sábado, 30 de abril de 2016

30 DE ABRIL - GORDON SCOTT

EFEMÉRIDEGordon Scott, de seu verdadeiro nome Gordon M. Werschkul, actor norte-americano, morreu em Baltimore no dia 30 de Abril de 2007. Nascera em Portland, em 3 de Agosto de 1926. Era especialmente popular por ter interpretado o papel de Tarzan em cinco filmes e na televisão (1955/60).
Estudou na Universidade de Oregon, mas apenas durante um semestre. Com o eclodir da Segunda Guerra Mundial, tornou-se instrutor de infantaria, ensinando aos soldados o manuseamento de armas, além de ser monitor de judo e de outras modalidades de luta.
Depois do fim da guerra, tornou-se polícia. A partir de 1947, fez de tudo um pouco: bombeiro, vaqueiro, pescador e, por pouco tempo, lutador profissional de wrestling. Em 1953, ao trabalhar como nadador-salvador no Las Vegas Sahara Hotel, foi descoberto por um grupo de agentes de Hollywood, que notaram os seus bíceps de 49 centímetros, além do seu desenvolvido tórax. Já tinham organizado cerca de 200 castings, com vários actores, na busca de um novo Tarzan, para substituir Lex Barker. Scott foi escolhido como o novo “Rei da Selva”. O produtor Sol Lesser (que vinha produzindo os filmes de Tarzan desde os tempos de Johnny Weissmuller) contratou-o por sete anos.
Os três primeiros filmes de Tarzan com Scott, embora bem recebidos, ainda realçavam a personalidade do “homem macaco” como alguém que não conversava nem sabia comportar-se na civilização. Edgar Rice Burroughs, o criador de Tarzan, ficava aliás aborrecido com as caracterizações do seu personagem feitas por Johnny Weissmuller e Lex Barker. Segundo Burroughs, o seu personagem era, pelo contrário, «um homem sensível e, acima de tudo, inteligente».
Foi outro produtor, que já lera directamente alguns dos livros de Edgar Rice Burroughs sobre Tarzan, que mudou as características do Tarzan “do cinema”, transformando-o num herói esperto, conversador e reflexivo na acção, embora não perdendo o seu lado selvagem. Scott teve assim de mudar a maneira de actuar do personagem. Protagonizou o seu derradeiro papel de Tarzan no filme “Tarzan, The Magnificent”, em 1960, sendo substituído a partir daí por Mahoney.  
Deixando de interpretar Tarzan, Scott foi para Itália, onde entrou em vários filmes épicos italianos, interpretando outros heróis poderosos, como Hércules, ou Maciste. Gordon Scott tornou-se uma grande sensação em toda a Europa.
Scott era muito amigo do também culturista e actor Steve Reeves. Quando a moda dos épicos europeus invadiu os cinemas do mundo inteiro, Scott e Reeves tornaram-se os dois astros mais conceituados deste género, que utilizava homens fortes e musculosos, em personagens como Hércules, Golias e Sansão. Os dois contracenaram juntos em “Rómulo e Remo”.
Gordon Scott foi casado três vezes. Deixou de actuar em 1967, ganhando a vida a participar em convenções sobre Tarzan e os filmes épicos. Em 1994, foi visto ao lado de Steve Reeves, com quem dividia as atenções dos fãs, numa convenção sobre filmes de Maciste e Hércules.
Nos últimos cinco anos de vida, viveu no bairro de Brooklyn, em Baltimore, onde foi acolhido por um casal de fãs, Roger e Betty Thomas, que o admiravam como actor e que tinham conhecido durante uma viagem a Hollywood. Scott perdera todos os contactos familiares. «Não tinha mais ninguém», segundo informou o casal Thomas no momento do seu falecimento. Morreu aos 80 anos, devido a complicações pós-operatórias de várias cirurgias cardíacas.

sexta-feira, 29 de abril de 2016

FADO (quadras)

FADO
(quadras)
1
Levanta o meu astral
Só ouvir aquela voz:
- Fado canção nacional
Desde o tempo dos avós.
2
Cantar é a minha sina,
Fado é o meu destino.
O que mais me amofina
É que quase perco o tino.
3
Fados p’ra todos os gostos,
De alegria ou saudade,
Apagam os meus desgostos
São canções sem ter idade.
4
O fado, canção nostálgica,
Mas que nos pode encantar
E tornar a vida mágica
Só das letras escutar. 
5
P’ra me fazeres feliz
E me dares prazer nisso,
Faz o que sempre eu quis:
Canta um fado castiço.
6
Amália ou Camané:
Deliro ouvir cantar.
Fazem calar um bebé
Ou algum velho chorar.


Gabriel de Sousa

29 DE ABRIL - GEORGE FARQUHAR

EFEMÉRIDEGeorge Farquhar, dramaturgo irlandês, morreu em Londres no dia 29 de Abril de 1707. Nascera em Derry, na Irlanda, em 1678.
Após ter estudado no Trinitty College de Dublin, que deixou em 1695 quando faleceu um arcebispo que era seu protector, foi corrector de provas e depois actor (por pouco tempo e sem muito sucesso). Foi então para Londres, onde – aconselhado por um amigo – passou a escrever comédias.
Em 1698, escreveu a sua primeira peça, intitulada “Love and a Bottle”, que foi representada com grande sucesso. Seguiram-se “The Constant Couple” (1698), “Sir Henry Wildair” (1701) e “The Stage Coach” (1704).
As duas obras mais importantes de Farquhar são: “The Recruiting Officer” (1706) e “The Beaux' Stratagem” (1707).
Casou com uma mulher também pobre e não pôde resistir muito tempo às privações impostas pelas necessidades da família. Morreu com menos de trinta anos. 
Escreveu ao todo oito comédias, que tiveram várias reedições – muitas delas a título póstumo. 

quinta-feira, 28 de abril de 2016

28 DE ABRIL - EKATERINA MAXIMOVA

EFEMÉRIDE Ekaterina Sergueïevna Maximova, bailarina russa, morreu em Moscovo no dia 28 de Abril de 2009. Nascera na mesma cidade em 1 de Fevereiro de 1939.
Foi uma aluna muito dotada na Escola de Dança do Teatro Bolshoi, onde teve como professora Elizaveta Gerdt.
Ingressou no Ballet Bolshoi em 1958, tendo actuado até 1988 juntamente com o seu parceiro e futuro marido, o bailarino e coreógrafo Vladimir Vasiliev. Foi preparada por Galina Ulanova e, mais tarde, foi ela que preparou a promissora Svetlana Lunkina.
O seu repertório incluía: “Giselle”, “A Bela Adormecida”, “Cinderella”, “Don Quixote”, “Spartacus”, “Paganini”, “Nutcracker” e “Stone Flower”.
Foi técnica de ballet no Teatro do Kremlin e no Bolshoi, tendo ensinado igualmente no instituto GITIS.
Sendo uma das dançarinas mais populares e mais admiradas do século XX, não cessou de obter sucessos sobre sucessos em todos os países em que actuou. Foi sepultada no cemitério de Novodiévitchi, ao lado de personalidades como Tchekhov, Chostakovitch e Prokofiev.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

