segunda-feira, 31 de agosto de 2015

31 DE AGOSTO - EMMANUEL NUNES

EFEMÉRIDEEmmanuel Nunes, compositor português, nasceu em Lisboa no dia 31 de Agosto de 1941. Morreu em Paris, em 2 de Setembro de 2012.
Começou a estudar na Academia de Amadores de Música de Lisboa, mas – sem perspectivas de progressão e por ser opositor ao regime ditatorial de Salazar – prosseguiu os estudos musicais na Alemanha e em França, país onde se radicou a partir de 1964. Teve como mestres Francine Benoît, Fernando Lopes Graça, Pierre Boulez e Karlheinz Stockhausen, entre outros.
Na Sorbonne, defendeu uma tese de Musicologia sobre Anton Webern. Utilizava nas suas composições as mais variadas técnicas, mantendo-se próximo da linguagem atonal. Foi professor de Composição e de Música de Câmara no Conservatório Nacional Superior de Música e Dança de Paris (1992/2006), tendo antes ocupado um lugar de professor de Composição no Institut für Neue Musik da Hochschule für Musik Freiburg (1986/92), dando também cursos na Fundação Calouste Gulbenkian e na Universidade de Harvard.
Obteve vários prémios, dos quais se destaca o Prémio de Estética Musical do Conservatório Nacional Superior de Música de Paris (1971) e, também, o Prémio do International Music Council (UNESCO) para compositores (1999).
Recebeu as condecorações de Oficial da Ordem das Artes e das Letras de França (1986) e de Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada de Portugal (10 de Junho de 1991). Foi galardoado com o Prémio Pessoa em 2000.

domingo, 30 de agosto de 2015

30 DE AGOSTO - JOÃO JOSÉ FRAÚSTO DA SILVA

EFEMÉRIDEJoão José Rodiles Fraústo da Silva, professor universitário português, Nasceu em Tomar no dia 30 de Agosto de 1933. Licenciado em Engenharia Química Industrial pelo Instituto Superior Técnico, é doutorado em Química pela Universidade de Oxford e em Engenharia Química pela Universidade Técnica de Lisboa. Foi professor catedrático do Instituto Superior Técnico e do Instituto de Hidrologia de Lisboa.
Fraústo da Silva ocupou numerosos cargos ao longo da sua carreira. A destacar, entre outros, os de director do Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa; presidente do Gabinete de Estudos e Planeamento da Acção Educativa do Ministério da Educação Nacional; fundador e primeiro reitor da Universidade Nova de Lisboa; ministro da Educação e Universidades no VIII Governo Constitucional (pós 25 de Abril); presidente do Instituto Nacional de Administração Pública; presidente da Fundação das DescobertasCentro Cultural de Belém; e presidente do Conselho de Curadores da Fundação Oriente.
Desempenhou ainda cargos na OCDE, foi professor visitante da Universidade Federal do Rio de Janeiro e professor associado e director do Departamento de Química da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Foi também director da revista “Colóquio — Educação e Sociedade” da Fundação Calouste Gulbenkian.
É autor de três livros, oito manuais didácticos e três teses, tendo mais de 150 artigos científicos publicados em revistas especializadas.
Editou “New-Trends in Bioinorganic Chemistry” para a Academic Press de Londres (1991, com reedições em 1993, 1994 e 1997), obra que recebeu o Prémio Nacional Boa Esperança da Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia.
Foi galardoado com vários prémios académicos, entre os quais o Prémio Artur Malheiros da Academia das Ciências de Lisboa, da qual é membro efectivo. É também fellow da Royal Society of Chemitry de Londres e membro da Sociedade Portuguesa de Química, da qual foi presidente nacional.
Entre as distinções recebidas, salienta-se: Grande Oficial da Ordem da Instrução Pública (1973), Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique (1989) e Oficial da Legião de Honra Francesa (1987). Exerceu as funções de Conselheiro de Estado, por designação do presidente da República, de 1988 até 1996.

sábado, 29 de agosto de 2015

29 DE AGOSTO - VASCO PALMEIRIM

EFEMÉRIDEVasco Palmeirim, de seu nome completo Vasco Maria Palmeirim Peres Gomes, locutor de rádio e apresentador de televisão português, nasceu em Lisboa no dia 29 de Agosto de 1979. Tornou-se popular ao fazer as manhãs da Rádio Comercial com Pedro Ribeiro, Vanda Miranda, Nuno Markl e Ricardo Araújo Pereira.
Apresentou também os programas “Feitos ao Bife” e “Sabe ou Não Sabe” na RTP e “A Costeleta de Adão” (com Ana Markl) no canal Q.
O pai, natural de Quelimane, Moçambique, é maestro e a mãe é mestre de bailado na n Companhia Nacional de Bailado.
Vasco Palmeirim apresentou também “The Voice Portugal” na RTP (com Catarina Furtado) e “The Voice Kids” igualmente na RTP (com Mariana Monteiro). Entrou na telenovela “Bem-Vindos a Beirais”, interpretando a sua própria figura.
Tem criado várias versões de músicas, adaptações e improvisos. Às vezes, na rádio, pega na sua guitarra e transforma-se em humorista, inventando letras hilariantes para canções que já existem.
Como as emissões da Comercial são filmadas, já se criou um culto das suas músicas no YouTube e no Facebook, onde tem vários milhares de fãs.
Vasco Palmeirim teve o sonho de ser um homem-espectáculo, à medida daqueles que apresentam os talk-shows norte-americanos. Foi com o desejo de vir a ter um talk-show televisivo igual ao de Conan O’Brien, o seu ídolo, que decidiu seguir um curso de Comunicação da Universidade Católica. A rádio surgiria quase por acidente, assim como as cantorias e a televisão. 

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

VASCO PALMEIRIM (Rádio Comercial) - "Às Vezes"

28 DE AGOSTO - HERMES FONTES

EFEMÉRIDEHermes Floro Bartolomeu Martins de Araújo Fontes, poeta brasileiro, nasceu em Boquim no dia 28 de Agosto de 1888. Morreu no Rio de Janeiro em 25 de Dezembro de 1930. Filho de lavradores, licenciou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, em 1911.
Desde 1903, colaborou em diversos jornais (“Fluminense”, “Rua do Ouvidor”, “Imparcial”, “Folha do Dia”, “Correio Paulistano” e “Diário de Notícias”) e em várias revistas (“Careta”, “Fon-Fon!”, “Tribuna”, “Tagarela”, “Atlântida”, “Brasil-Revista”, “Revista das Revistas”, “América Latina” e “Revista Souza Cruz”). Foi igualmente caricaturista do jornal “O Bibliógrafo”. Em 1904, com apenas 16 anos de idade, co-fundou – no Rio de Janeiro – o jornal “Estréia”, juntamente com Júlio Surkhow e Armando Mota. Simultaneamente, trabalhou como funcionário dos Correios e, depois, oficial de gabinete do ministro da Viação.
Em 1908, publicou a sua primeira obra poética (“Apoteoses”) e, em 1913, editou o seu segundo livro de poesia, “Génese”. Seguiram-se: “Ciclo da Perfeição” (1914), “Miragem do Deserto” (1917), “Microcosmo” (1919), “A Lâmpada Velada” (1922) e “A Fonte da Mata...” (1930), entre outros. A poesia de Hermes Fontes é de estética simbolista.
Nos anos 1920, vários cantores interpretaram os seus poemas, com assinalável êxito. Suicidou-se no Rio de Janeiro, no Natal de 1930. 

