quarta-feira, 31 de agosto de 2016

31 DE AGOSTO - GEORGE EYSER

EFEMÉRIDE George Eyser, ginasta alemão naturalizado norte-americano em 1894, nasceu em Schwedeneck no dia 31 de Agosto de 1871. Morreu em 6 de Março de 1918, em local desconhecido.
Nascido na Alemanha, emigrou para os Estados Unidos ainda adolescente, tendo morado nas cidades de Denver e Colorado, antes de se radicar em St Louis. Nesta última cidade, começou a trabalhar numa empresa de construção e ingressou no ginásio norte-americano Concordia Turnverein para disputar os Jogos Olímpicos de 1904 que se realizavam em St Louis.
Conquistou nada menos de 6 medalhas: 1 de bronze em barra fixa; 2 de prata em cavalo com arções e em exercícios combinados (4 provas); e 3 de ouro em saltos, barras paralelas e escalada (subida de corda).
Falta dizer que George Eyser é o único ginasta no mundo que subiu ao pódio olímpico com uma perna de pau, visto ter perdido a perna esquerda quando foi vítima de atropelamento por um comboio, no final do século XIX.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

30 DE AGOSTO - ISAURINHA GARCIA

EFEMÉRIDEIsaura Garcia, mais conhecida por Isaurinha Garcia, uma das maiores cantoras de música popular brasileira, morreu em São Paulo no dia 30 de Agosto de 1993. Nascera na mesma cidade em 26 de Fevereiro de 1923.
Com mais de cinquenta anos de carreira, foi considerada a Edith Piaf brasileira. Gravou mais de trezentas canções. Entre os seus maiores sucessos, está a música “Mensagem”.
Foi casada com Walter Wanderley, organista de muito sucesso, que renovou a bossa nova com o seu talento e é tocado em mais de cem países.
Enquanto a fama não chegou, costumava cantar no quintal, enquanto ajudava a mãe a lavar roupa, e num bar que era pertença do pai. O seu primeiro programa, ainda sem qualquer preparação técnica, foi na Rádio Cultura, quando interpretou uma canção de Aurora Miranda.
A carreira de Isaurinha começou de facto em 1938, após participar num concurso do programa “Qua-qua-qua-quarenta” na Rádio Record, dirigido por Otávio Gabus Mendes. Conquistou o 1º lugar, com “Camisa Listrada” de Assis Valente, e foi logo contratada por aquela emissora paulista.
No começo da sua vida artística, inspirava-se em Cármen Miranda e em Aracy de Almeida. Ainda sem muitos recursos, ia – todos os domingos – de transportes públicos ou a pé para a emissora. Isaurinha Garcia foi campeã de vendas da discográfica RCA/Columbia.
Isaura Garcia foi homenageada com a peça “Isaurinha – samba, jazz & bossa nova”, interpretada por Rosamaria Murtinho e que foi vista por mais de 300 mil espectadores desde 2003.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

29 DE AGOSTO - ANTÓNIO ASSUNÇÃO

EFEMÉRIDEAntónio José Dias Assunção, actor português, nasceu em Paços de Ferreira no dia 29 de Agosto de 1945. Morreu em Nova Iorque, em 20 de Agosto de 1998, vítima de ataque cardíaco.
O grande público conhecia-o sobretudo através dos personagens que representou em séries televisivas, onde ficaram célebres o seu divertidíssimo ‘chefe de polícia’ em “Zé Gato” (1979), o seu ‘frade bonacheirão e comilão’ em “Caldo de Pedra” ou o seu ingénuo ‘detective Tó’ em “Duarte e Companhia” (1980/89), figuras que o popularizaram e que ajudaram a criar dele uma imagem de actor cómico.
Embora sendo verdade que era um humorista de enorme talento, não é menos verdade que foi igualmente um grande actor dramático, tendo desempenhado exemplarmente os mais marcantes papéis criados pelos maiores dramaturgos mundiais, como Bertolt Brecht, Federico García Lorca, William Shakespeare, Nicolau Gogol, Molière, Gil Vicente e Samuel Beckett.
Estreou-se no Teatro Experimental do Porto, aos dezanove anos, com a peça “O Avançado Centro Morreu ao Amanhecer” de Guzani, seguido de “Desperta e Canta” de Clifford Odets e de “O Barbeiro de Sevilha” de Beaumarchais.
Em 1966, foi para Paris, onde cumpriu um exílio de oito anos, escapando assim à Guerra Colonial. Na capital francesa conheceu o actor e encenador Carlos César, que havia criado o Teatro Oficina Português, com o qual representou mais de uma dezena de espectáculos que incomodaram seriamente os governos de Salazar e de Marcelo Caetano, como “A Excepção e a Regra”, “Felizmente Há Luar” ou “O Grande Fantoche Lusitano”. A polícia política (PIDE), omnipresente, fazia os seus relatórios…
Após a Revolução dos Cravos, que ele saudou intensamente em noites parisienses que lhe faziam recordar as febris manifestações do Maio de 1968, regressou a Portugal e envolveu-se na criação do Teatro de Animação de Setúbal, do qual foi um dos principais animadores durante o período inicial. Ali, sempre sob a direcção de Carlos César, representou alguns espectáculos memoráveis, como “A Maratona” de Claude Confortès, “Tartufo” de Molière ou “O Destino Morreu de Repente” de Alves Redol.
Em 1977, depois da última apresentação da peça “O 10º Turista” de Mendes de Carvalho, deixou Setúbal e rumou a Lisboa para integrar o Grupo de Teatro de Campolide, actual Companhia de Teatro de Almada.
Integrando o elenco da companhia dirigida por Joaquim Benite, onde se manteve durante mais de vinte anos, António Assunção assinou algumas das mais brilhantes criações de toda a sua carreira. É inesquecível o seu ‘tanoeiro’ de “1383” de Virgílio Martinho, como foi também o seu ‘chefe Valadares’ de “A Noite” de José Saramago, assim como os personagens concebidos para “O Santo Inquérito” de Dias Gomes, “Dona Rosita, a Solteira” de García Lorca ou “A Vida do Grande D. Quixote e do Gordo Sancho Pança” de António José da Silva (O Judeu), entre outros.
Entretanto, foram surgindo os mais diversos convites para participar em projectos televisivos, a par de um pequeníssimo conjunto de propostas para cinema. Coerente com os princípios da justiça, liberdade e igualdade que tomou como seus desde muito novo, António Assunção fez sempre questão de não ceder naquilo que considerava ser o essencial, sendo por isso muitas vezes ostracizado por alguns produtores e realizadores cinematográficos só porque era de esquerda, convicta e assumidamente de esquerda. Talvez por isso tenha feito muito pouco cinema.
Apesar de tudo, ainda conseguiu dar vida e corpo a personagens notáveis em filmes de Luís Filipe Rocha (“Amor e Dedinhos de Pé”), Fernando Lopes (“Crónica dos Bons Malandros”), Luís Galvão Teles (“A Vida é Bela”), António de Macedo (“Os Abismos da Meia Noite”), entre outras produções nacionais e estrangeiras, como “A Casa dos Espíritos”.
A viver no lisboeta Bairro Alto, era presença assídua nas últimas tertúlias do Largo da Misericórdia, onde costumava encontrar-se com o poeta Herberto Hélder e outros amigos – poetas, actores, jornalistas ou simples cidadãos apreciadores de um bom copo e dois dedos de conversa.
Um dia, disse que tinha viagem marcada com a família para Nova Iorque, aproveitando a pausa nas gravações de mais uma série da RTP. Nos seus planos estava a ida à Broadway, onde contava assistir a uma das peças em cena, coisa que só viria a conseguir ao apresentar-se como actor português, visto a lotação estar esgotada.
Como é tradição em alguns dos teatros da Broadway, os espectadores tiveram a oportunidade de subir ao palco no intervalo da peça. António Assunção não resistiu ao impulso do momento e subiu também até àquelas tábuas que são o sonho de muitos dos grandes actores norte-americanos. Enquanto se deslumbrava com o cenário e toda uma parafernália de elementos cénicos, o seu coração decidiu parar de bater, fazendo-o cair desamparado. Foram activados os serviços de emergência, tendo chegado pouco depois uma equipa de socorro. Enquanto os paramédicos faziam tudo para o trazer de volta à vida, o público começou a bater palmas e a gritar por ele, como que a pedir-lhe um último esforço. Mas de nada valeu. O actor faleceu naquela noite, a poucos dias de completar cinquenta e três anos de idade.