27 DE ABRIL - PIERRE-JEAN REMY

EFEMÉRIDEPierre-Jean Remy, de seu verdadeiro nome Jean-Pierre Angremy, diplomata, romancista e ensaísta francês, morreu em Paris no dia 27 de Abril de 2010. Nascera em Angoulême, em 21 de Março de 1937. Foi eleito para a Academia Francesa em Junho de 1988. Publicou alguns livros sob outros pseudónimos (Nicolas Meilcour, Raymond Marlot, Jean-René Pallas e Pierre Lempety).
Estudou no Liceu Condorcet em Paris, onde obteve o bacharelato. Ingressou depois no Instituto de Estudos Políticos. Estudou igualmente Direito. Economia e Sociologia na Universidade. Foi assistente do filósofo e sociólogo Herbert Marcuse na Universidade de Brandeis, perto de Boston. Seguidamente (1961/63), foi aluno na ENA (Escola Nacional de Administração). 
Diplomata, desempenhou funções em Hong-Kong, Pequim, Londres, Florença e Paris, onde foi embaixador e delegado permanente de França junto da UNESCO (1990/94).
Em alternância com a sua carreira diplomática, ocupou diversos cargos na alta função pública – director-adjunto da ORTF (1971/75), director do teatro e dos espectáculos no Ministério da Cultura (1979/81) e director geral das relações culturais, científicas e técnicas no Ministério dos Negócios Estrangeiros (1987/90). Foi também presidente da Biblioteca Nacional de França (1997/2002).
Autor de 65 livros, recebeu – entre outros – o Prémio Renaudot em 1971, o Prémio de Novela da Academia Francesa (1984), o Grande Prémio do Romance da Academia (1986) e o Prémio Max-Jacob (1998).
Era Comendador da Legião de Honra, Oficial da Ordem Nacional do Mérito e Comendador das Artes e das Letras

terça-feira, 26 de abril de 2016

26 DE ABRIL - CAETANO DA COSTA ALEGRE

EFEMÉRIDECaetano da Costa Alegre, poeta de nacionalidade portuguesa e origem cabo-verdiana, nasceu em São Tomé no dia 26 de Abril de 1864. Morreu em Alcobaça, em 18 de Abril de 1890.
Em 1882, mudou-se para a Europa e frequentou as aulas de uma escola de Medicina em Lisboa, com a finalidade de se formar como médico naval. Morreu vítima de tuberculose antes de poder atingir tal objectivo. Tinha apenas 25 anos de idade.
Em 1916, um seu amigo, o jornalista Cruz Magalhães, publicou a poesia escrita por Costa Alegre durante os seus oito anos de estadia em Portugal (“Versos”). A obra, escrita num estilo romântico, popular na época, teve êxito imediato pela forma como ele celebrara as suas origens africanas, expressara a nostalgia do estilo de vida de São Tomé e descrevera o sentimento de alienação em que se encontrava a sua raça.
Costa Alegre expressou a sua tristeza por ter sido recusado por uma mulher branca devido à cor da sua pele, numa das primeiras tentativas de um poeta africano para abordar temas raciais.
Utilizando um estilo diferente do europeu, os seus temas preferidos fazem dele um precursor dos escritores e poetas africanos, que abordaram posteriormente os problemas raciais e as recordações nostálgicas do passado (no seu caso, as suas reminiscências de São Tomé).
Encontra-se colaboração sua nas revistas “A imprensa” (1885/1891) e “A Leitura” (1894/1896), alguma publicada a título póstumo.
A sua poesia tornou-se ainda mais conhecida ao ser publicada no “Almanach de Lembranças Luso-Brasileiro” (1893) e na “História Ethnographica da Ilha de S. Tomé”. 

segunda-feira, 25 de abril de 2016

25 DE ABRIL - ANNA SEWELL

EFEMÉRIDEAnna Mary Sewell, escritora inglesa, morreu em Old Catton no dia 25 de Abril de 1878. Nascera em Great Yarmouth, em 30 de Março de 1820.
Anna teve uma educação esmerada e variada, mas – até aos 12 anos – não frequentou a escola pública, estudando em casa. Viria depois a ficar inválida para toda a vida, andando apenas com a ajuda de muletas, na sequência de uma queda nos degraus da escola que começara a frequentar. Passou a ocupar muito do seu tempo a acompanhar o pai no trabalho. O facto de se sentar no lugar do cocheiro fez com que começasse a simpatizar com os cavalos.
A saúde continuou sempre a deteriorar-se e tinha de passar dias inteiros deitada na cama. Tendo já dificuldade em escrever, contou sempre com a ajuda da mãe.
Levou seis anos (1871/77) a escrever a sua obra-prima, “Black Beauty”, onde traduziu os seus sentimentos e contou a história do seu cavalo preto. Através dela, apercebemo-nos do sofrimento do animal para se adaptar ao freio, carregar fardos pesados em subidas íngremes e estar muitas horas ao frio. Anna Sewell criticava sobremaneira o uso da correia que impede os animais de levantarem a cabeça, por ser um acessório que lhes causa bastante sofrimento.
Ironicamente, os cavalos das carruagens que acompanharam o seu funeral usavam aquelas correias (gamarras), mas a mãe exigiu que fossem retiradas – ao menos por esta vez – em homenagem à sua filha. O livro foi um bestseller. 

domingo, 24 de abril de 2016

24 DE ABRIL - CANHOTO DA PARAÍBA

EFEMÉRIDECanhoto da Paraíba, de seu nome Francisco Soares de Araújo, também conhecido por Chico Soares, violonista e músico brasileiro, morreu em Paulista no dia 24 de Abril de 2008. Nascera em Princesa Isabel, em 9 de Março de 1926.
Em criança, por ser canhoto, tocava com o violão invertido, mas sem inverter as cordas, pois tinha de compartilhar o instrumento com os irmãos, que eram destros. Embora fosse filho de pai violonista, também não teve oportunidade de aprender muito com ele, pela mesma razão. Assim, aprendeu a tocar sozinho.
Canhoto compôs choros com um «agradável sabor nordestino». Conta a lenda que, ao ver Canhoto tocar pela primeira vez, Radamés Gnattali ficou tão impressionado que teria gritado um palavrão e atirado o seu copo de cerveja para o tecto e que o dono da casa – Jacob do Bandolim – nunca teria reparado a mossa para lembrar o momento.
Através da editora Rozenblit, gravou o disco “Único amor” que, posteriormente, foi relançado em CD. Canhoto tinha a sensibilidade aguçada. Na ocasião, para o acompanhar, escolheu Henrique Annes, violonista de formação erudita que, mais tarde, viria a tornar-se um dos maiores violonistas brasileiros. O produtor musical do disco foi Nelson Ferreira, grande maestro e arranjador de frevos. Outros discos muito populares de Canhoto da Paraíba foram: “Com Mais de Mil” (1997), produzido por Paulinho da Viola, e “Pisando em brasa” (1993), que contou com as participações de Paulinho e do violonista Rafael Rabello.
Juntamente com Paulinho da Viola, que produziu também o seu disco “O Violão Brasileiro Tocado pelo Avesso”, percorreu o Brasil no Projecto Pixinguinha, que tinha por finalidade divulgar o choro.
Foi agraciado com o título de Património Vivo de Pernambuco. Em 1998, sofreu um AVC que o deixou com o lado esquerdo do corpo paralisado e o impossibilitou de prosseguir a carreira. Faleceu em 2008, após um enfarte. Tinha 82 anos.

