quinta-feira, 30 de junho de 2016

30 DE JUNHO - VINCENT D'ONOFRIO

EFEMÉRIDEVincent Phillip D'Onofrio, actor norte-americano, nasceu em Brooklyn no dia 30 de Junho de 1959.
De origem italiana, tem a reputação de ser um actor versátil (sendo por isso conhecido como O Camaleão), o que pode ser comprovado pela variedade de papéis que já desempenhou na sua carreira e que incluem um padre, um ex-actor porno e bissexual, um serial-killer, um sequestrador, um alienígena espacial, um líder radical dos anos 1960, um detective, um escritor, etc.
Estudou no Actors Studio e no American Stanislavski Theatre. Estreou-se na Broadway em 1984, com a peça “Open Admissions”. No cinema, tornou-se conhecido a partir da sua actuação em “Nascido para matar”, filme realizado por Stanley Kubrick. Para viver o personagem deste filme, D'Onofrio engordou mais de 30 quilos.
Foi nomeado para os Independent Spirit Awards na categoria de Melhor Actor, pelo seu papel em “Um anjo de mulher” (1993), e para os MTV Movie Awards na categoria de Melhor Vilão, pela sua actuação em “A Cela” (2000). Protagonizou a série “Law & Order: Criminal Intent”, fazendo o papel de detective (2001).
Desde 2015, integra a série “Daredevil” produzida pelos Marvel Studios para o Netflix.
Foi casado com Greta Scacch, de 1989 a 1993, tendo um filho. Tornou a casar-se, em 1997, com Carin van der Donk, divorciando-se em 2003. Reconciliaram-se posteriormente, tendo tido dois filhos.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

29 DE JUNHO - STOKELY CARMICHAEL

EFEMÉRIDEStokely Standiford Churchill Carmichael, activista negro do Movimento dos Direitos Civis nos Estados Unidos nas décadas 1960/70, nasceu em Port of Spain no dia 29 de Junho de 1941. Morreu em Conacri, em 15 de Novembro de 1998.
Nascido na república de Trindade e Tobago, a sua família mudou-se para o bairro Bronx, em Nova Iorque, quando ele tinha onze anos. Tomou então contacto com a realidade da vida e dos direitos dos negros nas escolas secundárias. Frequentou depois a Universidade de Howard.
Tornou-se proeminente na vida política e social norte-americana, como líder do SNCC, movimento estudantil que pugnava pela não-violência na luta contra o racismo e pela igualdade de direitos. Foi detido e esteve preso inúmeras vezes. Mais tarde (1968), foi “primeiro-ministro honorário” dos Panteras Negras, partido político formado por negros actuantes e combativos contra a discriminação racial.
Inicialmente, foi um integralista, dedicando-se à criação de um sistema de vida americano, que fosse capaz de integrar brancos e negros numa mesma sociedade de cidadãos iguais perante a lei e com oportunidades iguais, na mesma linha ideológica de Martin Luther King. Depois, passou a fazer parte de movimentos nacionalistas negros e pan/africanos.
Em 1967, deixou a direcção do SNCC e tornou-se um grande crítico da Guerra do Vietname, num período em que fez várias viagens e palestras pelo mundo, aprimorando os seus conhecimentos e visitando países insubmissos aos EUA, como a República Popular da China, Cuba, Vietname do Norte e Guiné.
Em 1969, começou a distanciar-se das ideias radicais dos Panteras Negras e, com a sua mulher, a cantora sul-africana Miriam Makeba, foi viver para a Guiné, onde se tornou assessor do presidente Sékou Touré.
Nos anos 1970, continuou com as suas viagens, escrevendo e discursando em apoio de movimentos mundiais de esquerda e escreveu o livro “Stokely Speaks: Black Power Back to Pan-Africanism”, onde expôs uma explícita visão socialista do mundo, que o acompanharia pelo resto da vida.
Em 1978, decidiu ficar definitivamente na Guiné e mudou o seu nome para Kwame Ture, em homenagem aos líderes africanos Kwame Nkrumah e Sékou Touré. Vítima de cancro na próstata, morreu na Guiné-Conacri aos 57 anos de idade.

terça-feira, 28 de junho de 2016

28 DE JUNHO - GIOVANNI DELLA CASA


EFEMÉRIDEGiovanni della Casa, clérigo e literato italiano da Renascença, nasceu em Mugello no dia 28 de Junho de 1503. Morreu em Roma, em 14 de Novembro de 1556.
Estudou em Bolonha e Florença, sob a orientação de Ubaldino Bandinelli e de Lodovico Beccadelli. Foi depois para Pádua, iniciando – por volta de 1532 – a sua carreira eclesiástica em Roma. Pelo seu brilhantismo, ganhou a protecção de Alexandre Farnèse.
 O papa Paulo III nomeou-o núncio para Florença e depois para Nápoles, onde fez sucesso como orador. Foi elevado ao arcebispado de Benevento em 1544 e foi seguidamente núncio apostólico na república de Veneza.
Giovanni della Casa era conhecido pela sua vida mundana. Em Veneza, encontrou o lugar ideal para as suas aspirações. O seu palazzetto sobre o Grande Canal tornou-se um local de encontro para a nobreza veneziana, artistas, poetas e letrados. Foi em Veneza que redigiu muitos dos seus poemas e tratados.
Caiu em desgraça depois da morte do seu protector Alexandre Farnèse e da eleição do papa Júlio III. Retirou-se em Nervesa, onde continuou a escrever. Alguns escritos licenciosos da juventude tinham-lhe barrado a via cardinalícia.
A sua obra poética liderou uma reacção ao modelo de Petrarca, introduzindo um novo senso de nervosidade e majestade, embora com menor suavidade e elegância. A sua prosa granjeou-lhe fama em vida, que perdurou para além da morte.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

27 DE JUNHO - IVAN VAZOV

EFEMÉRIDE Ivan Minchov Vazov, escritor búlgaro, nasceu em Sopot no dia 27 de Junho de 1850. Morreu em Sófia, em 22 de Setembro de 1921. É considerado como uma personalidade eminente da História da Bulgária e o “patriarca da Literatura Búlgara”.
Fez os seus estudos em Sopot, Kalofer e Plovdiv, tendo estudado igualmente na Roménia (1870). Pertenceu à Academia de Ciências da Bulgária.
Escreveu a sua primeira poesia” (“Luta”) em 1870. Em 1876, publicou a colecção de poemas “Pryaporetz e Gusla”.
A+pesar de ser conhecido sobretudo pela sua actividade literária, foi também uma figura activa na política do seu país, nos fins do século XIX. A Bulgária estava ocupada pelos otomanos desde 1396. Em 1875, Vazov participou – em Sopot – em acções do comité revolucionário local.
Emigrou para a Roménia em 1876, instalando-se em Bucareste onde se tornou membro da Sociedade Central de Beneficência Búlgara.
No seguimento da guerra russo/turca de libertação (1877/78), Ivan Vazov regressou à Bulgária, ao lado das tropas russas.
Em Maio de 1879, foi nomeado presidente do tribunal civil de primeira instância de Berkovica. A partir de 1880, passou a dedicar-se a actividades culturais e políticas em Plovdiv. Participou, juntamente com o escritor Konstantin Veličkov, na redacção do jornal “A Voz do Povo”, que foi publicado até 1885. Ainda em 1880, Vazov foi eleito deputado da Assembleia Regional, que presidiu em 1884/85.
Russófilo convicto, decidiu deixar o país depois de um golpe militar em 1886, indo instalar-se em Odessa durante dois anos.
No Verão de 1889, voltou a Sófia com a ideia de se dedicar essencialmente à actividade literária. Em 1894, ingressou no Partido do Povo, que fora recentemente formado. Foi eleito deputado em 1894 e 1896. Em 1897/99, foi ministro da Educação. Abandonou depois, em definitivo, a vida política, para se dedicar exclusivamente à literatura até ao fim dos seus dias.
Como escritor, deixou uma imensa herança, que teve largas repercussões no desenvolvimento da literatura búlgara. Deixou uma extensa obra em poesia e prosa. Os seus temas recorrentes eram a beleza natural da Bulgária e o patriotismo do seu povo face ao ocupante turco. 
A casa onde nasceu foi transformada em museu e, numa praça vizinha, encontra-se uma estátua com a sua efígie.