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

27 DE AGOSTO - ANTONIA FRASER

EFEMÉRIDEAntonia Margaret Caroline (Pakenham) Fraser, biógrafa, historiadora e romancista britânica, nasceu em Londres no dia 27 de Agosto de 1932. Escreveu várias biografias e romances policiais. É viúva do dramaturgo Harold Pinter, vencedor do Nobel de Literatura de 2005 e falecido em 2008. A biografia de Maria Antonieta, que ela escreveu em 2001/02, interessou de tal modo Sofia Coppola, que esta a adaptou ao cinema, realizando o filme “Marie Antoinette”.
O pai era ensaísta e a mãe biógrafa. Dois dos seus irmãos seguiram também a vida literária. Convertida ao catolicismo desde a infância, estudou no Convento Santa Maria de Ascot e na Dragon School de Oxford. Finalizou os estudos no Lady Margaret Hall (Oxford), seguindo o exemplo da mãe.
Em 1956, casou-se com o aristocrata e deputado escocês Hugh Fraser, tendo-se divorciado em 1977, depois de terem seis filhos. Contraiu matrimónio com Harold Pinter em 1980. Antonia só utiliza o apelido “Pinter” em alguns eventos sociais.
O seu primeiro trabalho literário importante foi “Mary, Queen of Scots” (1969). Publicou depois várias outras biografias, incluindo “Cromwell, Our Chief of Men” (1973). Ganhou o Prémio Wolfson History em 1984, com “The Weaker Vessel”, um estudo sobre a vida das mulheres na Inglaterra do século XVII. Antónia Fraser presidiu o clube PEN inglês em 1988/89, sendo igualmente presidente do Comité para os Autores Presos.
Escreveu vários romances policiais, sendo os mais populares aqueles que têm como heroína Jemima Shore, uma jornalista de investigação que trabalha para a televisão. Em 1983, uma série televisiva em doze episódios, inspirada nestes romances, foi transmitida no canal britânico ITV, com Patricia Hodge no principal papel.
Mais recentemente, publicou “The Warrior Queens”, história de diferentes rainhas e princesas que fizeram a guerra, desde a época de Boudicca e de Cleópatra. Antonia Fraser serviu também de redactora-chefe, num grande número de biografias monárquicas.
Em Dezembro de 2010, recebeu a Comenda da Ordem do Império Britânico, «pelos serviços prestados à literatura». 

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

26 DE AGOSTO - ALFREDO D'ANDRADE

EFEMÉRIDEAlfredo d’Andrade, de seu nome completo Alfredo César Reis Freire de Andrade, pintor e arquitecto português, naturalizado italiano, nasceu em Lisboa no dia 26 de Agosto de 1839. Morreu em Génova, em 30 de Novembro de 1915.
Ainda jovem, com cerca de 15 anos, foi para Itália onde estudou pintura com Calame. Em Génova, viria a ser agraciado com o título honorífico de “Professor de Ornato, Perspectiva e Arquitectura”. A sua obra foi influenciada por Fontesi, com quem contactou em França no ano de 1861.
Alfredo d’Andrade contribuiu largamente para o restauro do Castelo de Turim e do Castelo de Fenis. Devido ao seu profícuo trabalho, deixou-nos cerca de 50 quadros, 1 500 desenhos e 10 000 desenhos de arquitectura.
Uma das suas pinturas (“O Pântano) faz parte do acervo do Museu do Chiado. Foi autor do projecto de alargamento do Terreiro do Paço em Lisboa (1857), o que foi feito à custa de aterros no Tejo.
Recebeu a Comenda de Isabel a Católica (Exposição de Madrid em 1871). Os seus restos mortais encontram-se em Pavone, Itália.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

RAY CHARLES - "Hit The Road Jack"


25 DE AGOSTO - PHILIPPE LÉOTARD

EFEMÉRIDE – Ange Philippe Paul André Léotard-Tomasi, actor, poeta e cantor francês, morreu em Paris no dia 25 de Agosto de 2001. Nascera em Nice, em 28 de Agosto de 1940.
Ainda criança, foi atingido pela doença de Bouillaud, que o deixou de cama durante muito tempo, em casa de uma avó que morava em Ajaccio. Isto fez com que lesse muito, utilizando a biblioteca familiar. Lia muitos livros de poesia, admirando Baudelaire, Lautréamont, Rimbaud e Cendrars, entre outros. Leu também Victor Hugo e Flaubert.
Aos 18 anos, em 1958, alistou-se na Legião Estrangeira em Bonifácio, mas acabou por não ficar. Estudou no Liceu Henri IV em 1958/59, prosseguindo depois os estudos na Sorbonne, onde se licenciou em Letras. Nesta universidade, através da Associação Teatral dos Estudantes de Paris, encontrou Ariane Mnouchkine, com quem fundou o Teatro do Sol em 1964. Paralelamente, foi professor de Letras e de Filosofia no Colégio Sainte-Barbe até 1968. Deixou o Teatro do Sol e representou “Les Anges meurtriers” no Teatro Nacional Popular em 1970.
Continuando embora no teatro, iniciou-se no cinema graças a Claude Sautet e François Truffaut. Figurou em “Domicile conjugal” (1970), prosseguindo a sua aprendizagem com Truffaut, que lhe proporcionou um pequeno papel em “Les deux anglaises et le continent”, no ano seguinte.
Avoir 20 ans dans les Aurès” foi o filme que marcou o seu primeiro grande desempenho. O seu grande sucesso ocorreu em 1975, com “Le Chat et la Souris” de Claude Lelouch. Neste mesmo ano, entrou no circuito americano com “French Connection 2 de John Frankenheimer.
Em 1977, foi nomeado para o César de Melhor Actor Secundário. Viria receber o César de Melhor Actor em 1983, com “La Balance de Bob Swaim”. Dedicou-se depois a um cinema mais intimista.
Embora tardiamente, em 1990, lançou-se também na carreira de cantor. Os dois primeiros álbuns (“À l'amour comme à la guerre” e “Philippe Léotard canta Léo Ferré”, um ano depois da morte de Ferré) tiveram grande sucesso. Este último álbum foi mesmo recompensado com o Prémio Charles-Cros de 1994.
Em 1997, recebeu o Grande Prémio dos Poetas da SACEM. Neste mesmo ano, interpretou a sua última curta-metragem: “La Momie à mi-mots” de Laury Granier. Ao longo da sua carreira, representou seis peças teatrais, protagonizou 15 filmes televisivos e mais de oitenta películas. Escreveu três livros.
A droga e o álcool afectaram muito a sua vida artística, sobretudo ao nível da voz. Teve dois comas etílicos e várias overdoses. Faleceu, vítima de insuficiência respiratória, numa clínica parisiense, onde se encontrava hospitalizado há dois meses. Estava parcialmente paralisado e tinha um cancro na língua. 

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

24 DE AGOSTO - JANE GREER

EFEMÉRIDEJane Greer, de seu verdadeiro nome Bettejane Greer, actriz norte-americana, morreu em Los Angeles no dia 24 de Agosto de 2001. Nascera em Washington, em 9 de Setembro de 1924. 
Aos quinze anos de idade, foi vítima de paralisia parcial do rosto, que venceu com exercícios por ela inventados. Foi assim, segundo ela, que descobriu como as emoções humanas podem ser demonstradas através de expressões faciais, o que lhe veio a ser de grande ajuda anos depois.
Sem condições financeiras para terminar os estudos universitários, tornou-se cantora de Big band e dançarina na orquestra de Enric Madriguera. Graças à sua beleza, foi capa da revista “Life” em 1942, o que atraiu a atenção do cantor e actor Rudy Vallee e do lendário produtor Howard Hughes. Com a mala a tiracolo, Jane embarcou para Hollywood e, após um teste decepcionante nos estúdios de David O. Selznick, acabou contratada por Hughes. Este, porém, não a escalou para qualquer filme e Jane, após negociar a anulação do contrato, assinou outro com a RKO Pictures. Aqui veio reencontrar Rudy Vallee, com quem se casou em 1943 e de quem se divorciou seis meses depois.
Promovida pelo estúdio como «a mulher com o sorriso de Mona Lisa», uma sequela afinal da paralisia que sofreu, Jane estreou-se como actriz secundária em “Two O'Clock Courage” (1945). Finalmente, foi notada pela crítica em “They Won't Believe Me” (1947) e atingiu o estrelato no mesmo ano ao fazer o papel de assassina em “Out of the Past”, ao lado de Robert Mitchum. Outros bons momentos seus foram: “The Big Steal” (1949), também com Mitchum, “You're in the Navy Now” (1951), com Gary Cooper, “Run for the Sun” (1956), com Richard Widmark, e “Man of a Thousand Faces” (1957), ao lado de James Cagney.
Em 1947, casou-se com o milionário Edward Lasker, pai dos seus três filhos, mas a união também terminou em divórcio, em 1963. Neste mesmo ano, submeteu-se a uma cirurgia ao coração, o que a obrigou a diminuir o ritmo de trabalho. Em 1984, apareceu em “Against All Odds”, um remake de “Out of the Past”, fazendo então de mãe da assassina. Na televisão, participou em séries como “Bonanza”e “Columbo”, entre outras. Encerrou a vida profissional em 1996, com a comédia “Perfect Mate”. Faleceu cinco anos depois, aos setenta e seis anos, devido a doença oncológica.
Ao longo da sua carreira, participou em 28 filmes (1945/96), em 17 séries televisivas (1953/90) e num telefilme em 1982. Tem uma estrela a si dedicada no Passeio da Fama no Hollywood Boulevard