sábado, 23 de abril de 2016

23 DE ABRIL - NATALIA LAVROVA

EFEMÉRIDE - Natalia Aleksandrovna Lavrova, ginasta russa que competia em provas de ginástica rítmica, morreu em Penza no dia 23 de Abril de 2010, vítima de um acidente de automóvel. Nascera na mesma cidade em 4 de Agosto de 1984.
A notícia da sua morte chocou o mundo da ginástica. Ex-atleta da equipa russa de ginástica rítmica, consquistou as medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de Sidney (2000) e de Atenas (2004). Abandonou a competição em 2005, tornando-se treinadora da selecção russa.
O desastre ocorreu quando Natalia seguia na estrada que liga a sua cidade a Shemisheika. Era ela quem conduzia, acompanhada pela irmã. O carro colidiu com outro veículo, morrendo ambas. O motorista da outra viatura sofreu apenas ligeiros  ferimentos.
Natalia fez parte de uma magnífica geração de ginastas que ganhou quase tudo o que disputou. Embaixadora da escola russa de ginástica rítmica, ela tinha encantado milhões de telespectadores com as vitórias olímpicas - em 2000, vencendo a Bielorrúsia e a Grécia e. em 2004, sobre a Itália e a Bulgária.
Em 2010, estava com a selecção russa num processo de preparação para o Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica que se realizaria em Moscovo no mês de Setembro.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

22 DE ABRIL - JOAQUIM LOBO

EFEMÉRIDEJoaquim Proença Lobo, fotojornalista português, nasceu em Lisboa no dia 22 de Abril de 1944. Morreu na mesma cidade em 4 de Julho de 2011.
Em mais de 50 anos de carreira, passou por diversas periódicos – “Diário da Manhã” (1960/66), “Flama” (1966/71) e “A Capital” (1969/75)) – e foi um dos fundadores do grupo editorial Projornal (1975), que publicou jornais como “O Jornal”, o “Se7e”e o “Jornal de Letras, entre outros.
Foi um dos poucos fotojornalistas a registar a proclamação da independência de Angola em 1975. Antes, fotografara muitos momentos da guerra colonial. Em 2011, aquelas fotografias foram mostradas no âmbito da exposição “Os dias da independência – Angola 1975”, no Arquivo Municipal de Lisboa.
Dos seus trabalhos, destacam-se também as reportagens realizadas em Moçambique e Cabo Verde antes, durante e após os respectivos processos independentistas.
Joaquim Lobo publicou alguns livros, nomeadamente um trabalho fotográfico onde documentou o momento histórico do primeiro dia da independência de Angola.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

21 DE ABRIL - SHAKUNTALA DEVI

EFEMÉRIDEShakuntala Devi, popularmente conhecida como “o computador humano”, ex criança prodígio indiana, morreu em Bangalore no dia 21 de Abril de 2013. Nascera na mesma cidade em 4 de Novembro de 1929. Entrou para o Guinness Book of Records em 1982, ao acertar – em apenas 28 segundos – no resultado de uma multiplicação de dois números com 13 dígitos cada e indicados ao acaso pelo departamento de informática do Imperial College de Londres.
Nascida numa família que trabalhava no circo, revelou o seu dom para a matemática aos três anos de idade, quando o pai lhe tentava ensinar um truque com cartas. Aos cinco anos, já conseguia resolver mentalmente puzzles aritméticos com elevado grau de dificuldade. Foi apresentada, aos 6 anos, na Universidade de Mysore e, dois anos depois, fez experiências na Universidade Annamalai.
Contrariamente â outras crianças prodígio, os seus dons não se alteraram com a idade adulta. Entretanto, o pai – que era trapezista e funâmbulo – escolheu, para fim de carreira, ser domador de feras e “homem canhão”.
Nas décadas de 1950 a 1970, Shakuntala venceu várias competições matemáticas contra computadores.
Escreveu ao longo da vida numerosos livros sobre pedagogia da matemática, quebra-cabeças matemáticos e astrologia. Em 1977, publicou a primeira monografia indiana sobre a homossexualidade na Índia. Deu muitas conferências através do mundo, tanto em universidades como em órgãos de informação.
Shakuntala explicou muitas vezes que visualizava directamente os resultados, atribuindo o facto a inspiração divina.
A sua última obra foi publicada em 2006 (“In the Wonderland of Numbers”) e, embora apresentada como ficção, é considerada como a sua autobiografia. Faleceu em 2013, devido a problemas respiratórios e renais. Muitas centenas de pessoas assistiram ao funeral. 

quarta-feira, 20 de abril de 2016

20 DE ABRIL - TITO PUENTE

EFEMÉRIDETito Puente, de seu verdadeiro nome Ernesto Antonio Puente, músico porto-riquenho, nasceu em Nova Iorque no dia 20 de Abril de 1923. Morreu na mesma cidade em 1 de Junho de 2000.
É internacionalmente reconhecido pela sua enorme e significante contribuição para a música latina e como um líder de banda, compositor, arranjador e percussionista.
Gravou mais de 120 álbuns, publicou mais de 450 composições e ganhou cinco Grammy Awards. É um dos poucos músicos que merecem o título de Lenda, principalmente pela sua maestria no Mambo.
Os talentos artísticos de Tito Puente começaram por se desenvolver no campo da dança, tendo trabalhado com o pianista cubano e líder de banda Jose Curbelo, desde Dezembro de 1939.
Em Junho de 1942, juntou-se à Orquestra Machito. Mais tarde, foi tocar percussão para os Jack Cole dancers. Logo depois, alistou-se na Marinha e serviu na Segunda Guerra Mundial. Tocou saxofone e bateria na banda da armada e aprendeu a fazer arranjos com um piloto que tocava também saxofone.
Nos anos 1950, a banda de Tito Puente foi uma das três melhores de New York City, juntamente com as orquestras de Machito e de Tito Rodríguez. A música, com a sua alta energia, tornou-se um catalisador para juntar pessoas de todas as raças. Puente dirigiu então a onda de febre do Mambo e tornou-se famoso.
Orientou-se depois para o Jazz, que latinizou, tendo liderado uma orquestra e um grupo (1956). Dedicou-se à Bossa Nova nos anos 1960 e à Salsa nos anos 1980.
Em 1979, ganhou o primeiro dos cinco Grammy Awards com o álbum “Homenaje a Beny”, que foi um tributo ao cantor cubano Beny More. Outros Grammy Awards premiaram-no em 1983, 1985, 1990 e 2000.
Puente foi homenageado com uma estrela na Hollywood Walk of Fame em 1990 e também, em 1992, no filme “Os Reis do Mambo”. Recebeu a Medalha Nacional de Arte, entregue pelo então presidente Bill Clinton (1997) e foi homenageado pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos como uma Lenda Viva (2000). O “The New York Times” escolheu “Dancemania” de Tito Puente como um dos 25 álbuns mais influentes do século XX.
Durante a sua carreira, fez mais de dois mil arranjos e mais de dez mil espectáculos ao vivo. Actuou ao lado dos maiores nomes do Jazz, como Miles Davis, Lionel Hampton e Dizzy Gillespie, entre outros. 

terça-feira, 19 de abril de 2016

EDITH PIAF - "La vie en rose"