domingo, 26 de junho de 2016

26 DE JUNHO - FILIPE FERRER

EFEMÉRIDEFilipe Ferrer, de seu verdadeiro nome Luís Filipe Martins Lopes do Rosário, actor e encenador português, morreu em Lisboa no dia 26 de Junho de 2007. Nascera em Faro, em 25 de Agosto de 1936.  
Estudou no liceu da capital algarvia e no Colégio de Santo Tirso, onde iniciou a sua carreira artística aos 13 anos, tendo aí estudado declamação e teatro. Mais tarde, viajou para Brasil, Paris e Londres.
De regresso a Portugal a partir da década de 1980, participou em mais de 60 filmes para cinema, nomeadamente “Camarate” e “A Bomba” (ambos de 2001); entrou em 15 telenovelas e séries de televisão, como por exemplo “Casino Royal”, “Médico de Família”, “Repórter X” (1987), “Querido Lilás” (1987) ou “Bocage” (2006).
Realizou filmes publicitários e reportagens para a RTP; fez pelo menos 14 peças de teatro para palco e para televisão, salientando-se “As Pestanas de Greta Garbo”, um “one-man-show” original «sobre a história secreta de alguns rapazes e raparigas» da sua geração, «nascidos em Portugal, em meados dos anos 1930».
Foi director de vários grupos amadores de teatro e actuou em companhias tão distintas como a Companhia Nacional de Teatro, o Teatro do Nosso Tempo e a Casa da Comédia.
Faleceu no Hospital Curry Cabral aos 70 anos de idade, vítima de doença prolongada, numa altura em que planeava regressar em definitivo à sua terra natal.

sábado, 25 de junho de 2016

25 DE JUNHO - YANN MARTEL

EFEMÉRIDEYann Martel, escritor canadiano, nasceu em Salamanca, Espanha, no dia 25 de Junho de 1963. É famoso sobretudo por ser o autor do livro “A vida de Pi”, cuja versão original inglesa ganhou o Man Booker Prize for Fiction.
O pai encontrava-se em Salamanca a fazer um doutoramento, quando Yann nasceu. Tornou-se depois professor e diplomata, o que levou a família a viver em França, na Costa Rica, no México, no Alasca e no Canadá.
Em 1981, Yann Martel obteve o bacharelato no Trinity College School em Port Hope (Ontário). Estudou depois Filosofia na Universidade de Trent em Peterborough.
Viajou muito, com estadias mais longas no Irão, na Turquia e na Índia. Iniciou a sua carreira literária aos 29 anos. Publicou o seu primeiro livro em 1993 (“Seven Stories”). Os países por onde viajou influenciaram a sua escrita e deram-lhe o material necessário para redigir “A Vida de Pi” (2001).
A partir de Setembro de 2003, na qualidade de “convidado da biblioteca pública”, passou um ano em Saskatoon, onde continuou depois a residir. 
A sua obra mais conhecida, “A Vida de Pi”, foi adaptada ao cinema pelo realizador Ang Lee, num filme que foi visto em salas do mundo inteiro a partir do final de 2012.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

24 DE JUNHO - NATASJA SAAD

EFEMÉRIDENatasja Saad, cantora de reggae dinamarquesa, morreu em Spanish Town, na Jamaica, em 24 de Junho de 2007. Nascera em Copenhaga no dia 31 de Outubro de 1974. Alcançou fama mundial com um remix da música “Calabria”, gravado seis meses antes da sua morte e que ficou muito tempo no Top do Billboard Hot Dance Airplay.
Filha de uma fotógrafa dinamarquesa e de pai sudanês, começou a cantar e a actuar como DJ aos 13 anos, em Copenhaga, onde se apresentou ao vivo com Miss Mukupa e McEmzee, na banda No Name Requested. Durante esse período, também actuou com Queen Latifah, ganhando grande popularidade na Jamaica.
Faleceu num acidente de automóvel em Spanish Town, Saint Catherine – Jamaica. Outros dois passageiros ficaram gravemente feridos e uma amiga de Natasja, Karen Mukupa, também cantora, sofreu apenas algumas escoriações. Ela e as outras pessoas feridas foram levadas para o Hospital Espanhol, onde foi registado o óbito de Natasja.
O seu desaparecimento foi considerado uma grande perda para a música dinamarquesa e para o mundo do entretenimento, não só pela sua personalidade, mas também porque Natasja estava justamente a atingir o auge da carreira.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

23 DE JUNHO - ZARAH LEANDER

EFEMÉRIDEZarah Leander, de seu verdadeiro nome Sara Stina Hedberg, actriz e cantora sueca, morreu em Estocolmo no dia 23 de Junho de 1981, vítima de derrame cerebral. Nascera em Karlstad, em 15 de Março de 1907.
Estudou piano e canto, tendo actuado em público – como pianista – com apenas seis anos de idade. Em 1922, terminou os seus estudos e trabalhou como secretária. Em 1926, casou-se com Nils Leander, de quem teve dois filhos.
Em 1929, decidiu dedicar-se à vida artística, apresentando-se como cantora e actriz. No mesmo ano, gravou o seu primeiro disco. Divorciada de Nils Leander, casou-se em 1934 com o jornalista Vidar Forsell, que adoptou os seus dois filhos. Pouco tempo depois, também se separaram.
O ano de 1930 marcou o início da sua carreira cinematográfica, com a participação no filme “Dantes Mysterier”. Após este êxito, foi convidada para participar na “Opereta de Benatzky”, em Viena. Em 1931, protagonizou – em Estocolmo – “A Viúva Alegre”. Apesar da situação política do momento, optou por fazer a sua carreira na Europa.
Em Viena, filmou ainda “Premiere”. Ingressou depois na produtora Universum Film AG (UFA) em Berlim, onde – entre 1937 e 1943 – protagonizou personagens de “mulher sensual e fatal”. O seu êxito entre o público germanófilo levou a que se tornasse na grande estrela cinematográfica da Alemanha nazi. Zarah, no entanto, sempre afirmou «tudo ignorar sobre política» e recusou mesmo integrar manifestações oficiais do regime. Recusou igualmente a cidadania alemã.
A sua voz melosa e grave, aliada à sua inegável beleza, converteu-a na diva preferida dos alemães e do regime. Substituiu no imaginário popular figuras como Marlene Dietrich ou Greta Garbo, que tinham emigrado para os Estados Unidos.
Zarah Leander e Marika Rökk foram os ícones femininos do cinema alemão daquele tempo. Em 1943, as dificuldades económicas da UFA e o começo dos bombardeamentos de Berlim obrigaram-na a regressar à Suécia, onde continuou a sua carreira profissional. Fez também filmes para televisão e espectáculos musicais. Deu igualmente concertos, incluindo na Alemanha e na Áustria. Contudo, nunca recuperou o êxito dos seus anos gloriosos na Alemanha. Em 1956, casou-se com o pianista Arne Huelphers.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

22 DE JUNHO - ELIADES OCHOA

EFEMÉRIDEEliades Ochoa, guitarrista, cantor e compositor cubano, nasceu em Loma de la Avispa no dia 22 de Junho de 1946.
Começou a tocar guitarra aos seis anos. Quando atingiu o tamanho da guitarra, por volta dos doze anos, foi tocar para os bairros populares de Santiago de Cuba, para ajudar financeiramente a família. Assim se iniciava a sua carreira artística.
Profissionalizou-se em 1960, fazendo parte do Quinteto Oriental e., mais tarde, do Septeto Típico. Em 1978, juntou-se ao Cuarteto Pátria, uma banda que já tocava desde 1940.
Em 1986, gravou “Chan Chan” com Compay Segundo, com o qual – em 1989 – deu concertos em Washington, na Guadalupe e na República Dominicana.
As suas raízes encontram-se na guajira, entre outros estilos da música tradicional cubana. O seu envolvimento com o Buena Vista Social Club (1997) e a participação no filme com o mesmo nome trouxeram-lhe a fama e o reconhecimento a nível mundial.
Em 1998, foi lançado o álbum “CubAfrica” (com Manu Dibango) e, no ano seguinte, “Sublime Ilusión”. Em 2004, gravou a canção “Hemingway” com a banda holandesa Bløf. Eliades Ochoa completa hoje 70 anos de idade.