domingo, 23 de agosto de 2015

23 DE AGOSTO - NAZIK AL-MALAIKA

EFEMÉRIDENazik Al-Malaika, poetisa iraquiana, nasceu em Bagdad no dia 23 de Agosto de 1922. Morreu no Cairo em 20 de Junho de 2007. Foi a primeira a escrever versos livres em árabe, ao invés da rima clássica.
Publicou a sua primeira recolha de poemas em 1947 (“Ashiqat al-Layl”) e a segunda dois anos depois (“Shazaya wa Ramad”). ´E considerada por muitos como a melhor poetisa iraquiana contemporânea.
Nazik nasceu numa família culta, a mãe sendo também poetisa e o pai professor de Letras. Mostrou o seu talento muito precocemente, escrevendo o primeiro poema quando tinha apenas dez anos de idade.
Obteve em 1944 o diploma do Colégio das Artes de Bagdad e, mais tarde, o mestrado em Literatura Comparada na Universidade de Wisconsin.
Publicou “Qararat al-Mawja” em 1957. O seu último livro foi editado em 1968 – “Árvore da Lua”. Foi professora em várias escolas e na Universidade de Mossoul.
Malaika deixou o seu país em 1970, com o marido e a família, quando da ascensão ao poder do partido Baas. Começaram por viver no Koweit, até à invasão de Saddam Hussein em 1990. Partiram então para o Cairo, onde passou o resto da sua vida. Nazik sofria de diversas doenças, entre elas a de Parkinson. Morreu a dois meses de completar 85 anos. 

sábado, 22 de agosto de 2015

MARIA BETHÂNIA


22 DE AGOSTO - MATS WILANDER

EFEMÉRIDEMats Wilander, ex-tenista profissional sueco e antigo nº 1 mundial, nasceu em Växjö no dia 22 de Agosto de 1964. Durante a sua carreira, ganhou 7 torneios do Grand Slam em simples e 1 em pares. É membro do International Tennis Hall of Fame desde 2002.
É recordado sobretudo pela sua actividade em 1988, quando ganhou três dos quatro torneios do Grand Slam. Foi também importante para a equipa sueca na Taça Davis, com sete finais consecutivas na década de 1980.
Tendo começado muito cedo a praticar a modalidade, brilhou logo nos torneios de juniores. Ganhou o Torneio Roland-Garros de juniores e os Europeus de menos de 16 anos e de menos de 18. Venceu igualmente o Orange Bowl de Miami para menos de 16 anos.
Desde o início como profissional, Wilander confirmou as suas qualidades excepcionais. Venceu o Roland-Garros de 1982, ainda com menos de 18 anos. A sua ascensão foi regular. No ano seguinte, venceu o seu 2º torneio do Grand Slam na Austrália, batendo John McEnroe na meia-final e Ivan Lendl na final.
Conseguiu a performance de ganhar um torneio do Grand Slam por ano, de 1982 a 1985. Durante este período, ficou entre os dez melhores jogadores do mundo, sendo nº 3 em 1985 e nº 2 em 1986. Atravessou depois um período menos bom, retomando os bons resultados no ano seguinte e tornando-se o “delfim” de Ivan Lendl na classificação ATP.
Graças ao seu sangue-frio, à sua regularidade fora do comum e a um sentido de jogo imperturbável, Mats Wilander conseguiu, em 1988, uma época quase perfeita, vencendo quase tudo o que havia para ganhar e sendo finalmente o nº 1 mundial, acabando com o reinado de três anos de Lendl.
Começou então a abrandar o ritmo da sua carreira, conquistando ainda o Torneio de Itaparica de 1990. Em 1995, quando de um torneio de pares em Roland-Garros, Mats Wilander e o checo Karel Nováček foram controlados positivamente numa análise de doping e suspensos por três meses. Pôs um ponto final na sua carreira em 1996, depois de uma última derrota num torneio em Pequim. Não se afastou porém totalmente do ténis, entrando em alguns torneios, sendo capitão da equipa sueca na Taça Davis, treinador de Marat Safin em 2001, de Tatiana Golovin em 2007 e de Paul-Henri Mathieu em 2008. Escreveu regularmente crónicas para o jornal “L'Équipe”, sendo também animador da série televisiva “Game, Set and Mats” no canal da Eurosport.
Wilander disputou contra o americano John McEnroe, em Julho de 1982, o jogo mais longo da história da Taça Davis – 6 horas e 22 minutos, recorde que só seria batido em 2013 (7 horas e 1 minuto num jogo de pares).
Aponte-se como curiosidade que Wilander teve uma operação cirúrgica a um joelho marcada nos Estados Unidos, mas – sentindo-se cansado – decidiu ficar em casa a repousar e não embarcou. O avião que deveria ter tomado (21 de Dezembro de 1988) explodiu em pleno voo, por cima da cidade escocesa de Lockerbie, vítima de atentado terrorista. 1988 foi realmente o seu ano talismã!

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

ELIS REGINA - "Águas de Março"


21 DE AGOSTO - HENRIK PONTOPPIDAN

EFEMÉRIDEHenrik Pontoppidan, escritor dinamarquês, morreu em Charlottenlund no dia 21 de Agosto de 1943. Nascera em Fredericia, em 24 de Julho de 1857. Foi galardoado com o Prémio Nobel de Literatura em 1917, ex-aequo com o seu compatriota Karl Adolph Gjellerup.
Filho de um vigário da Jutlândia, pertencia a uma antiga família de vigários e escritores. Pontoppidan desistiu de se formar como engenheiro, para ser professor de instrução primária, tendo-se dedicado depois ao jornalismo independente e à escrita a tempo inteiro. Fez a sua estreia literária em 1881, com uma recolha de contos (“Staekkede Vinger”).
A primeira fase da sua obra caracterizou-se por uma crítica social rebelde, tendo-se revoltado mesmo contra os privilégios de que beneficiara a própria família.
Em contos prosaicos, descreveu impiedosamente a vida dos camponeses e dos proletários do país, com quem ele vivia em contacto próximo. Henrik foi talvez o primeiro escritor dinamarquês progressista a quebrar com o retrato idealista dos agricultores. Os contos desta época foram recolhidos em dois volumes: “Landsbybilleder” (“Retratos de Aldeia”, 1883) e “Fra Hytterne” (“A partir das Cabanas”, 1887). É importante salientar igualmente a colectânea de contos políticos de 1890 – “Skyer” (“Nuvens”) – uma descrição mordaz da Dinamarca, sob a autoritária semi-ditadura dos Conservadores, condenando os opressores mas também a falta de rebeldia dos seus conterrâneos.
Após este período, concentrou-se cada vez mais em problemas psicológicos e naturalistas, sem desistir todavia do seu compromisso social. A revisão que fez em 1889 de “Messias” e a sua peça “Den gamle Adam” (“O velho Adão”) de 1890 foram publicadas anonimamente e desencadearam grande polémica, após serem acusadas de blasfemas. O editor Ernst Brandes foi multado em 300 coroas por “Messias”, em Dezembro de 1891, tendo-se suicidado no ano seguinte.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

