domingo, 31 de dezembro de 2006

EFEMÉRIDE - Miguel de Unamuno y Jugo, romancista, poeta, dramaturgo, crítico literário e filósofo espanhol, morreu em Salamanca, no dia 31 de Dezembro de 1936. Nascera em Bilbau, em 29 de Setembro de 1864.
Formou-se em Filosofia e Letras, na Universidade de Madrid e, mais tarde, obteve a cátedra de Grego na Universidade de Salamanca, da qual foi nomeado reitor dez anos mais tarde.
Autor de várias obras literárias, que o fazem figurar entre os maiores escritores espanhóis , ele era o espelho da Espanha da sua época: um mundo de paixões, animado por inúmeras contradições.
Ficou conhecido também pelos seus ataques à Monarquia, que o levaram ao exílio de 1926 a 1930, nas Ilhas Canárias e em França. Mais tarde, o ditador Franco afastou-o novamente da vida pública, devido a duras críticas feitas ao General Millán Astray, autor da tristemente célebre frase «Viva a Morte, Abaixo a Inteligência!». Passou os seus últimos dias de vida, quase que ignorado, numa casa em Salamanca.

sábado, 30 de dezembro de 2006

MUSEUS DO MUNDO

Muitos museus, à distância de um click:

http://www.arteplastica.com/museu.htm
EFEMÉRIDE - Romain Rolland, escritor francês, faleceu em Vézelay, no dia 30 de Dezembro de 1944. Nascera em Clémency, Nièvre, em 29 de Janeiro de 1866, tendo recebido o Prémio Nobel de Literatura em 1915.
Foi professor de História em Paris, membro da Escola Francesa de Roma e professor de História da Música na Sorbonne.
Romain Rolland, no entanto, não se entusiasmava muito com o Ensino e, a partir do momento em que a Literatura lhe assegurou o dinheiro necessário para viver, pediu a demissão da Universidade (1912). Correspondeu-se com Sigmund Freud durante quinze anos, até o encontrar em Viena.
Em 1924, um seu livro sobre Gandhi contribuiu bastante para que este fosse conhecido em todo o Mundo. Encontrou-o sete anos mais tarde.
Instalou-se na Suiça, à beira do lago Léman, para se dedicar inteiramente à sua obra. A sua vida balançava, no entanto, entre problemas de saúde e viagens por ocasião de manifestações artísticas.
Em 1937, voltou a França, a Vézelay. A localidade foi ocupada pelas forças de Hitler em 1940 e Romain Rolland isolou-se, numa solidão total e silenciosa. Mas não parou de escrever. Redigiu as suas Memórias e escreveu ainda “Péguy”, publicado em 1944, ano da sua morte, no qual deixou espelhadas as suas recordações pessoais, aclarando as reflexões de uma vida, sobre a religião e o socialismo.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Do mal, o menos...

EFEMÉRIDE - Pau Casals i Defilló ou Pablo Casals, como é mais conhecido, virtuoso violoncelista, compositor e maestro espanhol, nasceu em El Vendrell, na Catalunha, em 29 de Dezembro de 1876. Faleceu em San Juan de Porto Rico, no dia 22 de Outubro de 1973.
Tendo demonstrado o seu talento ainda criança, já estudava no Conservatório de Barcelona aos doze anos. Ganhou fama, bastante jovem ainda, baseando a sua actividade em Paris, a partir de 1900. Percorreu então a Europa, os Estados Unidos e a América do Sul, dando muitos concertos e recitais. Em 1919, regressou a Espanha e criou uma orquestra de grande nível em Barcelona. Em 1957, fixou-se em San Juan de Porto Rico.
Casals foi convidado a dar um concerto em Outubro de 1958, para festejar o dia das Nações Unidas na sua sede em Nova Iorque. A Ode à Alegria de Beethoven, da Nona Sinfonia, tornou-se desde então o símbolo do amor à humanidade, pois Pablo Casals propôs que todas as cidades que tivessem uma orquestra e um coral participassem na sua execução, num mesmo dia, transmitindo esse evento para todos os recantos do mundo através da rádio e da televisão.
Recebeu inúmeras distinções, entre elas: Cavaleiro da Real Ordem de Isabel a Católica (1895), Doutor Honoris Causa pela Universidade de Edimburgo (1934), Doutor Honoris Causa pelas Universidades de Barcelona, Oxford e Cambridge (1939 e 1945), Grande Oficial da Legião de Honra (1946), Medalha da Liberdade, acordada por Kennedy, 28 dias antes do seu assassinato (1963), Grande Cruz da Ordem Nacional do Mérito e Medalha da Paz das Nações Unidas (1971).
Foi também um grande lutador contra a ditadura de Franco e o nazismo. Afirmou então «A política não é tarefa dos artistas mas, na minha opinião, temos a obrigação de tomar uma clara posição, qualquer que seja o sacrifício que isso acarrete, se a dignidade do homem estiver em jogo». Recusou actuar na Alemanha a partir de 1933.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

EFEMÉRIDE - Susan Sontag, de seu nome verdadeiro Susan Rosenblatt, famosa ensaísta, escritora, crítica de arte e activista política norte-americana, morreu em Nova Iorque no dia 28 de Dezembro de 2004, vítima de leucemia. Está sepultada no Cemitério de Montparnasse em Paris. Nascera, também em Nova Iorque, em 16 de Janeiro de 1933. A mãe era uma professora alcoólica e o pai morreu na China, quando ela tinha ainda cinco anos. Tendo começado a ler precocemente aos três anos, entrou para a universidade com dezasseis e casou-se aos dezassete. Formou-se em Harvard e destacou-se na defesa dos Direitos do Homem. Aos 25 anos, era professora de filosofia de religiões na Universidade de Columbia. Publicou vários livros e, em 2000, recebeu um dos mais importantes prémios americanos, o National Book Award. Publicou artigos em várias revistas americanas e britânicas: The New Yorker, The New York Review of Books, The New York Times, Partisan Review, Granta e no suplementário literário do Times. Num de seus últimos artigos, publicado em Maio de 2004, no jornal The New York Times, Sontag afirmou que «A história recordará a Guerra do Iraque pelas fotografias e vídeos das torturas cometidas pelos soldados americanos na prisão de Abu Ghraib». Morou muitos anos em Paris, para onde foi em 1951 e onde cedo se fez notar pelos seus ensaios sobre literatura e arte. Foi autora de uma quinzena de obras, traduzidas em mais de trinta línguas. O seu ensaio Sobre a Fotografia é considerado uma das mais notáveis obras publicadas sobre a matéria. Politicamente, ficou bem conhecida pelas suas posições contra a guerra do Vietname e, mais tarde, contra a do Iraque.
Humor negro...
... ou o canibal com "bom coração"

quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

EFEMÉRIDE - Gustave Eiffel, arquitecto e engenheiro francês, morreu em Paris, no dia 27 de Dezembro de 1923. Nascera em Dijon, em 15 de Dezembro de 1832.
Especializou-se em estruturas metálicas, começando por construir viadutos e pontes. A estrutura metálica da Estátua da Liberdade, em Nova Iorque, é também obra sua.
É conhecido sobretudo pela Torre Eiffel, construída entre 1887 e 1889, por ocasião da Exposição Universal de Paris, e que acabou por se converter no símbolo da capital francesa. O que muita gente ignora é que este projecto tinha sido antes apresentado às autoridades municipais de Barcelona, que não o aceitaram por o julgarem irrealista e caro. Construção polémica, muitas personalidades francesas não concordavam com ela. Uma greve dos operários, que se achavam mal pagos para o impacto que a obra tinha, não constituíram tampouco obstáculo para Gustave Eiffel, que aceitou pagar salários exorbitantes para a época, só para que a obra não parasse.
Para a rentabilizar e, sobretudo, para mostrar a sua utilidade, passada a euforia da Exposição, Eiffel fez instalar no seu topo um laboratório de meteorologia e, mais tarde, uma antena de rádio. Além disso, tentou demonstrar todas as suas utilidades científicas, como a medida da radioactividade, a análise do ar e várias outras experiências. Apesar de tudo, a torre estaria destinada ao desmantelamento, não fossem os militares que viram nela um interesse estratégico para a aviação, que dava então os primeiros passos. Ele próprio acabaria por se interessar pela aeronáutica, tendo concebido, em 1917, um avião de caça monoplano.
Depois da 1ª Guerra Mundial, Gustave Eiffel doou todas as suas instalações ao estado francês. A sua primeira grande obra e o seu primeiro êxito tinha sido a Ponte Ferroviária de Bordéus, com apenas 26 anos. Curiosamente, a Ponte Maria Pia, no Porto (1877), o seu projecto mais ligeiro, mais barato, mas muito audacioso, foi aquele que mais contribuiu definitivamente para a sua reputação, tanto em França como no estrangeiro. O Mundo, da Europa à Ásia, passando pela América, pode apreciar trabalhos seus. Eiffel é considerado um dos homens mais notáveis do seu século.

terça-feira, 26 de dezembro de 2006

EFEMÉRIDE - Alejo Carpentier, romancista, novelista, ensaísta e músico cubano, nasceu em Havana, no dia 26 de Dezembro de 1904, filho de pai francês e de mãe russa. Morreu em Paris, em 24 de Abril de 1980.
Aos dezassete anos, desistiu do estudo de arquitectura e tornou-se jornalista. Em 1928, foi preso por razões políticas, mas conseguiu fugir para França, onde ficou até 1939. Voltou então para Cuba, trabalhando como jornalista na rádio. De 1945 até 1959 esteve na Venezuela, mas regressou a Cuba após a vitória da Revolução de Fidel, para dirigir a Editora Nacional. A partir de 1966, foi morar para Paris, onde exerceu a função de ministro-conselheiro junto da Embaixada Cubana até 1980, ano em que morreu.
O seu romance El Recurso del Método, publicado em 1974, é um dos grandes romances da literatura latino-americana. Em 1975, recebeu o Prémio Mundial Cino del Duca ; em 1977, o Prémio Cervantes; e em 1979, o Prémio Médicis.
O final da sua vida foi marcado pela luta travada contra o cancro, enquanto terminava o seu último romance.
Os restos mortais foram levados para Cuba, onde foram enterrados com honras nacionais e com a presença de Fidel Castro.

segunda-feira, 25 de dezembro de 2006

Felicidade também é relativa...
EFEMÉRIDE - Charles Spencer Chaplin, o mais famoso actor dos primeiros tempos do cinema, morreu em Vevey, na Suiça, no dia de Natal de 1977, vítima de derrame cerebral. Nascera em Walworth, perto de Londres, em 16 de Abril de 1889.
O seu principal personagem, que o marcaria para sempre, foi o conhecido vagabundo bem vestido, com bigodinho, cartola e bengala. Chaplin foi um dos mais criativos actores do cinema mudo e, além disso, ao longo da sua vida, foi também director, guionista, produtor e até financiador de alguns dos seus próprios filmes. Era mais conhecido em Portugal, como Charlot.
O seu quociente de inteligência era de 140, tendo sido também um ás do xadrez. Filho de pai alcoólico, que morreu quando ele tinha doze anos, a mãe tinha sérios problemas mentais, que levaram ao seu internamento num asilo até à data da morte, em 1928.
Representou pela primeira vez aos cinco anos. Em 1900, com 11 anos, conseguiu com a ajuda do irmão o papel cómico de gato numa peça infantil. Em 1903, participou noutra peça e, depois, assumiu o seu primeiro trabalho regular em Sherlock Holmes, num papel que representou até 1906. Nunca mais parou e, em 1912, chegou à América numa companhia de circo. O seu salário fala pelos êxitos que obteve, passando de 150 dólares semanais em 1914 para um milhão três anos depois.
Em 1919, fundou o estúdio United Artists. Embora os filmes falados se tivessem já popularizado em 1927, Charlot resistiu a utilizá-los até 1930. Em 1931, Luzes da Ribalta foi como que a ponte entre os seus filmes mudos e falados. Depois, o Grande Ditador foi uma afronta a Adolf Hitler e ao nazismo, que tentavam então partir à conquista sobretudo da Europa. As suas posições políticas sempre penderam para a esquerda e o seu filme Tempos Modernos foi uma crítica à situação da classe operária e dos pobres em geral.
Foi a Inglaterra em 1952, visitou a família do Mahatma Gandhi e, no seu regresso, a CIA impediu a sua reentrada nos Estados Unidos. Permaneceu então na Europa, morando na Suíça. Recebeu o Prémio Internacional da Paz em 1954.
Só voltou aos Estados Unidos em 1972, para receber o seu segundo Óscar, o primeiro ganhara-o em 1929. O seu último filme foi a Condessa de Hong Kong, já a cores, em 1967.

domingo, 24 de dezembro de 2006

EFEMÉRIDE - Vasco da Gama, navegador português, morreu em Cochim, na Índia, em 24 de Dezembro de 1524. Nascera em Sines, Portugal, em 1469.
O rei D. Manuel I confiou-lhe o comando da frota que, em 8 de Julho de 1497, saiu do Rio Tejo em demanda da Índia, com 150 homens entre marinheiros, soldados e religiosos, distribuídos por quatro pequenas embarcações: a São Gabriel, a São Rafael, a Bérrio, depois chamada São Miguel, e uma naveta para transporte de mantimentos.
Em 2 de Março de 1498, completando o contorno da costa africana, a armada aportou a Moçambique, depois de ter estado sob medonhos temporais e de Vasco da Gama ter dominado, com mão de ferro, uma revolta da marinhagem.
O piloto, que o sultão da Ilha de Moçambique lhe forneceu para o conduzir à Índia, foi secretamente incumbido de entregar os navios portugueses aos mouros em Mombaça. Um acaso fez com que fosse descoberta a cilada e Vasco da Gama pôde continuar até Melinde, cujo rei lhe forneceu um piloto árabe, conhecedor do Oceano Índico. Em 17 de Abril de 1498, foi avistada Calecute e estava assim estabelecida a rota no Oceano Índico e descoberto, por um europeu, o caminho marítimo para a Índia.
Vasco da Gama regressou a Lisboa no Verão de 1499 e D. Manuel recompensou o seu feito glorioso, nomeando-o Almirante-mor das Índias e dando-lhe uma renda de trezentos mil réis anuais. Recebeu, conjuntamente com os irmãos, o título de Dom e duas vilas, em Sines e Vila Nova de Milfontes.
Voltaria ainda duas vezes à Índia, território de que foi governador e segundo vice-rei, para lutar contra aqueles que punham em causa a presença portuguesa na região. Vasco da Gama conseguiu impor a ordem, mas veio a morrer em Dezembro desse mesmo ano, em Cochim. Os seus restos mortais, que vieram para Portugal dm 1536, foram colocados em 1880 no Mosteiro dos Jerónimos, ao lado do túmulo de Luís de Camões.