domingo, 28 de agosto de 2016

28 DE AGOSTO - FRANCISCO UMBRAL

EFEMÉRIDEFrancisco Umbral, de seu verdadeiro nome Francisco Pérez Martínez, jornalista e escritor espanhol, morreu em Madrid no dia 28 de Agosto de 2007. Nascera na mesma cidade em 11 de Maio de 1932.
Recebeu numerosos prémios, entre eles o Prémio Nadal 1975, o Prémio das Letras Espanholas (1984), o Prémio Príncipe das Astúrias de Literatura em 1996, a Medalha de Oiro do Círculo de Belas Artes em 1997 e o Prémio Miguel de Cervantes em 2000.
Publicou mais de 120 romances, vários ensaios, crónicas, biografias e autobiografias. Autodidacta, com um forte carácter, Umbral é considerado como um dos maiores escritores espanhóis contemporâneos.
Trabalhou no diário “Norte de Castilla” desde 1958, tendo-se instalado em Madrid nos anos 1960, onde colaborou em vários periódicos (“El País” e “El Mundo”, entre outros). Era um cronista admirado e temido, com os seus bilhetes de humor, tão depressa picantes como líricos.

sábado, 27 de agosto de 2016

27 DE AGOSTO - SERGEY MIKHALKOV

EFEMÉRIDESergey Vladimirovich Mikhalkov, escritor e cenarista russo, presidente da União dos Escritores da Federação Socialista da Rússia, morreu em Moscovo no dia 27 de Agosto de 2009. Nascera na mesma cidade em 13 de Março de 1913.
Foi poeta, fabulista, dramaturgo, correspondente de guerra e autor das letras dos hinos da União Soviética (1944 e 1977) e da Rússia (2000).
Mikhalkov recebeu o título de Herói do Trabalho Socialista (1973), foi laureado com os Prémios Lenine e Estaline, pertencia à Academia Nacional de Educação e era comendador da Ordem de Santo André, entre muitas outras condecorações recebidas.
Cenarista de onze filmes, entre 1941 e 1972, os seus dois filhos, Nikita Mikhalkov e Andrei Konchalovsky, são realizadores de cinema.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

26 DE AGOSTO - CARLOS DE LACERDA

EFEMÉRIDECarlos Alberto Portugal Correia de Lacerda, poeta, professor de literatura, crítico de arte e coleccionador português, morreu em Londres no dia 26 de Agosto de 2007. Nascera na Ilha de Moçambique, em 20 de Setembro de 1928.
A família veio para Lisboa em 1946. Em 1951, Alberto de Lacerda fixou-se em Londres, trabalhando como locutor e jornalista da BBC, efectuando um notável trabalho de divulgação de poetas como Camões, Pessoa e Sena. Nos anos 1950/60, viajou pela Europa e esteve no Brasil, a convite de várias universidades e dos poetas Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira.
A partir de 1967, começou a leccionar na Universidade do Texas em Austin, onde se manteve durante cinco anos, fazendo uma breve passagem pela Universidade de Columbia, em Nova Iorque, até se fixar como professor de Poética, na Universidade de Boston (1972).
Como escritor, estreou-se em Portugal com uma série de poemas publicados na revista “Portucale”. Foi um dos fundadores da revista de poesia “Távola Redonda” (1950/54), juntamente com Ruy Cinatti, António Manuel Couto Viana e David Mourão-Ferreira.
Os seus poemas foram traduzidos para inglês, espanhol, alemão e holandês, entre várias outras línguas. Ele é descrito como possuidor de uma linguagem pouco adjectivada mas rica em imagística, reveladora de um mundo misterioso oculto na vulgaridade das coisas. Carlos de Lacerda foi também autor de colagens, tendo chegado a expor, nos anos 1980, na Sociedade Nacional de Belas Artes em Lisboa.
Apesar do número relativamente pequeno de obras publicadas, Lacerda deixou um vasto espólio, de grande importância, composto nomeadamente por correspondência com grandes vultos da cultura, tais como Maria Helena Vieira da Silva, o marido Árpád Szenes e Paula Rego.
Falecido em Agosto 2007, o seu corpo foi encontrado pelo crítico de arte inglês John McEwen, com quem tinha um jantar aprazado.
Recebeu o Neustadt International Prize for Literature da Universidade de Oklahoma (1980) e um prémio do PEN Club (livro “Meio dia”, 1988). 

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

25 DE AGOSTO - KEN TYRRELL

EFEMÉRIDEKen Tyrrell, de seu verdadeiro nome Robert Kenneth Tyrrell, automobilista britânico e fundador e director da famosa equipa Tyrrell Racing, morreu em Survey no dia 25 de Agosto de 2001. Nascera em East Horsley, em 3 de Maio de 1924.
Integrou a Royal Air Force (RAF) durante a Segunda Guerra Mundial. Após o conflito, tornou-se negociante de madeiras, o que lhe valeu a alcunha de “lenhador”.
Em 1952, com 28 anos, começou a carreira de piloto automobilista correndo no Campeonato Britânico de Fórmula 3, ao volante de um Cooper 500. Em 1958, acedeu ao Campeonato Britânico de Fórmula 2, com um Cooper (motor Climax), obtendo uma boa classificação.
Em 1959, pôs fim à sua carreira de piloto e começou a dirigi uma escudaria de Fórmula Júnior, utilizando como local de trabalho o armazém de madeiras da empresa familiar, a Tyrrell Brothers.
A escudaria de Ken Tyrrell, a Tyrrell Racing Organisation, participou no Grande Prémio da Alemanha de 1966 de Fórmula 2, com dois Matra MS5 pilotados por Hubert Hahne e Jacky Ickx.
No ano seguinte, participou de novo no Grande Prémio da Alemanha, ainda em Fórmula 2, com um Matra MS7 confiado a Jacky Ickx.
Em 1968, acedeu à Fórmula 1 como director da Matra International, empresa formada pela sua própria escudaria e pela Matra Sports. A equipa revelou-se muito competitiva e notabilizou-se em três Campeonatos do Mundo dos anos 1970, contando então com o piloto escocês Jackie Stewart.
A empresa entraria em declínio a partir de 1984, depois de um escândalo relacionado com a descoberta de um engenhoso truque para diminuir o peso regulamentar dos bólides.
Ken Tyrrell foi ainda presidente do British Racing Drivers'Club em 2000. A escudaria fora vendida, dois anos antes, a outra empresa automobilística.  