terça-feira, 21 de junho de 2016

ELIADES OCHOA - "Lágrimas Negras"


CHICO BUARQUE - "Construção"


21 DE JUNHO - ROBERT MENASSE

EFEMÉRIDERobert Menasse, escritor e tradutor austríaco de origem judaica, nasceu em Viena no dia 21 de Junho de 1954. Politica e filosoficamente, identifica-se com o marxismo e com Hegel.
Um tema recorrente nas suas obras é a tradição judaica e a crítica ao prevalente anti-semitismo europeu. O seu livro “A expulsão do inferno”, que relata com humor sarcástico a história de Menasseh ben Israel e, ao mesmo tempo, paralelamente, a vida de um estudante austríaco nascido mais ou menos no mesmo ano que ele próprio, um judeu esquerdista na Áustria do pós-guerra.
Estudou Literatura Alemã em Viena, Salzburgo e Messina. Em 1980, completou o seu doutoramento com a tese “Der Typus des Außenseiters im Literaturbetrieb. Am Beispiel Hermann Schürrer” (“O fenótipo na literatura”).
Entre 1981 e 1988, trabalhou no Instituto de Teoria Literária da Universidade de São Paulo, no Brasil. Desde então, exerce também a actividade de tradutor de português para alemão.
Tem escrito vários romances, ensaios sobre a cultura austríaca e também livros para crianças. Escreve igualmente em órgãos de informação austríacos e alemães sobre política e literatura. Tem recebido diversos prémios literários. 

segunda-feira, 20 de junho de 2016

20 DE JUNHO - JOHN TAYLOR

EFEMÉRIDE – Nigel John Taylor, músico inglês, baixista e co-fundador da banda pop rock britânica Duran Duran, nasceu em Birmingham no dia 20 de Junho de 1960. A banda foi uma das mais famosas do mundo nos anos 1980/90, graças aos seus videoclips transmitidos nos primeiros tempos da MTV.
Taylor integrou o grupo desde a sua fundação (1978) até 1997, ano em que decidiu seguir uma carreira a solo. Nos anos seguintes, gravou 12 álbuns, EPs e vídeos, além de participar em diversos filmes.
Em 2001, voltou aos Duran Duran para uma reunião do grupo original e, desde então, continua como seu baixista até hoje.
No auge da fama, viveu com a supermodelo dinamarquesa Renée Simonsen e com a fotógrafa e socialite Amanda DeCadenet, com quem teve uma filha. Actualmente, está casado com a estilista britânica Gela Nash.
John Taylor gravou cerca de 20 discos com a banda Duran Duran, entre 1988 e 2015.

domingo, 19 de junho de 2016

19 DE JUNHO - LUÍS LUCAS

EFEMÉRIDELuís Filipe Almeida Lucas, actor português, nasceu em Lisboa no dia 19 de Junho de 1952. Passou a infância no Cartaxo, onde o pai era proprietário da farmácia local. Ele desejava que o filho seguisse a carreira de farmacêutico, mas tal não veio a acontecer.
Frequentou o Curso Superior de Formação de Actores e foi membro fundador do grupo Comuna – Teatro de Pesquisa, com o qual participou em vários festivais internacionais de teatro. Trabalhou também nos Cómicos, no Teatro da Cornucópia, nas Produções Teatrais Lda., no Teatro da Graça e no Projecto Intercidades.
Fez vários filmes e séries de televisão, desde a década de 1970. Em 2010, participou em “O Dia dos Prodígios” de Lídia Jorge, com encenação de Cucha Carvalheiro.
Entre os muitos filmes que protagonizou, contam-se: “Alexandre e Rosa” (1978) de João Botelho, “Passagem ou Meio Caminho” (1980) de Jorge Silva Melo, “Dina e Django” (1981) de Solveig Nordlund, “Ninguém Duas Vezes” (1984) de Jorge Silva Melo, “Le Soulier de Satin” (1985) de Manoel de Oliveira, “Um Adeus Português” (1986) de João Botelho, “Saudadades para Dona Genciana” (1986) de Eduardo Geada, “Non ou a Vã Glória de Mandar” (1990) de Manoel de Oliveira, “Longe da Vista” (1998) de João Mário Grilo, “Camarate” (2001) e “A Passagem da Noite” (2002) de Luís Filipe Rocha e “Dot.com” (2007) de Luís Galvão Teles.
Luís Lucas tem participado em dezenas de series, mini-séries, telefilmes e novelas portuguesas e estrangeiras, entre outras: “Duarte e Companhia”, “Cinzas”, “Riscos”, “Médico de Família”, “Jornalistas”, “Querido Professor”, “Ganância”, “Um Estranho em Casa”, “Fúria de Viver”, “O Olhar da Serpente”. “Até Amanhã Camaradas”, “Equador”, “República”, “Liberdade 21”, “E Depois do Adeus” e “O Beijo do Escorpião”.
Entre 2007 e 2011 foi o narrador da série “Conta-me Como Foi”. Participou igualmente em várias dobragens de filmes de animação.

sábado, 18 de junho de 2016

18 DE JUNHO - SIMÕES RAPOSO

EFEMÉRIDE – José António Simões Raposo, professor e pedagogo, morreu em Lisboa no dia 18 de Junho de 1900. Nascera em Lagoaça, Freixo de Espada à Cinta, em 29 de Abril de 1840.
Aos 23 anos de idade, foi admitido como “aluno pensionista” (em internato) na Escola Normal Primária de Lisboa, cuja instituição masculina funcionava em Marvila. Frequentou esta escola nos anos 1863 e 1864, obtendo aprovação com distinção, completando as habilitações para as funções de professor de segundo grau em 1865. Terminado o curso, fixou-se em Lisboa e, a partir de 1866, empregou-se como professor na Casa Pia de Lisboa.
Na Casa Pia, foi nomeado para o cargo de “Provisor de Estudos”, encarregado da organização, direcção e inspecção dos estudos na instituição, executando então uma importante reformulação do currículo e dos métodos de ensino ali seguidos. Cuidadoso na avaliação das medidas que introduzia no ensino, elaborou relatórios circunstanciados sobre a organização de estudos e sobre os diferentes trabalhos escolares e seus resultados. Uma das inovações introduzidas por Simões Raposo foi a progressão de estudos por classes graduadas, então novidade em Portugal, que se alargaria progressivamente a todo o sistema de ensino português.
Simões Raposo pertenceu à primeira geração de professores normalistas, cabendo-lhe contribuir para a formação de novos professores e, a partir de 1870, passou a desempenhar funções nas Escolas Normais de Lisboa, masculina e feminina, participando activamente na formação docente. Na Escola Normal do sexo feminino, no Calvário, foi professor de Pedagogia e Métodos e na Escola Normal masculina desempenhou funções de professor de Pedagogia. Na acção docente, defendia o ensino pelo Método de Froebel, do alemão Friedrich Fröbel, fundador do primeiro jardim-de-infância.
Em 1877, foi nomeado subdirector da Casa Pia, cargo que acumulou com a sua actividade docente e com as múltiplas iniciativas cívicas em que se envolvia. As funções directivas na Casa Pia permitiram-lhe executar ali um importante conjunto de reformas, que serviram como demonstração prática da metodologia educativa que defendia.
Em Outubro de 1880, foi nomeado inspector do Ensino Primário da 1ª Circunscrição, então com sede na cidade do Porto. Nessas funções teve um papel decisivo na dinamização das “conferências pedagógicas” e na acção em prol do ensino normal. Manteve funções inspectivas até ao fim da sua vida, sendo também membro da Comissão Inspectora das Escolas Normais de Lisboa, funções em que teve um papel determinante na defesa da qualidade do ensino normal e na preservação das Escolas Normais enquanto entidades formadoras para o magistério primário.
Para além das suas funções profissionais, Simões Raposo manteve uma intensa actividade cívica e política, sendo membro de múltiplas instituições e participando activamente na vida política de Lisboa. Nesse âmbito, foi vereador da Câmara Municipal de Belém com o pelouro da instrução pública, presidente do Grémio Popular de Lisboa, sócio fundador da Associação dos Jornalistas e Escritores Portugueses e um dos sócios fundadores da Sociedade de Geografia de Lisboa, sendo secretário da secção de ensino geográfico da instituição. Também desenvolveu intensa actividade como conferencista, na Sociedade de Geografia de Lisboa e em diversas instituições de que era membro, e fez parte da Comissão de Imprensa que se encarregou de promover o Tricentenário de Camões.
Sendo uma personalidade prestigiada em Portugal e no estrangeiro e gozando de aceitação generalizada entre educadores e políticos, fez parte de diversas comissões encarregues de estudar assuntos pedagógicos e foi escolhido pelo Governo para representar Portugal em vários eventos internacionais. Nesse contexto, foi enviado à Exposição Universal de Viena, em 1873, e à Exposição Universal de Paris de 1878. A sua participação nesta última exposição, para onde levou trabalhos executados pelos alunos da Casa Pia de Lisboa, valeu-lhe a concessão do grau de Oficial da Academia Francesa, em resultado da qualidade dos trabalhos apresentados, que mereceram ser arquivados e guardados no Museu Pedagógico de Paris.
Também participou como delegado português no Congresso Internacional Pedagógico, realizado no ano de 1880 em Bruxelas, aproveitando a deslocação para visitar Escolas Normais na Bélgica, França, Suíça e Espanha. Em 1882, representou Portugal no Congresso Pedagógico de Madrid, onde proferiu conferências em castelhano e foi feito sócio honorário da Associação Geral do Professorado Espanhol. Em 1892, participou como conferente no Congresso Pedagógico Hispano-Português-Americano proferindo uma conferência a convite de Bernardino Machado, vice-presidente da comissão organizadora.
Uma das comissões mais importantes de que fez parte foi a destinada a organizar e propor os projectos de regulamentos e programas do ensino primário.
Nos últimos anos de vida, dirigiu a Escola Normal Primária de Lisboa, acumulando a direcção das escolas masculina e feminina, num prelúdio daquilo que seria a fusão das instituições em 1919. Simões Raposo deixou um importante legado na consolidação do sistema de ensino, em particular na Casa Pia de Lisboa, no fortalecimento do ensino normal e no associativismo docente.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