19 DE ABRIL - J. G. BALLARD

EFEMÉRIDE – James Graham Ballard (J. G. Ballard), escritor de ficção científica e antecipação social inglês, morreu em Londres no dia 19 de Abril de 2009, vítima de cancro. Nascera em Xangai, em 15 de Novembro de 1930.
O pai era presidente da filial chinesa de uma grande empresa de têxteis de Manchester. James Ballard passou uma infância feliz até à eclosão do conflito sino-japonês. Com a invasão japonesa, a família foi feita prisioneira em 1942, num campo de detenção onde ficou até ao fim da Segunda Guerra Mundial.
Em 1946, partiu para Inglaterra, prosseguindo os estudos na Leys School de Cambridge. Foi-lhe difícil, porém, adaptar-se à vida ocidental. Estudou Medicina no King's College e Literatura Inglesa na Universidade de Londres, mas sem sucesso. Por essa época, começou a interessar-se pela psicanálise e pelo surrealismo, que o fascinariam durante o resto da vida.
Para sobreviver, aceitou pequenos ofícios, que foram desde redactor de uma agência de publicidade até porteiro do Covent Garden, passando por vendedor de enciclopédias. Alistou-se depois na aviação militar e esteve no Canadá.
Em 1956, começou a dedicar-se à escrita e foi publicado pela primeira vez no magazine “New Worlds”. Casado em 1955 e com um filho, ganhava a vida com dificuldade. Trabalhou numa biblioteca até obter o lugar de adjunto do chefe de redacção da revista científica “Chemistry and Industry”. A família aumentou e teve de ir morar nos arredores de Londres, em Shepperton.
Escreveu o seu primeiro romance durante as duas semanas de férias anuais e obteve um contrato com a editora Berkley Books. Publicou seguidamente vários livros de ficção científica e muitas novelas.
Pouco a pouco, foi-se tornando um dos romancistas de referência da Nova Vaga Britânica, abordando novos temas e cuidando especialmente do estilo.
Com o falecimento da esposa em 1964, tornou-se escritor profissional, o que lhe possibilitava a presença em casa para se ocupar dos filhos. Interessou-se então pelas técnicas de escrita experimentais de Williams Burroughs.
Em 1980, voltou ao passado e publicou “Empire of the Sun”, um livro meio autobiográfico, onde relatou as suas experiências na Segunda Guerra Mundial. Nele conta a história de um menino britânico, Jim Graham (o mesmo nome do autor, James Graham), que vivia com os pais em Xangai. O livro foi adaptado ao cinema em 1987, numa realização de Steven Spielberg.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

18 DE ABRIL - WALTER AVANCINI

EFEMÉRIDEWalter Nunciato Abreu Avancini, brasileiro, escritor, autor e realizador de telenovelas e mini-séries televisivas, nasceu em São Caetano do Sul no dia 18 de Abril de 1935. Morreu no Rio de Janeiro em 26 de Setembro de 2001. Era pai da actriz Andréa Avancini, do realizador de novelas Alexandre Avancini e do artista plástico Otávio Avancini.
Foi um dos mais inovadores e criativos realizadores da história da televisão brasileira, sendo o responsável pela condução de verdadeiros clássicos da tele-dramaturgia, como “A Deusa Vencida” (onde lançou Regina Duarte e Ruth de Souza),”, “Gabriela”, “Saramandaia” e “Xica da Silva”, além de mini-séries e especiais históricos, aclamados não só no Brasil, como “Morte e Vida Severina”, “Avenida Paulista”, “Rabo de Saia”, “Grande Sertão: Veredas” e “Memórias de um Gigolô”, entre muitos outros trabalhos.
Dono de um espírito inquieto, acreditava que a televisão não era apenas um veículo para «histórias padrão produzidas em ritmo industrial», mas sim um dos mais poderosos meios de expressão cultural, como conseguiu demonstrar através das suas inúmeras e brilhantes realizações. Trabalhou também em Portugal, onde dirigiu a telenovela “A Banqueira do Povo”.
As suas últimas telenovelas foram feitas na Rede Manchete, onde lançou vários actores. Walter Avancini morreu vítima de cancro na próstata, deixando inacabada a telenovela “A Padroeira”, concluída por Roberto Talma. Ao longo da sua carreira, realizou cerca de sessenta novelas e mini-séries para televisão. 

domingo, 17 de abril de 2016

17 DE ABRIL - THORNTON WILDER

EFEMÉRIDEThornton Niven Wilder, dramaturgo e romancista norte-americano, nasceu em Madison, Wisconsin, no dia 17 de Abril de 1897. Morreu em Hamden, Connecticut, em 7 de Dezembro de 1975.
Depois de se graduar na Universidade Yale, cursou Arqueologia em Roma. Esteve na Europa entre o fim dos anos 1920 e o início dos anos 1930, acompanhando o florescimento da moderna dramaturgia de Pirandello, Cocteau e Strindberq.
A estreia como romancista deu-se com “The Cabala”, escrito em 1926 e fruto da sua admiração pela antiguidade clássica e da sua inabalável fé cristã. A obra mais conhecida, “The Bridge of San Luis Rey” (1928), rendeu-lhe o Prémio Pulitzer do Romance. Por outras obras que escreveu, recebeu dois Pulitzers de Teatro, em 1938 e 1942.
Wilder é considerado um clássico da literatura americana. Alcançou o sucesso, sobretudo, com as suas obras teatrais como “Our Town” (1938), parábola da vida quotidiana que gira sempre ao redor das mesmas preocupações (o trabalho, o amor e a morte), ou “The Skin of Our Teeth” (1942), na qual as personagens se debatem com catástrofes sucessivas.
Os romances e as novelas de Wilder abordam também problemas de natureza metafísica. Já nos seus textos da juventude, como “The Bridge of San Luis Rey”, questionava a existência de uma misteriosa vontade divina. Wilder renovou o teatro americano ao renunciar ao estilo naturalista, utilizando – para tal – elementos estilísticos próprios do teatro épico de Bertolt Brecht e das tragédias antigas. A sua última peça, “A Alcestíada” (1955), é uma interpretação cristã do “Alceste” de Eurípedes.
Em 1968, o seu romance “The Eighth Day” foi galardoado com o National Book Award de Ficção

sábado, 16 de abril de 2016

FRANK SINATRA - "Fly Me To The Moon"


CHRIS NORMAN & SUZI QUATRO - "Stumblin' In"


16 DE ABRIL - KINGSLEY AMIS

EFEMÉRIDEKingsley Amis, escritor britânico, nasceu em Londres no dia 16 de Abril de 1922. Morreu na mesma cidade em 22 de Outubro de 1995. Estudou em Oxford, onde se tornou professor de Literatura. Ensinou depois em Swansea, no País de Gales, e em Cambridge.
Revelou-se como um dos grandes prosadores ingleses que surgiram depois da Segunda Guerra Mundial, englobados no grupo “Angry Young Men” (“Jovens Revoltados”).
Em 1954, lançou o romance “Lucky Jin”, que foi o seu primeiro grande sucesso e lhe trouxe fama, prémios e algum dinheiro. Foi adaptado ao cinema.
Em 1963, abandonou o ensino para se dedicar inteiramente à escrita. No ano seguinte, começou a redigir um artigo sobre a obra de Ian Fleming. Ficou de tal modo longo que acabou por ser publicado em livro sob o título “The James Bond Dossier”.
Em 1966, o romance “The anti-death league” foi premiado com o Booker Prize. Kingsley continuou a escrever até ao fim dos seus dias. Foi nomeado Comendador da Ordem, do Império Britânico em 1981 e Cavaleiro da mesma Ordem em 1990, pelos serviços prestados à literatura.
Apaixonado pela ficção científica e pelo jazz dos anos 1930, escrevia sobre todos os assuntos, desde publicidade até críticas gastronómicas, passando por folhetins radiofónicos, telefilmes e polémicas políticas. A sua obra é constituída por 24 romances, mais de uma dezena de recolhas de poesias e diversos ensaios e críticas. 

