. Interpretou cerca de quarenta filmes.


Tem uma autobiografia intitulada “What Falls Away”. Conheceu o famoso pintor Salvador Dalí com quem manteve uma grande amizade. É igualmente bastante apreciada pelas suas acções humanitárias, sendo embaixadora da Unicef e defensora dos direitos das crianças, recolhendo fundos e ocupando-se de crianças das regiões em estado de guerra. Em 2007, ofereceu-se para trocar a sua liberdade em favor de um chefe rebelde do Darfur hospitalizado num hospital das Nações Unidas, que estava receoso de deixar o hospital com medo das represálias.


Em 2008, foi citada pela revista norte-americana “Time” como uma das personalidades mais influentes do planeta. Em 2009, o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandato de captura contra o Presidente do Sudão Omar al-Bashir, o que provocou a expulsão de treze missões humanitárias. Mia Farrow entrou então em greve de fome, bebendo exclusivamente água, mas foi obrigada a pôr fim ao jejum, doze dias depois, a conselho dos médicos.


Vive actualmente entre a sua residência em Nova Iorque, no Soho, e uma propriedade em Bridgewater (Connecticut).


Novos talentos (condutora de autocarros em Basileia)

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012




EFEMÉRIDE Javi Garcia, de seu verdadeiro nome Francisco Javier García Fernández, futebolista espanhol que joga actualmente no Benfica, nasceu em Múrcia, no dia 8 de Fevereiro de 1987.


Formado na academia de futebol do Real Madrid, estreou-se na sua equipa principal em Novembro de 2004. Na época seguinte, jogou pela Equipa B. No Verão de 2006, foi Campeão Europeu de Sub-19, impressionando favoravelmente os responsáveis do Real Madrid e o treinador da equipa principal Fabio Capello.


Na época 2009/2010, assinou contrato com o Benfica, numa transferência que custou 7,5 milhões de euros ao clube encarnado. Os seus direitos desportivos e económicos pertencem agora inteiramente ao Benfica, que possui uma cláusula de rescisão no valor de 30 milhões de euros, num vínculo que o mantém ligado ao clube encarnado durante cinco épocas.


Javi García iniciou-se da melhor forma no clube, tendo vindo a ser titular em todas as partidas e mostrando-se uma peça fundamental no esquema táctico de Jorge Jesus. As suas boas exibições não passaram despercebidas e despertaram o interesse de grandes clubes europeus.


A segunda época ao serviço dos encarnados não correu tão bem ao colectivo, mas Javi García manteve o seu bom nível exibicional, continuando a ser cobiçado por vários colossos da Europa. Apesar de todo este interesse, Javi disse sempre que estava muito bem, declarando inclusivamente que nunca tinha sentido tanto uma camisola como a do Benfica. Não foi apenas por declarações como estas que Javi García conquistou o coração dos benfiquistas, foi também graças ao sacrifício e empenho demonstrado em cada jogo.


Em Setembro de 2011 atingiu o jogo nº 100 ao serviço do Benfica, num encontro contra o Manchester United no Estádio da Luz, que terminou empatado (1-1). Após o encontro, Javi García disse que teria sido bonito ter ganho o seu “jogo centenário”, mas afirmou ter ficado muito feliz pela exibição da equipa.


Do seu palmarés fazem parte: o título nacional da 2ª divisão de Espanha pela equipa B do Real (2004/2005), o Campeonato Europeu de Sub-19 com a Selecção Espanhola (2006), uma Super Taça de Espanha pelo Real Madrid (2008), o Campeonato Português (2009/2010) e duas Taças da Liga (2010 e 2011) com o Benfica.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012




EFEMÉRIDEJosef Mengele, médico alemão que se tornou tristemente conhecido por crimes cometidos durante o regime nazi, morreu em Bertioga, no Brasil, em 7 Fevereiro de 1979. Nascera em Günzburg no dia 16 de Março de 1911. O seu verdadeiro apelido era Beppo e era conhecido no campo de concentração de Birkenau como Todesengel (o Anjo da Morte).


Mengele foi oficial médico chefe da principal enfermaria do campo de Birkenau, que fazia parte do complexo Auschwitz-Birkenau.


Quase todas as experiências de Mengele careciam de valor científico, mas foram financiadas pelo governo nazi. Incluíam, por exemplo, tentativas de mudar a cor dos olhos mediante injecções de substâncias químicas nos olhos de crianças, amputações diversas e outras cirurgias brutais e, pelo menos numa ocasião, uma tentativa de criar siameses artificialmente, mediante a união de veias de irmãos gémeos (a operação foi um fracasso e o único resultado foi que as mãos dos pacientes se infectaram gravemente). As pessoas objecto das experiências de Mengele, nos casos em que sobreviviam, eram quase sempre assassinadas para dissecação dos corpos.


Em cooperação com outros médicos, Mengele tentou também encontrar um método de esterilização em massa. Muitas das vítimas foram mulheres, a quem injectava diversas substâncias, muitas delas tendo sucumbido.


Fez experiências com ciganos e judeus que tinham doenças hereditárias, nanismo, síndrome de Down, irmãos siameses e outras afecções e dissecou vivas algumas pessoas mestiças, submergindo depois os seus cadáveres numa tina contendo um líquido que consumia as carnes, deixando livres os ossos. Os esqueletos eram então enviados para Berlim, como macabro mostruário da degeneração física dos judeus ou outros.