17 DE JUNHO - ABÍLIO OSÓRIO SOARES

ÉFEMÉRIDEAbílio Osório Soares, político timorense, morreu em Cupão, Timor Oeste, no dia 17 de Junho de 2007. Nascera em Laclubar, Manatuto, Timor português, em 2 de Junho de 1947.
Foi o 4º e último governador de Timor nomeado pelas autoridades de Jacarta (1992). Em 1997, foi reconduzido no cargo para um segundo mandato, que não chegou a terminar devido ao resultado do referendo para a independência de Timor realizado em 1999.
Iniciou a sua carreira política depois da Revolução dos Cravos em Portugal, que derrubou o Estado Novo (Abril de 1974). Aderiu à APODETI (Associação Popular Democrática Timorense), um partido pró indonésio de que o seu irmão mais velho, José Fernando, era secretário-geral. Este seu irmão viria a ser morto pela FRETILIN (Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente) em 1975, antes da Indonésia tomar conta do território.
Abílio Soares ocupou vários cargos públicos, logo a partir do início da ocupação indonésia. Foi responsável pelos Serviços Centrais de Obras Públicas em Dili, presidente da Câmara Municipal de Dili e administrador distrital de Manatuto.
Depois do referendo de 1999, que conduziu Timor-Leste à independência em 2002, Soares foi considerado co-responsável por muitos dos massacres perpetrados em Timor, tendo sido condenado a três anos de prisão, pena que nunca chegou a cumprir. Tem o seu nome associado para sempre ao Massacre de Santa Cruz (Novembro de 1991), que projectou a causa timorense a nível internacional. Veio a morrer, vítima de cancro, num hospital de Cupão, no lado indonésio da ilha de Timor.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

PATXI ANDION - "Maria en el corazón"


16 DE JUNHO - PEDRO MASCARENHAS

EFEMÉRIDEPedro Mascarenhas, militar, descobridor, diplomata e administrador colonial português, 6º vice-rei da Índia Portuguesa, morreu em Goa no dia 16 de Junho de 1555. Nascera em Mértola, em 1484.
Pedro Mascarenhas foi o primeiro europeu a descobrir a ilha de Diego Garcia, no Oceano Índico (1512). Encontrou também as Maurícias, embora possa não ter sido o primeiro descobridor português a fazê-lo. Com efeito, em expedições anteriores, Diogo Dias e Afonso de Albuquerque, juntamente com Diogo Fernandes Pereira, podem ter encontrado as ilhas, se bem que não esteja confirmado.
Serviu como capitão-mor em Malaca, na Malásia (1525/26). Em 1528, o explorador Diogo Rodrigues nomeou as ilhas da Reunião, Maurícias e Rodrigues como arquipélago Mascarenhas, em sua homenagem.
Foi embaixador de Portugal na Santa Sé, onde desenvolveu esforços – junto do papa Paulo III – para a ida de jesuítas para as missões na Índia, a pedido do rei D. João III. Em Março de 1540, finda a sua missão, regressou a Portugal, juntamente com Francisco Xavier.
Em 1554, foi nomeado vice-rei da Índia Portuguesa, com sede em Goa, cargo que ocupou até à sua morte em 1555.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

15 DE JUNHO - THOMAS CAMPBELL

EFEMÉRIDEThomas Campbell, poeta escocês, morreu em Boulogne, França, em 15 de Junho de 1844. Nascera em Glasgow no dia 27 de Julho de 1777. É lembrado sobretudo pela sua poesia sentimental.
Em 1799, com 21 anos, escreveu “The Pleasures of Hope” (“Os Prazeres da Esperança”).
Produziu várias canções emotivas sobre guerras patrióticas, como “Ye Mariners of England” (“Vós Marinheiros da Inglaterra”), “The Soldier's Dream” (“O Sonho do Soldado”), “Hohenlinden” e, em 1801, “The Battle of Mad and Strange Turkish Princes” (“A Batalha dos Loucos e Estranhos Príncipes”).
Foi director do “New Monthly Magazine”, entre 1821 e 1831, sendo igualmente um dos iniciadores do plano para fundar a Universidade de Londres (1825) e reitor da Universidade de Edimburgo. Recebeu, em 1842, o título de “Poeta Laureado”.

terça-feira, 14 de junho de 2016

BRIAN FERRY - "Jealous Guy"


14 DE JUNHO - CACILDA BECKER

EFEMÉRIDECacilda Becker Yáconis, actriz brasileira e um dos grandes mitos dos palcos do Brasil, morreu em São Paulo no dia 14 de Junho de 1969. Nascera em Pirassununga, em 6 de Abril de 1921.
Filha do imigrante italiano Edmondo Yáconis e de Alzira Becker, Cacilda tinha apenas nove anos de idade quando os pais se divorciaram. A mãe viu-se obrigada a criar sozinha as três filhas, uma delas também futura actriz – Cleyde Yáconis. Fixaram-se na cidade de Santos.
Cacilda começou ainda muito jovem, a frequentar os círculos boémios e mais vanguardistas, já que por ser filha de pais pobres e separados não conseguia estabelecer amizade com pessoas da alta sociedade.
Cacilda Becker iniciou-se no teatro paulista como amadora e só se profissionalizou em 1948. Nesse ano, Nydia Lícia recusou um papel na peça “Mulher do Próximo”, produzida pelo Teatro Brasileiro de Comédia, para não ter que beijar um actor nem dizer a palavra “amante” em pleno palco, pois isto poderia custar-lhe o emprego numa importante loja onde trabalhava. Cacilda, que a substituiu, exigiu ser contratada como profissional.
Em trinta anos de carreira, Cacilda protagonizou 68 peças, no Rio de Janeiro e em São Paulo, três filmes (“Luz dos Seus Olhos” em 1947, “Caiçara” em 1950 e “Floradas na Serra” em 1954) e uma telenovela (“Ciúmes” em 1966), na TV Tupi, além de outras participações em tele/teatros. Foi ela quem inaugurou o Teatro Municipal de São Carlos em São Paulo, com a peça “À Espera de Godot”, no começo de 1969.
Cacilda provocava paixões avassaladoras e teve três maridos, sendo o último Walmor Chagas, com quem adoptou a sua única filha, Maria Clara Becker Chagas, nascida em 1964. Durante uma das apresentações de “À Espera de Godot”, em que contracenava com o marido (Maio de 1969), sofreu um derrame cerebral e foi levada para o hospital, ainda com as roupas da sua personagem. Morreu após 38 dias de coma, sendo sepultada no Cemitério do Araçá, na presença de uma multidão de admiradores.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