sexta-feira, 15 de abril de 2016

PEDRO MOUTINHO - "Fado da Contradição"


15 DE ABRIL - PEDRO INFANTE

EFEMÉRIDE – José Pedro Infante Cruz, actor e cantor nos chamados anos dourados do cinema mexicano, morreu num acidente aéreo em Mérida no dia 15 de Abril de 1957. Nascera em Mazatlán, em 18 de Novembro de 1917.
O pai tocava contrabaixo numa banda e Pedro Infante foi o terceiro de quinze irmãos. A família mudou-se para Guasave em 1919 e, um ano mais tarde, fixou-se em Rosário.
Desde a adolescência que mostrou talento e inclinação para a música, aprendendo a tocar instrumentos de corda, sopro e percussão em pouco tempo. Foi também estudante de guitarra de Carlos R. Hubbard.
Foi um ídolo do povo mexicano, juntamente com Jorge Negrete e Javier Solís, que eram chamados Os Três Galos Mexicanos.
A sua carreira cinematográfica começou em 1939 e, ao longo dela, protagonizou mais de sessenta filmes. A partir de 1943, gravou cerca de 350 canções. Foi agraciado com o Urso de Prata de Melhor Actor, no Festival Internacional de Berlim (1957). No mesmo ano, recebeu um Globo de Ouro, em Hollywood, pelo seu papel no filme “Tizoc” de Ismael Rodríguez.
No acidente fatal que lhe tirou a vida, era ele próprio que pilotava o avião, em rota para a cidade do México.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

PEDRO INFANTE - "me canse de rogarle"


ROD STEWART- "Have You Ever Seen The Rain"


14 DE ABRIL - DENIS FONVIZIN

EFEMÉRIDEDenis Ivanovich Fonvizin, dramaturgo do Iluminismo Russo, cujas peças de teatro ainda hoje são encenadas, nasceu em Moscovo no dia 14 de Abril de 1745. Morreu em São Petersburgo, em 12 de Dezembro de 1792. Os seus trabalhos mais conhecidos são duas comédias, que escarnecem da aristocracia russa.
Nascido numa família nobre, Fonvizin recebeu uma boa educação na Universidade de Moscovo e, muito cedo, começou a escrever e a fazer traduções. Tornou-se secretário do conde Nikita Panin, um dos nobres mais prestigiados do reinado de Catarina, “a Grande”. Graças à protecção do conde, ele pôde escrever peças de teatro com críticas sociais, sem medo de ser preso e, no final da década de 1760, terminou a primeira das suas comédias mais conhecidas: “O Brigadeiro-General”.
Sendo um homem abastado, foi sempre mais um diletante do que um escritor profissional, apesar de se ter tornado muito conhecido nos círculos literários e intelectuais. Entre 1777 e 1778, viajou pelo estrangeiro com o objectivo de conhecer a Faculdade de Medicina de Montpellier. Descreveu a viagem no seu livro “Cartas de França” – um dos exemplos mais elegantes da prosa da época e aquele onde é mais visível a ambiguidade das elites russas, durante o reinado de Catarina, em relação aos franceses que eram odiados e, ao mesmo tempo, essenciais para o desenvolvimento da literatura local.
Em 1782, foi publicada aquela que é considerada a melhor comédia de Fonvizin, “O Espelho”, que lhe valeu o título de melhor dramaturgo russo da época. Os seus últimos anos de vida foram passados em sofrimento e viagens constantes ao estrangeiro, para cuidar da sua saúde.
A grande prova da popularidade das peças de Denis Fonvizin está no facto de várias das suas falas se terem tornado em provérbios da língua russa e vários autores (entre eles Alexander Pushkin) as citarem muitas vezes ou pelo menos mencionarem os nomes dos personagens.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

13 DE ABRIL - TIM KRABBÉ

EFEMÉRIDETim Krabbé, de seu verdadeiro nome Hans Maarten Timotheus Krabbé, xadrezista, jornalista e escritor holandês, nasceu em Amesterdão no dia 13 de Abril de 1943. Escreve com igual mestria, tanto romances como livros sobre xadrez.
O avô e o pai eram pintores e tem dois irmãos, um que é actor e outro designer. Foi casado com a actriz Liz Snoijink, de quem tem um filho.
Diplomou-se em 1960 no Liceu Spinoza. Estudou depois Psicologia, durante algum tempo, na Universidade de Amesterdão.
A partir de 1967, passou a viver exclusivamente do seu trabalho literário. Tem colaborado na maior parte dos jornais holandeses. Começou a ser conhecido pelos leitores através do romance “O Ciclista”, editado em 1978. Popularizou-se também na Inglaterra, após tradução do seu livro “O ovo dourado” (1984), que se tornaria – cinco anos mais tarde – um filme de grande sucesso, tendo sido ele próprio a escrever o respectivo guião. 
Krabbé escreve frequentemente sobre xadrez e mantém um website especializado na modalidade. Entre 1969 e 1972, esteve no Top-20 dos xadrezistas holandeses.
Os seus romances estão traduzidos em 16 línguas e quatro deles já foram adaptados ao cinema. 

terça-feira, 12 de abril de 2016

12 DE ABRIL - SCOTT TUROW

EFEMÉRIDEScott Turow, advogado e escritor norte-americano, nasceu em Chicago no dia 12 de Abril de 1949. Escreveu já doze livros, sendo dez de ficção. As suas obras foram traduzidas para mais de vinte idiomas, tendo sido vendidos para cima de 25 milhões de exemplares. Vários dos seus livros foram adaptados ao cinema e à televisão.
Nascido numa família de origem russa e tradição judaica, frequentou a New Trier High School e graduou-se no Amherst College em 1970. Casou-se em 1971 com a pintora Annette Wei, de quem se divorciaria 25 anos mais tarde.
Turow deu aulas de Escrita Criativa na Universidade de Stanford até 1975, ano em que ingressou na Faculdade de Direito de Harvard. Em 1977, escreveu o seu primeiro livro, “One L”, em que relata as suas dificuldades e desafios no primeiro ano da faculdade.
Trabalhou como assistente no U.S. Attorney, onde participou em diversas investigações criminais, principalmente em casos de corrupção. Em 1986, desligou-se do U.S. Attorney e passou a escrever livros de ficção abordando temas jurídicos. Todas as histórias escritas por Scott Turow se desenrolam no condado fictício de Kindle County.
Foi presidente da Authors Guild (associação de escritores dos Estados Unidos), entre 1997 e 1998. Actualmente é sócio do escritório de advogados Sonnenschein Nath & Rosenthal. Costuma actuar em processos pro bono.
Tem colaborado em vários periódicos americanos, como: “New York Times”, “Washington Post”, “Vanity Fair”, “The New Yorker”, “Playboy” e “The Atlantic”. Foi nomeado membro de uma comissão encarregada de reformar a pena de morte no estado de Illinois.
O seu livro “Personal Injuries” foi considerado o melhor romance de ficção de 1999 pelo magazine “Times”. Tem recebido numerosos prémios literários, entre os quais se salienta o Silver Dagger Award da Crime Writers' Association.
Em 2010, foi eleito presidente da Authors Guild, tendo-se distinguido pela sua militância na aplicação firme dos direitos de autor e pela sua posição anti-ebooks

segunda-feira, 11 de abril de 2016

MERCEDES SOSA (bem acompanhada...) - "Volver a los 17".