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

24 DE AGOSTO - STEVE GUTTENBERG

EFEMÉRIDE – Steven “Steve” Robert Guttenberg, actor, produtor e realizador de cinema norte-americano, nasceu em Brooklyn, Nova Iorque, no dia 24 de Agosto de 1958. Após terminar o ensino médio, frequentou a Juilliard School, a Universidade do Estado de Nova Iorque e a UCLA.
Antes de começar a sua carreira, Guttenberg foi aluno de Herbert Berghof, com quem teve aulas de Teatro. Além disso, integrou uma trupe de comediantes denominada The Groundlings, na intenção de desenvolver técnicas de improvisação.
Apesar de vir a tornar-se um grande astro do cinema, os seus primeiros trabalhos tiveram lugar no teatro. Por essa época, também actuou na televisão, com destaque para a série “Billy”.
Entre os seus primeiros filmes para cinema estão “Crónicas Colegiais”, “Os Meninos do Brasil”, “O Dia Seguinte” e “Quando os Jovens se Tornam Adultos”. Contudo, foi somente a partir de 1984, após o grande sucesso de “Academia de Polícia”, que a sua carreira começou a ter grande notoriedade.
Nos anos seguintes, os sucessos prosseguiram com “Cocoon” e “Três Homens e um Bebé”, além de mais três sequências de “Academia de Polícia”.
Após o apogeu da década de 1980, Guttenberg passou ao ostracismo nos anos 1990, período em que teve como trabalho mais relevante “As Namoradas do Papá”.
Além de actor, Guttenberg também passou a ser produtor a partir de 1988, através da Kirby Productions.
Em 1993, estreou-se como realizador, num episódio do show de TV “Scholl Break Special”. Anos mais tarde, em 2002, escreveu, realizou e produziu o filme “PS: O Seu Gato Morreu”.
Esteve longe da ribalta durante um largo período, só voltando a aparecer nos anos de 2005 e 2006, quando foi incorporado na série “Veronica Mars” e no remake para televisão de “Poseidon”, um clássico de 1972. Em 2008, apareceu na 6ª edição da série “Dancing with the Stars”.
Steve Guttenberg dedica-se também a importantes iniciativas humanitárias: a favor dos sem-abrigo, ajudando-os sobretudo a conseguir um emprego; fundou a Guttenhouse, um complexo de apartamentos para acomodar e assistir crianças desamparadas; e – em parceria com a Altair Eyeglasses – ajuda a prover de óculos as crianças necessitadas e em idade escolar.

MILVA - "Bella ciao"

terça-feira, 23 de agosto de 2016

23 DE AGOSTO - CATARINA WALLENSTEIN

EFEMÉRIDECatarina de Lemos Wallenstein, actriz portuguesa, nasceu em Londres no dia 23 de Agosto de 1986.
Nascida em Inglaterra, a família estabeleceu-se em Lisboa quando Catarina ainda era criança. Filha de Pedro Franco Wallenstein Teixeira, contrabaixista da Orquestra Sinfónica Portuguesa, e da cantora lírica Lúcia de Castro Cardoso de Lemos, integrou o coro da Fundação Musical dos Amigos das Crianças, onde também estudou violoncelo e canto coral. A mesma fundação fê-la participar nos elencos infantis de óperas como “Tosca”, “La Bohème”e “Cármen”, no Teatro Nacional de São Carlos.
É neta do poeta e actor Carlos Wallenstein e de sua mulher a actriz, professora e encenadora Maria Wallenstein, e sobrinha do actor José Wallenstein.
Estudou no Lyceé Français Charles Lepierre, onde frequentou o atelier de teatro, que a levou ao Instituto Franco-Português com as peças “Sonho de Uma Noite de Verão” de William Shakespeare e “O Equívoco” de Albert Camus.
Em 2004, chegou à televisão, integrando o elenco de “Só Gosto de Ti”, uma mini-série de seis episódios exibida na SIC. Em 2005, participou na série infanto-juvenil “Uma Aventura” e apareceu na longa-metragem “Fim de curso” de Miguel Marti.
No ano seguinte, marcou presença na curta-metragem “Sitiados”, de Mariana Gaivão e no telefilme “Glória” de José Nascimento. A partir daí, dividiu-se entre o cinema e a televisão. Integrou o elenco das séries “Nome de Código: Sintra” (2007), “Conta-me Como Foi” (2007), “A Vida Privada de Salazar” (2009), “Mistérios de Lisboa” (2010) e “Destino Imortal” (2010).
No cinema, teve uma curta participação em “Après Lui” de Gaël Morel (2007), onde contracenou com Catherine Deneuve, “Lobos” de José Nascimento (2007), “Um Amor de Perdição” de Mário Barroso (2008) e “Singularidades de Uma Rapariga Loura” de Manoel de Oliveira (2009).
Frequentou a licenciatura em Teatro, ramo de Actores, da Escola Superior de Teatro e Cinema, e estudou em Paris no Conservatoire national supérieur d'art dramatique.
Foi vencedora da primeira edição do Prémio L'Oreal Paris — Jovem Talento, no European Film Festival, realizado no Estoril em 2007. Foi nomeada para o Globo de Ouro de Melhor Actriz em 2009 e recebeu o Globo de Ouro de Melhor Actriz em 2010. Já fez 15 trabalhos para televisão (2004/15) e protagonizou cinco filmes para o grande ecrã (2005/13).

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

22 DE AGOSTO - JOSÉ MORAIS E CASTRO

EFEMÉRIDEJosé Armando Tavares de Morais e Castro, actor, encenador, político e advogado português, morreu em Lisboa no dia 22 de Agosto de 2009, vítima de cancro. Nascera na mesma cidade, em 30 de Setembro de 1939.
Foi actor experimental do Grupo Cénico do Centro 25 da Mocidade Portuguesa, enquanto estudante liceal. Estreou-se profissionalmente no Teatro do Gerifalto, dirigido por António Manuel Couto Viana, na peça “A Ilha do Tesouro” (1956).
Em 1958, estreou-se na televisão com “O Rei Veado” de Carlo Gozzi, realizado por Artur Ramos. Ainda no Teatro do Gerifalto, integrou o elenco de variadas peças, como “O Fidalgo Aprendiz” de Francisco Manuel de Melo e “Os Velhos Não Devem Namorar” de Afonso Castellau.
Em 1960, trabalhou junto de Laura Alves. No ano seguinte, encenou no Cénico de Direito, “O Borrão” de Augusto Sobral, premiado no Festival de Teatro de Lyon desse ano. Protagonizou o filme “Pássaros de Asas Cortadas” de Artur Ramos (1962).
Integrou o Teatro Moderno de Lisboa, de 1961 a 1965, participando em “O Tinteiro” de Carlos Muñiz e “Humilhados e Ofendidos” de Dostoievski, onde obteve grande sucesso. Neste período, contracenou com actores como Armando Cortez, Fernando Gusmão, Carmen Dolores e Ruy de Carvalho, entre outros. Em 1968, co-fundou o Grupo 4, no Teatro Aberto, juntamente com Irene Cruz e João Lourenço, e ali representou diversos autores (Peter Weiss, Bertolt Brecht, Boris Vian, etc.).
Encenou “É preciso continuar” de Luiz Francisco Rebello. Em 1985, fez a comédia “Pouco Barulho”, com Nicolau Breyner, passando depois pela Companhia Teatral do Chiado, onde – ao lado de Mário Viegas – participou na peça “À espera de Godot” de Samuel Beckett.
Em 2004, a sua interpretação em “O Fazedor de Teatro” de Thomas Bernard, com Joaquim Benite, na Companhia de Teatro de Almada, valeu-lhe uma Menção Honrosa da Crítica. Foi ainda presença regular na televisão, em novelas e séries, durante os anos 1980/90. Popularizou-se no papel de professor na série “As Lições do Tonecas” (1996/1998). Em 2005, foi director de escola na série “O Clube das Chaves” na TVI.
Morais e Castro era licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (1964), tendo exercido a advocacia. Foi dirigente do Partido Comunista Português.
Casou a primeira vez, em Abril de 1961, com Marília Vitória Martins Gomes Leão, de quem teve dois filhos. Casou-se pela segunda vez com a actriz Linda Silva.