13 DE JUNHO - DOROTHY L. SAYERS

EFEMÉRIDEDorothy L. Sayers, escritora e tradutora britânica, famosa sobretudo pelos seus romances policiais e thrillers jurídicos, nasceu em Oxford no dia 13 de Junho de 1893. Morreu em Witham, em 17 de Dezembro de 1957.
Dorothy Leigh Sayers aprendeu latim aos sete anos e iniciou-se na língua francesa com a governanta da família. Em 1915, licenciou-se no Somerville College da Universidade de Oxford, sendo uma das primeiras mulheres diplomadas por esta universidade. Em 1920, obteve o mestrado de Artes em Literatura Medieval.
Foi professora de Literatura, mas cedo sentiu que aquele não era o seu caminho. Esteve ainda em França, como professora-assistente de Inglês. A sua melhor recordação da estadia em França foi, no entanto, ter lido todos os romances de Arsène Lupin e de ter frequentado o Collège des Roches, na Normandia, onde conheceu Eric Whelpton, pessoa que a inspirou na criação de Lord Peter Wimsey, o herói dos seus futuros romances policiais.
De regresso a Inglaterra, encontrou – em 1921 – um trabalho de redactora, muito bem remunerado, numa agência publicitária londrina, onde ficou durante uma década.   
Em 1923, publicou o seu primeiro romance “Lord Peter e o Desconhecido”, já protagonizado pelo aristocrata e detective Lord Peter Wimsey. Os seus livros vão integrar-se nos tradicionais romances de mistério, acrescentando todavia um tom humorístico, algumas críticas à sociedade bem-pensante da época e dando ao seu herói uma vida sentimental, que faltava nos célebres detectives imaginados até então na literatura policial britânica (Sherlock Holmes, Hercule Poirot, etc.).
A partir de 1933, Dorothy Sayers dedica uma breve série de novelas ao personagem Montague Egg, um divertido especialista na venda de vinhos, que se vê implicado em enigmas policiais.
A vida sentimental de Dorothy foi decepcionante e tumultuosa, menos idílica que a do seu personagem principal. Uma ligação com um mecânico de automóveis, da qual nasceu um filho em 1924, saldou-se por uma separação e pela responsabilidade de educar o filho, que ela assumiu sem reticências.
Em 1928, casou-se com o capitão Mac Fleming, um grande bebedor e um preguiçoso notório. Esta união difícil, mesmo falhada, deixou-lhe todavia tempo livre para escrever, com regularidade e a um ritmo sustentado, as aventuras de Lord Peter, que lhe trouxeram a fama, a glória e a fortuna.
Dorothy Sayers abandonou o personagem Lord Peter em 1940, para se dedicar à sua outra grande paixão – a literatura medieval. Fez nomeadamente traduções da “Divina comédia” e da “Canção de Rolando”.
Uma semana antes do Natal de 1957, após ter levado o dia a comprar prendas para familiares e amigos, teve uma crise cardíaca a que não resistiu. Faleceu aos 64 anos de idade. 

domingo, 12 de junho de 2016

12 DE JUNHO - EDMUND WILSON

EFEMÉRIDEEdmund Wilson, jornalista, escritor e crítico literário norte-americano, morreu em Talcottville no dia 12 de Junho de 1972. Nascera em Red Bank, em 8 de Maio de 1895. Sendo um dos grandes nomes da crítica literária e social dos Estados Unidos, influenciou o gosto pelos livros da sua época, ao divulgar diversos novos escritores – William Faulkner, Ernest Hemingway e Francis Scott Fitzgerald, entre outros.
O pai era advogado e foi procurador-geral de Nova Jersey. Wilson estudou na Universidade de Princeton, depois de passar pela escola preparatória The Hill, onde foi chefe de redacção da revista de literatura da escola, “The Record”. Ainda adolescente, escreveu esta curiosa frase: «Não sou propriamente um poeta, mas sou alguém dessa espécie».
Começou a sua carreira, como repórter do jornal “New York Sun”. Mais tarde, como enfermeiro, serviu o exército durante a Primeira Guerra Mundial, passando depois a fazer parte do serviço de inteligência.
Foi director da revista “Vanity Fair” entre 1920 e 1921, trabalhando seguidamente como redactor-chefe adjunto do “The New Republic” e como crítico literário no “The New Yorker”.
As suas obras — peças de teatro, poemas e romances — influenciaram romancistas como Upton Sinclair, John Dos Passos e Sinclair Lewis, embora o seu forte tenha sido a critica literária.
O livro “Castelo de Axel: Estudo Sobre a Literatura Imaginativa de 1870 a 1930”, publicado em 1931, foi uma extensa pesquisa sobre o Simbolismo. A obra abrange autores como Arthur Rimbaud, W. B. Yeats, Paul Valéry, T. S. Eliot, Marcel Proust, James Joyce e Gertrude Stein.
No seu livro mais famoso, “Rumo à Estação Finlândia” (1940), Wilson estudou o curso do socialismo europeu, a partir de 1824, culminando com a chegada de Lenine para liderar a Revolução Bolchevique, em 1917.
Wilson tinha interesse na cultura moderna como um todo e muitos dos seus escritos ultrapassavam o domínio da pura crítica literária. Os seus primeiros trabalhos são fortemente influenciados pelas ideias de Freud e de Marx.

sábado, 11 de junho de 2016

11 DE JUNHO - DAI VERNON

EFEMÉRIDEDai Vernon, de seu verdadeiro nome David Frederick Wingfield Verner, famoso ilusionista canadiano do século XX, nasceu em Ottawa no dia 11 de Junho de 1894. Morreu em Hollywood, em 21 de Agosto de 1992. A sua especialidade eram os truques feitos de perto (close-up), especialmente com cartas. Foi um dos mágicos que mais contribuiu para o desenvolvimento desta modalidade e, sem dúvida, deixou o seu nome inscrito na história do ilusionismo.
Foi um bom desportista durante a sua juventude e ainda um melhor mágico, pois desde cedo já demonstrava as suas habilidades em diversas festas.
Mudou-se para Nova Iorque em 1913, com 19 anos de idade, e logo se tornou conhecido dos mágicos locais, dos quais se tornou amigo.
O famoso Harry Houdini lançou um desafio. Poderia descobrir o segredo por trás de qualquer truque, se ele fosse feito na sua frente três vezes seguidas. Vernon aceitou a aposta e executou um truque, repetindo-o sete ou oito vezes. Houdini não conseguiu entendê-lo. A partir desse dia, Vernon ficou a ser conhecido como “O homem que enganou Houdini”. Anos mais tarde, seria também conhecido como “O professor”. Ele era muito querido e admirado por todos, mesmo pelos colegas, em virtude do seu charme e da sua modéstia.
Muito mágicos de hoje tiveram aulas com “O professor”. Um livro sobre a sua vida, “The Vernon Chronicles – Dai Vernon a Magical Life”, foi publicado em 1992, precisamente o ano da sua morte, aos 98 anos.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