sábado, 23 de dezembro de 2006

Feliz Natal para todos os que visitam este blog
Óptimo 2007
EFEMÉRIDE - João Pinto Delgado, o maior poeta cripto-judeu do século XVII, morreu em Amesterdão, no dia 23 de Dezembro de 1653. Nascera em Portimão em 1580. Deixou o Algarve e mudou-se com a família para Lisboa, quando tinha 20 anos, com o objectivo de estudar e prosseguir a ambicionada carreira literária.
Foi na capital portuguesa, então já sob domínio espanhol, que contactou pela primeira vez com as obras dos grandes escritores ibéricos, que circulavam ainda sob a forma de manuscritos.
Embora existam alguns poemas seus em língua portuguesa, a maior parte da sua obra foi escrita em espanhol.
Em 1624, João Pinto Delgado partiu para Ruão, juntando-se aos pais, que tinham escapado à Inquisição portuguesa. Foi nesta cidade francesa, onde o pai era um dos líderes da comunidade judaica, que publicou uma colecção de poemas que veio a cimentar a sua reputação literária: Lamentaciones del Profeta Ieremias. Ainda perseguida pela Inquisição, a família partiu para Antuérpia e em seguida para Amesterdão. Foi na Holanda que, beneficiando da relativa tolerância religiosa, passou a praticar o judaísmo de forma aberta e livre pela primeira vez. Passou a chamar-se Moshe (Moisés) Pinto Delgado.
Na sua obra poética, João Pinto Delgado buscou frequentemente a sua inspiração na Bíblia Hebraica. Nota-se uma atracção especial por histórias que relatam o poder de Deus para resgatar Israel em tempos de sofrimento, tal como o demonstram as narrativas de Ester e do Êxodo, ambas adaptadas poeticamente por João Pinto Delgado.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

Quanto mais olhar para os pormenores,
mais imagens descobrirá neste desenho...
EFEMÉRIDE - Samuel Beckett, dramaturgo e escritor irlandês, de expressão francesa e inglesa, morreu em Paris no dia 22 de Dezembro de 1989. Nascera perto de Dublin, em 13 de Abril de 1906.
Prémio Nobel da Literatura em 1969, os seus livros estão traduzidos em mais de trinta línguas. É considerado um dos principais autores do denominado Teatro do Absurdo e a sua peça “À espera de Godot” terá sido representada em quase todo o mundo.
Era formado em Literatura Moderna, especializado em francês e italiano. Em 1928, mudou-se para Paris, onde conheceu o escritor James Joyce, que muito influenciou a sua obra.
Foi em Paris, em 1931, que escreveu a primeira novela (Dream of Fair to Middling Women) que, curiosamente, só foi publicada depois da sua morte.
Regressou por vezes à terra natal, uma das quais devido ao falecimento do pai. Ali ficou, de 1933 a 1938, cuidando de sua mãe.
Voltando a Paris, conheceu uma francesa com quem se viria casar e, após a eclosão da 2ª Guerra Mundial, alistou-se juntamente com ela na Resistência Francesa, assim que os nazis invadiram a capital. Teria dito então que «preferia a França em guerra à Irlanda em paz».
Escreveu peças de teatro, romances, contos e novelas, ensaios e poesias, tendo colaborado também na rádio, televisão e cinema. A sua escrita é lapidar, seca e concisa.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

EFEMÉRIDE - Heinrich Böll, escritor alemão, nasceu em Colónia no dia 21 de Dezembro de 1917, tendo morrido em Langenbroich em 16 de Julho de 1985.
Nas décadas 1960/1970, foi incontestavelmente o autor mais conhecido da Alemanha Ocidental.
Em 1969, recebeu o Prémio Georg Büchner pelo conjunto da sua obra e, três anos depois, o Prémio Nobel da Literatura. Dirigiu o Pen Clube da Alemanha Federal de 1970 a 1972. Em 1971, tinha sido eleito presidente do Pen Clube Internacional, cargo que desempenhou até 1974.
A sua obra, bem assim como a sua acção cívica, denotam o seu empenho na defesa da liberdade e da humanidade. Os temas centrais dos seus romances desenrolam-se durante o nazismo e a Segunda Guerra Mundial.
Böll escreveu igualmente peças de teatro, poesias e obras radiofónicas, mas foi no romance e no conto que o autor mais se destacou. Apoiou sempre as iniciativas anti nucleares e pacifistas e manifestou a sua solidariedade para com os escritores perseguidos em todo o mundo.
Barbie, modelo 2007 - Humor ou talvez não...

quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

EFEMÉRIDEJohn Ernest Steinbeck, escritor americano, morreu em Salinas, na Califórnia, em 20 de Dezembro de 1968, vítima de arteriosclerose. Nascera em Nova Iorque, no dia 27 de Fevereiro de 1902. As suas obras principais são A Leste do Paraíso e As Vinhas da Ira.
O seu primeiro sucesso (Tortilla Flat) deu-lhe um prémio literário. Em 1940, o romance “As Vinhas da Ira” foi adaptado ao cinema com grande êxito e recebeu o Prémio Pulitzer.
A par da sua obra, desenvolveu a actividade jornalística. Em 1947, deslocou-se à União Soviética como enviado especial do New York Herald Tribune.
Em 1952, participou no filme Viva Zapata de Elia Kazan. Dez anos mais tarde, escreveu “O Inverno do nosso descontentamento” e recebeu o Prémio Nobel de Literatura.
Em 1964, recebeu a Medalha da Liberdade dos Estados Unidos.
FELIZ NATAL

Muito engraçado. Não esqueça de colocar o seu nome na janela do link:

www.busybus.co.uk/design/xmas_santa.swf

terça-feira, 19 de dezembro de 2006

EFEMÉRIDE - Alexandre Manuel Vahía de Castro O'Neill de Bulhões, ou simplesmente Alexandre O'Neill, importante poeta português, fundador do Movimento Surrealista de Lisboa, nasceu em Lisboa, no dia 19 de Dezembro de 1924. Descendente de irlandeses, morreu em 21 de Agosto de 1986, vítima de doença cardíaca.
As suas primeiras influências surrealistas surgiram no ano de 1947, quando contactou com Mário Cesariny. Em 1948, fundaram o Grupo Surrealista de Lisboa, juntamente com outros intelectuais. Este grupo depressa se dividiu em dois e deu origem ao Grupo Surrealista Dissidente. Também este grupo se dissolveu poucos anos depois, mas as influências surrealistas permaneceram visíveis nas obras de Alexandre O'Neill. Escreveu também panfletos contra Salazar, que lhe valeram muitas vezes a prisão e a confiscação do passaporte.
Alexandre O'Neill não conseguiu viver apenas da literatura e alargou a sua acção à publicidade. Foi autor de um slogan publicitário, ainda hoje utilizado pela Prevenção nas Praias : “Há mar e mar, há ir e voltar”.
Além de vários livros de poesia, publicou também duas obras em prosa e organizou as Antologias Poéticas de Gomes Leal, de Teixeira de Pascoaes e de João Cabral de Melo Neto. Gravou o disco "Alexandre O'Neill Diz Poemas de Sua Autoria". Foi traduzido em Itália e, em 1982, recebeu o Prémio da Associação de Críticos Literários.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