20 DE AGOSTO - THOMAS CORNEILLE

EFEMÉRIDEThomas Corneille, jurista e dramaturgo francês, nasceu em Ruão no dia 20 de Agosto de 1625. Morreu em Les Andelys, em 8 de Dezembro de 1709. Thomas era dezanove anos mais novo do que Pierre, também escritor. Estudou nos Jesuítas, sendo brilhante aluno em Humanidades e, depois, em Direito.
Deixou Ruão com destino a Paris ao mesmo tempo do irmão, quando os êxitos de Pierre o levaram a querer dedicar-se também ao teatro. Começou por fazer comédias, inspiradas sobretudo em autores espanhóis, passando a ser um sério concorrente deles no campo das comédias burlescas.
Em Novembro de 1656, passou a interessar-se por tragédias, escrevendo “Timocrate”, que obteve um enorme sucesso, com uma série ininterrupta de oitenta representações, a série mais longa de todo o século.
Escreveu, só ou em co-autoria, umas quarenta peças de teatro. Contrariamente ao irmão, interessou-se por todos os géneros dramáticos e também por óperas e intermezos.
Os seus três libretos de ópera, Psyché (1678), Bellérophon (1679) e Médée (1693), fizeram dele, juntamente com Philippe Quinault e Jean Galbert de Campistron, um dos mais importantes libretistas do século XVII.
Ele e o co-autor Donneau de Visé receberam mais de 6 000 libras pela obra “La Devineresse ou les Faux Enchantements”, a mais importante soma paga naquela época.
Em 1677, quatro anos depois da morte de Molière e a pedido da sua viúva Armande Béjart, Thomas Corneille pôs em verso a peça que Molière tinha criado em 1665 sob o título “Le Festin de pierre”. Estreada no Théâtre Guénégaud.
Os dois irmãos viviam praticamente juntos e elogiavam-se mutuamente sem a mais pequena ponta de inveja. Entre o público, uns diziam que Thomas nunca teria atingido tanto êxito se não fosse à sombra de Pierre; outros achavam que essa sombra prejudicara a sua autonomia. 
Em 1685, sucedeu na Academia Francesa ao seu irmão, que falecera no ano anterior. Além de escrever vários livros didácticos (1694/1708), Thomas Corneille fez também uma tradução completa das “Metamorfoses” de Ovídio (1697). 

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

19 DE AGOSTO - OGDEN NASH

EFEMÉRIDE – Frederic Ogden Nash, poeta norte-americano, nasceu em Rye, Nova Iorque, no dia 19 de Agosto de 1902. Morreu no Hospital Johns Hopkins, em Baltimore, em 19 de Maio de 1971. Por ocasião da sua morte, vítima da doença de Crohn, o jornal “New York Times” escreveu que «os poemas divertidos de Ogden Nash, com rimas não convencionais e inesperadas, fizeram dele o mais conhecido autor de poesia humorística do nosso país».
O pai era proprietário de uma empresa de importações/exportações. Em virtude dos seus negócios, a família mudava frequentemente de morada. Depois de ter recebido o seu diploma na St. George's School em Middletown, ingressou na Universidade de Harvard em 1920, nela se mantendo apenas um ano. Partiu então à procura de trabalho. O seu primeiro emprego, em Nova Iorque, foi o de projectista de cartazes publicitários, que eram afixados nos transportes públicos. Depois, foi chefe de redacção na editora Doubleday, onde começou também a escrever poesia.
Mudou-se para Baltimore três anos depois, após ter esposado Frances Leonard, que era desta cidade. Aqui passou a maior parte da sua vida, numa terra que considerava como sua.
Em 1931, lançou a sua primeira recolha de poemas, “Hard Lines”, que lhe valeu o reconhecimento nacional. Depois, fez várias aparições na televisão e na rádio, tendo viajado pelos Estados Unidos e por Inglaterra, para dar conferências em universidades.
Nash era considerado com respeito nos meios literários e os seus poemas eram frequentemente incluídos em antologias, incluindo na “New Anthology of Modern Poetry”, publicada por Selden Rodman em 1946.
Ogden Nash escreveu também, em colaboração com o autor de libretos S. J. Perelman, a comédia musical “Um Capricho de Vénus”, exibida na Broadway. Escreveu ainda a revista musical “Two's Company” (1952).

terça-feira, 18 de agosto de 2015

18 DE AGOSTO - BRIAN ALDISS

EFEMÉRIDEBrian Wilson Aldiss, escritor inglês, sobretudo de ficção científica mas também ensaísta, nasceu em Norfolk no dia 18 de Agosto de 1925. Fortemente influenciado pelo pioneiro de ficção científica H. G. Wells, Aldiss é o vice-presidente da H. G. Wells Society. O seu conto “Super-Toys” (1969) serviu de base a Stanley Kubrick e Steven Spielberg para o guião do filme “A.I. – Inteligência Artificial”.
Em 1943, alistou-se no regimento dos Royal Signals, tendo prestado serviço militar na Birmânia. Foram talvez as florestas tropicais desse país que o inspiraram a escrever “Hothouse” (“A Longa Tarde da Terra” na edição portuguesa). Foi desmobilizado em 1947.
Fixou-se em Oxford, onde encontrou trabalho numa livraria. Determinado a tornar-se escritor, publicou “The Brightfount Diaries” em 1955, narrando com humor justamente a vida de um empregado livreiro. O sucesso do livro permitiu-lhe integrar o jornal “Oxford Mail”, onde escreveu regularmente uma crónica literária. Ganhou depois um concurso de contos organizado pelo jornal “The Observer”, que lhe possibilitou a publicação da sua primeira recolha de novelas.
As suas obras de ficção científica vêm a servir de ponte entre os temas da velha ficção científica chamada “idade de ouro” e a sofisticação das novas formas da ciência.
A partir de 1960, foi presidente durante largo tempo da British Science Fiction Association. Editou numerosas antologias de sucesso e escreveu várias obras que analisam a história da ficção científica, a mais conhecida sendo “Trillion Year Spree: a History of Science Fiction”.
Em 1962, publicou “O Mundo Verde”, inspirado na sua experiência nas florestas da Birmânia e na ilha de Sumatra, quando da Segunda Guerra Mundial. Este livro recebeu o prestigiado Prémio Hugo.
Em 1964, criou o primeiro magazine crítico de ficção científica, “Science Fiction Horizons”, do qual só foram publicados dois números mas em que participaram alguns escritores de renome como William S. Burroughs.
Em 1983, recebeu o Prémio John W. Campbell Memorial pela sua obra “A Primavera de Helicónia”, a primeira parte de uma trilogia que também virá a incluir “O Verão de Helicónia” e “O Inverno de Helicónia”. Foi decorado, em 2005, aos 80 anos, com a Ordem do Império Britânico pelos «serviços prestados à Literatura». 