domingo, 21 de agosto de 2016

21 DE AGOSTO - LUCIUS SHEPARD

EFEMÉRIDELucius Shepard, escritor norte-americano, sobretudo de ficção científica, nasceu em Lynchburg, na Virgínia, em 21 de Agosto de 1947. Morreu em Portland, Oregon, no dia 18 de Março de 2014.
Oriundo de uma família burguesa, Lucius deixou os Estados Unidos quando tinha quinze anos, para levar uma vida de aventura. Começou por ir para a Irlanda num barco cargueiro e, depois, visitou a Europa, o Norte de África e a Ásia.
Vivendo de expedientes, trabalhou numa fábrica de cigarros na Alemanha, foi vendedor clandestino nos mercados do Cairo e segurança num cabaret em Espanha. Alguns anos mais tarde, regressou aos Estados Unidos com a finalidade de prosseguir os estudos na Universidade da Carolina do Norte.
Conheceu então a sua futura mulher, Joy Wolf, com quem teve um filho, Gullivan, que veio a ser arquitecto em Nova Iorque. Em breve, voltou a viajar para os países do Sudeste Asiático e da América Central, em particular as Honduras.
Nos anos 1980, depois de uma breve passagem pelo atelier de escrita Clarion, começou a dedicar-se à literatura. Publicou a sua primeira novela, “Green Eyes”, em 1984. Paralelamente, entre 1982 e 1984, exerceu a profissão de repórter freelancer e fez nomeadamente a cobertura de um conflito militar em El Salvador.
O seu primeiro romance, “Os Olhos Eléctricos” foi publicado em 1984, seguido – em 1987 – de “A Vida em Tempos de Guerra”.
Tornou-se mais discreto nos anos 1990 e só voltou a escrever e a publicar a partir do 2000. Vítima de um AVC que sofreu em Agosto de 2013, veio a falecer no ano seguinte. Deixou mais de 20 obras publicadas (1984/2005).

sábado, 20 de agosto de 2016

20 DE AGOSTO - ARMI KUUSELA

EFEMÉRIDEArmi Helena Kuusela, rainha de beleza finlandesa, nasceu em Muhos no dia 20 de Agosto de 1934. Foi coroada Miss Universo, no primeiro concurso realizado nos Estados Unidos (1952).
Kuusela cursou o ensino básico na sua cidade natal e, seguidamente, passou a estudar num colégio feminino em Porvoo. Atleta nata, praticava várias modalidades desportivas como a natação, o esqui e a ginástica. Após completar o ensino secundário, inscreveu-se no Instituto de Ginástica da Universidade de Helsínquia.
Vencedora em 1952 do Suomen Neito, nome dado então ao concurso Miss Finlândia, recebeu como prémio uma pulseira em ouro, uma caixa de chocolates e uma passagem aérea de ida-e-volta para os Estados Unidos. Representou o seu país no recém-lançado concurso Miss Universo, que acabou por vencer igualmente.
Armi foi assim eleita como 1ª Miss Universo em Long Beach, Califórnia, em Junho de 1952, derrotando 29 candidatas internacionais. Tinha dezassete anos, media 1,65 m e pesava 49 kg quando foi coroada. Com a vitória, foi ainda premiada com um contrato cinematográfico da Universal Studios, um dos patrocinadores e organizadores do evento.
Um facto ocorrido durante o “reinado” de Kuusela acabaria por fazer alterar as regras do concurso. Com efeito, em Fevereiro de 1953, Armi começou uma viagem à volta do mundo representando o evento. Na sua visita às Filipinas, conheceu um empresário filipino por quem se apaixonou à primeira vista. A relação foi tão fulminante que ela abandonou as obrigações com a organização antes do fim do mandato e, em Maio de 1953, voou com o empresário para Tóquio, onde se casaram. O acontecimento fez com que, a partir dali, as regras passassem a estipular que caso uma Miss Universo não pudesse – por qualquer motivo – completar o seu reinado, seria imediatamente substituída pela 2ª classificada, que assumiria o título e as obrigações daí decorrentes.
Logo que conquistou a coroa, Armi participou num filme finlandês, feito em sua homenagem, “Maailman kaunein tyttö” (“A Mulher Mais Bela do Mundo”), onde interpretou o seu próprio papel. A sua aparição nos cinemas ficaria registada apenas em mais alguns documentários finlandeses e num pequeno filme rodado nas Filipinas.
Armi e o empresário Virgilio Hilario viriam a ter cinco filhos. Depois de uma lua-de-mel de dois meses, o casal estabeleceu-se nas Filipinas. A história deles foi imortalizada num filme, “Now and Forever”, estreado em Dezembro de 1953.
Hilario faleceu em Setembro de 1975, vítima de ataque cardíaco. Armi voltou a casar-se em Junho de 1978, com Albert Williams, um diplomata americano, passando a morar em Barcelona, antes de se fixar em La Jolla, uma comunidade localizada em San Diego, na Califórnia. Armi Kuusela ainda está activa, participando em projectos de caridade e na angariação de fundos para pesquisas sobre o cancro no Sanford-Burnham Medical Research Institute. Completa hoje 82 anos. 

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

19 DE AGOSTO - NANNI MORETTI

EFEMÉRIDEGiovanni NanniMoretti, actor, realizador, produtor e distribuidor de cinema italiano, nasceu em Brunico no dia 19 de Agosto de 1953. Cresceu em Roma e, desde a adolescência, cultivou as suas grandes paixões – o pólo aquático e o cinema.
Após ter estudado no liceu, Giovanni filmou em 1973 uma película em Super 8, utilizando uma câmara que comprara com o dinheiro da venda da sua colecção de selos. O filme (“La sconfita”) conta a história, em termos cómicos, da crise de um militante de Maio de 1968. Depois, filmou outra curta-metragem, “Pâté de bourgeois”, relatando a vida de um casal em crise e dos seus amigos.
Em 1974, fez a média/metragem “Come parli frate?”, parodiando o clássico da literatura italiana “I promessi sposi”, de Alessandro Manzoni.
Em 1976, filmou em Super 8 a sua primeira longa-metragem, “Io sono un autarchico”. Neste mesmo ano, chamou a atenção dos cineastas Paolo e Vittorio Taviani, que lhe ofereceram um papel em “Padre Padrone”.
Em Maio de 1978, foi lançado em Roma o seu primeiro filme com produção profissional, “Ecce Bombo”, apresentado no Festival de Cannes, onde obteve um inesperado sucesso.
Em 1981, fez “Sogni d'oro”, o seu primeiro filme em 35 mm, com o qual recebeu o Leão de Ouro – Grande Prémio Especial do Júri, no Festival de Veneza.
Em 1985, lançou “La messa è finita”, que conquistou o Urso de Prata do Festival de Berlim de 1986. Neste mesmo ano, fundou – juntamente com Angelo Barbagallo – a Sacher Film, uma produtora com o objectivo de dar espaço ao cinema engajado de novos realizadores.
Em 1991, participou como protagonista na película “Il portaborse”, de Daniele Luchetti. No mesmo ano, passou a administrar um cinema em Roma, o Nuovo Sacher, com a intenção de dar lugar a filmes independentes, com um centro de debates, livraria temática, etc.
Em 1993, realizou “Caro Diário”, filme que comporta 3 episódios de carácter autobiográfico, nos quais Moretti se interpreta a si próprio. O filme conquistou o Prémio de Melhor Realização no Festival de Cannes do ano seguinte, o que lhe deu definitivamente grande notoriedade internacional. Em 1994, foi-lhe diagnosticada a doença de Hodgkin, uma espécie de cancro. 
Em 1995, produziu e interpretou “La seconda volta”, obra-prima de Mimmo Calopresti, que trata do encontro casual entre a vítima de um atentado e um dos terroristas, provavelmente inspirado numa história real. Em 1998, fundou uma sociedade de distribuição cinematográfica, especialmente destinada a filmes de autor.
Em 2001, realizou “O quarto do filho”, onde descreve os efeitos que a morte acidental de um filho provoca numa família da classe média. O filme recebeu a Palma de Ouro do Festival de Cannes.
Nanni Moretti é uma personalidade eminente do cinema europeu, alternando – nas suas obras – dramas, sátiras e a pura militância. As suas longas-metragens conciliam a tradição neo-realista e os códigos da comédia à italiana, representando ainda uma crónica vasta e subjectiva da Itália politizada entre Maio de 1968 e o começo do século XXI. Ao longo da sua carreira recebeu cerca de 30 prémios. Tem feito parte dos júris de vários festivais cinematográficos, por vezes como presidente.
Em 2011, realizou a comédia “Habemus Papam”, que narra os problemas de um papa francês depressivo, protagonizado por Michel Piccoli e que foi considerado o Melhor Filme do Ano pela conceituada revista “Les Cahiers du cinéma”.
Mais recentemente, em 2015, Nanni Moretti apresentou – no Festival de Cannes – o filme “Mia madre”, recebendo um Prémio Especial do Júri.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