10 DE JUNHO - NAIR DE TEFÉ

EFEMÉRIDENair de Tefé von Hoonholtz, pintora, caricaturista, actriz e pianista brasileira, nasceu em Petrópolis no dia 10 de Junho de 1886. Morreu no Rio de Janeiro em 10 de Junho de 1981. É considerada como a primeira mulher caricaturista do mundo e foi primeira-dama do Brasil de 1913 a 1914.
Filha do barão de Tefé e neta do conde von Hoonholtz, Nair estudou em Paris e Nice, em França, para onde a família se mudou quando ela tinha um ano de idade. Regressada ao Brasil, iniciou a sua carreira por volta de 1906.
Publicou o seu primeiro trabalho, “A Artista Rejane”, na revista “Fon-Fon”, sob o pseudónimo de Rian. Também foram publicadas caricaturas suas nos periódicos “O Binóculo”, “A Careta” e “O Ken”, bem assim como nos jornais “Gazeta de Notícias” e “Gazeta de Petrópolis”. O seu traço era ágil e transmitia muito bem o carácter das pessoas.
Deixou de exercer a sua função de caricaturista em Dezembro de 1913, ao casar-se com o presidente do Brasil, marechal Hermes da Fonseca, de quem estava noiva desde Janeiro do mesmo ano. Hermes era viúvo de Orsina da Fonseca (falecida em 1912).
Nair de Tefé foi uma mulher à frente de seu tempo. A primeira-dama promovia saraus no Palácio do Catete – o palácio presidencial da época, que ficaram famosos por ela ter introduzido o violão nos salões da alta sociedade. A sua paixão pela música popular fazia reunir amigos para recitais de modinhas.
As interpretações de Catulo da Paixão Cearense fizeram sucesso e, em 1914, incentivaram Nair de Tefé a organizar um recital de lançamento do “Corta Jaca”, um maxixe composto por Chiquinha Gonzaga, uma sua amiga. Foram feitas críticas ao governo e acutilantes comentários sobre os “escândalos” no palácio, em virtude da promoção e divulgação de músicas cujas origens estavam nas danças lascivas e vulgares, segundo a concepção da elite social. Levar para o palácio presidencial a música popular foi considerado, na época, uma quebra de protocolo, causando polémica nas altas esferas da sociedade e entre os políticos.
Logo após o fim do mandato presidencial, Nair mudou-se de novo para a Europa. Voltou ao Brasil por volta de 1921 e participou na Semana de Arte Moderna. Resolveu voltar para Petrópolis, onde foi eleita, em 1928, presidente da Academia de Ciências e Letras que extinguiu em 1929, fundando em seu lugar a Academia Petropolitana de Letras, da qual foi presidente até 1932.
Em Abril de 1929, Nair tomou posse na Academia Fluminense de Letras. Em 1932, regressou ao Rio de Janeiro, onde fundou – em 28 de Novembro de 1932 – o Cinema Rian, na Avenida Atlântica, em Copacabana.
Dezassete anos depois, já viúva, Nair voltou a fazer caricaturas, inclusive de várias personalidades. No fim dos anos 1970, participou nas comemorações do Dia Internacional da Mulher. Morreu no dia do seu 95º aniversário.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

9 DE JUNHO - NUNO MELO

EFEMÉRIDENuno Jorge Lopes de Melo Cardoso, actor português, morreu em Lisboa no dia 9 de Junho de 2015. Nascera em Castelo Branco, em 8 de Fevereiro de 1960.
Começou a sua carreira no Teatro de Animação de Setúbal em 1981 e estreou-se na televisão com um pequeno papel em “Vila Faia”. Também participou na telenovela “Chuva na Areia”, onde desempenhou o personagem Caniço, ainda hoje presente na memória dos espectadores.
Em 1987, trabalhou com Herman José no programa “Casino Royal”. Participou também na série “Alentejo Sem Lei” e no programa “Crime na Pensão Estrelinha”.
Em 1991, entrou no filme “A Divina Comédia” de João César Monteiro e, no ano seguinte, na película “O Dia do Desespero” de Manoel de Oliveira.
Para a TV Manchete, fez a série luso-brasileira “Cupido Electrónico”, contracenando com Tônia Carrero.
Em 1995, na série de humor de grande sucesso “Camilo & Filho Lda.”, interpretou Alberto, um homem de 40 anos que vivia com o pai. Ambos eram sucateiros e viviam numa casa em muito mau estado.
Em 1996/97, entrou no programa de anedotas “Malucos do Riso”, revelando anos mais tarde que não gostara de participar naquele projecto.
Em 1999, fez a série de humor “Clube dos Campeões”, onde interpretou Deolindo Durão, um mecânico antipático, que era constantemente bombardeado na sua oficina com bolas de um clube de futebol que treinava ali muito perto. Quando isso acontecia, gritava-lhes «Pés de chumbo!».
Em 2004/05, trabalhou na telenovela brasileira “Senhora do Destino” da TV Globo, onde desempenhou o papel de um motorista, interpretação que agradou ao público brasileiro.
Em 2006/07, entrou na telenovela da SICVingança”, onde fez o papel do psicopata Luís. No programa “Contacto”, Nuno Melo revelou um episódio curioso que ocorreu durante as gravações daquela novela, na ocasião em que o seu personagem estava em tribunal a responder sobre os crimes que lhe eram imputados. De acordo com o enredo, ele tinha então um ataque cardíaco. Simplesmente, a cena foi tão bem executada, que todo o elenco presente pensou que tinha sido real, tendo sido chamada uma ambulância…
Foi distinguido com o Prémio Prestígio, atribuído pela RTP, durante o Lisbon Village Festival de 2007.
A seguir, entrou na novela “Resistirei” e, depois, na série histórica “Equador”, baseada na obra homónima de Miguel Sousa Tavares, onde esteve de Julho a Outubro de 2008. Protagonizou ainda a telenovela “Flor do Mar”. Entre Agosto de 2009 e Abril de 2010, participou na 7ª temporada de “Morangos com Açúcar”.
Em 2012, foi distinguido na gala SPAUTORES, como o Melhor Actor de Cinema de 2011, graças à sua interpretação no filme “O Barão”. Ganhou o Globo de Ouro de Melhor Actor na XVII Gala da SIC.
Entre 1981 e 2014, participou em 20 filmes, 34 telenovelas e séries de televisão e 15 peças de teatro. Faleceu aos 55 anos, após lutar contra um cancro no fígado e sofrendo igualmente de hepatite C desde 2006.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

8 DE JUNHO - JORGE ANTÓNIO

EFEMÉRIDEJorge António, cineasta português, nasceu em Lisboa no dia 8 de Junho de 1966. Durante os estudos secundários, iniciou uma actividade cineclubista e realizou uma dezena de filmes amadores em suporte 8mm e Super 8.
Especializou-se em produção na Escola Superior de Teatro e Cinema, em 1988. Desde então, tem estado ligado ao cinema e à televisão, tendo trabalhado com Paulo Branco, Cunha Telles, Arca-Filmes e Fundação Calouste Gulbenkian, entre outros. Tem colaborado em diversos programas de televisão (“Lusitânia Expresso”, “Pop-Off”, etc.), em documentários (“Júlio Pomar”, “STCP”, etc.), em vídeos institucionais (“ISG”, “Acarte”, etc.) e em publicidade (“Grupo CP”, “Intermarché”, etc.).
Tem participado em encontros, conferências e workshops sobre cinema, tanto em Portugal como no estrangeiro.
Tem fomentado e colaborado na edição de livros e revistas, tais como: “Revista de Cinema”, “Cinema em Português”, “Cartazes de Cinema”, “Cadernos de Cinema”, “Cinema em Angola”, “Dicionário da Lusofonia”, “Cena Lusófona”, etc.
Em 1991, iniciou-se na realização com a curta-metragem “O Funeral” e, em 1993, realizou a longa-metragem e 1ª co-produção luso-angolana “O Miradouro da Lua”.
Desde 1995 que é produtor executivo da Companhia de Dança Contemporânea de Angola, da coreógrafa e investigadora Ana Clara Guerra Marques, organizando e produzindo workshops, espectáculos e tournées em Angola, Portugal, Polónia, Índia, Gabão, Camarões, Congo, Senegal e China.
Tem sido, desde 2004, membro dos júris de vários concursos, encontros e festivais cinematográficos.
Entre 2007 e 2009, foi consultor para os assuntos internacionais do Instituto Angolano de Cinema, Audiovisual e Multimédia e, em 2008, foi membro da Comissão Organizadora do 1º Festival Internacional de Cinema de Luanda.