LÁGRIMA (quadras)


segunda-feira, 17 de agosto de 2015

17 DE AGOSTO - ROBERT DE NIRO

EFEMÉRIDERobert De Niro Jr., actor, realizador e produtor de cinema norte-americano, nasceu em Nova Iorque (Greenwich Village) no dia 17 de Agosto de 1943. Os seus primeiros papéis principais tiveram lugar nos filmes “Bang the Drum Slowly” e “Os Cavaleiros do Asfalto”, ambos de 1973. No ano seguinte, actuou no clássico “ O Padrinho: Parte 2, interpretando o jovem Vito Corleone, papel com o qual ganhou o Oscar de Melhor Actor Secundário.
De Niro é conhecido pela sua longa colaboração com o realizador Martin Scorsese, que começou em 1973 (“Mean Streets”). Desde então, protagonizou diversos filmes deste realizador, todos muito apreciados pela crítica. Recebeu o Oscar de Melhor Actor pelo filme “Raging Bull” e foi nomeado para o Oscar por “Taxi Driver” (1976) e “Cape Fear” (1991). Foi também nomeado para diversos prémios com “The Deer Hunter” de 1978 e “Awakenings” de 1990. No mesmo ano, a sua actuação em “Goodfellas” rendeu-lhe uma nomeação para o prémio BAFTA. Já foi nomeado quatro vezes para o Globo de Ouro de Melhor Actor (1977, 1988, 1999 e 2000). Robert De Niro é consensualmente considerado como um dos melhores actores da história do cinema.
Contrariamente ao que é normalmente suposto, ele é apenas descendente de italianos em 4º grau, sendo descendente mais directo de irlandeses, ingleses, alemães, franceses e holandeses. O actor diz, porém, que «se identifica mais com o seu lado italiano que com os outros lados…».
De Niro tem uma verdadeira paixão por Nova Iorque, particularmente pelo bairro que habita, TriBeCa, na baixa de Manhattan. Desde 1989, investiu na região, tendo aberto um restaurante, uma produtora e, principalmente, criado o festival de cinema independente, TriBeCa Film Festival, evento que vem ganhando importância em cada ano que passa.
Ele é muitas vezes comparado com Al Pacino, actor com quem disputou papéis no início da carreira de ambos. Os dois contracenaram em “O Padrinho: Parte II” de Francis Ford Coppola (1974), “Heat” de Michael Mann (1995) e “Righteous Kill” de Jon Avnet (2008).
Em 2007, entrou no filme de fantasia e aventura “Stardust”, no qual contracenou pela primeira vez com Michelle Pfeiffer.
De Niro é filho do pintor americano Robert De Niro, Sr., falecido em 1993, e é casado com a hospedeira do ar Grace Hightower, desde 1997. Em 1989, abriu a sua própria produtora, a TriBeCa Productions. Raramente dá entrevistas e é uma das celebridades com a vida privada mais recatada. No entanto, é militante do Partido Democrata, tendo apoiado abertamente Bill Clinton, Al Gore e Barack Obama.
Em Outubro de 2003, foi-lhe diagnosticado um cancro na próstata, num ckeck-up de rotina. A doença foi detectada a tempo, fez uma cirurgia, sessões de radioterapia e os médicos garantiram que está curado. 
Ao longo da sua vida, recebeu dois Globos de Ouro, o último dos quais pelo conjunto da sua carreira. Realizou dois filmes: “A Bronx Tale” (1993) e “What Just Happened” (2006).
É considerado um perfeccionista e grande observador dos detalhes respeitantes aos personagens que interpreta. Aumentou 30 kg de peso e aprendeu a jogar boxe, para fazer de Jake LaMotta em “Raging Bull”. Aprendeu igualmente a tocar saxofone, para o filme “New York, New York”. Para a película “Taxi Driver”, andou a conduziu um táxi, de noite, durante várias semanas.
Presidiu aos júris do Festival Internacional do Filme de Moscovo em 1987 e do Festival de Cannes de 2011. Em 2014, a sua fortuna pessoal foi avaliada em 200 milhões de dólares. Em Abril de 2015, revelou que vai interpretar o papel do construtor Enzo Ferrari, num filme de que será igualmente co-produtor. 

domingo, 16 de agosto de 2015

16 DE AGOSTO - HAROLDO DE CAMPOS

EFEMÉRIDEHaroldo Eurico Browne de Campos, poeta, ensaísta, crítico e tradutor brasileiro, morreu em São Paulo no dia 16 de Agosto de 2003. Nascera na mesma cidade em 19 de Agosto de 1929.
Fez os estudos secundários no Colégio São Bento, onde aprendeu os primeiros idiomas estrangeiros, como latim, inglês, espanhol e francês. Ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, no final da década de 1940, lançando o seu primeiro livro “O Auto do Possesso”em 1949, quando – ao lado de Décio Pignatari – participava no Clube de Poesia.
Em 1952, Décio, Haroldo e o seu irmão Augusto de Campos romperam com o Clube, por divergirem quanto ao conservadorismo predominante entre os poetas, conhecidos como Geração de 45. Fundaram então o grupo Noigandres, passando a publicar poemas na sua revista, que tinha o mesmo título. Nos anos seguintes, defendeu as teses que levariam os três a inaugurar, em 1956, o movimento concretista, ao qual se manteve fiel até 1963, quando iniciou uma trajectória particular, centrando as suas atenções no projecto do livro/poema “Galáxias”.
Haroldo doutorou-se na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, tendo sido professor na PUC-SP, bem como na Universidade do Texas, em Austin. Dirigiu até ao final da sua vida a colecção Signos da Editora Perspectiva.
 “Transcriou” em português poemas de autores como Homero, Dante, Mallarmé, Goethe, Ezra Pound e Mayakovski, além de textos bíblicos, como o “Génesis” e o “Eclesiastes”. Publicou ainda numerosos ensaios de teoria literária, entre eles “A Arte no Horizonte do Provável” (1969). Traduziu também para português a “Ilíada” de Homero.
A sua biografia foi incluída na “Enciclopédia Britânica” em 1997. Venceu o Prémio Octavio Paz de Poesía y Ensayo, no México, em 1999. Neste mesmo ano, as Universidades de Yale e de Oxford organizaram conferências sobre a sua obra, comemorando assim os seus setenta anos de idade. Venceu por cinco vezes o prestigiado Prémio Jabuti (1991, 1993, 1994, 1999 e 2002).

sábado, 15 de agosto de 2015

JOSÉ MÁRIO BRANCO - "Do que um homem é capaz"


15 DE AGOSTO - BEN AFFLECK

EFEMÉRIDEBen Affleck, de seu verdadeiro nome Benjamin Géza Affleck-Boldt, actor, guionista, realizador e produtor cinematográfico norte-americano, nasceu em Berkeley no dia 15 de Agosto de 1972.
Começou a sua carreira como actor, na televisão, nas séries educativas “The Voyage of the Mimi” (1984) e “The Second Voyage of the Mimi” (1988). Mais tarde, apareceu em “Dazed and Confused” (1993), “Chasing Amy” (1997) e “Dogma” (1999).
Affleck ganhou fama também como escritor, ao ganhar o Oscar e o Globo de Ouro de Melhor Guião Original com “Good Will Hunting” (1997), que co-escreveu e protagonizou ao lado do seu amigo de infância Matt Damon.
Alcançou reconhecimento internacional ao aparecer em filmes como “Armageddon” (1998), “Shakespeare in Love” (1998), “Pearl Harbor” (2001), “Changing Lanes” (2002), “The Sum of All Fears” (2002), “Daredevil” (2003), “Hollywoodland” (2006) e “State of Play” (2009). Tem prevista a participação em “Gone Girl” de David Finchere e interpretará Batman em “Batman vs Superman: Dawn of Justice” (2016).
Affleck já realizou três filmes que tiveram bastante sucesso: “Gone Baby Gone” (2007), que venceu o National Board of Review Award de Melhor Realizador Estreante; “The Town” (2010); e “Argo “ (2012), com o qual ganhou o Globo de Ouro, o BAFTA, o Directors Guild Award de Melhor Realizador, o Producers Guild Award e o Oscar de Melhor Filme (2013). Vai adaptar e realizar o romance “Live by Nigh”, para um lançamento nas salas de cinema em 2016.
Ele e Matt Damon são donos de sua própria empresa de produção de filmes, a Pearl Street Films. Além do trabalho em filmes, Affleck está activamente envolvido em causas humanitárias e políticas, sendo igualmente co-fundador da Eastern Congo Initiative. Democrata convicto, participou na campanha política do então candidato Al Gore em 2000 e de Hillary Clinton ao Senado Americano pelo estado de Nova Iorque no mesmo ano. Em 2004, apoiou John Kerry e, em 2008, declarou o seu apoio a Barack Obama.
Casou com a actriz Jennifer Garner em 2005 e, no fim de Junho de 2015, o casal anunciou o divórcio. Têm três filhos. Residem “sob o mesmo tecto”, numa imensa propriedade situada em Los Angeles na Califórnia.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