18 DE AGOSTO - RENATO SANCHES

EFEMÉRIDERenato Júnior Luz Sanches, futebolista português, nasceu em Lisboa no dia 18 de Agosto de 1997. Representa actualmente o FC Bayern de Munique.
Os pais são originários de São Tone e Príncipe e de Cabo Verde. Renato ingressou nas categorias de base do Recreativo Águias da Musgueira, quando tinha apenas oito anos de idade. Em 2006, com nove anos, começou a treinar nas escolas do SL Benfica.
Fez a sua estreia pelo Benfica B, que joga na segunda divisão, em Outubro de 2014, jogando 46 minutos num empate fora de casa com o CD Feirense. Após um ano a actuar pela equipa B, foi promovido à equipa principal, inicialmente apenas para treinar. Em Outubro de 2015, estreou-se a jogar, com dezoito anos, substituindo o avançado Jonas no segundo tempo, numa vitória por 4–0 contra o CD Tondela.
Após várias actuações destacadas, Renato Sanches assinou um contrato com o Benfica válido até 2021 e com uma cláusula de rescisão de 45 milhões de euros.
Em Novembro, fez a seu primeiro jogo na Liga dos Campeões da UEFA, jogando 90 minutos num empate por 2–2 com o FC Astana na fase de grupos. Em Dezembro, num jogo para a Primeira Liga com a A. Académica de Coimbra, marcou o seu primeiro golo, tornando-se o mais jovem jogador do clube a marcar um golo no século XXI no Estádio da Luz. Este golo foi aliás escolhido como o mais bonito do mês.
Em Maio de 2016, assinou um contrato de cinco anos com o Bayern de Munique. O clube bávaro pagou ao Benfica 35 milhões de euros, com a combinação de pagar mais um bónus importante, dependendo das performances do jogador no clube. A transferência foi a mais cara de um jogador português directamente para um clube estrangeiro.
Foi chamado à Selecção Portuguesa em Março de 2016, num amigável contra a Bulgária, entrando aos 76 minutos de jogo. Instantes depois, um espectador adolescente invadiu o relvado para o abraçar.
Convocado para a disputa do Euro 2016, foi eleito o melhor em campo na partida entre Portugal e a Croácia para os oitavos de final. No jogo seguinte, contra a Polónia, marcou o golo do empate e outro nas grandes penalidades, sendo decisivo para a vitória portuguesa e voltando a ser o melhor jogador em campo.
Foi internacional Sub-15, Sub-16 e Sub-17. Do seu palmarés, fazem parte a Taça da Liga de Portugal e os títulos de Campeão Nacional e de Campeão Europeu, tudo em 2016. No Europeu, tornou-se o mais jovem jogador a ganhar a competição desde sempre.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

17 DE AGOSTO - TED HUGHES

EFEMÉRIDETed Hughes, de seu verdadeiro nome Edward James Hughes, escritor britânico unanimemente considerado como um dos melhores poetas da sua geração, nasceu em West Yorkshire no dia 17 de Agosto de 1930. Morreu em Londres, em 28 de Outubro de 1998, vítima de doença oncológica no fígado.
Passou os primeiros anos da sua vida no meio rural, o que – segundo declarou em entrevista ao “The Daily Telegraph” no final da vida – teve uma influência capital no desenrolar da sua carreira literária. Em 1937, a família muda-se para Mexborough, onde os pais se estabelecem como vendedores de jornais. Esta ligação ao proletariado britânico dos anos 1930 também foi determinante na sua obra.
No fim da adolescência, estudou Literatura Inglesa, Antropologia e Arqueologia na Universidade de Cambridge, onde conheceu a escritora Sylvia Plath, sua futura esposa.
Na Grã-Bretanha, Ted Hughes foi “Poeta Laureado” (o que correspondia a ser o poeta oficial da rainha), de 1984 até ao seu falecimento em 1998.
Foi casado com a escritora americana Sylvia Plath (1956/63), com quem teve dois filhos. Especulou-se frequentemente que ele estaria na origem do suicídio da esposa. Foi alvo da mesma suspeição, quanto do suicídio da sua amante Assia Wevill em 1969, que se matou juntamente com a filha de ambos.  
Ted foi o executor testamentário da herança pessoal e literária de Sylvia Plath. Supervisionou particularmente a publicação dos seus manuscritos, nomeadamente o de “Ariel” em 1966. Se bem que nunca tenha sido provado, foi acusado de ter destruído o último caderno do diário íntimo da esposa, que conteria detalhes da vida em comum.
Em Agosto de 1970, voltou a casar-se, desta vez com a enfermeira Carol Orchard, com quem viveu até ao fim dos seus dias.
Hughes desenvolveu a relação complexa que tinha mantido com Sylvia Plath, na sua última recolha de cartas/poemas, “Birthday Letters”, publicada em 1998, alguns meses antes de falecer. Esta obra, cuja capa da edição original foi ilustrada pela filha de ambos, Frieda Hughes, recebeu o Whitbread Book, prémio que tinha sido igualmente atribuído, no ano anterior, ao seu livro “Tales from Ovid”.
Pouco tempo antes de morrer, recebeu das mãos da rainha Isabel II a Ordem de Mérito, uma honraria rara pois esta Ordem conta apenas com 24 membros.
Para além das suas recolhas poéticas iniciadas em 1957, publicou igualmente “Tales from Ovid” (1997) – uma selecção de traduções livres de poemas de Ovídio, vários libretos de ópera e numerosos livros infantis, nomeadamente “The Iron Man”, que viria a ser adaptado a uma ópera rock e ao cinema. Postumamente, foi feita uma antologia definitiva de todos os seus poemas, com 1333 páginas, sob o título “Collected Poems” (2003).

terça-feira, 16 de agosto de 2016

JOE DASSIN - "Ca va pas changer le monde"

16 DE AGOSTO - OSCARITO

EFEMÉRIDEOscarito, de seu verdadeiro nome Oscar Lorenzo Jacinto de la Imaculada Concepción Teresa Diaz, actor hispano brasileiro, considerado um dos mais populares cómicos do Brasil, nasceu em Málaga no dia 16 de Agosto de 1906. Morreu no Rio de Janeiro, em 4 de Agosto de 1970. Ficou famoso pela dupla que fez com o também humorista Grande Otelo, em comédias dirigidas por Carlos Manga e Watson Macedo.
Nasceu numa família circense, indo para o Brasil com um ano de idade, mas só se naturalizou brasileiro em 1949. O pai era alemão e a mãe portuguesa.
Estreou-se no circo aos cinco anos de idade e ali aprendeu a tocar violino, sendo ainda palhaço, trapezista, acrobata e actor.
Começou a fazer teatro de revista em 1932, com a peça “Calma, Gegé”, que satirizava o ditador Getúlio Vargas, de quem se tornaria amigo tempos mais tarde. No cinema, estreou-se em “Noites Cariocas” (1935), embora tenha sido figurante num filme anterior.
Foi na 7ª arte que ganhou enorme popularidade, fazendo parceria com Grande Otelo em diversas películas. O seu nome, no Brasil, era considerado ao mesmo nível de Charlot e de Cantinflas.
Foi casado com Margot Louro, com quem teve dois filhos. Na manhã de 15 de Julho de 1970, sentiu-se mal devido a um AVC e foi internado, já em coma. Veio a falecer vinte dias depois. O seu corpo foi velado no salão nobre da Assembleia Legislativa da Guanabara, com a presença de milhares de pessoas.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