terça-feira, 7 de junho de 2016

7 DE JUNHO - JUDY HOLLIDAY

EFEMÉRIDEJudy Holliday, de seu verdadeiro nome Judy Tuvin, actriz norte-americana, morreu em Nova Iorque no dia 7 de Junho de 1965. Nascera na mesma cidade em 21 de Junho de 1921. Celebrizou-se em filmes como “Born Yesterday” (1950), que lhe deu o Oscar de Melhor Actriz, e “Bells Are Ringing” (1960), o seu último trabalho.
Judy era uma apaixonada pelo teatro, tendo começado a sua carreira em 1938, na peça “The Revuers”. Alcançou um enorme sucesso com “Kiss Them For Me” em 1945 e “Born Yesterday” no ano seguinte.
Em 1948, casou-se com Jonathan Oppenheim, com quem teve o seu único filho em 1952.
Em 1944 estreou-se no cinema, mas o reconhecimento só viria em 1950 ao representar o mesmo papel que havia feito no teatro, em “Born Yesterday”.
Ainda em 1950, viu a sua carreira ser prejudicada ao tornar-se alvo de um inquérito secreto do FBI no âmbito da “perseguição aos comunistas”, período negro na história dos Estados Unidos conhecido como o da «Caça às Bruxas». O seu nome acabou por ser apagado da “lista negra”, após depor na Subcomissão de Segurança Interna, mas o mal estava feito e, durante três anos, não foi convidada para actuar nem na rádio nem na televisão.
Em 1960, foi-lhe diagnosticado um cancro na mama e parou com a sua carreira. Após cinco anos de luta contra a doença, acabou por falecer aos 43 anos. Tem uma estrela no Passeio da Fama, no Hollywood Boulevard.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

6 DE JUNHO - JOAQUIM ROSA

EFEMÉRIDEJoaquim Rosa, actor português, nasceu em Évora no dia 6 de Junho de 1926. Morreu em Lisboa, em 24 de Fevereiro de 2016. Teve uma notável carreira, construída sobretudo no teatro.
Fez parte do TEL – Teatro Estúdio de Lisboa, onde participou na peça “Thomas Moore” de Robert Bolt, com Helena Félix, Baptista Fernandes e Filipe Ferrer, entre outros.
Com texto e direcção de Luzia Maria Martins, entrou em “Quando A Banda Tocar”, contracenando com Cremilda Gil, Augusto Leal e Helena Félix.
Foi um dos fundadores do CENDREV, companhia profissional de Évora formada após o 25 de Abril de 1974. Richard Demarcy dirigiu o primeiro espectáculo no Centro Cultural de Évora, criado em Janeiro de 1975: “A Noite de 28 de Setembro”, com interpretação de João Lagarto, Mário Barradas, Luís Jacobety, Joaquim Rosa, Avelino Bento, José Caldeira, Zita Caldeira, Teresa Gonçalves, Maria Santos e Luís Varela. Na mesma companhia, Joaquim Rosa protagonizou também “Luz das Trevas” de Brecht.
Integrou vários espectáculos de Filipe La Féria, entre os quais “My Fair Lady” e “A casa do lago” (2009).
Na televisão, actuou em diversos filmes e séries, como “A Banqueira do Povo” (RTP-1993) e “Ballet Rose” (RTP1 -1998). Em 2009, participou na telenovela “Flor do Mar”, na TVI, tendo desempenhado o papel de padre Mariano.
Faleceu em Fevereiro de 2016, na Casa do Artista em Lisboa, onde residia. Se fosse vivo, completaria hoje 90 anos.

domingo, 5 de junho de 2016

5 DE JUNHO - LUÍS FILIPE

EFEMÉRIDELuís Filipe Duarte Ferreira da Silva, actor e dobrador português, nasceu em Nova Lisboa (actual Huambo, Angola) no dia 5 de Junho de 1973.
Concluiu o curso de Teatro e Formação de Actores na Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa e frequentou o curso de Formação de Actores no Instituto de Investigação e Criação Teatral.
No teatro, interpretou autores como Gil Vicente, Mia Couto e William Shakespeare, tendo trabalhado com os encenadores Adolfo Gutkin (Teatro da Trindade), Rogério de Carvalho, Geraldo Touché, Francisco Salgado, Carlos J. Pessoa (Teatro da Garagem), Laila Ripol (Festival de Teatro do Outono - Madrid) e Miguel Seabra (Teatro Meridional).
No cinema, já foi dirigido pelos realizadores Nuno Simões, Rita Nunes, António Pedro Vasconcelos (“Os Imortais”), Leonel Vieira (“Um Tiro No Escuro”), Mário Barroso (“O Milagre Segundo Salomé”), Margarida Cardoso (“A Costa dos Murmúrios”), Tiago Guedes e Frederico Serra (“Coisa Ruim”) e Luís Filipe Rocha (“A Outra Margem”).
Na televisão, destaca-se o filme “Teorema de Pitágoras” de Gonçalo Galvão Telles e as séries “A Ferreirinha”, realizada por Jorge Paixão da Costa, e “João Semana” de João Cayatte, ambas para a RTP1. Desempenhou também um papel na série “Equador” (baseada no romance homónimo de Miguel Sousa Tavares), uma grande produção da TVI.
Faz regularmente dobragens para desenhos animados. Entre 1997 e 2016, protagonizou mais de cinquenta filmes e séries televisivas.
Tem como companheira a actriz espanhola Nuria Mencía, com quem teve uma filha em Março de 2011.

sábado, 4 de junho de 2016

ELVIS PRESLEY - "Are You Lonesome Tonight"


4 DE JUNHO - FAUSTINO ORAMAS

EFEMÉRIDEFaustino Oramas Osorio, músico e trovador cubano, nasceu em Holguín no dia 4 de Junho de 1911. Morreu na mesma cidade em 27 de Março de 2007. Quando faleceu era o músico mais velho no activo em Cuba. Era conhecido popularmente como El Guayabero, título de uma das suas canções. Também foi chamado durante anos El Rey del Tumbaíto, devido a uma outra obra sua.
Oramas esteve ligado à música desde os 15 anos, quando começou a tocar de ouvido no septeto La Tropical. Iniciou-se na composição durante os anos 1940.
O seu instrumento preferido era “el três”, uma guitarra de três cordas com a qual animava as rimas trazidas do mundo rural. As suas canções, muitas vezes marcadas por um segundo sentido, relatam os acontecimentos mais incríveis, acompanhados por ritmos de uma música tradicional e rústica de que restam poucos cultores em Cuba.
Oramas foi o autor de “Candela”, um dos êxitos do CD “Buena Vista Social Club” de 1997. Este projecto reuniu os mestres semi-esquecidos do “son” cubano, um estilo de música tradicional e apaixonado, de raiz, visto como a espinha dorsal da salsa. O CD, liderado pelo guitarrista americano Ry Cooder, e o documentário de Wim Wenders que o acompanhava, catapultaram o “son” cubano para os palcos internacionais. Bateu recordes de vendas em todo o mundo. Buena Vista era o nome de um clube social para pessoas da terceira idade situado num bairro de Havana.
Faustino Oramas recebeu inúmeros prémios ao longo da sua carreira de que se destacam o Premio Nacional del Humor em 2002 e a distinção Félix Varela, pela Cultura Nacional.
Morreu aos 95 anos de idade, vítima de cancro no fígado. Por aquela época ainda subia aos palcos para cantar sobretudo “Marieta”, umas das suas canções mais conhecidas.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