14 DE AGOSTO - ROSA RAMALHO

EFEMÉRIDERosa Ramalho, de seu verdadeiro nome Rosa Barbosa Lopes, ceramista e figura emblemática da olaria tradicional portuguesa, nasceu em São Martinho de Galegos, Barcelos, no dia 14 de Agosto de 1888. Morreu na mesma localidade em 24 de Setembro de 1977.
Filha de um sapateiro e de uma tecedeira, casou-se aos 18 anos com um moleiro e teve sete filhos. Aprendeu a trabalhar o barro desde muito nova, mas interrompeu a actividade durante cerca de 50 anos para cuidar da família. Só após a morte do marido, e já com 68 anos de idade, retomou o trabalho com o barro e começou a criar as figuras que a tornaram famosa. As suas peças simultaneamente dramáticas e fantasistas, denotadoras de uma imaginação prodigiosa, distinguiam-na de outros ceramistas e oleiros e proporcionaram-lhe uma fama que ultrapassou fronteiras.
Foi ao pintor António Quadros que se ficou a dever a descoberta de Rosa Ramalho pela crítica artística e a sua divulgação nos meios culturais.
Em 1968, recebeu a medalha As Artes ao Serviço da Nação. Nesse ano, foi apresentada na Feira de Artesanato de Cascais e os seus trabalhos passaram a ser procurados por milhares de portugueses e estrangeiros.
Foi enterrada no pequeno cemitério de São Martinho e a população de Barcelos dirigiu, logo na ocasião, uma petição ao governo no sentido de transformar o barracão e o telheiro onde ela trabalhava num museu de cerâmica com o seu nome.
Foi a primeira ceramista a ser conhecida individualmente pelo próprio nome e teve o reconhecimento, entre outros, da Presidência da República que, em Abril de 1981, a título póstumo, lhe atribuiu o grau de Dama da Ordem de Sant'Iago da Espada.
Sobre a artista, há um livro de Mário Cláudio (“Rosa” de 1988, integrado na “Trilogia da mão”) e uma curta-metragem documental de Nuno Paulo Bouça (“À volta de Rosa Ramalho” de 1996). Actualmente, dá o nome a uma rua da cidade de Barcelos e a uma escola da freguesia de Barcelinhos. O seu trabalho tem sido continuado pela neta Júlia Ramalho, que já a acompanhava nos trabalhos efectuados no velho telheiro.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

"MONSTROS" SAGRADOS LADO A LADO


13 DE AGOSTO - GIOVANNI AGNELLI

EFEMÉRIDEGiovanni Agnelli, industrial italiano, fundador da FIAT, nasceu em Villar Perosa, Piemonte, em 13 de Agosto de 1866. Morreu em Turim no dia 16 de Dezembro de 1945.
Fez os seus estudos no Liceu San Giuseppe. Enveredou depois pela carreira das armas, formando-se na Academia Militar do Reino de Itália em Modena, com o posto de oficial de cavalaria, Frequentou de seguida a Escola de Aplicação Militar de Pinerolo.
De regresso à vida civil em 1893, voltou à terra natal dedicando-se à exploração das terras agrícolas que lhe tinham sido deixadas pelos pais. Lançou-se também no comércio de madeira e de sementes. Em 1895, foi eleito presidente da Câmara de Villar Perosa, função que ocupou durante meio século.
Em Turim, onde decidira instalar-se, frequentava um café onde viria a conhecer vários aristocratas apaixonados pela mecânica e pelos automóveis. Com alguns deles e com o dinheiro recebido pela venda dos seus terrenos agrícolas, criou em Julho de 1899 a Fabbrica Italiana Automobili Torino (FIAT). Financiou também o estudo e afinação dos primeiros triciclos a motor. Em 1906, juntamente com o construtor de bicicletas Ingegner Incerti, fundou a sociedade Roberto Incerti & C, para produzir rolamentos de esferas.
Os seus associados na FIAT pretendiam fazer concorrência à indústria automobilística francesa e desenvolver grandes inovações para carros de corrida.
Todavia, Giovanni Agnelli, grande visionário, deu outro rumo aos planos da empresa.
Interessado em organizar uma linha de produção de massa, conseguiu lançar as bases do que hoje é um dos grandes complexos industriais do mundo. Sob o seu firme comando, a FIAT conseguiu dominar a indústria de motores e entrar em todos os sectores da indústria pesada, desde a construção de navios de guerra a aviões.
Giovanni Agnelli previu igualmente que o esqui tinha um grande futuro, numa altura em que começava apenas a dar os primeiros passos. Entre 1928 e 1931, comprou vários terrenos em Sestrières, quase na fronteira francesa, onde construiu a primeira estação de esqui de Itália. Desenvolveu-a mais tarde e aí instalou uma colónia de férias para os filhos dos operários da Fiat.
Após a morte do seu filho Edoardo em 1935, Agnelli legou todos os seus bens aos dois netos. Entre as distinções recebidas, contam-se os graus de Cavaleiro da Ordem da Coroa de Itália (1898), Grande Oficial da Ordem da Coroa de Itália (1920) e Grande Oficial da Ordem de SS Maurizio e Lazzaro (1921. Em 2002, foi incluído no Automotive Hall of Fame.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

12 DE AGOSTO - LILA RIPOLL

EFEMÉRIDELila Ripoll, poetisa, pianista e militante comunista brasileira, nasceu em Quaraí no dia 12 de Agosto de 1905. Morreu em Porto Alegre, em 7 de Fevereiro de 1967.
Em 1927, com vinte e dois anos, deixou a sua terra natal e mudou-se para Porto Alegre, com a finalidade de estudar piano no Conservatório de Música do Instituto Livre de Belas Artes. Como estudante, publicou poemas na “Revista Universitária”.
Em 1930, tornou-se professora de Canto Orfeónico no Grupo Escolar Venezuela. Foi neste período que se aproximou de escritores e intelectuais gaúchos, que compunham a então chamada Geração de 30.
Em 1934, com o assassinato do seu primo Waldemar, jornalista e membro do Partido Libertador, Lila Ripoll decidiu engajar-se na luta política. Participou então na Frente Intelectual do Partido Comunista e no Sindicato dos Metalúrgicos, de cujo departamento cultural foi directora.
Em 1938, publicou o seu livro de estreia, “De Mãos Postas”, que foi muito bem recebido pela crítica. Três anos depois, surgiu “Céu Vazio”, vencedor do Prémio Olavo Bilac da Academia Brasileira de Letras. Em 1944, casou-se com Alfredo Luís Guedes, também militante político. Com a legalização do Partido Comunista, no ano seguinte, passou a lutar mais activamente pelas reivindicações dos operários e, simultaneamente, publicou textos na revista “A Província de São Pedro”.
Em 1949, Lila Ripoll ficou viúva e, apesar da depressão que se seguiu, continuou a sua militância política e colaborou em campanhas pacifistas. Foi candidata a deputada pelo PCB em 1950, mas não foi eleita. Em 1951, colaborou na revista “Horizonte”, publicando textos de escritores latino-americanos como Pablo Neruda e Gabriela Mistral. No mesmo ano, editou “Novos Poemas”, que lhe trouxe o Prémio Pablo Neruda da Paz, em Praga, na Checoslováquia. Em 1954, o longo poema “Primeiro de Maio”, que tem como tema o massacre ocorrido no Dia do Trabalhador na cidade de Rio Grande, foi publicado. Em 1958, a sua única peça teatral, “Um Colar de Vidro”, foi apresentada no Theatro São Pedro.
Em 1964, logo após o golpe militar, Lila Ripoll foi presa, mas rapidamente libertada em função de sua saúde, pois tinha um cancro em estado muito avançado. A sua última obra poética foi “Águas Móveis” (1965). Faleceu aos sessenta e um anos.
Em sua homenagem, foi criado em 2005 o Prémio Lila Ripoll de Poesia, promovido pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. O prémio é aberto a todas as pessoas que desejem expressar-se sobre temas ligados às causas sociais e ao género.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