EFEMÉRIDE - Stephen Bantu Biko, uma das grandes figuras da luta anti-apartheid na África do Sul, nasceu em King William's Town, no dia 18 de Dezembro de 1946. Morreu em 12 de Setembro de 1977.
Não satisfeito com a União Nacional de Estudantes Sul-africanos, da qual era membro, participou na fundação, em 1968, da Organização dos Estudantes Sul-africanos. Em 1972, tornou-se presidente honorário da Convenção dos Negros.
Em 1973, foi proibido de comunicar com mais de uma pessoa simultaneamente, o que o impedia portanto de fazer discursos. Também foi proibida a citação de qualquer das suas declarações anteriores, tivessem sido feitas em discursos ou mesmo simplesmente em conversas.
Em 6 de Setembro de 1977 foi preso numa operação stop feita pela polícia. Acorrentado às grades de uma janela da penitenciária durante um dia inteiro, sofreu grave traumatismo craniano. Em 11 de Setembro, foi metido num veículo policial para ser transportado para outra prisão. Morreu no dia seguinte e a polícia alegou que a morte se devera a "prolongada greve de fome ".
Os cinco polícias envolvidos no assassinato de Biko nunca foram processados, devido a falta de provas e ausência de testemunhas.
O seu nome inspirou várias canções, entre as quais “Biko” de Peter Gabriel, e um filme (Grito de Liberdade) de Richard Attenborough. Uma estátua homenageia-o em Londres.

domingo, 17 de dezembro de 2006

CANTAR NATAL
(quadras)

1

Um cântico de Natal
Deve falar de amor,
Duma paz universal
E dum mundo sem rancor!

2

Cantar Natal com firmeza
É construir paz na terra,
Acabar com a pobreza,
Banir toda e qualquer guerra… (a)

3

Ao longo de todo o ano,
Vamos cantar o Natal,
Atirando ao oceano
Aquilo que estiver mal.

4

Acabemos com a guerra,
Vamos cantar o Natal.
O paraíso é na terra,
Mudando o que está mal.
.
(a) – Menção Honrosa no 11º Concurso Internacional de Quadras Natalícias – 2006 (Fuzeta)

EFEMÉRIDE - Simón José Antonio de la Santísima Trinidad Bolívar Palacios y Blanco, militar venezuelano e líder revolucionário responsável pela independência de várias colónias espanholas na América Latina, morreu em Santa Marta, na Colômbia, vítima de tuberculose, em 17 de Dezembro de 1830. Nascera em Caracas, no dia 24 de Julho de 1783.
Em Janeiro de 1797, ingressou como cadete no Batalhão de Milícias de Blancos de los Valles de Aragua, onde se destacou pelo seu desempenho.
Em 1799, foi para a Espanha com o propósito de aprofundar os estudos. Em Madrid, ampliou os seus conhecimentos de História, Literatura, Matemática e Francês. Regressou à Venezuela, durante um ano, e voltou à Europa, passando de novo por Espanha, antes de se fixar em Paris.
Em 14 de Agosto de 1805, no Monte Sacro, em Roma, Simón Bolívar proclamou que não descansaria enquanto não libertasse toda a América do domínio espanhol (Juramento do Monte Sacro). De regresso a Paris, ingressou na Maçonaria. Em meados de 1806, tomou conhecimento dos primeiros movimentos em favor da independência da Venezuela, protagonizados pelo general Francisco Miranda, decidindo que chegara a ocasião de voltar ao seu país natal. Em Julho de 1812, Francisco de Miranda rendeu-se às forças espanholas e Bolívar foi obrigado a fugir para Cartagena das Índias, onde redigiu o Manifesto de Cartagena.
Em 1813, liderou a invasão da Venezuela, entrando em Mérida em 23 de Maio e sendo proclamado El Libertador. Bolívar passou depois a comandar as forças nacionalistas da Colômbia, capturando Bogotá em 1814. Entretanto, após alguns revezes militares, Bolívar foi obrigado a fugir, em 1815, para a Jamaica onde redigiu a Carta da Jamaica. Seguiu-se a libertação do Panamá, do Equador, da Bolívia e do Peru.
«O novo mundo deve ser constituído por nações livres e independentes, unidas entre si por um corpo de leis em comum que regulem os seus relacionamentos externos». Desta frase de Simón Bolívar, pode deduzir-se que ele era um homem à frente do seu tempo.
Curiosamente, a nova Constituição Venezuelana (1999) volta a chamar ao País “República Bolivariana da Venezuela”. Ainda hoje, as suas ideias revivem no imaginário revolucionário da América Latina.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

EFEMÉRIDE - Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac, jornalista e poeta brasileiro, membro fundador da Academia Brasileira de Letras, nasceu no Rio de Janeiro, em 16 de Dezembro de 1865. Faleceu na mesma cidade em 28 de Dezembro de 1918.
Iniciou o curso de Medicina, que não chegou a concluir, tentou Direito, que também não concluiu, passando então a dedicar-se inteiramente à literatura. Em 1884, publicou o soneto “A sesta de Nero” na imprensa, no jornal “Gazeta de Notícias”, facto que representava toda a glória possível para um candidato a poeta.
Começou a trabalhar no jornal A Cidade do Rio, tendo sido nomeado correspondente em Paris no ano de 1890. De volta ao Brasil, no ano seguinte, iniciou o romance "O esqueleto", em colaboração com Pardal Mallet, que foi publicado no jornal Gazeta de Notícias, em forma de folhetins e sob o pseudónimo de Vítor Leal.
Publicou inúmeras crónicas literárias no jornal A Notícia e colaborou em vários jornais como A Semana, Cosmos, A Cigarra, A Bruxa e A Rua.
Foi como poeta, porém, que Bilac se imortalizou, sendo eleito Príncipe dos Poetas Brasileiros em 1907. Juntamente com Alberto de Oliveira e Raimundo Correia, constituiu a liderança e a expressão do parnasianismo no Brasil, formando os três a chamada Tríade Parnasiana.
A publicação de “Poesias”, em 1888, trouxe-lhe a consagração. Os temas mais constantes na sua obra são a beleza feminina e os momentos épicos da história brasileira. Escreveu igualmente Novelas, Contos e Teatro Infantil.
Bilac defendia ardorosamente a abolição da escravatura e os ideais republicanos. O seu enterro foi acompanhado por uma enorme multidão.
EFEMÉRIDE - Francisco Alves Mendes Filho, mais conhecido como Chico Mendes, seringueiro, sindicalista e activista ambiental brasileiro, nasceu em Xapuri, no dia 15 de Dezembro de 1944. Foi assassinado, naquela mesma localidade, à porta de sua casa, em 22 de Dezembro de 1988.
Lutou contra a extracção de madeira e a expansão dos pastos na Amazónia, tendo fundado um sindicato de seringueiros, cuja finalidade principal era preservar as suas profissões e a floresta amazónica.
Em 1987, Chico Mendes recebeu da Organização das Nações Unidas (ONU) o prémio "Global 500" e ganhou a "Medalha do meio ambiente" da organização "Better World Society".
Em 1990, dois fazendeiros foram considerados culpados do assassinato e condenados a 19 anos de reclusão. Em 1993, fugiram da prisão mas foram capturados em 1996. O caso Chico Mendes despertou pela primeira vez a atenção internacional para os problemas dos seringueiros.
Grande amigo do escritor Luís Sepúlveda, este dedicou-lhe postumamente o livro “O velho que lia romances de amor

quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

EFEMÉRIDE - Michel de Nostredame, mais conhecido como Nostradamus, médico da Renascença, praticante de astrologia e de alquimia (como muitos dos médicos do século XVI), nasceu em 14 de Dezembro de 1503 (calendário Juliano), em Saint-Rémy-de-Provence, França. Sofrendo de epilepsia psíquica, de gota e de insuficiência cardíaca, morreu no dia 2 de Julho de 1566, em Salon-de-Provence, vítima de um edema pulmonar. Na véspera, tinha pedido a um seu criado para lhe arrumar o quarto, dizendo-lhe: «Não estarei vivo no alvorecer do próximo dia». E assim aconteceu.
Tornou-se famoso pela sua suposta capacidade para prever acontecimentos, tendo publicado durante dez anos um almanaque e escrito depois um livro de centúrias, versos codificados que seriam profecias para o futuro. A sua grande erudição, os seus conhecimentos de latim, grego e hebraico, de astrologia, astronomia e alquimia, aliados à sua intuição, permitiam-lhe um raciocínio apurado em relação ao futuro.
A sua fama de adivinho ultrapassou fronteiras e foi publicado na Alemanha, Áustria, Itália etc. De todos os cantos da Europa, chegavam celebridades que o procuravam para conhecer o futuro. Muitas das edições dos seus livros são, no entanto, meras falsificações, incluindo algumas que estão na Biblioteca de Paris.
Segundo alguns, Nostradamus teria previsto, entre outras coisas, o desmembramento da União Soviética, na quadra em que diz "Um dia serão amigos os dois grandes chefes...". No entanto, os cépticos apontam para o facto da maioria das "previsões" só serem interpretadas depois dos factos acontecerem. Algumas das suas profecias respeitantes à História de França eram tão claras que não puderam ser rejeitadas, mas eram uma minoria. Tudo o resto presta-se a várias leituras. Uma das suas quadras foi mesmo associada, ainda não há muito tempo, ao atentado às Torres Gémeas de Nova Iorque!

quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

EFEMÉRIDE - Adélia Luzia Prado Freitas, escritora brasileira, nasceu em Divinópolis, Minas Gerais, no dia 13 de Dezembro de 1935. Os seus textos retratam o quotidiano com perplexidade e encanto.
Professora por formação, exerceu o magistério durante 24 anos, até enveredar pela carreira de escritora, como actividade principal.
Em termos de literatura brasileira, Adélia Prado representou a revalorização do feminino, nas letras, e da mulher, nos seus múltiplos aspectos: mãe, esposa e dona-de-casa. Considera-se que encontrou um equilíbrio entre o feminino e o feminismo.
Inspirada na morte de sua mãe em 1950, Adélia escreveu, nesse mesmo ano, os seus primeiros versos.
Em 1973, formou-se em Filosofia e viu poemas seus serem lidos por Carlos Drummond de Andrade. Em 1975, publicou o seu primeiro livro Bagagem. O livro foi lançado no Rio de Janeiro com a presença, entre outros, de Juscelino Kubitschek, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector e Affonso Romano de Sant'Anna.
Em 1979, publicou o seu primeiro livro em prosa : Soltem os cachorros.
Em 1981, o primeiro de uma série de estudos sobre a sua obra foi apresentado no Departament of Comparative Literature, da Princeton University.
Em 1985, participou num programa de intercâmbio cultural entre autores brasileiros e portugueses, realizado em Portugal.
Publicou até agora, vários livros de Poesia e Prosa. Foi representada em espectáculos de Ballet e organizou diversas antologias. Com várias obras traduzidas em inglês e espanhol, encontramo-la também em várias antologias. A sua obra tem sido objecto de vários estudos.

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

EFEMÉRIDE - Manoel Cândido Pinto de Oliveira, cineasta português e o mais velho realizador no mundo em actividade, nasceu no Porto, em 12 de Dezembro de 1908. É considerado um dos profissionais do cinema mais influentes na Europa.
Educado num Colégio de Jesuítas, ingressou com vinte anos na escola de actores de um cineasta italiano radicado no Porto. O primeiro filme que dirigiu foi um documentário sobre a actividade fluvial no Rio Douro. Recebeu também formação nos estúdios alemães da Kodak e participou como actor no primeiro filme sonoro português A Canção de Lisboa .
Só muito mais tarde, em 1942, fez o seu primeiro filme de ficção: Aniki-Bóbó, o retrato de crianças nas ruas do Porto, um filme que anunciava e prefigurava o neo-realismo italiano. Mais tarde, Manoel de Oliveira teve de abandonar certos projectos nos quais estava envolvido, para se dedicar às empresas da família. No entanto, nunca perdeu a sua paixão pelo cinema e, em 1956, voltou com O Pintor e a Cidade.
Em 1963, O Acto de Primavera marcou uma nova fase do seu percurso de cineasta. Surgiu, de seguida, A Caça. Estes dois filmes foram muito bem recebidos pelo público e pela crítica, mas só voltou a rodar nos anos setenta. E de então para cá nunca mais parou. Até hoje. É por vezes acusado de fazer filmes demasiadamente extensos.
Manoel de Oliveira insiste em dizer que só cria filmes pelo gozo de os fazer, independente da reacção dos críticos. Apesar das múltiplas condecorações em festivais como o Festival de Cannes, de Veneza e de Montreal, leva uma vida retirada e longe das luzes da ribalta.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

EFEMÉRIDE - Louis-Charles-Alfred de Musset, poeta, dramaturgo e romancista francês, nasceu em Paris no dia 11 de Dezembro de 1810, tendo morrido na mesma cidade em 2 de Maio de 1857.
Alfred de Musset pertencia a uma família muito ligada à cultura, o avô tinha sido poeta e o pai era um especialista de Rousseau, de quem editou as obras.
Aos 17 anos, obteve um prémio de dissertação latina e, convidado por um cunhado do escritor Victor Hugo, entrou para o Cenáculo Literário da Biblioteca do Arsenal.
Depois de se ter iniciado em Medicina, Direito, Desenho, Inglês, Piano e Saxofone, dedicou-se à Poesia e ao Teatro, a partir de 1830. Começou desde logo a desenhar-se uma certa tensão entre o deboche e a pureza, que viria a dominar a sua obra. Grande sucesso, sobretudo junto da juventude e das mulheres.
Escreveu inúmeros poemas e peças de teatro, algumas novelas e um único romance. De 1835 a 1837, escreveu a sua obra-prima lírica “As Noites”.
Foi bibliotecário de dois Ministérios e recebeu a Legião de Honra em 1845, tendo sido eleito para a Academia Francesa em 1852.
Com uma malformação cardíaca, morreu aos 46 anos, roído por várias doenças e já um pouco esquecido. As suas últimas palavras terão sido “Dormir!... Enfim, vou dormir”.
THE BEATLES