11 DE ABRIL - LUÍSA DIOGO

EFEMÉRIDELuísa Dias Diogo, economista e política moçambicana, nasceu na província de Tete em 11 de Abril de 1958. Estudou Economia na Universidade Eduardo Mondlane de Maputo, tendo obtido posteriormente um mestrado na Escola dos Estudos Orientais e Africanos da Universidade de Londres.
Foi ministra do Plano e Finanças do governo de Moçambique entre 1999 e 2005. Em Fevereiro de 2004, com a demissão do então primeiro-ministro Pascoal Mucumbi, acumulou aquela pasta com a de primeira-ministra.
Foi exonerada, juntamente com todo o governo, em Janeiro de 2005, na sequência das eleições gerais de Dezembro de 2004. Em Fevereiro de 2005, foi renomeada primeira-ministra pelo recém-empossado presidente da República, Armando Guebuza.
Foi substituída por Aires Ali em Janeiro de 2010, após a reeleição de Guebuza. Em 2007, a revista “Forbes” considerou-a a 89ª Mulher Mais Poderosa do Mundo

domingo, 10 de abril de 2016

10 DE ABRIL - CHRISTOPHE HONORÉ

EFEMÉRIDEChristophe Honoré, escritor, encenador e realizador francês, nasceu em Carhaix no dia 10 de Abril de 1970.
Na sua ainda curta carreira, já realizou catorze filmes (2001/2016). É autor de romances, sobretudo para crianças e adolescentes, onde aborda temas considerados difíceis, como o suicídio, a sida, as mentiras dos adultos, o incesto e os segredos de família.
Christophe cresceu em Rostrenen (Côtes d’Armor). O pai morreu quando ele tinha 15 anos. Estudou Letras na Universidade de Rennes e seguir um curso de Cinema na mesma cidade.
Em 1995, instalou-se em Paris onde desenvolveu a actividade de cronista em diversas revistas, entre as quais os “Cahiers du cinéma”, em que se insurgiu contra os filmes “falsamente moralistas”.
Criou a sua primeira peça de teatro “Les Débutantes”, representada no Festival Off d’Avignon (1998).
Em 2004, foi lançado o seu primeiro filme “Ma Mère”, adaptação de um romance de Georges Bataille. A película foi vista por 125 000 espectadores na Europa, dos quais 90 000 em França. No ano seguinte, foi convidado para apresentar no Festival de Avinhão uma nova peça: “Dionysos impuissant”, adaptação contemporânea de “As Bacantes” de Eurípedes.
Em 2008, encenou a peça “Angelo, tyran de Padoue” de Victor Hugo. Apresentação em Avinhão, a que se seguiu uma tournée.   
Depois de ter realizado, em dois anos, “Dans Paris” e “Les Chansons d'amour”, começou – em Janeiro de 2008 – as filmagens de “La Belle Personne” que foi apresentado em Setembro.
Em 2009, realizou “Non ma fille tu n'iras pas danser”, com Chiara Mastroianni no papel principal.
Em Agosto de 2011, foi lançado “Les Bien-Aimés”, seleccionado para fechar o Festival de Cannes.
Para o Festival de Avinhão de 2012, escreveu e encenou “Nouveau Roman”. Neste ano, escreveu ainda mais duas peças teatrais. Em Maio de 2013, iniciou as filmagens de uma adaptação cinematográfica de “Metamorfoses” de Ovídio. 
Christophe Honoré intervem regularmente em emissões radiofónicas sobre cinema e foi professor na Escola nacional superior da imagem e do som (Fémis). O seu último filme, já em 2016, foi “Les Malheurs de Sophie”. Escreveu até agora 22 romances (1996/2010). 

sábado, 9 de abril de 2016

9 DE ABRIL - FLORA PEREIRA

EFEMÉRIDEFlora Pereira, fadista portuguesa, nasceu em 9 de Abril de 1929. Morreu em Lisboa no dia 9 de Abril de 2008.
Iniciou-se como cançonetista na Emissora Nacional, tendo chamado a atenção dos críticos no programa “Comboio das Seis e Meia”. Na década de 1950, começou a cantar fado profissionalmente e, mais tarde, integrou a lista de fadistas que colaboraram na festa de homenagem a Alfredo Marceneiro, juntando-se a Berta Cardoso, Hermínia Silva, Max, Fernando Farinha, Lucília do Carmo, Maria Teresa de Noronha e Argentina Santos.
A partir daí, integrou o elenco de várias casas de fado e, entre os seus êxitos discográficos, surgiram fados que se tornaram muito populares; como “Antes Só” e “Sou tua”.
Na casa de fados Nónó, no Bairro Alto, e noutras, cantou com fadistas das gerações mais novas, como Hélder Moutinho. Trabalhou especialmente com o poeta José Luís Gordo e com o editor discográfico Emílio Mateus.
No dia em que completou 79 anos, Flora Pereira foi encontrada sem vida na sua residência em Lisboa. O corpo seguiu para a Igreja do Santo Condestável, onde foi rezada uma missa de corpo presente, realizando-se mais tarde o funeral para o Cemitério de Benfica.

sexta-feira, 8 de abril de 2016

BRUCE SPRINGSTEEN - "Blowin in the wind"


8 DE ABRIL - KARLHEINZ DESCHNER

EFEMÉRIDEKarlheinz Deschner, de seu verdadeiro nome Karl Heinrich Leopold Deschner, escritor e historiador alemão, morreu em Haßfurt no dia 8 de Abril de 2014. Nascera em Bamberg, em 23 de Maio de 1924.
Ficou famoso com a sua série de dez volumes “História Criminal do Cristianismo” publicada entre 1986 e 2013. Nesta obra, criticou o Cristianismo em geral e a Igreja Católica em particular. Curiosamente, o pai era católico e a mãe era protestante, tendo-se convertido posteriormente ao catolicismo.
Karlheinz deu mais de 2 000 conferências, tendo escrito novelas, ensaios, aforismos e livros com críticas sociais e literárias.
Os contratempos começaram para ele em 1971, quando foi levado a um tribunal de Nuremberga, acusado de ter «insultado a Igreja». Foi absolvido, mas somente nos anos 1980 os seus escritos começaram a ser largamente difundidos noutros países europeus. Os trabalhos de sua autoria circularam então profusamente em Espanha, na Suíça, em Itália, na Polónia e na Noruega. Iniciou, ainda nos anos 1970, a elaboração da obra que o tornaria famoso (“História Criminal do Cristianismo”). Como apoios tinha apenas os amigos e alguns leitores. Em 1986, finalmente, o industrial alemão Herbert Steffen começou a patrocinar a publicação dos seus trabalhos.
Obteve vários galardões, como o Prémio Arno Schmidt em 1988, o Alternative Büchner Prize e o International Humanist Award em 1993. Em 2001, recebeu ainda o Prémio Fischer e o Prémio Ludwig Feuerbach. De assinalar que nenhuma das suas obras foi traduzida para a língua inglesa. 