11 DE AGOSTO - FERNANDO ARRABAL

EFEMÉRIDE Fernando Arrabal Terán, escritor e realizador espanhol, nasceu em Melilla no dia 11 de Agosto de 1932. Vive em França desde 1955 e considera-se um “desterrado”. Aprendeu a ler e escrever em Ciudad Rodrigo, onde venceu o Prémio Nacional de Superdotado, aos dez anos de idade. Fez os seus estudos universitários em Madrid.
Ainda criança, sofreu o misterioso desaparecimento do pai, condenado à morte pela ditadura espanhola e que conseguiu escapar em 1941, depois de uma tentativa de suicídio e após ser considerado louco. Fugiu de pijama e nunca mais foi visto, nem morto nem vivo. 
Arrabal viria a ser igualmente preso pelo regime franquista em 1967, devido ao engajamento político da sua obra. Durante a sua detenção, recebeu o apoio de inúmeros escritores da época, de François Mauriac à Arthur Miller, e uma declaração de Samuel Beckett dirigida ao tribunal e pedindo a sua absolvição.
Após a morte de Franco, foi incluído – ao lado de Santiago Carrillo, La Pasionaria, Líster e El Campesino – no grupo dos espanhóis “mais perigosos” e impedido de regressar ao país. Anos mais tarde, teve o reconhecimento da Espanha com numerosas distinções, entre as quais dois Prémios Nacionais de Teatro.
Realizou sete longas-metragens de cinema, publicou catorze romances, um sem número de livros de poesia, perto de uma centena de peças de teatro, vários ensaios e a sua famosa “Carta al General Franco”, ainda em vida do ditador. O seu teatro completo, editado nas principais línguas, foi publicado em dois volumes de mais de duas mil páginas, na Colección Clásicos Castellanos de Espasa.
Com Alejandro Jodorowsky e Roland Topor, fundou em 1963 o Grupo de Teatro Pânico. Amigo de Andy Warhol e de Tristan Tzara, participou durante três anos no grupo surrealista de André Breton.
Apesar de ser um dos escritores mais controversos do seu tempo, tem recebido o aplauso internacional pela sua obra. O Colégio de Patafísica distinguiu-o com o título de Trascendente Sátrapa (equivalente do Nobel para este colégio). Esta distinção foi, neste último meio século, recebida por quarenta personalidades, entre elas Eugénio Ionesco, Boris Vian, Dario Fo e Umberto Eco.
Em 14 de Julho de 2005, recebeu a Legião de Honra Francesa e, em 2007, foi doutorado honoris causa pela Universidade Aristote da Grécia. Tem colaborado regularmente nos periódicos “L’Express”, “El Mundo”, “ABC” e “El País”.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

10 DE AGOSTO - ADELINO GOMES

EFEMÉRIDEAdelino Clemente Gomes, jornalista português, nasceu em Marrazes no dia 10 de Agosto de 1944. Estudou Filosofia e Direito na Universidade de Lisboa, mas deixou os estudos para se dedicar ao jornalismo.
Na rádio, foi locutor do Rádio Clube Português, da Rádio Renascença e da Deutsche Welle; e director de informação e realizador de programas na Radiodifusão Portuguesa.
Frequentou os primeiros Curso de Jornalismo do Diário Popular (1966), Curso de Jornalismo do Sindicato Nacional dos Jornalistas (1968) e Curso de Jornalismo Radiofónico, ministrado por Édouard Guibert, do INA, na RDP, em 1979.
Na televisão, foi repórter da RTP em 1975/76, tendo acompanhado acontecimentos como o 11 de Março de 1975, o início da Guerra Civil em Angola e a Guerra Civil em Timor. Retomaria este último dossier no “Público”, jornal que ajudou a fundar em 1989 e do qual foi director-adjunto e redactor-principal.
É co-autor do disco “O dia 25 de Abril” (duplo álbum com a reportagem sobre a revolução) e autor dos livros “Portugal 2020 (1998), “O 25 de Abril de 1974 — 76 fotografias e um retrato” (1999), “Carlos Gil – um fotógrafo na revolução” (2004), “As flores nascem na prisão, Timor-Leste – ano 1 (2004) e co-autor de “Os dias loucos do PREC” (2006).
Foi membro da direcção do Sindicato dos Jornalistas (1979/81). Leccionou na Escola Superior de Comunicação Social de Lisboa (1975/81), na Escola Superior de Jornalismo do Porto (1986) e na Universidade Autónoma de Lisboa (1992/2002). Foi formador no CENJOR – Centro de Formação Protocolar para Jornalistas e coordenou o Curso de Formação de Jornalistas e Animadores de Emissão da TSF.
Doutorou-se em Sociologia (especialidade “Sociologia da Comunicação, da Cultura e da Educação”) em 2011, no ISCTE-IUL, com uma tese sob o título “O telejornal e o zapping na era da Internet. Estudo do comportamento de editores e telespectadores nos jornais televisivos das 20 horas da RTP1, SIC e TVI” (2006/2010). É actualmente investigador associado no CIES-IUL.
Desempenhou o cargo de provedor do ouvinte da RDP (2008/10), sucedendo a José Nuno Martins. Recebeu mais de dezena e meia de prémios. Várias das suas reportagens constam de antologias publicadas em Portugal.

domingo, 9 de agosto de 2015

9 DE AGOSTO - MANUELA MACHADO

EFEMÉRIDE – Maria Manuela Machado, ex atleta portuguesa, especialista da maratona, nasceu em Viana do Castelo no dia 9 de Agosto de 1963. Recebeu a Medalha Olímpica Nobre Guedes em 1995.
Começou a sua prática desportiva aos dezoito anos, no GD do Montinho Meadela. Representou sempre o SC de Braga (1987/2000), excepto na época 1997/98 em que correu pelo Sporting CP. Participou 13 vezes na Taça dos Clubes Campeões Europeus de Corta-mato, onde se sagrou sempre Campeã da Europa por Equipas. Participou também 13 vezes na Taça dos Clubes Campeões Europeus de Estrada, em que foi sempre Campeã da Europa por Equipas, sendo igualmente 4 vezes Campeã Individual de 15 km.
Em 1998, foi eleita a Melhor Atleta Ibero-americana, tendo recebido a respectiva taça das mãos do rei Juan Carlos de Espanha. Manuela Machado foi diversas vezes condecorada pelo governo português: em Junho de 1995, foi feita Oficial da Ordem do Infante D. Henrique e, em Outubro de 1998, recebeu a Grã-Cruz da Ordem do Mérito.
Do seu palmarés, fazem ainda parte o Campeonato Nacional da Maratona de 1993, o 2º lugar na maratona dos Campeonatos Mundiais de Estugarda (1993), o 1º lugar na maratona dos Campeonatos Mundiais de Gotemburgo (1995), o 2º lugar na maratona dos Campeonatos Mundiais de Atenas (I997) e o 1º lugar nas maratonas dos Campeonatos Europeus de Helsínquia (1994) e de Budapeste (1998).