IVETE SANGALO & BELL MARQUES - "Pra Você"

15 DE AGOSTO - RICHARD CHELIMO

EFEMÉRIDERichard Chelimo, atleta queniano ex recordista mundial de 10 000 metros, morreu em Eldoret no dia 15 de Agosto de 2001. Nascera em Chesubet, em 21 de Abril de 1972.
Pertencia à tribo dos Kalenjin, igualmente conhecida pela “tribo dos corredores”. Entre os membros da sua família, figuram – entre outros – o tricampeão mundial de 3 000 metros obstáculos Moses Kiptanui e o seu irmão Ismael Kirui, bicampeão mundial de 5 000 metros.
Richard Chelimo conquistou a Medalha de Ouro nos Campeonatos do Mundo de Cross-country (1990) e recebeu no ano seguinte a Medalha de Prata dos 10 000 metros nos Campeonatos Mundiais de Juniores.
Em 1992, participou na final dos Jogos Olímpicos de Barcelona, conquistando a Medalha de Prata dos 10 000 metros.
Em 1993, ainda júnior, bateu o recorde do mundo dos 10 000 metros (juniores/seniores) em Estocolmo. Ainda nesta temporada, ficou em 3º lugar nos Mundiais de Estugarda.
Encerrou a carreira desportiva ainda muito jovem, com 24 anos, em virtude de não se conformar em não figurar mais no topo do atletismo mundial. Fora das pistas, regressou às fileiras do exército e afundou-se no alcoolismo, engordando muitos quilos. Encorajado por alguns amigos, voltou a treinar, ficando apenas a 5 kg do seu peso quando competia. Veio a falecer, porém, aos 29 anos de idade, vítima de um tumor cerebral.

domingo, 14 de agosto de 2016

GILBERT BÉCAUD - "Dimanche à Orly"


14 DE AGOSTO - GEORGES HALDAS

EFEMÉRIDE Georges Haldas, escritor, filósofo e tradutor suíço, nasceu em Genebra, no dia 14 de Agosto de 1917. Morreu em Le Mont-sur-Lausanne, em 24 de Outubro de 2010.
De pai com origem grega e de mãe suíça, viveu até aos nove anos na ilha de Cefalónia, na Grécia. Depois, mudou-se com os pais para Genebra, onde viveu grande parte da sua vida. Sucessivamente, trabalhou para uma agência de notícias, exerceu a função de revisor, professor, livreiro e jornalista. Após ter residido muitos anos em Genebra, Paris e Itália, no final da sua vida mudou-se para Mont-sur-Lausanne onde, até ao fim, viveu com a sua companheira, a também escritora, Catherine de Perrot Challandes.
Como poeta, ensaísta e tradutor, Georges Haldas foi autor de uma produção literária muito rica e expressiva sobre a existência humana, que compreende catorze colectâneas de poemas (transformadas em antologia no ano 2000, com a publicação de sua “Poesia Completa”), traduções, ensaios, quarenta e cinco crónicas e os “Cadernos” intitulados “O Estado de Poesia”.
Georges Haldas explicava a criação da sua obra pela indissociável herança genética greco-suíça. O pai passava longas horas falando-lhe de questões metafísicas, enquanto a mãe se mostrava, sobretudo, receptiva em relação à poesia do quotidiano.
Depois dos estudos clássicos, Haldas inscreveu-se no curso de Letras da Universidade de Genebra. Numa certa época, pensou em se tornar teólogo ou tentar uma carreira no futebol, paixão desportiva transmitida pelo pai. Aos vinte anos, porém, passou a dedicar definitivamente a sua vida à arte da escrita, quando um dos seus professores o iniciou no estudo da Poesia.
Georges Haldas escrevia essencialmente nas mesas dos cafés de Genebra, que frequentava quase todos os dias. Escrevia cerca de cinco horas diariamente. O resto do tempo, dedicava-o a viver, a fim de poder transmitir nos seus escritos as experiências vividas.
Ele foi sobretudo um poeta e sonhava com um mundo onde os homens fossem iguais, apesar das diferenças de origem familiar, social e de talento. Esta atitude poética fez despertar nele o engajamento pela causa humana, denunciando regularmente tudo o que pudesse minar a igualdade e a dignidade dos homens.
Mesmo não exercendo uma militância directa nos meios políticos, apoiou – nos tempos da Guerra Fria – a coexistência pacífica com a União Soviética. Mais tarde, as efervescências no Médio Oriente preocuparam-no igualmente. «Enquanto os palestinos não tiverem uma terra, como Israel tem a sua, não haverá paz», repetia. «A paz do mundo passa hoje pelo Médio Oriente. É sobre isso que temos de concentrar a nossa atenção», afirmava também.
Recebeu duas vezes o Prémio Schiller (1971 e 1977). È reconhecido como um dos mestres contemporâneos dos diários e das autobiografias. Foi galardoado igualmente com o Grande Prémio de Genebra (1971) e com o Prémio Édouard-Rod 2004 pelo conjunto da sua obra. 

sexta-feira, 12 de agosto de 2016



AUSÊNCIA SEM PRÉ-AVISO…

Por razões de ordem técnica inesperadas, vi-me na impossibilidade de dar continuidade ao “TopaTudo” durante alguns dias.
Conto voltar à normalidade, provavelmente já amanhã. As minhas desculpas aos leitores.

Gabriel de Sousa

8 DE AGOSTO - DUSTIN HOFFMAN

EFEMÉRIDEDustin Lee Hoffman, actor e realizador norte-americano, de origem judaica romeno/ucraniana, nasceu em Los Angeles no dia 8 de Agosto de 1937. Ao longo da sua carreira, conquistou dois Oscars (pelas suas actuações em “Kramer vs. Kramer” e “Rain Man”), cinco Globos de Ouro, quatro BAFTAs e um Emmy.
Diplomou-se em 1955, na Los Angeles High School, prevendo seguir Medicina no Santa Monica College. Um ano depois, no entanto, foi estudar Arte Dramática na Pasadena Community Playhouse. Esteve depois em Nova Iorque, para frequentar cursos do célebre Lee Strasberg, no Actor's Studio.
Após uma carreira no teatro, iniciada em 1964 e na qual chegou a ganhar um Theatre World Award e um Drama Desk Award, Dustin Hoffman veio a alcançar a fama no cinema ao protagonizar o filme “The Graduate”, em 1967, que lhe valeu a nomeação para o Oscar de Melhor Actor.
Depois deste sucesso, estrelou outros filmes famosos nos anos 1970, como “Midnight Cowboy”, “Little Big Man”, “Papillon” (ao lado de Steve McQueen) e “All the President's Men”. Mais tarde, brilhou em “Tootsie”, com nomeação para o Oscar de Melhor Actor, e “Kramer vs. Kramer”. Todos estes filmes vieram a tornar-se verdadeiros clássicos da 7ª arte.
A sua actuação no drama “Rain Man” (1988), como irmão autista de Charlie, interpretado por Tom Cruise, valeu-lhe o segundo Oscar de Melhor Actor. Nos anos 1990, entrou no elenco de filmes de vários realizadores famosos como Steven Spielberg, Costa-Gravas e Luc Besson, entre outros.
Trabalhou ainda noutros dramas e filmes de acção, como “Confidence” e “Runaway Jury”, ambos de 2003; e comédias, como “Meet the Fockers”, de 2004.
Estreou-se como realizador em 2012, com “Quartet”. Em 2013, foi tratado com sucesso a uma doença oncológica.