Se gosta dos Beatles, vá a este link e oiça-os. Poderá mesmo descarregar os ficheiros para o seu computador (som e imagem):

http://www.thebeatles.art.pl/tele.html

domingo, 10 de dezembro de 2006

EFEMÉRIDE - Luigi Pirandello, dramaturgo, poeta e romancista italiano, faleceu em Roma no dia 10 de Dezembro 1936. Nascera em Agrigento, em 28 de Junho 1867.
Pirandello, que tinha um profundo sentido de humor e grande originalidade, veio renovar o teatro. A sua obra mais conhecida é “Seis personagens à procura de um autor”. Recebeu o Prémio Nobel de Literatura em 1934.
Em 1902, tinha renunciado a escrever poesia e, em 1908, publicou um ensaio sobre o “Humor”. Entretanto, como que prevendo a angústia em que viria a viver, escreveu uma série de contos a que chamou “Quando eu era louco”. A mulher atormentava-o com ciúmes, principalmente quando ele ensinava num liceu de raparigas. Isto condicionou muito a sua inspiração de escritor.
Em 1903, a empresa de seu pai faliu e a mulher enlouqueceu. Ele chegou a pensar em suicidar-se, mas retomou coragem e dedicou-se ao seu trabalho de criador. As suas experiências de vida, na infância e adolescência e após o casamento, explicarão a razão porque na sua obra dificilmente se encontrará uma página de amor.
As suas peças de teatro eram aplaudidas por uns, que as achavam poéticas, e vaiadas por outros, que lhe acenavam com o manicómio. O seu nome, no entanto, corria mundo e as suas peças eram representadas em todo o lado.
Trabalhou praticamente até ao fim, tendo morrido vítima de uma pneumonia, contraída durante as filmagens da adaptação cinematográfica de uma das suas obras.
Escreveu no seu testamento: «Desejo que a minha morte não seja notícia. Quando eu morrer, não me vistam. Embrulhem-me nu, num lençol. Nada de flores. Nada de velas acesas. Um enterro dos mais baratos, o dos pobres. Que ninguém me acompanhe, nem parentes nem amigos. Queimem-me. Que o meu corpo, depois de incinerado, seja disperso ao vento, porque não quero que nada, nem mesmo a cinza, reste de mim.».
Sua mulher morreu, vinte e três anos depois, numa clínica psiquiátrica.

sábado, 9 de dezembro de 2006

in «Público» 2006.12.09

in «Público» 2006.12.09

EFEMÉRIDE - Clarice Lispector, escritora brasileira, morreu no Rio de Janeiro, em 9 de Dezembro de 1977, vítima de cancro. Nascera na Ucrânia, em Tchetchelnik, no dia 10 de Dezembro de 1920.
A sua família, de origem judaica, emigrou para o Brasil, quando ela tinha dois anos de idade. Por decisão do pai, o seu nome foi mudado de Haia para Clarice.
Em 1930, portanto com dez anos, uma ida ao teatro inspirou-a para escrever "Pobre menina rica", uma peça em três actos, cujo original foi perdido. Seu pai resolveu adoptar a nacionalidade brasileira. Clarice lia muitos livros emprestados ou alugados em bibliotecas, clássicos brasileiros e portugueses e também o russo Dostoievski. Com dificuldades financeiras, dava aulas particulares de português e matemática e, pelo seu lado, aprendia inglês e dactilografia.
Em 1939, iniciou os seus estudos de Direito (que terminaria em 1943), fazia traduções e trabalhava como secretária. Em 1940, trabalhou como jornalista. Com o seu primeiro salário, comprou um livro de Katherine Mansfield, traduzido para português por Erico Veríssimo.
Em 1942, publicou o seu primeiro romance Perto do coração selvagem. O seu estilo de escrita, levou uma escritora e filósofa francesa a dizer que havia uma literatura brasileira A.C. (Antes de Clarice) e D.C. (Depois de Clarice).
Em 1944, em plena guerra, vai para Nápoles, onde o seu marido, diplomata, tinha sido colocado. Dá assistência a brasileiros feridos na guerra e depois viaja pela Europa. Volta ao Brasil por pouco tempo e vai morar em Berna, na Suiça, para onde o seu marido tinha sido designado.
De regresso ao Brasil, em 1952, volta a trabalhar em jornais durante cinco meses, indo depois para os Estados Unidos por oito anos. Em 1954, viu um dos seus livros traduzido para francês e publicado pela célebre Editora Plon, com capa do consagrado Henri Matisse.
Depois de se separar do marido, em 1959, iniciou uma rubrica no jornal "Correio da Manhã", intitulada "Correio feminino — Feira de utilidades" e tornou-se colunista de vários jornais, para ganhar o dinheiro suficiente para a compra de um apartamento.
Em 1966, um incêndio provocado por um cigarro aceso, deixou-a em perigo de vida e quase sem a mão direita. Salvou-se, mas caiu em depressão.
Continuou porém a escrever e a fazer traduções. Em 1974, o seu cão mordeu-lhe o rosto, fazendo com que se submetesse a uma cirurgia plástica realizada pelo seu amigo Dr. Pitanguy.
Em 1977, a revista "Fatos e Fotos Gente" publicou uma entrevista feita pela escritora a Mário Soares, primeiro-ministro de Portugal.
O seu romance mais famoso será A hora da estrela, o último que publicou. Escolher o seu melhor romance é, no entanto, bastante discutível. Há quem opte por A Paixão Segundo G.H. e Água Viva.
Em artigo publicado no jornal "The New York Times", no dia 11/03/2005, a escritora foi descrita como o equivalente de Kafka na literatura latino-americana.
A ARTE DE NEGOCIAR

Pai:
Filho, escolhi uma óptima moça para você casar.
Filho: Mas pai, eu prefiro escolher a minha mulher.
Pai:
Meu filho, ela é filha do Bill Gates.
Filho:
Bem, neste caso eu aceito.

Então o pai negociador vai encontrar o Bill Gates.

Pai:
Bill, eu tenho o marido certo para sua filha.
Bill Gates:
Mas a minha filha é muito jovem para casar...
Pai: Mas esse jovem é vice-presidente do Banco Mundial
.
Bill Gates:
Ah, neste caso tudo bem.

Finalmente o pai negociador vai ao Presidente do Banco Mundial.