Por vezes realizava sessões de submersão em água gelada de prisioneiros mais fortes, para observar as suas reacções face à hipotermia. Também cooperou com o seu equivalente na Força Aérea, o médico Sigmund Rascher, em algumas experiências em que submetia pessoas a mudanças de pressão extremas. As vítimas morriam com horrorosas convulsões, causadas por excessiva pressão intra-craniana.


Mengele fez, numa certa ocasião, carregar um vagão de comboio com caixões, que os prisioneiros notaram «ser demasiado pesados para o seu volume». Os caixões iam com destino a Günzburg e alguns prisioneiros deduziram (correctamente) que continham lingotes do ouro proveniente das extracções dentárias das vítimas do campo. Este foi um dos primeiros indícios de que Mengele tinha pressentido o fim da Alemanha nazi. Em Novembro de 1944, Richard Baer, comandante de Auschwitz, recebeu uma estranha ordem para desmantelar as instalações. A ordem provinha directamente de Adolf Hitler e a muitos causou surpresa. Para Mengele, a ordem não causou estranheza, pois estava convencido que a Alemanha ia perder a guerra. Mengele abandonou o campo de forma encoberta em Janeiro de 1945 e, dez dias depois, o Exército Vermelho Soviético chegou ao campo e libertou os sobreviventes.


Em Abril fugiu para o oeste, disfarçado de membro da infantaria regular alemã, com identidade falsa, mas foi capturado. Como prisioneiro de guerra, cumpriu uma pena de prisão perto de Nuremberga. Foi libertado depois, porque se desconhecia a sua verdadeira identidade. Sabe-se que fugiu para a Argentina, provavelmente ainda na década de 1940.


Depois da captura de Adolf Eichmann por agentes da Mossad, em Buenos Aires, Mengele decidiu fugir da Argentina e esconder-se no Paraguai, passando em seguida para o Brasil. Inacreditavelmente, nem a Mossad nem o Centro Simon Wiesenthal conseguiram localizá-lo, apesar do seu filho Rolf o ter visitado duas vezes e com ele trocar correspondência.


No Brasil, viveu numa propriedade de um casal de austríacos, Wolfram e Liselotte Bossert, sob o nome falso de Wolfgang Gerhard. Quando lhe faziam perguntas sobre o seu passado, afirmava que – como oficial alemão – se tinha limitado a seleccionar pessoas aptas para o trabalho e que nunca matara ninguém. Em 1979, o seu estado de saúde estava em franca deterioração e a família austríaca que o assistia convidou-o a refrescar-se numa praia com clima suave, Bertioga, no litoral paulista. Mengele aceitou. Quando algumas pessoas que o acompanhavam entraram no mar, Mengele seguiu-os até alcançar uma distância de 100 metros, mas em águas pouco profundas. Então, por motivos confusos e nunca totalmente esclarecidos, afogou-se apesar de um dos seus amigos ter imediatamente ido em seu auxílio. Teria sofrido um ataque cardíaco.


O facto de ter escapado durante dezenas de anos às polícias mais experimentadas do Mundo, contribuiu para fazer de Mengele uma personagem mediática, mas o que prevalecerá para todo o sempre nas memórias colectivas e na história do século XX é o facto dele ser um dos símbolos da medicina corrupta e criminosa do terceiro Reich. Devido às atrocidades por ele cometidas durante a guerra, o seu título de Doutor foi revogado pelas Universidades de Frankfurt e de Munique.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012




EFEMÉRIDEHelena Isabel Correia Ribeiro, actriz e cantora portuguesa, nasceu em Lisboa no dia 6 de Fevereiro de 1952.


Bacharel em Teatro/Formação de Actores pela Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa (1995), iniciara-se como actriz em 1974, tendo estado integrada na Companhia Laura Alves e sido co-fundadora do Teatro Adóque. Com João Mota, fez parte de Os Bonecreiros, de onde passou para o Grupo 4, dirigido por João Lourenço. As suas mais recentes peças foram “Jantar de Idiotas” (2004) e “O Chato” (2005), de Francis Veber, com encenações de António Feio no Teatro Villaret.


Actriz assídua em produções televisivas, integrou o elenco de numerosas novelas, a partir de “Vila Faia” (RTP, 1982). Participou também em algumas séries, como a sitcomCuidado com as Aparências” premiada nos Globos de Ouro (SIC, 2002) ou “Duarte & Companhia” (RTP, 1985). Na década de 1980, colaborou com Herman José nos elencos de “O Tal Canal” (RTP, 1983) e “Hermanias” (RTP, 1984). Mais recentemente, participou na série “Aqui não há quem viva” (2006/2008) e nas telenovelas “Fascínios” (2007/2008) e “Flor do Mar” (2008/2009).


No cinema participou em cerca de quinze filmes, entre eles “A Maluquinha de Arroios” (1970) e “Os Touros de Mary Foster” (1972) de Henrique Campos, “A Santa Aliança” (1980) de Eduardo Geada e “A Vida é Bela?!” (1982) de Luís Galvão Telles. A sua interpretação em “Os Abismos da Meia Noite” (1984) de António de Macedo, realizador que também a dirigiu em “O Princípio da Sabedoria” (1975), valeu-lhe o Prémio de Melhor Actriz do Instituto Português de Cinema.


Foi casada com o cantor Paulo de Carvalho, tendo os dois tido um filho, Bernardo (1988), que agora é compositor de música, conhecido pelo nome de Agir.

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Aposentado da Aviação Comercial, gosto de escrever nas horas livres que - agora - são muitas mais...