quinta-feira, 7 de abril de 2016

7 DE ABRIL - WILLIAM CARVALHO

EFEMÉRIDEWilliam Silva de Carvalho, futebolista luso angolano, nasceu em Luanda no dia 7 de Abril de 1992. Oriundo do bairro Sambizanga em Luanda, mudou-se para Portugal ainda na -adolescência, tendo começado a jogar no RC Algueirão e depois no USC Mira Sintra.
Ingressou na formação do Sporting CP em 2005, com treze anos, fazendo o primeiro jogo pela equipa principal em Abril de 2011 contra o Vitória de Guimarães. Foi emprestado seguidamente ao CD de Fátima e ao Cercle Brugge KSV (Bélgica), onde se notabilizou. Voltou ao Sporting na época 2013/14 e fixou-se na equipa titular, tendo sido considerado o Melhor Jogador do Campeonato nos meses de Agosto/Setembro a Dezembro 2013.
Integrou desde muito jovem as categorias de base da Selecção Portuguesa. Pela Selecção Principal, estreou-se em Novembro de 2013 contra a Suécia.
Foi seleccionado por Paulo Bento para defender Portugal no Mundial de 2014. Participou nos jogos contra os Estados Unidos e o Gana. Em 2014, tornou-se titular da equipa nacional.
William Carvalho ganhou a Taça de Portugal 2014/15, em representação do Sporting. Foi eleito o Melhor Jogador do Campeonato Europeu de Futebol Sub-21 de 2015, em que Portugal obteve o segundo lugar. É cobiçado por grandes clubes de Espanha, Itália e Inglaterra, sobretudo pelo Manchester United FC.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

6 DE ABRIL - LUIGI COMENCINI

EFEMÉRIDELuigi Comencini, realizador de cinema italiano, morreu em Roma no dia 6 de Abril de 2007. Nascera em Salò, em 8 de Junho de 1916.
Os pais foram emigrantes em França, desde o princípio dos anos 1920. Luigi fez parte da sua escolaridade no Liceu Bernard Palissy, em Agen. Depois de ter estudado na Escola de Arquitectura de Milão, fundou – juntamente com Alberto Lattuada e Mario Ferrari – a Cineteca Italiana, onde reuniu os primeiros arquivos da cinematografia de Itália.
Crítico de cinema desde o fim da guerra, escreveu artigos para os jornais “Avanti” e “Tempo” e também guiões para filmes. Em 1946, realizou uma curta-metragem documental (“Bambini in città ”), com a qual ganhou a Fita de Prata (Nastro d’argento).
O mundo da infância era um dos seus temas recorrentes, abordado logo na sua primeira longa-metragem “Proibito rubare” (1946), assim como no drama psicológico “O Incompreendido” (1967) e na série para televisão “As Aventuras de Pinóquio” (1972).
Durante a sua longa carreira, que conta com cerca de cinquenta filmes e algumas séries e filmes de televisão, dirigiu os mais importantes actores italianos da época como Vittorio de Sica, Gina Lollobrigida, Alberto Sordi, Nino Manfredi, Marcello Mastroianni, Ugo Tognazzi e Claudia Cardinale.
Comencini ficou a dever a sua fama internacional sobretudo à comédia “Pão, Amor e Fantasia” (1953), interpretado por Vittorio de Sica e Gina Lollobrigida, que ganhou o Urso de Prata no Festival de Berlim.
Em 1974, o seu filme “Delitto d’amore” representou a Itália no Festival de Cannes e, em 1986, realizou “Un ragazzo di Calábria”, que foi apresentado a concurso no Festival de Veneza em 1987, numa edição em que Comencini recebeu o Leão de Ouro pela sua carreira de realizador.
Luigi Comencini, que foi feito Cavaleiro da Grã-cruz da Ordem de Mérito da República Italiana em 1996, teve quatro filhas, todas elas tendo seguido carreiras no cinema.  

terça-feira, 5 de abril de 2016

5 DE ABRIL - MARIA GRIPE

EFEMÉRIDEMaria Walter Gripe, escritora sueca de livros para crianças e adolescentes, morreu em Estocolmo no dia 5 de Abril de 2007. Nascera em Vaxholm, em 25 de Julho de 1923. Os seus livros têm por vezes um tom mágico e místico.
Logo após os estudos, começou a escrever romances para a juventude, cujas capas eram quase sempre ilustradas pelo marido, o artista sueco Harald Gripe.
O seu grande sucesso começou em 1961, com a publicação de “Chamo-me Josefina”, a que se seguiram “Hugo e Josefina” e “Eu sou Hugo”.
Maria Gripe viveu muitos anos em Nyköping. Foi diversas vezes premiada, tendo recebido – em 1974 – o prestigioso Prémio Hans Christian Andersen. As suas obras foram traduzidas em cerca de trinta idiomas.
O livro “Hugo e Josefina” (1962) foi adaptado ao cinema em 1967, com o mesmo título. A sua obra “O Castelo das crianças” inspirou uma outra película em 1998 – “Glasblåsarns barn”. Maria Gripe morreu em sua casa, aos 83 anos, vítima de doença causada por um vírus. 

segunda-feira, 4 de abril de 2016

MARIZA - "Chuva"


4 DE ABRIL - JOAQUIM HORTA

EFEMÉRIDEJoaquim Horta, actor português, nasceu em Lisboa no dia 4 de Abril de 1974. Estudou Geografia e Planeamento Regional na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde integrou o Grupo de Teatro, sob a direcção de Ávila Costa.
Fez parte do elenco de peças como “Os Carnívoros” de Miguel Barbosa (1996) e “Cerimonial para Um Massacre” de Jorge Lima Alves (1997). A experiência levá-lo-ia a ingressar na Escola Superior de Teatro e Cinema. Em 1999, frequentou também as formações do projecto da UNESCOChair International Theatre Institute – International Workshops of Drama Schools, na Roménia.
Trabalhou nas companhias Pogo Teatro, Companhia Absurda e Depois da Uma... Teatro. Dirigido por Jorge Silva Melo, representou as peças “A Queda do Egoísta Johan Fatzer” (1998) e “Na Selva das Cidades” (1999), ambas de Bertold Brecht.
Criou e dirigiu o projecto “Ruído” (2000), e participou e criou – com João Meireles – “Mikado”, um espectáculo baseado em textos de Álvaro Lapa, Alberto Cinza e William Burroughs (1999). Com Lúcia Sigalho, na Companhia Sensurround, interpretou “Dedicatórias” (2000). Em 2001, esteve em cena no Teatro da Garagem com “Migalhas de um Deus Intratável”, autoria e encenação de Carlos J. Pessoa. Em 2006, apresentou-se na Galeria Zé dos Bois com “Da Felicidade”.
Actor regular na televisão, destacou-se na novela “Amanhecer” (2003), começando a ganhar destaque na ficção portuguesa (2004 – “Queridas Feras”: 2005 – “Ninguém como Tu”; e 2006 – “Fala-me de Amor”). Integrou ainda o elenco dos telefilmes “Só por Acaso” de Rita Nunes (2003) e “Cavaleiros de Água Doce” de Tiago Guedes (2001).
Em 2008/09, participou na novela da TVIDeixa Que Te Leve”. Em 2010, entrou na série de 15 episódios “Maternidade”, na RTP1.
No cinema, apareceu em “António, Um Rapaz de Lisboa” de Silva Melo (1999); na curta-metragem de Gonçalo Galvão Teles “Outro Lado do Arco-Íris” (2004); e em “Mouth to Mouth”, uma co-produção internacional de Alison Murray (2004).
Fez o papel de Rui Paredes, na novela da TVI “Sedução” e integrou igualmente do elenco da novela da SICMar Salgado”.