domingo, 7 de agosto de 2016

7 DE AGOSTO - JORGE SILVA MELO

EFEMÉRIDEJorge Silva Melo, encenador, cineasta, dramaturgo e crítico português, nasceu em Lisboa no dia 7 de Agosto de 1948.
Frequentou a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde integrou o Grupo de Teatro de Letras. Em 1969, partiu para Inglaterra, com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian, tendo obtido um diploma em Realização, na London Film School. Passou por Berlim e por Milão, onde estudou Teatro.
Em 1973, com Luís Miguel Cintra, fundou o Teatro da Cornucópia, que integrou até 1979.
Em 1995, fundou a Artistas Unidos, companhia que dirige e na qual se centra a sua actividade como encenador.
Realizou nove filmes, tendo participado na cooperativa de cinema Grupo Zero, entre 1975 e 1979. Foi professor na Escola Superior de Teatro e Cinema.
É autor de várias peças de teatro e do libreto de “Le Château dês Carpathes,” de Philippe Hersant, baseado em Júlio Verne.
Traduziu obras de Carlo Goldoni, Luigi Pirandello, Oscar Wilde, Bertolt Brecht, Michelangelo Antonioni, Pier Paolo Pasolini e Harold Pinter, entre outros. Foi ainda cronista do “Mil Folhas”, suplemento cultural do jornal “Público”.

sábado, 6 de agosto de 2016

6 DE AGOSTO - ALBANO DIAS MARTINS

EFEMÉRIDEAlbano Dias Martins, poeta português, nasceu na aldeia do Telhado, concelho do Fundão, em 6 de Agosto de 1930.
Formado em Filologia Clássica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi professor do Ensino Secundário de 1956 a 1976. Ingressou em 1980 nos quadros da Inspecção-Geral de Ensino, reformando-se em 1993. Presentemente, é professor na Universidade Fernando Pessoa, no Porto.
Albano Martins foi um dos fundadores da revista “Árvore” e colaborador da “Colóquio-Letras” e “Nova Renascença”. É autor de cerca de 30 livros de poesia, publicados entre 1950 e 2006.
Fez várias traduções, entre as quais: “O Essencial de Alceu e Safo” (1986), “Cantos de Giacomo Leopardi” (1986), “Cântico dos Cânticos” (1988), “O Aprendiz de Feiticeiro” (1992), “Dez Poetas Italianos Contemporâneos” e “Os Versos do Capitão” (1996). Traduziu igualmente poemas de vários autores espanhóis, como Jorge Gillén e Rafael Alberti.
Organizou para a Imprensa Nacional-Casa da Moeda (1987) uma antologia do poeta simbolista português Eugénio de Castro, antecedida de um prefácio de sua autoria.
Poemas seus estão incluídos em diversas antologias e volumes colectivos, como: “Poesia 70” (1971), “800 Anos de Poesia Portuguesa” (1973), “Escritores Modernos da Beira Baixa” (1988) e “O Poeta e a Cidade” (1996).
Tem colaboração, em prosa e verso, dispersa por muitos jornais e revistas, portuguesas e estrangeiras (sobretudo no Brasil e em Espanha).
Participou em diversos eventos literários, designadamente – desde 1985 – em nove Congressos Brasileiros de Língua e Literatura, na Universidade do Rio de Janeiro. Durante a realização destes congressos, a sua poesia não só foi objecto de análise em mesas-redondas integradas por professores universitários brasileiros e portugueses, como ainda foi tema de cursos a ela exclusivamente dedicados e ministrados em paralelo. Em Julho de 1989, o congresso foi especialmente dedicado aos seus 40 anos de vida literária, que então se completavam.
É membro da Associação Portuguesa de Escritores, do P.E.N. Clube Português, da Associação Portuguesa de Tradutores, da Associação Galega da Língua (AGAL) e membro honorário da Academia Cabofriense de Letras (Rio de Janeiro).
Integrou, no início da década de 1980, juntamente com os poetas Alberto de Serpa, Fernando Guimarães, José Augusto Seabra e Saul Dias, a comissão instaladora do Museu Nacional de Literatura, sediado no Porto. Entre 1983 e 1989, foi membro da direcção da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto.
Em 1987, foi-lhe atribuído o Prémio de Tradução instituído pela Sociedade de Língua Portuguesa, de Lisboa, a pretexto da publicação, no ano anterior, de “O Essencial de Alceu e Safo” e “Cantos de Giacomo Leopardi”. Em 1993, o Prémio Eça de Queirós de Poesia, da Câmara Municipal de Lisboa, foi atribuído ao seu livro “Uma Colina para os Lábios”.
Em 1986, quando da realização do XVIII Congresso Brasileiro de Língua e Literatura, foi-lhe atribuída a Medalha Oskar Nobiling de Mérito Cultural.
Poemas seus estão traduzidos em espanhol, inglês, chinês (cantonense) e japonês. A sua obra mereceu a atenção de alguns dos mais importantes críticos e ensaístas portugueses contemporâneos, nomeadamente António Ramos Rosa, Eduardo Lourenço, Eduardo Prado Coelho e Maria Lúcia Lepecki. 

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

FERNANDO TORDO - "Estrela da Tarde"


SIMONE - "Pra Não Dizer Que Não Falei de Flores" - 1980


5 DE AGOSTO - MANUEL PINTO DA COSTA

EFEMÉRIDEManuel Pinto da Costa, economista e político santomense, nasceu em Água Grande no dia 5 de Agosto de 1937.
Teve um papel importante na luta pela independência, participando na fundação do Movimento pela Libertação de São Tomé e Príncipe (MLSTP), do qual foi seu secretário-geral de 1972 a 1991 e de 1996 a 2003. Obtida a independência face a Portugal, foi presidente de São Tomé e Príncipe entre 1975 e 1991, governando o país com mão de ferro. Durante a sua presidência, foi instituído um sistema socialista unipartidário.
Em Janeiro de 1986, foi agraciado com o Grande Colar da Ordem do Infante D. Henrique de Portugal.
Uma conferência nacional organizada em 1989 abriu o país ao multipartidarismo e à economia de mercado. Quando, em 1991, deixou o poder para Miguel Trovoada, já estava em vigor uma nova Constituição, que passou a garantir os direitos do homem e a democracia multipartidária. A duração dos mandatos presidenciais passou a ficar limitada a cinco anos, com o máximo de duas vezes consecutivas. 
Em 1996, candidatou-se novamente ao cargo de presidente, perdendo pela segunda vez para Miguel Trovoada, por uma pequena margem de votos. Em 2001, foi derrotado uma vez mais, desta vez por Fradique de Menezes, na primeira volta das eleições.
Vinte anos depois de ter deixado o poder, Manuel Pinto da Costa foi eleito presidente da República na segunda volta das presidenciais, em Agosto de 2011. Candidato a um novo mandato em Julho de 2016, terminou em segundo, face a Evaristo Carvalho que obteve 50,1% dos votos logo na 1ª volta.