Pai: Sr. Presidente, eu tenho um jovem recomendado para ser o vice-presidente do Banco Mundial
.
Pres. Banco Mundial:
Mas eu já tenho muitos vice-presidentes, até mais do que o necessário.
Pai:
Mas Sr., este jovem é genro do Bill Gates.
Pres. Banco Mundial:
Neste caso ele pode começar amanhã mesmo.

MORAL DA HISTÓRIA:
Não existe negociação perdida. Tudo depende da estratégia.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

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EFEMÉRIDE - Flor Bela de Alma da Conceição, poetisa portuguesa, precursora do movimento feminista em Portugal, nasceu em Vila Viçosa, no dia 8 de Dezembro de 1894, tendo morrido em Matosinhos, no mesmo dia e mês de 1930.
Teve uma vida tumultuosa e inquieta, transformando os seus sofrimentos íntimos em poemas de alta qualidade, muitos dos quais com carácter erótico e feminista.
Em 1903, Florbela Espanca escreveu a primeira poesia de que há conhecimento, A Vida e a Morte. Casou-se no dia de seu aniversário, em 1913, concluindo o curso de Letras em 1917. Inscreveu-se seguidamente em Direito, sendo a primeira mulher a frequentar este curso na Universidade de Lisboa. Colaborou em diversos jornais e revistas entre as quais a “Portugal Feminino
Sofreu um aborto involuntário em 1919, ano em que publicou o Livro de Mágoas. Foi por esta época que Florbela começou a apresentar sintomas sérios de desequilíbrio mental. Em 1922, depois de se ter separado do primeiro marido no ano anterior, casou-se pela segunda vez.
O Livro de Sóror Saudade é publicado em 1923. Entretanto, Florbela sofreu novo aborto e o seu marido pediu o divórcio. Em 1925, casou-se pela terceira vez. A morte do irmão, num acidente de aviação, abalou-a gravemente e inspirou-a para escrever As Máscaras do Destino.
Tentou o suicídio por duas vezes em 1930, antes de publicar a sua obra-prima, Charneca em Flor. Após o diagnóstico de um edema pulmonar, acabou por se suicidar no dia do seu 36º aniversário, ingerindo uma dose letal de um soporífero.
Alguns dos seus livros foram publicados postumamente. Florbela Espanca é, muito justamente, considerada uma das grandes figuras femininas do século XX.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

EFEMÉRIDE - José Carlos Ary dos Santos, poeta português, nasceu em Lisboa, no dia 7 de Dezembro de 1936, tendo falecido em 18 de Janeiro de 1984.
Emancipou-se da família com 16 anos, exercendo várias actividades para subsistir, desde a venda de máquinas para pastilhas até à publicidade.
Revelou-se como poeta aos 17 anos, ao ver poemas seus seleccionados para a Antologia do Prémio Almeida Garrett. Em 1963, publicou “Liturgia de Sangue”, a que se seguiram “Azul Existe”, “Tempo de Lenda das Amendoeiras” e “Adereços, Endereços” (todos em 1965).
Colaborou, desde 1969, em várias actividades oposicionistas a Salazar, tendo-se filiado mais tarde no Partido Comunista. Conseguiu notabilizar-se, apesar de tudo, como autor de poemas para canções, que venceram dois concursos da Televisão Portuguesa, ainda sob a ditadura.
Gravou vários discos com poemas e publicou ainda mais alguns livros de poesia. No 10º aniversário da sua morte, foi editada uma colectânea com toda a sua obra.
Entusiasta e irreverente, muito do que Ary dos Santos escrevia tinha um forte pendor satírico e panfletário, tendo aberto decisivamente novos horizontes à música popular portuguesa. Deixou cerca de 600 textos destinados a canções, não tendo tido tempo de executar o seu projecto de os publicar em livro. Quando morreu, preparava também “Estrada da Luz - Rua da Saudade”, que seria a sua autobiografia romanceada.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

EFEMÉRIDE - Frantz Fanon, psiquiatra e escritor da Martinica francesa, morreu em Washington DC, nos Estados Unidos da América, em 6 de Dezembro de 1961, vítima de leucemia. Nascera em Fort-de-France, Martinica, no dia 20 de Julho de 1925.
Durante a 2ª Guerra Mundial alistou-se nas forças da França livre, vindo a ser ferido em Vosges.
De regresso à Martinica, obteve o bacharelato e voltou a França, para prosseguir os estudos em Medicina, estudando simultaneamente Filosofia e Psicologia.
Em 1953, tornou-se médico-chefe de um hospital psiquiátrico, onde introduziu métodos modernos de socioterapia, junto de pacientes argelinos. Em seguida, começou a explorar os mitos e ritos tradicionais da cultura argelina e, em breve, demonstraria as suas ideias a favor da descolonização, o que lhe valeu a hostilidade dos colegas. Veio a juntar-se à Resistência Argelina, abandonando aquele hospital. Em 1957, seria expulso da Argélia, juntando-se à resistência em Tunis.
Nos seus livros mais conhecidos, Frantz Fanon analisou os processos de descolonização nos seus aspectos sociológicos, filosóficos e psiquiátricos. Escreveu igualmente artigos importantes sobre psiquiatria.
O seu livro mais conhecido “Os Danados da Terra” é um manifesto da luta anti colonial e da emancipação do Terceiro-Mundo, tendo inspirado vários movimentos de libertação.
Outros seus livros notáveis: “Pele negra, Máscaras brancas” e “Pela Revolução Africana”.

terça-feira, 5 de dezembro de 2006

EFEMÉRIDE - Raul Germano Brandão, jornalista e escritor português, famoso pelo realismo das suas descrições, morreu em Lisboa, no dia 5 de Dezembro de 1930. Nascera na Foz do Douro, em 12 de Março de 1867. Filho e neto de pescadores, o oceano e os homens do mar foram um tema recorrente da sua obra. Em 1890, publicou o seu primeiro livro, Impressões e Paisagens, focalizado justamente na vida piscatória e rural.
Em 1891, terminado o curso secundário, matriculou-se na Escola do Exército, iniciando uma carreira caracterizada por longas permanências no Ministério da Guerra, envolvido na máquina burocrática militar. Paralelamente, manteve uma carreira de jornalista e foi publicando extensa obra literária.
Em 1901, foi transferido para Lisboa onde, a par de colaboração em jornais e revistas, organizou livros de leitura escolar e publicou algumas das suas obras de ficção.
Reformado no posto de capitão, em 1912, iniciou a fase mais fecunda da sua produção literária, constituída não só por romances mas também por biografias romanceadas e peças de teatro. Colaborou ainda na Revista de Portugal, no Correio da Manhã, na Revista de Hoje, e foi chefe de redacção dos jornais O Dia e A República.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006