domingo, 3 de abril de 2016

CHICO BUARQUE - "Construção"


3 DE ABRIL - MIGUEL BOSÉ

EFEMÉRIDEMiguel Bosé Dominguín (Luis Miguel González Bosé, nome de baptismo), cantor, compositor e actor ítalo-espanhol, nasceu no Panamá em 3 de Abril de 1956.
É filho do toureiro espanhol Luis Miguel Dominguín e da actriz italiana Lucia Bosè. O padrinho do seu baptizado foi Luchino Visconti.
Gravou cerca de 40 discos entre 1975 e 2015, tendo participado em mais de 30 filmes (1972/1998) e em numerosos shows na televisão. É actualmente director de teatro.
Iniciou-se no cinema aos quinze anos, ao lado da mãe. Um dos seus melhores filmes foi “De Salto Alto” de Pedro Almodôvar (1991).
Em 2000, foi recompensado com um Disco de Platina no Hard Rock do México, pelas vendas do seu álbum “O Melhor de Bosé”. Em 2008, ganhou vários prémios discográficos. Nesse mesmo ano, recebeu a Medalha de Ouro das Belas-Artes do Ministério da Educação, da Cultura e dos Desportos de Espanha.
Em Março de 2011, anunciou ao mundo o nascimento de dois gémeos (Diego e Tadeo). 

sábado, 2 de abril de 2016

2 DE ABRIL - JOSÉ DA SILVA LOPES

EFEMÉRIDEJosé da Silva Lopes, economista e político português, morreu em Lisboa no dia 2 de Abril de 2015. Nascera em Ourém, em 10 de Maio de 1932.
Licenciado em Economia e Finanças pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras, iniciou a sua carreira no Ministério da Economia, em 1955, ocupando-se do processo de adesão de Portugal à EFTA e ao GATT.
Em 1969, deixou aquelas funções para integrar o Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos, dirigindo simultaneamente o Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério das Finanças até 1974. Em 1972, foi chefe-adjunto nas negociações do Acordo de Comércio Livre com a CEE. Em Junho desse ano foi feito Comendador da Ordem Militar de Cristo.
Foi governador do Banco de Portugal de 1975 a 1980. Fez parte dos primeiros quatro governos provisórios do pós-25 de Abril e, mais tarde, foi ministro das Finanças e do Plano (1978). Administrador e representante de Portugal junto do Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento entre 1991 e 1993, exercia funções como consultor do FMI e do Banco Mundial desde 1980.
Foi presidente da comissão criada para estudar as empresas públicas não financeiras em 1981 e deputado à Assembleia da República, entre 1985 e 1987, pelo Partido Renovador Democrático. Entre 1988 e 1995, presidiu diversas comissões para a reforma dos Sistemas Fiscal e Financeiro. Presidiu também o Conselho Económico e Social entre 1996 e 2003.
Na banca privada, foi técnico consultor do Banco Lisboa & Açores de 1965 a 1969 e presidiu ao Conselho de Administração do Montepio Geral de 2004 a 2008, após o que – com 76 anos de idade – passou à situação de reformado. Desde então, passou a ser solicitado com frequência para comentar temas económicos nos jornais e em canais de televisão, nomeadamente na TVI24.
Proferiu conferências em Portugal e no estrangeiro, publicou várias dezenas de artigos e é autor do livro “A Economia Portuguesa desde 1960”, publicado em 1999. O presidente da República Jorge Sampaio concedeu-lhe a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo em Maio de 2003.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

1 DE ABRIL - HELENA RUBINSTEIN

EFEMÉRIDEHelena Rubinstein, de seu verdadeiro nome Chaja Rubinstein, empresária e cosmetóloga polaco/norte-americana, morreu em Nova Iorque no dia 1 de Abril de 1965. Nascera em Cracóvia, em 25 de Dezembro de 1870. Nasceu no então Império Austro-Húngaro, no seio de uma modesta família judia ortodoxa.
Apaixonou-se por um rapaz não judeu com quem queria casar, mas o pai não a autorizou. Quis começar a estudar medicina e a família recusou também. Refugiou-se então em casa de uma tia que vivia em Viena e, aos 21 anos, partiu para a Austrália, onde morava um outro tio. Assim, conseguiu fugir a um casamento “negociado” pela família com um viúvo rico.
Trabalhou como empregada doméstica durante três meses, o tempo de aprender inglês e preparar um projecto profissional. Inspirada por um unguento que recebera de um químico húngaro, o creme Valaze, uma mistura de ervas, cascas e amêndoas, criou a sua própria pomada para tratamento da pele. Face ao sucesso obtido junto das amigas, criou a sociedade Helena Rubinstein e abriu a sua primeira boutique em Melbourne. Produziu outros cremes, loções e sabões. Instalou o primeiro salão de beleza do mundo em 1912.
Em virtude do êxito conseguido, cedeu a boutique e o salão de beleza a uma das suas irmãs para poder percorrer o mundo e encontrar-se com outros empresários, cientistas (dermatologistas e especialistas em dietas) e igualmente com artistas que pudessem mediatizar os seus produtos.
Casou-se, teve dois filhos e fixou-se em Inglaterra, onde abriu uma loja em Londres (1908). Consultou a cientista Marie Curie, para perceber o funcionamento da pele. Simultaneamente, convenceu os médicos de que «a beleza não era uma coisa fútil». Abriu uma nova boutique, em Paris (1912). Desde 1910, estabelecera a classificação das peles (gorda, seca e normal).
Em Paris, relacionou-se com artistas famosos como Marc Chagall, Louise de Vilmorin, Colette, Salvador Dali, Pablo Picasso e Jean Cocteau, que a chamava «Imperatriz da Cosmética e da Beleza». No seu salão parisiense, propunha igualmente massagens, o que em breve se tornaria uma moda.
Em 1914, deixou o marido e os filhos na Europa, que estava em guerra, e instalou-se nos Estados Unidos. Foi em Nova Iorque que abriu o primeiro “instituto americano”, seguindo-se Chicago e Boston. Nos EUA, ela tinha a concorrência de Estée Lauder e de Elisabeth Arden, já implantadas no mercado americano.
Em 1928, vendeu as suas sucursais norte-americanas à Lehman Brothers por 7.3 milhões de dólares.
Tornando-se uma das mulheres mais ricas do mundo, passou a coleccionar casas, jóias e obras de arte. Divorciou-se do marido em 1937. No ano seguinte, consorcia-se com um príncipe georgiano.
Durante a Segunda Guerra Mundial, perdeu toda a sua família polaca e uma parte dos seus bens na Europa. Tornou-se fornecedora de maquilhagens, camuflagens, produtos desmaquilhadores e cremes solares ao exército americano. 
Helena Rubinstein, quando morreu aos 94 anos, deixou ao seu filho sobrevivente uma fortuna colossal, quinze fábricas e 30 000 empregados em todo o mundo. A família vendeu as suas numerosas obras de arte. A marca “Helena Rubinstein” foi vendida em 1973 ao grupo Colgate-Palmolive, que a revendeu por sua vez à L'Oréal em 1988.

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