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

4 DE AGOSTO - WITOLD GOMBROWICZ

EFEMÉRIDEWitold Marian Gombrowicz, escritor polaco, nasceu em Małoszyce no dia 4 de Agosto de 1904. Morreu em Vence, França, em 24 de Julho de 1969. As suas obras caracterizam-se por uma profunda análise psicológica, um certo sentido do paradoxo e do absurdo, e ainda um “travo” anti-nacionalista.
Tendo por origem uma família nobre originária da Lituânia, estudou Direito na Universidade de Varsóvia e, depois, Filosofia e Economia no Instituto de Altos Estudos Internacionais de Paris.
Em 1937, publicou o seu primeiro romance, “Ferdydurke”, onde se encontram muitos dos temas abordados nas suas obras: os problemas da imaturidade e da juventude, a criação da identidade por meio da interacção social e um exame irónico e crítico do papel das classes na sociedade e cultura da Polónia do início do século XX.
Tendo feito uma viagem à Argentina para uma curta estadia em 1939, a invasão da Polónia pela Alemanha nazi dissuadiu-o de regressar à Europa. Acabou por ficar 24 anos em Buenos Aires. A sua vida no meio do povo argentino e os raros contactos com intelectuais da emigração polaca são contados no seu “Diário”, publicado em Paris na revista polaca “Kultura”.
Gombrowicz só voltou à Europa em 1963, primeiro a Berlim graças a uma bolsa da Fundação Ford. No ano seguinte, instalou-se em França, em Royaumont, perto de Paris. Contratou como secretária Rita Labrosse, uma canadiana de Montreal, que se tornou depois sua companheira e com quem viria a casar no final de 1968.  
Em Setembro de 1964, mudou-se definitivamente para Vence, perto de Nice, uma pequena vila onde residiam numerosos artistas e escritores. Em 1967, a sua novela “Kosmos” recebeu o Prémio Internacional de Literatura. Morreu dois anos depois, devido a insuficiência cardíaca e após de uma longa doença.
A edição francesa de dois dos seus romances, nos anos 1960, trouxe-lhe o reconhecimento público e a fama no fim da vida. Actualmente, é considerado um dos maiores nomes da literatura polaca e influenciou numerosos escritores, como Milos Kundera.
Em Portugal, algumas das suas obras foram traduzidas por Luísa Neto Jorge e levadas à cena pelo Teatro Experimental de Cascais.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

3 DE AGOSTO - LEON URIS

EFEMÉRIDELeon Marcus Uris, romancista norte-americano, nasceu em Baltimore, no Maryland, em 3 de Agosto de 1924. Morreu em Shelter Island, Nova Iorque, no dia 21 de Junho de 2003.
Professava a religião judaica. Alistou-se nos Marines aos 17 anos, depois do ataque do exército japonês a Pearl Harbor. Serviu no Pacífico Sul, durante a Segunda Guerra Mundial.
O seu primeiro livro, “Battle Cry”, escrito em 1953, foi um best-seller. Leon Uris era conhecido pelas exaustivas pesquisas históricas com que preparava os seus romances e novelas.
O livro mais famoso de Uris é o clássico “Exodus” (1958), que relata – ao longo de 600 páginas, de forma épica – os acontecimentos históricos que antecederam a criação do Estado de Israel, desde o surgimento do sionismo, no final do século XIX, até à independência, em 1948.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

2 DE AGOSTO - JOÃO KLÉBER

EFEMÉRIDEJoão Kléber, de seu verdadeiro nome João Ferreira Filho, comunicador, apresentador de televisão e humorista brasileiro, nasceu em São Paulo no dia 2 de Agosto de 1958.
Iniciou-se no mundo do trabalho como moto-boy. Contactava com vários artistas e muitos deles incentivaram-no a fazer carreira nos meios de comunicação, que era o seu grande sonho desde a infância.
Iniciou-se produzindo videoclipes musicais para a MTV e participando também no programa de rádio “Jovem Pan Show”, onde ficou conhecido por imitar personalidades famosas.
Mais tarde, na Globo (onde permaneceu até 1994), redigiu guiões de programas jornalísticos e humorísticos, tendo feito pequenas participações no “Jornal Nacional” e no “Fantástico” (no qual substituiu Chico Anysio). Apresentou “Cassino do Chacrinha”, nas suas últimas edições antes do falecimento do apresentador titular Abelardo Barbosa. Em 1993, apresentou igualmente um programa de entrevistas na Rede CNT.
João Kléber passou depois a fazer diversos shows até ser um dos primeiros contratados pela RedeTV!, na qual apresentou o programa “Eu Vi na TV” (1999).
Apresentou, também na RedeTV!, os programas “Canal Aberto” e o seu sucessor “Tarde Quente”, cujos “apanhados” vieram a fazer com que a Justiça retirasse a RedeTV! do ar na cidade de São Paulo, durante 25 horas consecutivas (2005).   João Kléber foi dispensado e o programa cancelado. Apesar disso, os “apanhados” transmitidos na época naqueles programas, têm ainda hoje um enorme sucesso no YouTube.
Após ter saído da RedeTV!, mudou-se para Lisboa com a sua esposa Wanya (com quem foi casado durante 12 anos). Passou a apresentar o programa “Fiel ou Infiel” na TVI. Gravou também o programa “João Kléber Total” e o “Programa da Tarde” para a Record Europa. Dedicou-se igualmente a um projecto de formação em Comunicação e em Motivação.
Em 2011, voltou ao Brasil  e participou no reality showA Fazenda” da Rede Record. Em Novembro de 2012, a RedeTV! recontratou João Kléber, num contrato válido por dois anos, mas que tem durado até agora, sempre com novos projectos em perspectiva.  

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

1 DE AGOSTO - CÉSAR MOURÃO

EFEMÉRIDECésar Filipe Tapadinhas Mourão, actor, apresentador de televisão e comediante português, nasceu em Lisboa no dia 1 de Agosto de 1978.
Começou por se interessar pelo Desporto, chegando a fazer as provas para ingresso na FMH (Faculdade de Motricidade Humana). Mais tarde, acabou por escolher a Representação, frequentando a Escola de Artes e Ofícios do Chapitô no final dos anos 1990. Em 2000, estudou Teatro, Cinema e Televisão na UniverCidade do Rio de Janeiro.
É conhecido pelas suas colaborações com Herman José, no programa “Hora H”, e pelos personagens cómicos (como Alzira) que interpretou no programa “Fátima”. Durante o Verão de 2009, integrou o programa “SIC ao Vivo”, que percorreu o país. Em 2011/12, apresentou “Para Algo Completamente Indiferente” na SIC Radical. De 2011 a 2014, foi o apresentador de “Gosto Disto” (com Andreia Rodrigues). Em 2013 e 2014, participou como residente nas duas temporadas do “Vale Tudo” e, no Verão de 2013, apresentou o “Cante se Puder”, também com Andreia Rodrigues na SIC.
Em Agosto de 2014 estreou na SIC a série “Sal”, da qual foi protagonista juntamente com Rui Unas, João Manzarra e Salvador Martinha. Fez também várias dobragens para filmes de animação.
Em Julho de 2015, participou no remake do filme “O Pátio das Cantigas” realizado por Leonel Vieira e, em Julho de 2016, entrou igualmente como protagonista no remake de “A Canção de Lisboa” realizado por Pedro Varela. Em Janeiro de 2016, juntou-se à equipa das manhãs da Rádio Comercial, com Pedro Ribeiro, Vanda Miranda, Nuno Markl e Vasco Palmeirim, com a rubrica “Rebenta a Bolha”, onde faz vários tipos de improvisação.
Nos palcos, é parte integrante dos Commedia à la Carte, com Carlos M. Cunha e Ricardo Peres desde 2000. Em 2011, fez – juntamente com Eduardo Madeira – o espectáculo “10 Milhões e Picos”. Em 2013, criou o “Cantado Ninguém Acredita”, espectáculo onde cantou temas de vários autores, com muito humor à mistura. Actualmente, tem um monólogo intitulado “Esperança – A Velha”, de sua autoria e de Frederico Pombares. No Verão de 2016, tem percorrido o país passando pelo Porto, Lisboa e Algarve sob o tema “Gazelar Sem Parar”, um espectáculo de humor, improviso, música e storytelling.
César Mourão toca saxofone, piano e guitarra, faz ilusionismo e malabarismo. Compôs duas músicas: “Sem Hipóteses de Devolução” (2014) e “Tom da Chuva” (2015). Em 2016, deu voz – acompanhado por Luana Martau – a uma música de Miguel Araújo intitulada “Será Amor”, que fez parte da banda sonora do remake de “A Canção de Lisboa”.
É conhecido igualmente no Brasil, visto que estudou lá e, em 2013, foi convidado do “Programa do Jô”. Em 2016, foi o primeiro português a entrar num sketch do grupo de comédia brasileiro Porta dos Fundos.

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