3 DE JUNHO - MANUEL DE FARIA E SOUSA

EFEMÉRIDEManuel de Faria e Sousa, fidalgo, humanista, escritor, crítico, historiador, filólogo e moralista português, morreu em Madrid no dia 3 de Junho de 1649. Nascera em Felgueiras, em 18 de Março de 1590. As suas obras foram quase todas escritas em castelhano. Foi Comendador da Ordem de Cristo.
Estudou nos seminários de Braga para seguir a carreira eclesiástica, mas acabou por recusar esse caminho, casando com D. Catarina Machado. Tiveram, entre outros filhos, Pedro de Faria e Sousa, capitão da infantaria espanhola na Flandres. Este seu filho, logo após a morte do pai em Madrid, veio para Portugal onde foi muito bem recebido por D. João IV e viria a ser o preparador, para publicação, de grande parte da enorme massa de inéditos do seu progenitor.
Manuel de Faria e Sousa, aos catorze anos, entrou ao serviço dum amigo do pai, D. Gonçalo de Morais, bispo do Porto, frequentando a escola episcopal, onde aprendeu História, Artes, Literatura, etc. Ali escreveu também poesias e entrou em relação com altas figuras da época. Em 1618, tendo morrido este seu protector, passou a viver em Pombeiro, onde geria a casa familiar, com a mulher e os filhos.
Um ano mais tarde, encontrou novo protector e partiu para Madrid como secretário particular do conde de Muge, Pedro Álvares Pereira, secretário de estado de Filipe II de Portugal. Aprendeu rapidamente o castelhano e, passados três anos, publicou poesias nesta língua, que veio a ser o seu idioma predilecto.
Quando da morte do seu novo protector, Faria e Sousa já gozava de grande notoriedade. Foi secretário de estado do reino de Portugal, cargo que desempenhou em Lisboa. Depois, foi secretário da embaixada de Portugal em Roma.
Apesar de ter escrito quase tudo em castelhano, a maior parte da sua obra versa temas relacionados com Portugal, como os descobrimentos e a figura e obra de Luís de Camões, que ele considerava «o seu poeta».
Os seus restos mortais encontram-se no mosteiro de Pombeiro, onde repousam sob uma laje à direita do altar-mor.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

2 DE JUNHO - AMÁLIA LUAZES

EFEMÉRIDEAmália Luazes, professora, pedagoga e escritora portuguesa, nasceu no Porto em 2 de Junho de 1865. Morreu em Lisboa no dia 24 de Dezembro de 1938. Diplomada pela Escola Normal do Porto, obteve elevadas classificações durante o seu curso.
Logo que terminou o curso em 1886, foi colocada na Escola Complementar Oficial de Valença do Minho. Fez parte do Júri de Exames ao Magistério Primário em Braga. Em 1890, exerceu o magistério na Escola Primária Oficial em Oeiras e, no ano seguinte, na de Sacavém, tendo transitando, em 1895, para a do Lumiar.
Em 1901, em comissão de serviço, foi colocada na Escola Protectora das Crianças, tendo – em 1903 – ingressado no quadro dos professores da Escola nº 39, em Lisboa. Ainda em 1901, iniciou os cursos nocturnos para operários, regendo gratuitamente, durante três anos, os cursos dispensados em Alcântara e na Escola nº 39.
Tomou parte em todos os Congressos Pedagógicos que se reuniram então, defendendo teses acerca da educação da mulher e da extinção do analfabetismo. Em 1910, foi nomeada professora da Escola Normal de Lisboa, onde prestou relevantes serviços até 1917. Em 1916, fundou o Instituto do Professorado Primário Oficial Português (Secção Feminina). Foi directora da Secção Feminina desde a sua fundação até 26 de Julho de 1935, data em que se reformou por ter atingido o limite de idade. Em 1919, foi nomeada professora das Escolas Primárias Superiores. Em 1926, fundou o Instituto do Professorado Primário Oficial Português (Secção Masculina).
Publicou vários livros, entre os quais “Método Legográfico Luazes”, “Contos para os nossos Netos”, “A Escola da Vida” (adquirido pelo governo para prémios aos alunos das escolas primárias oficiais) e “Leituras Instrutivas”.  
Todos os seus livros acerca do Ensino foram premiados na Exposição Internacional do Centenário da Independência do Brasil no Rio de Janeiro em 1922/23 e na Exposição Internacional de Barcelona em 1929.
Foi condecorada com o grau de Oficial da Ordem da Instrução Pública em Abril de 1931 e com a Medalha de Mérito da Cruz Vermelha Portuguesa.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

CARLOS DO CARMO - "Os Putos"


1 DE JUNHO - MORGAN FREEMAN

EFEMÉRIDEMorgan Porterfield Freeman, actor e narrador norte-americano, nasceu em Memphis, Tennessee, no dia 1 de Junho de 1937.
Antes de se iniciar nas artes dramáticas, pensou em concretizar o seu sonho de menino, que era tornar-se piloto. Logo após os estudos no Los Angeles Community College, ingressou na US Air Force, mas não foi piloto, mas sim mecânico. Só muitos anos mais tarde, obteve o brevet que o habilitou a pilotar aviões privados.
Freeman seguiu depois uma formação teatral, iniciando a sua carreira em 1964, numa produção na Broadway. Em 1967, participou na versão totalmente negra de “Hello, Dolly!” No começo da sua carreira, estava casado com Jeanette Adair Bradshaw, da qual viria a divorciar-se em 1979.
Tornou-se conhecido do grande público pelos seus papéis em novelas e filmes para televisão, aumentando o seu prestígio, até a nível mundial, ao interpretar Fast Black na película “Street Smart” (1987), tendo sido mesmo nomeado para o Oscar de Melhor Actor Coadjuvante.
Actuou em muitos filmes como actor secundário, até interpretar o motorista Hoke em “Driving Miss Daisy”, pelo qual recebeu o Globo de Ouro de Melhor Actor, sendo igualmente nomeado para o Oscar de Melhor Actor.
Em 1994, actuou no clássico “The Shawshank Redemption”, que lhe valeu uma nomeação para o Globo de Ouro de Melhor Actor e nova nomeação para o Oscar de Melhor Actor. Após três indicações para os Oscars, começou a ser convidado para vários filmes de sucesso garantido.
Em 2005, ganhou finalmente um Oscar – o de Melhor Actor Coadjuvante – com o filme “Million Dollar Baby”, realizado pelo seu amigo Clint Eastwood. Freeman é também conhecido pela sua voz marcante, fazendo dele uma escolha frequente para narrações.
Em 2007, actuou ao lado de Jack Nicholson no filme “The Bucket List”. No mesmo ano, Clint Eastwood convidou-o para participar na adaptação cinematográfica da autobiografia de Mandela, intitulada “Long Walk to Freedom”, o que era um dos seus sonhos. O filme viria a ter o título de “Invictus” e foi lançado em 2010. Freeman foi nomeado para o Globo de Ouro de Melhor Actor e recebeu nova nomeação para o Oscar de Melhor Actor pelo seu papel como Nelson Mandela.
Fez uma participação especial em “Baile de Formatura no Mississípi”, um documentário que mostra – em pleno século XXI – que o racismo é tão extremado naquela região que, apesar dos alunos negros e brancos estudarem juntos, há bailes separados...
Freeman foi internado após um acidente automobilístico próximo de Ruleville, em Agosto de 2008. O veículo que ele dirigia capotou diversas vezes. Freeman e uma passageira que viajava com ele foram resgatados em estado grave, de acordo com as primeiras reportagens. Posteriormente, foi divulgado que o actor tinha fracturado o braço, o cotovelo e o ombro.
Três dias após o desastre, deixou o hospital e foi submetido ao uso de um colar ortopédico durante mais de seis meses. Um ano depois, continuava em recuperação. Usava uma luva terapêutica e frequentava um centro de reabilitação, mas foi retomando a pouco e pouco a actividade, embora lhe tenha sido diagnosticada, em 2012, uma fibromialgia, como sequela do acidente.
Morgan Freeman casara-se de novo, em 1984, com Myrna Colley, de quem se divorciou em 2010. Tem dois filhos de cada casamento. Em Agosto de 2015 uma sua neta foi assassinada pelo namorado, que estava sob o efeito de drogas.

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