sábado, 8 de agosto de 2015

8 DE AGOSTO - ARMINDO JOSÉ RODRIGUES

EFEMÉRIDEArmindo José Rodrigues, médico, tradutor e poeta português, morreu em Lisboa no dia 8 de Agosto de 1993. Nascera igualmente na capital portuguesa em 1904. Grande parte da sua infância foi passada no Alentejo.
Licenciou-se em Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. E considerado um escritor do movimento neo-realista português. Colaborou em diversas jornais e revistas como a “Colóquio-Letras” (da Fundação Calouste Gulbenkian), a “Seara Nova”, a “Vértice”, “O Diabo” e “Notícias do Bloqueio”.
Tendo vivido durante os anos da ditadura salazarista e sendo as suas ideias contrárias ao regime, foi preso por diversas vezes. Na sua luta contra o fascismo, pertenceu a diversas organizações clandestinas. Participou nas campanhas eleitorais de Arlindo Vicente, Norton de Matos e Humberto Delgado, nos anos de 1945, 1949 e 1958, respectivamente. Fez parte do Movimento de Unidade Democrática (MUD).
Foi um dos fundadores do PEN Club Português, juntamente com outros escritores de nomeada. Traduziu obras de André Malraux, Mikhail Cholokov e Oscar Wilde, entre outros.
José Saramago organizou, em 1979, uma antologia da obra do poeta, intitulada “O Poeta Perguntador”. Em 2004, no Museu do Neo-Realismo, foi comemorado o centenário do seu nascimento. Na Sociedade Portuguesa de Autores, foi também organizada – na sala Carlos Paredes – uma exposição sobre a sua vida e obra. Maria Barroso, no livro “Os poemas da minha vida”, incluiu alguns poemas de Armindo Rodrigues.
O escritor José Cardoso Pires pôde publicar a sua primeira obra (“Os Caminheiros e Outros Contos”) porque Mário Dionísio, Alves Redol, Alexandre O'Neill e Armindo Rodrigues custearam as despesas da edição. O livro “Memórias da Resistência. Literatura da Resistência ao Estado Novo”, de António Ventura, contem textos de Armindo José Rodrigues, um poeta quase desconhecido das gerações mais novas e que merecia maior divulgação.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

7 DE AGOSTO - CARLA ANDRINO

EFEMÉRIDE Carla Andrino, actriz portuguesa, nasceu em Lourenço Marques (hoje Maputo) no dia 7 de Agosto de 1966. É uma cara bem conhecida do humorismo português pelas suas inúmeras participações em séries e sitcoms, nos vários canais de televisão.
Foi segunda classificada na primeira série do concurso “Dança Comigo “da RTP, apenas batida por Daniela Ruah. Entre 1997 e 2008, participou em mais de oitenta programas, séries e filmes televisivos.
Em Setembro de 2008, partiu para o Brasil para gravar a telenovela “Negócio da China” da autoria de Miguel Falabella, na Rede Globo. No enredo, fez de Carminda, a mulher do padeiro, este protagonizado por Joaquim Monchique. No início de Março de 2009, terminaram as gravações. Nesta produção, entraram igualmente os portugueses Ricardo Pereira e Maria Vieira. Receberam elogios do público e da crítica, o que fez com que fossem cobiçados para outras produções brasileiras. De regresso a Portugal, já entrou em cerca de dez séries e novelas.
Carla Andrino é licenciada em Psicologia Clínica pela Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

BELLA VOCÈ AFRICA - "Brindisi"


6 DE AGOSTO - PEDRO BARBOSA

EFEMÉRIDEPedro Alexandre Santos Barbosa, ex-futebolista português e actual comentador de futebol na televisão (TVI), nasceu em Gondomar no dia 6 de Agosto de 1970.
Jogava como médio ofensivo e extremo direito, tendo-se formado no Clube Atlético de Rio Tinto (1984/86) e no FC do Porto (1986/89). Iniciou a sua carreira no Vitória de Guimarães em 1991, após dois anos de rodagem no SC de Freamunde (1989/91).
As suas exibições no Vitória de Guimarães valeram-lhe uma transferência para o Sporting CP em 1995. Aqui permaneceu dez anos, ostentando durante muito tempo a braçadeira de capitão de equipa.
Pedro Barbosa conquistou dois Campeonatos Nacionais (1999/2000 e 2001/02), uma Taça de Portugal (2001/02) e duas Super Taças (1999/2000 e 2001/02), tendo contribuído também para a valorosa caminhada europeia em 2005, que culminaria no entanto com uma derrota na final da Taça UEFA, disputada no estádio do Sporting.
Deixou o clube no fim da época 2004/05, tecendo diversas críticas ao rumo técnico e directivo que o Sporting então seguia. Abandonou a carreira como jogador profissional em 11 de Agosto de 2005, cinco dias depois de completar 35 anos de idade.
Como jogador, Pedro Barbosa possuía grande talento e foi muitas vezes considerado um génio. Dono de uma técnica invejável e de uma visão de jogo extraordinária, foi admirado por adeptos, treinadores e colegas de profissão, apenas com o senão da sua falta de velocidade. Numa das suas melhores exibições, frente ao Maccabi Haifa FC de Israel, a contar para a Taça UEFA, em Setembro de 1995, fez um hat-trick na vitória do Sporting por 4-0.
Ficou conhecido pela sua forte personalidade, em que se destacava a capacidade de liderança, o carácter, as convicções e um forte sentido ético. Foi 22 vezes internacional (1992/2002).
Na época de 2005/06, aceitou o convite para ser comentador desportivo da SportTV. Em Julho de 2006, foi apresentado como novo director desportivo do Sporting, regressando assim a Alvalade. Datam desse período, as contratações de Fábio Rochemback, Hélder Postiga e Marco Caneira, entre outros. 

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

5 DE AGOSTO - RICHARD BURTON

EFEMÉRIDERichard Burton, de seu verdadeiro nome Richard Walter Jenkins, actor britânico, morreu em Céligny, na Suíça, no dia 5 de Agosto de 1984. Nascera em Pontrhydfen, no País de Gales, em 10 de Novembro de 1925. Foi o penúltimo dos treze filhos da família Jenkins.
O pai era um apaixonado pela poesia, mas o pequeno Richard nunca pensou em vir a ser actor, mas sim professor. No entanto, veio a estrear-se no teatro aos dezassete anos pelas mãos do dramaturgo Emilyn Williams. O apelido artístico “Burton” foi buscá-lo a um professor (Philip Burton) que, desde a adolescência, o incentivara a seguir a carreira artística. Licenciou-se em Oxford e serviu durante três anos na Real Força Aérea Britânica.
Em Londres, ficou conhecido pelas suas interpretações de obras de Shakespeare, principalmente “Hamlet” e “Henrique IV”. Rodou o seu primeiro filme em 1949, “The Last Days of Dolwyn”. O seu filme de maior sucesso nessa época foi “Amargo triunfo”, dirigido por Nicholas Ray (1957).
Nos anos 1960, actuou ao lado de Elizabeth Taylor em grandes produções, como: “Cleópatra” (filme em que a conheceu) e “Gente muito importante” em 1963; “Quem tem medo de Virgínia Woolf?” em 1966; e “A megera domada” em 1967.
Richard Burton e Elizabeth Taylor casaram-se e divorciaram-se duas vezes. O primeiro casamento foi em 1964 e terminou num divórcio em 1974. O segundo foi em 1975 e acabou um ano depois. Isto tudo ocorreu por causa do alcoolismo em que ele mergulhara, após a morte de um dos sues irmãos em 1972. Em 1975, Richard e Elizabeth adoptaram uma menina alemã, a quem deram o nome de Maria Taylor Burton.
Após o segundo divórcio de Liz Taylor, Burton casou-se com o modelo Susan Miller Hunt. Bebedor inveterado, foi durante este casamento que tentou parar de beber. Após seis anos, o casamento porém acabou e ele voltou a consumir álcool sem qualquer controlo. Ainda se casaria mais uma vez, em 1983, com a assistente de produção da BBC, Sally Hay, que o acompanharia até à morte.
Fez mais de quarenta filmes e foi nomeado sete vezes para o Oscar de Melhor Actor, se bem que nunca tenha sido premiado. Burton morreu de hemorragia cerebral e sofria de cirrose hepática. Tinha apenas 58 anos e passava por um violento processo de autodestruição, que o levara a beber, durante vários anos, uma garrafa de vodka todas as manhãs. Encontra-se sepultado no velho cemitério de Céligny.

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