EFEMÉRIDE - Rainer Maria Rilke, de nacionalidade austríaca, considerado o melhor poeta da língua alemã do século XX, nasceu em Praga, no dia 4 de Dezembro de 1875. Morreu em Montreux, na Suiça, em 29 de Dezembro de 1926, vítima de leucemia.
Rike, que fez os seus estudos nas universidades de Praga, Munique e Berlim, publicou o primeiro livro em 1894, Vida e Canções, uma colecção de versos de amor. Exerceu a profissão de jornalista.
Alguns anos depois, em 1899, Rilke viajou para a Rússia, o que veio trazer uma dimensão religiosa aos seus poemas. Rilke passou a observar a natureza, dadas as dimensões e exuberância das paisagens russas, como manifestação divina presente em todas as coisas. Publicou então, mais precisamente em 1900, Histórias do bom Deus.
Foi depois para Paris, onde trabalhou como secretário do escultor Auguste Rodin, em 1905 e 1906. Rodin exerceu grande influência sobre a poesia de Rilke, o que se veio a reflectir na sua produção de 1907 a 1908.
Após a Primeira Guerra Mundial, mudou-se de Munique para a Suíça, onde redigiu livros notáveis, também em língua francesa. A sua obra influenciou muitos autores em diversas partes do mundo.

domingo, 3 de dezembro de 2006

EFEMÉRIDE – Pierre Auguste Renoir, um dos mais célebres pintores franceses, morreu em Cagnes-sur-Mer, no dia 3 de Dezembro de 1919. Nascera em Limoges, em 25 de Fevereiro de 1841.
Apenas com 14 anos, já ganhava a vida como pintor de porcelana, ofício que aprendeu numa escola nocturna. Passou nos exames para a Escola de Belas Artes, ingressando num atelier onde conheceu outros jovens pintores que, mais tarde, seriam rotulados de impressionistas.
Desde o princípio, a sua obra foi influenciada pelo sensualismo e pela elegância, embora não descurasse igualmente a delicadeza do seu ofício anterior de decorador de porcelana. Juntamente com o amigo Monet, foi um dos fundadores do Impressionismo.
A sua obra de maior impacto foi O Baile no Moulin de la Galette, em que conseguiu elaborar uma atmosfera de vivacidade e alegria à sombra refrescante de algumas árvores, aqui e ali intensamente azuis. Percebendo que o traço firme e a riqueza de colorido eram coisas incompatíveis, Renoir concentrou-se em combinar o que tinha aprendido sobre cor, com métodos tradicionais de aplicação de tinta. O resultado foi uma série de obras-primas bem no estilo de Ticiano, que ele muito admirava. O primeiro reconhecimento oficial pela sua obra chegou quando o governo francês comprou o seu quadro “Ao Piano”, em 1892.
Piorando da artrite que o consumia, Renoir sentia cada vez mais dificuldades em segurar os pincéis e acabou por ter os amarrar às mãos. Apesar das graves limitações físicas, Renoir continuou a trabalhar até ao último dia da sua vida. A grande tela, As Banhistas, foi terminada em 1918. Morreu aos 78 anos, reconhecido como um dos maiores pintores da França. Antes, quisera rever uma última vez as suas obras expostas no Museu do Louvre. Era pai de Jean Renoir, que se tornaria um dos maiores cineastas franceses.

sábado, 2 de dezembro de 2006

EFEMÉRIDE - Edmond Eugène Alexis Rostand, poeta e dramaturgo francês, morreu em Paris no dia 2 de Dezembro de 1918, vítima da gripe espanhola. Nascera em Marselha em 1 de Abril de 1868.
Tendo passado a infância e a adolescência em Luchon, foi esta localidade que lhe inspirou as primeiras obras. Aí escreveu nomeadamente, com vinte anos, a peça de teatro “A Luva Vermelha” e, sobretudo, um livro de poesia dois anos mais tarde (Les Musardises).
Prosseguiu depois os seus estudos de Direito em Paris, actividade que nunca exerceu e, depois de ter estado inclinado para a carreira diplomática, acabou por se consagrar à poesia e ao teatro.
Edmond Rostand teve o seu primeiro grande sucesso em 1894 com “As Romanescas”, peça em verso apresentada na Comédie française. Foi, no entanto, a representação de “Cyrano de Bergerac”, em Dezembro de 1897, que lhe trouxe a glória. O que ele tinha temido vir a ser um fracasso, acabou com vinte minutos de aplausos, com o público de pé, e na presença de um ministro que o foi mesmo visitar nos bastidores. Esta peça foi depois traduzida em várias línguas e constituiu um sucesso universal. O personagem Cyrano passou a ombrear com Hamlet e Don Quixote. Ainda recentemente, em 2005, foi adaptada à ópera, sendo representada na Metropolitan Opera, em Nova Iorque, com Plácido Domingo como actor principal.
Nomeado para a Academia Francesa em 1901, só aí foi recebido em 1904, em virtude de doença.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

CURIOSIDADES

Olho dançarino:

http://www.sunbelt-software.com/stu/eye.htm

Olhe bem para as duas imagens:

http://www.break.com/index/twophotos2.html

No ano do seu nascimento:

http://istoe.terra.com.br/gentedinamica/aniversario/index.asp

Jornal do seu aniversário:

http://aniv.pt.vu/

Prioridades de hoje (crítica social):

http://www.laboratoriodedesenhos.com.br/corrente_page.htm

Música brasileira:

http://www.paixaoeromance.com/

Ela dirá o que o leitor quiser:

http://www.oddcast.com/home/demos/tts/frameset.php?frame1=talk

Fumar mata:

http://www.antimult.ru/antimults/antitoons/001smokekills/view.htm

Telepatia virtual:

http://kardini.fateback.com/telepatiav.htm
ALGUNS JOGOS INTERESSANTES

Artes Marciais:

http://www.miniclip.com/games/defenders/en/

Futebol (penalidades):

http://www.miniclip.com/games/free-kick-challenge/en/

Uma partidinha de Ténis?

http://web4096.message.sk/round2/flash/9/index.html

Bowling:

http://www.miniclip.com/games/kingpin-bowling/en/

Caça ao Pinguim:

http://www.miniclip.com/games/penguin-arcade/en/
no comments...

EFEMÉRIDE - A Restauração da Independência de Portugal é comemorada anualmente, no dia 1 de Dezembro, assinalando o fim da ocupação espanhola. Portugal tinha estado ocupado, com tudo o que isso implicava, durante 60 anos.A morte de D. Sebastião (1557-1578) na batalha de Alcácer-Quibir, apesar da sucessão do Cardeal D. Henrique (1578-1580), deu origem a uma crise dinástica. Nas Cortes de Tomar de 1580, Felipe II de Espanha foi aclamado rei de Portugal e, assim, durante sessenta anos, Portugal sofreu o domínio espanhol. Ao contrário daquilo que o monarca prometera, ainda no seu mandato e de modo mais intenso no reinado do seu sucessor, Felipe III de Espanha, o desrespeito pelos privilégios nacionais agravavam-se. Os impostos aumentavam; a população empobrecia; os burgueses ficavam afectados nos seus interesses comerciais; a nobreza estava preocupada com a perda dos seus postos e rendimentos; e o Império Português era ameaçado por ingleses e holandeses perante o desinteresse dos governadores filipinos.
Um sentimento profundo de autonomia, partilhado por toda a população, cresceu e foi consumado na revolta de 1640, na qual um grupo de conspiradores aclamou o duque de Bragança como Rei de Portugal, com o título de D. João IV, dando início à quarta Dinastia – a Dinastia de Bragança.
Paralelamente, com a consolidação da independência, os portugueses conseguiram expulsar os holandeses do Brasil, de Angola e de São Tomé e Príncipe.

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